sexta-feira, 16 de outubro de 2009

DAMASCENO BEZERRA

Antônio Damasceno Bezerra (1902-1947) era fuincionário público do jornal "A República", de Natal. Orgão Oficial do Governo Potiguar. Farreando pelas ruas de Natal em companhia de outros poetas e amigos, deu vários tiros na iluminação pública da cidade do Natal. Como consequência teve de ser demitido por justa causa. Trabalhou depois no Diário de Natal e na revista "Cigarra", daquela capital. O seu livro sob o título "Dias de Sol", continua ainda inédito. Vejamos o seu soneto intitulado "Felicidades", que diz assim:

Procurei-a, durante muitos anos,
Sobre a terra, no anseio de encontrá-la...
E entre os seres humanos
Jamais pude avistá-la.

Uma noite, volvi meu pensamento
Para os astros: "Quem sabe
Se algum deles, na paz do firmamento,
Abriga a que na terra já não cabe?"

Responderam-me, então, lá das auturas:
"Dessa que em vão procuras
Nós nunca vimos os rastros".

Vê que contrastes o universo encerra:
- Os astros julgam que ela está na terra
E a terra julga que ela está nos astros!

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DINARTE MARIZ NO ASSU


Visita de Dinarte Mariz ao Assu quando senador da República. Direita para esquerda vejamos: (?), (?), (?), (?), (?), (?) Majó Montenegro, Edgard Montenegro, senador Dinarte Mariz, prefeito do Assu Maria Olímpía Neves de Oliveira e o ex-prefeito Arcelino Costa Leitão.  

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VELHO ASSU

                                      

ASSU, 164 ANOS


Direita para esquerda: Prédio da antiga Cadeia Pública (hoje prefeitura), sobrado da família Soares de Macedo. A fotografia é da década de 20.

A minha querida cidade de Assu de antigas glórias, hoje aniversaria. Arraial de Santa Margarida, de 20 de julho de 1687, Presídio de Nossa Senhora dos Prazeres, de 20 de abril de 1696, Povoação de São João Batista, Comarca, de 18 de março de 1733, Vila do Açu, Vila Nova da Princesa, de 11 de agosto de 1788, Cidade do Açu, de 16 de outubro de 1845. São, portanto, 164 anos que aquele importante município potiguar, passou de predicado de vila a município, através do deputado assuense João Carlos Wanderley, autor da lei que elevou aquela vila a cidade de Assú.
O poeta João Natanael de Macedo no Centenário daquele município escreveu um soneto que se tornou célebre conforme transcrito adiante:

Terra natal! É belo quando esplende
O azul de tua abobada infinita
Torrão, no qual tanata beleza habita
Onde o Piranhas plácido se estende

Sertaneja cidade, em ti npalpita
Um seio amigo e bom que a todos prende;
Teu campo é um ninho alegre que recende
Aos raios tropicais que o sol vomita

Nordestino rincão, valor genérico
De um povo, a resistir a intensidade
Do terrível flagelo climatérico

Ao vir do inverno, em vez do mal profundo
Pode-se comparar tua bondade
A um pedaço do céu dentro do mundo.

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ZELITO CORINGA, DE CARNAUBAIS


O município de Carnaubais, no Vale do Assu (RN), além de Núbia Lafaite tem outro filho que está brilhando país a fora chamado Zelito Coringa, com suas canções sendo divulagadas na Europa. Em 1999 estreou na Música Potiguar se apresentando no Teatro Alberto Maranhão, em Natal. Alé de poeta, Zelito é ator. O seu primeiro CD se intitula Passo de Hippie. Participou de muitos festivais como Forraço. Neste festival se apresentou interpretando a canção Arrumação (A Mulher e o Amor) sobre um poema do poeta matuto Renato Caldas. Deste grande artifice da canção potiguar tem muito ainda a se contar. É o Vale do Assu talentoso!

NOTA: Zelito Coringa "está em Floripa para uma série de apresentações. Hoje às 16h. dará entrevista ao Programa Estúdio 36 - TV COM afiliada da Rede Globo - SC. No finalzinho da tarde visitrará os estúdios da FM Campestre 98,3 e participará de um bate papo ao vivo. Esse artista potiguar é natural da cidade de Carnaubais, e trouxe para o CD Bendita Companhia - a canção Xote Lindo - em parceria com Marcaliva e Rafael Colegari, divide ainda com o guitarrista Joubert Narciso, Caio Muniz uma penca de canções inéditas. Zelito coringa faz show no Espaço Corijó de Artes - dia 24 (sábado) ás 21h. Vale a pena conferir."

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

BREGASSU


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UM POUCO DO GENERAL JOSÉ CORREIA TELES


O assuense Correia Teles foi recruta na Guerra do Paraguay (1864-1870) considerado o maior conflito armado da América do Sul. Ele nasceu em 1838 no tempo em que o Assu era Vila Nova da Princesa. Pouco se sabe da trajetória deste veterano potiguar que engrandese a História do Assu. O escritor Ezequiel Fonseca Filho que muitos escritos deixou sobre os filhos e a História da terra assuense depôe que "as notícias a seu respeito são lacônicas, imprecisas, dúbias, deixando antever a falta de documentação comprobatória".
Correia Teles foi reformado por invalidez como General de Brigada do Exército, em 1897. O jornalista Palmério Filho contou a Ezequiel que Teles teria saído do Assu algemado, no fundo de uma canoa rumo ao Porto de Macau (RN) para de lá partir com mais dezenas de assuenses para campos paraguaios. Teles faleceu no Rio de Janeiro em 1897.

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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

PRIMEIRA DEPUTADA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE


Currais Novos é um importante município da terra potiguar. Naquela terra seridoense nasceu Maria do Céu Pereira Fernandes (1910), a primeira mulher a se eleger através do voto popular, pelo Partido Popular, deputada estadual constituinte, em 1935, obtendo 12.058 votos. Foi a primeira eleição realizada no Rio Grande do Norte "sob a égide da Justiça Eleitoral".Aquela parlamentar fundou jornais, foi professora de francês, morou em Natal e no Rio de Janeiro quando capital federal. Maria do Céu era esposa do deputado federal Arsitofenes Fernandes um dos importantes nomes da política norte-riograndense.

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domingo, 11 de outubro de 2009

POESIA


Ilustração de Lúcia Caldas

AQUELE

O filho de Deus tinha tudo de todas as plenitudes
Fazia suavemente os milagres todo de Sua graça.
Viam os cegos, os mortos ressuscitavam, curavam-se todos os enfermos.
E os passos sobre as águas, à Sua vóz o domínio de todas as ondas e de todas as tempestades.
Dobravam-se todos os ventos, sossegadas e mansas todas as águas.
Mas, o filho de Deus não tinha onde repousar a cabeça.

João Lins Caldas

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ASSU PARA CRISTO 2009


RENATO CALDAS


O poeta matuto Renato Caldas na sua modesta casa da praça Pedro Velho, 74, da cidade de Assu-RN.

Cuma o tempo tá mudado!
Quem fui eu, quem hoje sô?!
Cuma tô dispilorado...
Tô qui nem carro quebrado,
Sem boiáda e tangedô.

Renato Caldas

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ASSUFOLIA


ASSUFOLIA é o mair evento (carnaval fora de época) do interior do Estado potiguar. Nasceu da coragem e do espírito festeiro de dois assuenses chamados Astênio e Elizabhet Tinôco (meus amigos). Aquela festa popular se inicia no dia do aniversário de emancipação daquele município polo de muita importância na economia e nas letras e na vida social do Rio Grande do Norte. São três dias de festa mesmo, 16, 17 e dezoito de outubro. Este ano o Assufolia apresenta três famosas bandas baianas como JAMMIL, BABADO NOVO E ARAKETU. Que cidade festeira. É como já disse o ex-governador Geraldo Melo: "Quer festa? Vá pro Assu que lá tem todo dia!"

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sábado, 10 de outubro de 2009

IGREJA DA VELHA CIDADE DE SÃO RAFAEL-RN


FOTOGRAFIA: ARQUIVO DO BLOG PÁGINA R

Esta igreja está submersa pelas águas da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, de Assu-RN.


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AMÉRICO MACEDO

Américo Macedo (1887-1948) era funcionário público municipal da prefeitura do Assu por onde se aposentou. Poeta sonetista da velha guarda, de tradicional família assuense (os Soares de Macedo de linhagem portuguesa dos Açores).Colaboru literariamente em jornais e revistas da sua terra natal como A Semana. Ainda no início da sua juventude vendeu quase todo o seu patrimônio com a sua vida boêmia. O antologista Ezequiel Fonseca Filho depõe que os versos daquele bardo que engrandece as letras potiguares, "tem o travo de uma revolta íntima." E um dia, melancólico, descrente dos amores que já teve outrora, escreveu os versos (que eu não sei a epígrafe) conforme adiante transcritos:

Parto descrente, pela estrada afora
Desta existência, desfolhando as flores
Da ilusão, da eperança e dos amores,
Sim! dos amores que eu já tive outrora!

Essa tristeza que me invade agora
Tem da saudade as luantes cores,
E tu, Mulher, por quem padeço dores
Não dás a esmola que minh"alma implora!

Ingrata, ao menos, vem ouvir as queixas
De um coração que sem amor tu deixas
A flutuar nos mares da aflição...

Parto descrente, e se te amar for crime
Esta minh"alma que a saudade oprime
Volta a pedir-te o sírio do perdão!...

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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

AÇU - FUTEBOL DE SALÃO


Esta seleção (fotografia acima) de futsal que eu prefiro chamar futebol de salão, era a seleção de Açu no começo da década de setenta. Em pé: Anchieta, Gão e Galêgo de Selé (Chiaba). Agachados: Barrá e Leleto.Por sinal visitando os bloga de Juscelino França e de Aluízio Lacerda deparei-me com uma matéria onde Aluízio (meu  ex-colega como funcionário comissionado da Assembléia Legislativa) recordando figuras da terra assuense como Chaguinha Pinheiro, Juninho, Cacau, Itinho de Souza (filhos de Chico de Ernesto).Leleto, dentre outros, lembrei-me de prestar uma homenagem ao nosso conterrâneo Welington Nogueira de Melo (Leleto) que se encontra hosspitalizado no Hospital São Lucas, de Natal,  lutando contra a morte. Leleto, assuense de boa cepa (de quem eu guardo boas recordações jogando nas quadras do Ibiapina e da AABB), na posição de  lateral esquerda. Leleo hoje, se jovem fosse e quisesse se profissionalizar como jogador, certamente estaria jogando num dos grandes clubes de futsal da terra brasileira. Ele, Leleto, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Naquela casa bancária trabalhou primeiramente na agência de sua terra natal - Assu, de onde saiu ainda jovem para trabalhar como gerente de uma certa agência do interior do Estado potiguar e depois em Natal. Rezemos, portanto, pelo seu restabelecimento.

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PATATIVA DO ASSARÉ NO ASSU



Em 1995 a convite do empresário Manuel Dantas (da empresa de fruticultura FRUNORTE), o afamado poeta cearense Patativa do Assaré esteve na cidade de Assu onde foi recebido por funcionários daquela empresa e várias autoridades locais. Na fotografia, esquerda para direita vejamos o contabilista Cornélio Soares, além dos vereadores da Câmara Municipal do Assu Nelson Inácio dos Santos Jr., Carlos Alberto Bezerra e o radialista Edmilson da Silva. Naquela ocasião Patativa fez elogios ao poeta assunse Renato Caldas. Vejamos o poema deste grande bardo da literatura popular brasileira, intitulado O Poeta da Roça, que diz assim:

Sou fio das matas, cantadô mão grossa,
Trabáio na roça, de inverno e de estio.
A minha choupana é tapada de barro,
Se fumo cigarro de páia de mio.

Sou poeta das brenha, não faço papé
De argum menestré, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.

Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.

Meu verso rastêro, singelo e sem graça.
Não entra na praça, no rico salão.
Meu verso só canta no campo e na roça
Nas pobres paióça, da serra ao sertão.

Só canto o buliço da vida apertada,
Da lida pesada, da roça e do eito.
E ás vez, recordando a feliz mocidade,
Canta uma sodade que mora em meu peito.

Eu canto o cabôco com suas caçada,
Nas noite assombrada que tudo apavora,
Por dentro da mata, com tanta corage
Topando a visage chamada caipora.

Eu canto o vaquêro vestido de côro,
Brigando com o tôro no mato fechado,
Que pega na ponta do brabo navio,
Ganhando lugio do dono do gado.

Eu canto o mendigo de sujo farrapo,
Coberto de trapo e mochila na mão,
Que chora pedindo o socorro dos home
E tomba de fome, sem casa e sem pão.

E assim, sem cobiça dos cofre luzente,
Eu vivo contente e feliz com a sorte,
Morando no campo, sem vê a cidade,
Cantando as verdade das coisa do norte.

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EU...TU Eu sou doçura, Mas o mel és tu A imagem é minha, Mas a cor é dada por ti A flor sou eu, Mas tu és a fragrância Eu sou felicidade, Ma...