terça-feira, 26 de outubro de 2010
OLAVO LACERDA MONTENEGRO
Olavo Lacerda Montenegro (1921-1999), nasceu na cidade de Açu (RN). Seu pai Manoel Pessoa Montenegro natural de Macau, litoral potiguar, chamado Manoel Pessoa Montenegro (Manezinho) foi prefeito do Açu durante 13 anos consecutivos nomeado por Getúlio Vargas. Sua mãe Maria Lacerda Montenegro era também açuense, por sinal, nome de uma das principais avenidas de Nova Parnamirim, região metropolitana do Natal (avenida Maria Lacerda). Olavo ainda jovem deixou o Açu para fixar morada na capital natalense onde casou-se com Neide Galliza Montenegro. Exereceu o mandato de deputado estadual em cinco legislaturas consecutivas: 1958, 1962, 1966, 1970 e 1974. Deputado combativo (ele foi um dos responsáveis pela formação da Cruzada da Esperança que levou Aluízio Alves ao Governo do Rio Grande do Norte, em 1960), defendia os interesses especialmente do Vale do Açu, importante região da terra potiguar. Na qualidade de deputado foi o autor da lei que elevou e deu foros de cidade os municípios de Alto do Rodrigues, Carnaubais e Pureza. Foi também sócio fundador da ANORC - Associação Norte-Riograndense de Criadores chegando a ser presidente daquela instituição, contribuindo consequentemente para a agropecuária do seu estado, bem como um dos sócios fundadores da Rádio Princesa do Vale, de sua terra natal. Deixou, além da sua esposa, cinco filhos, netos e bisnetos.
ASSUENSES DAS ANTIGAS
Esquerda para direita: Edson Cavalcante (Edson de Zé do Bar), Edmilson Antônio da Silva (Didio), (?), Ismar Diogenes Gurgel, (?). Edson e Ismar são empresários do ramo de mármores e granitos, Didio é funcionário aposentado do INSS, Ismar é proprietário da Mármore Ltda, por sinal, se não é a maior, pelo menos, é uma das maiores marmorias do Brasil estabelecida em Natal. Didio como bom açuense já na maturidade descobriu a arte de pintar (arte plástica).
domingo, 24 de outubro de 2010
'GUERRA DOS BÁRBAROS" INTERIORIZAÇÃO DA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA E A "GUERRA DOS BÁRBAROS"
(Por Eudes Dantas; Iracema Pereira; Jailma Oliveira N. F. de Azevedo; Margarida Maria da Silva; Maria das Dores Medeiros; Maria do Carmo Gomes; Sandra Cunha – Alunos do período 2001.2)
Durante o período colonial, as Capitanias Brasileiras tinham como base econômica a cultura da cana-de-açúcar. No Rio Grande do Norte essa base econômica se solidificou com o cultivo da cana - de- açúcar no litoral e o desenvolvimento da pecuária no Sertão, onde as terras eram impróprias para a cultura da cana. Essa atividade que de início era feita em pequena escala, passou a se expandir Sertão adentro quando ocorreu a ocupação Holandesa em Pernambuco. Tal expansão se deveu especialmente, ao fato de Pernambuco necessitar do gado tanto como força motriz para seus engenhos, como para o abastecimento alimentício, uma vez que o principal produto cultivado na referida capitania era o açúcar. Além do mais, o gado se constituía numa fonte econômica abundante, já que dele era aproveitado quase tudo, inclusive o próprio couro que era exportado para outros países e que levou ao surgimento de oficinas de beneficiamento (curtumes) em Recife.
Todavia, com a expulsão dos Holandeses do Brasil muito gado ficou sem dono, vagando e espalhando-se pelo Sertão, fazendo com que logo colonos interessados em apascenta-los, ocupassem suas ribeiras. E com a colonização Portuguesa e o povoamento se acentuando cada vez mais, através da formação das cidades e vilas, ficava bastante complicado alimentar a população, visto que as terras que não estavam sendo utilizadas para o plantio de cana-de-açúcar, estavam ocupadas com a criação do gado. Para solucionar esta questão, as autoridades provinciais resolveram limitar a criação do gado, proibindo-a até dez léguas do mar e também as margens dos rios, para que estas terras pudessem ser preservadas tanto para o cultivo da cana, quanto também, para outros produtos agrícolas. Essa legislação resultou na ocupação das terras até então inexploradas, já que a atividade pecuária exigia uma maior quantidade das mesmas.
Contudo, a posse da terra era controlada pelo Governador Geral que só concedia a posse mediante o "povoamento" dentro de um ano, sendo esta posse cabível quando entregue aos colonos portugueses ou vassalos do rei de Portugal. Assim, criou-se no pensamento colonial a idéia de um interior "vazio", apesar de ser habitado pelos nativos da terra que não foram tidos como seres humanos. Todavia, de início foi muito comum à convivência pacífica entre nativos e portugueses, devido principalmente ao pagamento de "resgates", por parte dos colonos. Vê-se assim, que existia um medo em demasia por parte do gentio devido ao avanço do colonizador em suas terras e vice-versa. Esses resgates eram uma espécie de "imposto da paz", que visava uma certa cordialidade entre o invasor e o invadido.
A partir de então, a ocupação portuguesa no Sertão do Rio Grande do Norte se intensificou devido ao avanço das frentes pastoris, que objetivava expandir a pecuária Sertão adentro, chegando o momento que devido a esse avanço pastoril, a presença indígena se torna um empecilho à colonização, levando as autoridades coloniais a utilizarem como estratégias de desocupação destas terras, a eliminação dos nativos que resistissem aos interesses colonizadores, especialmente os homens, já que as mulheres e crianças não eram mortas, pois poderiam servir aos interesses dos colonizadores.
Nesse período, nas Capitanias do Norte, habitavam os índios denominados de Tupis, que habitavam o litoral e Tapuias que habitavam o interior. Estes eram constituídos de vários grupos que possuíam especificidades entre si. Os Tarairiú era um desses grupos Tapuias habitantes do Sertão que se distinguia dos Kariri e dos Gê. Graças ao estudo de alguns cronistas, podemos conhecer como eram divididas as famílias Tapuias e onde habitavam essas várias nações. Os Tarairiú eram subdivididos em dois grupos e se diferiam entre outros aspectos, lingüístico – culturalmente dos Kariri e tinham como chefes Janduí e Cerro-Corá. Os primeiros habitavam áreas sub-litorâneas, como as margens dos rios da região Seridó e o segundo habitava nas proximidades de rios permanentes, como o Rio S. Francisco. Um dos aspectos da cultura indígena que provam as suas diversidades culturais, é a prática do endocanibalismo, ou seja, quando morria um membro da tribo, este era comido pela própria tribo, e também quando nascia um bebê morto, este era comido pela mãe, o que não acontecia com a tribo Kariri. Os Tarairiú que habitavam o Sertão da Capitania do Rio Grande dividiam-se em Jandui, Ariú, Pega, Canindé, Genipapo, Paiacú, Panati, Caratiú e Corene, os quais tiveram contato com os colonos portugueses quando a pecuária adentrou os Sertões. Esses Tapuias tinham os mesmos costumes de alguns índios do Brasil e gostavam de depilar e pintar todo o rosto e o corpo e costumavam cobrir os genitais, sendo que as mulheres usavam uma espécie de "avental" feito de folhas e os homens um cendal também de origem vegetal, além de enfeitarem o corpo com penas e outros adornos naturais.
O clima do sertão impunha aos Tarairiú uma vida seminômade, já que de acordo com as estações do ano, estes mudavam seu acampamento para outros lugares que garantissem seu sustento, não tendo aldeias fixas. Assim relatos apontam que nos meses de Novembro, Dezembro e Janeiro, os Tarairiú se colocavam perto do mar, já que essa região era mais rica. Dormiam em redes ou no chão. As migrações para outras áreas eram indicadas pelos feiticeiros e anunciadas pelos reis que determinavam o local do próximo acampamento. As mulheres eram encarregadas de transportar bagagens e procurar paus e folhagens para confecção de um novo abrigo e os homens eram encarregados da caça, da pesca e da procura de mel, já que sua alimentação básica era esta, juntamente com frutos, raízes e ervas. Após as chuvas estes se deslocavam para as várzeas dos rios, onde plantavam mandioca, milho e legumes.
Os Tarairiú eram guerreiros temidos até por outros indígenas devido sua força, velocidade e destreza na guerra. Além das armas européias, eles adotaram o uso de cavalos, o que causava espanto aos Portugueses. Sendo uma sociedade guerreira, a posição dos "principais", ou seja, de um grande guerreiro, era de grande prestígio, havendo cerimônias de coroação com muitos festejos. Os acordos de paz também eram feitos com a presença do guerreiro, sendo que este juntamente com os seus, se tornavam a partir do "acordo", vassalos do Rei de Portugal.
Percebe-se até então, que estão explícitos os interesses coloniais para "livrar" o território da presença indígena, seja pela morte, pela fuga ou pela rendição forçada ou ainda com outras estratégias de intimação para obter escravos disponíveis a colonização. E na tentativa de expulsar os índios e de se apropriar das suas terras para desenvolver a pecuária, iniciava-se a ampliação das fronteiras econômicas em direção aos Sertões das Capitanias Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará. Contudo, esse empenho colonial gerou muitos conflitos, onde até os padres seculares temiam vir até o Rio Grande, por medo dos "bárbaros" tapuias. Durante as décadas de 1670 e 80, com a distribuição de sesmarias nas ribeiras dos rios Acauã, Seridó, Açu, Apodi e Mossoró, e implantação da pecuária na capitania do Rio Grande, foi criada uma situação que de certa forma favoreceu uma convivência entre os Tapuias e vaqueiros, tanto que os conflitos eram resolvidos através de "acordos", sendo que em algumas situações, os conflitos eram resolvidos através da "força", ou seja, pela escravização indígena para a mão-de-obra. Esses conflitos foram se alastrando e fazendo com que a situação se agravasse em ambas as partes, pois a interiorização cada vez mais forte da pecuária vinda de um lado, do litoral de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande e do outro (Maranhão, Piauí e Ceará), colocava os indígenas numa situação de imobilidade diante das frentes pastoris, levando-os a se constituir numa barreira à colonização, que foi denominada de "muro do demônio". Por conseguinte, os índios "espremidos" num limite mínimo de terras, pressionadas e sem saída reagiram violentamente, levando a capitania a uma deflagração que ficou conhecida como a "Guerra dos Bárbaros".
No ano de 1687, a reação Tarairiu à colonização, intensificou-se tanto que foi preciso pedir intermédio de um vereador da câmara enviado ao governador geral na Bahia, pois o levante já havia causado grande catástrofe. O governador geral Mathias da Cunha, vendo a possibilidade da retomada das terras pelos Tarairiú, ordenou que o coronel Antônio de Albuquerque da câmara assumisse a liderança de interesse dos colonizadores.
Os Portugueses construíam várias casas fortes onde se instalavam, só que por serem feitas apressadamente, estas eram inseguras o que permitia constantes ataques dos nativos. Logo os colonizadores tentaram repreender os "indígenas", enviando tropas paulistas lideradas por Domingos Jorge Velho, para guerrear contra eles. Os objetivos dessa luta seriam degolar os guerreiros e escravizar suas mulheres e crianças, já que estas úteis, podendo ser inclusive vendidas para pagar os custos da guerra. Além disso, as mulheres cativas, iriam trabalhar na agricultura, enquanto as crianças seriam educadas nos moldes católicos e de acordo com os interesses dos dominadores. Nesse sentido, aos poucos eles iriam se desprendendo de suas raízes culturais.
Percebe-se assim, que a guerra afetava profundamente o cotidiano dos indígenas, já que estas aconteciam em seus territórios forçando-os a migrar para o Litoral em busca da sobrevivência, o que antes faziam voluntariamente só nos períodos de seca para dela escapar. Essa nova situação levava os indígenas, como os Panati, a saquearem fazendas roubando e matando gado na tentativa desesperada de sobreviver à colonização portuguesa, fato que suscitou reações dos dominantes que logo buscaram conte-los, como comprovam as cartas enviadas pelos oficiais da Câmara de Natal ao capital-mor, solicitando desse que fizesse a distribuição desses índios já reduzidos na Aldeia do Guajiru, entre a população da Capitania para que estes passassem a reparar os danos que haviam causado aos colonos e moradores. Como se não bastasse a expropriação e a dizimação já realizada com esses índios pelos portugueses, estes ainda tinham que pagar uma conta que não lhes era sua e sim, devida pelos brancos aos mesmos. Todavia, como a lógica da colonização era além da liberação das terras para a pecuária, obter mão-de-obra necessária para o trabalho, se fazia então fundamental, desenvolver a escravidão. Daí o porque de retirar os indígenas da Aldeia com o pretexto de introduzi-los na fé católica, batizando-os e sustentando suas despesas em troca de seus serviços, pois caso permanecessem na aldeia não haveria como força-los ao trabalho, ou seja, escraviza-los. Por conseguinte, a guerra dos bárbaros só reforçou essa lógica ao atender os objetivos da colonização. Foi assim, que tanto Domingos Jorge Velho que dizimou muitos indígenas na serra do Acauã, hoje a conhecida Serra da Rajada, bem como, a tropa do Pernambuco comandada pelo capitão Afonso de Albertin, que dizimou a tribo dos Janduí na Ribeira do Açu, foram parabenizados pelos seus feitos pelo Governador geral e pelo novo governador de Pernambuco, já que seus prisioneiros foram levados para Recife como presentes para este último, sendo comercializados como escravos em praça pública para bom proveito de seus "carrascos" e ou vencedores.
Com o continuar da repressão aos Tapuias e as vitórias obtidas, os oficiais da Câmara de Natal enviaram um Memorial ao Rei, no qual alegando a este as perdas de colonos e despesas realizadas para com o desenvolvimento da "guerra dos bárbaros", solicitava o reparo das mesmas com o pagamento do gado perdido e a distribuição das terras "liberadas" entre as pessoas da Capitania, além da criação de um presídio no Arraial do Açu e de um alojamento com cem índios domesticados, para a proteção dos moradores e para que estes "ajudassem" no transporte do gado para Pernambuco.
É notório o interesse dos luso-brasileiros para que as perdas sofridas com a guerra, fossem logo reparadas, as terras expropriadas fossem distribuídas e ocupadas, evitando possíveis iniciativas dos Tarairiú de retoma-las. Todavia, estes bravios guerreiros, apesar das degolas, dos aprisionamentos, cativeiros e reduções em aldeamentos jesuíticos que sofreram ao longo dessa história que lhes fora imposta, resistiram por cerca de mais trinta anos sempre lutando como podiam pela posse de suas terras e na tentativa de vencer as injustas estratégias da dominação colonial. Assim, a colonização portuguesa no Rio Grande e no Brasil, se consolidou sob os moldes de uma visão cultural preconceituosa e injusta, onde o nativo passou de gentio a infiel, por não se submeter ou tentar resistir às imposições européias, fato esse, que acarretou o extermínio quase que completo dos nossos nativos.
ANEXOS:
BIBLIOGRAFIA:
LOPES, Maria de Fátima.Índios, Colonos e Missionários na Colonização do Rio Grande do Norte. Natal, 1999. Dissertação (Mestrado em História) Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Cap. 4. p. 102-129.
MONTEIRO, Denise Mattos.Introdução à História do Rio Grande do Norte – Natal:Edufrn, 2000. cap.1-2. p. 19-95
Postado por Oeste News
As Guerras dos Bárbaros ou A Guerra do Açu
A princípio o denominado Sertão do Açu compreendia toda ribeira do rio com este nome e a ribeira posteriormente chamada de Seridó, recorte espacial reputado como possuidor de grandes campos frescos e salubres, onde muito gado podia ser criado. Sua colonização começou no final da década de 1670 e início de 1680. Ocupavam originalmente essa região os nativos tapuias, na sua grande maioria pertencentes à nação dos janduís. Esta porção interior da Capitania do Rio Grande foi tocada inicialmente, pela empresa colonizadora, por vaqueiros que ali fabricavam currais e viviam em relativa paz com os primitivos habitantes.
Contudo, essa paz duraria muito pouco e está região seria palco das mais sangrentas batalhas e atrocidades cometidas ao longo das Guerras dos . Levantes isolados de grupos indígenas precederam o movimento que tomaria maiores dimensões e seria denominado na época como a Guerra do Açu.
Mesmo sendo difícil datar o início destas revoltas e levantes, é possível que os motivos da revolta remontam dos abusos de João Fernandes Vieira, Capitão-mor da Paraíba (1655–1657), quando este prendeu os dois filhos de Canindé, tido como "rei dos janduís".
As razões mais profundas podem ser encontradas na expulsão dos holandeses - fiéis aliados dos indígenas tapuias -, além do avanço da economia pastoril que promovia a ocupação das terras dos nativos, além do que, o sertão do Açu foi alvo da migração de pessoas vindas das demais províncias do Norte em fuga de um surto epidêmico de febre amarela. Diante desse panorama, os tapuias sentiram-se usurpados e resolveram reagir.
Por volta de 1661, cresceu a hostilidade dos tapuias, metendo medo no novo capitão-mor da Paraíba, Matias de Albuquerque Maranhão (1661–1663), o que escreveu imediatamente para a regente D. Luísa de Gusmão, avisando que os índios bárbaros haviam se rebelado causando grande receio à população branca do sertão. Por conseguinte, em 1662, a regente ordenou que fizesse guerra contra os janduís, antes que estes se fortalecessem.
Os conflitos com os tapuias se espalharam por todo sertão atingindo territórios dos atuais estados do Ceará, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba. No Rio Grande, região do Açu, os conflitos persistiram, uma vez que as nações tapuias estavam causando danos e dando cabo aos colonizadores e vaqueiros além de matar e comer o seu gado.
Não controlando a rebeldia dos nativos, por volta de 1687, os edis da vila de Natal, pediam ao governador de Pernambuco, João da Cunha, ajuda para combater os tapuias que, no sertão do Açu já tinham matado cerca de cem pessoas, além de destruírem tudo o que encontravam.
Em pouco tempo os tapuias fizeram-se senhores, novamente, de todo sertão ameaçando inclusive os colonos na ribeira do Ceará Mirim. Tal proximidade com a sede da Capitania colocava em perigo os moradores de Natal. Houve então a necessidade da vinda de socorro da Bahia. A solução encontrada pelo Governador Geral foi autorizar o envio de duas Companhias que partiram sob o comando do Coronel Antônio de Albuquerque Câmara.
No que tange ao Seridó, na ribeira do Acauã, chega em 1687 o coronel Antônio de Albuquerque da Câmara, que ali possuía uma sesmaria, para dar combate aos gentios, usando como base militar a casa-forte do Cuó, cujos alicerces ainda podem ser encontrados em Caicó.
No entanto, esta expedição resultou em um enorme fracasso, fazendo com que os moradores da Capitania do Rio Grande ficassem bastante abalados a ponto de ameaçarem "despejar a Capitania". Essa decisão dos moradores fez com que o capitão-mor do Rio Grande baixasse um edital para impedir o êxodo em massa, alertando a população dos possíveis danos que sofreriam se abandonasse a capitania.
Diante do caos, o Governo Geral pediu que o paulista Domingo Jorge Velho marchasse de Pernambuco com todas as forças que conseguisse mobilizar, pois cria que suas tropas, moldada no combate ao gentio, seria capaz de vencer os rebelados, um vez que eram bem organizadas, ao contrario das tropas pernambucanas reunidas por Albuquerque Câmara e Manuel de Abreu Soares.
No início de 1688, Matias da Cunha já havia escrito aos edis de São Paulo, alertando para o fato de que o Rio Grande se achava oprimido pelos bárbaros. Ele também escreveu à mesma Câmara afirmando que das fronteiras chegavam avisos de que as tropas não se atreviam a investir contra os índios nas suas aldeias, e que estes chegaram até mesmo a cercar os quartéis onde estavam Domingos Jorge Velho Antônio e Albuquerque Câmara, que pelejando quatro dias com os bárbaros, por falta de munições, tinham se retirado dos quartéis.
O acampamento do sertanista situava-se na ribeira do Piranhas, fronteira com a Paraíba. Combateu no Seridó sem, no entanto, participar da última batalha da guerra cujo palco foi o Acauã. Ali ficou sob o comando das tropas, um cabo de seu terço, que "derrotou o gentio (...) e trouxeram mil e tantos prisioneiros" . Neste combate teria sido preso o cacique Canindé, que em 1692 firmou um acordo de paz com os portugueses.
Segundo as informações do Capitão-mor do Rio Grande, Agostinho César de Andrade, em 1689 os bárbaros haviam se fracionado. Todavia, alguns janduís, chamados Panatis, resolveram continuar as hostilidades obstinadamente, enquanto outros negociaram as pazes.
Mesmo essa iniciativa não foi suficiente para os colonos, pois uma onda de pavor se espalhou entre aqueles que acreditavam que os tapuias tivessem pedido a paz para dela se aproveitar, preparando assim, uma ofensiva final.
Domingos Jorge Velho, continuou na peleja com os índios pelo menos até o final de 1689. Com efeito, em outubro, seu sargento-mor obtivera uma importante vitória sobre os bárbaros, que resulta na captura do principal janduí, Canindé.
A paz não foi uma conquista imediata. Alguns fatores conspiram a favor da instabilidade: negligência para com as tropas de Matias Cardoso; o atraso no pagamento dos soldos, que foi tratado apenas em 1693, deixando os soldados em desespero por causa da situação de desamparo que os desanimava. Corria-se desta forma o risco um motim desses soldados visto que já que a fazenda da capitania não dispunha mais de recursos para investir na guerra, sendo assim, os esforços de paz corriam sérios riscos.
Ainda em 1693, Matias Cardoso atacou os índios do Ceará, não alcançando muito êxito. Em 1695 estavam terminadas as atividades formais da Campanha dos paulistas.
Em 1694 João de Lencasto assumiu o Governo Geral na Bahia com o interesse de solucionar a Guerra dos Bárbaros. Em carta ao Capitão-mor do Rio Grande sugeriu para por fim às guerras que se procurasse a paz acima de tudo.
Na tentativa de arrefecer a rebelião dos tapuias fortaleceu-se a idéia de que era necessário o repovoamento co a ocupação perene das regiões fronteiriças. Para este feito as medidas foram tomadas. A determinação ordenava que em Açu, Jaguaribe e Piranhas se pudessem seis aldeias de índios. A importância dessa medida foi destacada por Lencastro de duas maneiras: de um lado a razão militar visto que essas aldeias amigas seriam importantes para a defesa das fronteiras; por outro lado o sistema econômico das lavouras açucareiras dependia do fluxo de animais de corte provindos desses sertões. Sendo assim, o cordão defensivo das aldeias, além do povoamento iria reconstruir a economia local e garantir a segurança.
Além dessa alternativa ganhava corpo outra que considerava a idéia de se chamar o terço Paulista para intervir já que tentar fazer as pazes com os tapuias era considerado um esforço de muito risco. Portanto, estavam postas na mesa duas saídas: a paz com os índios através do povoamento, ou a guerra continuada em bases militares.
A decisão tomada e aceita pelo rei em 10 de Março de 1695, foi de contratar o terço de paulistas, patrocinando-os e executando a lei de 1641 que possibilitava que esses "soldados" poderiam fazer os índios de cativos, no lucrativo comércio de escravos.
Os moradores do Rio Grande, associados à açucocracia de Pernambuco eram partidários de uma solução pacífica tendo como aliado o capitão-mor Bernardo Vieira de Melo, que achava que "só por meio da paz podia haver quietação". Na visão do capitão-mor, o melhor a fazer era um presídio na Ribeira do Açu, e os cordões de aldeias para povoarem as fronteiras. Sua iniciativa era contrária àquela articulada na Bahia, indicando que o levaria a uma colisão com o terço dos paulistas.
Os argumentos de Bernardo Vieira de Melo não surtiram efeitos para coroa, que já puseram em marcha a máquina de guerra paulista, comandada pelo meste-de-campo Manuel Alvares de Morais Navarro, que distribuiu patentes a ele e a todo o terço que fizeram parte deste levante. Navarro e sua gente partiram para Bahia de onde o terço saiu em direção a Paraíba. Após oito meses (10 de maio de 1699) juntaram-se a esse terço os capitães Manuel da Mata Coutinho e Manuel de Siqueira Rondon, acompanhados de setenta soldados.
As tensões permaneceram até que as pazes foram sendo tecidas pouco a pouco e o trabalho de sedentarização dos índios foi sendo orquestrado pela Coroa.
BIBLIOGRAFIA:
MACÊDO, M. História e espaço seridoenses entre os séculos XIX e XX. Mneme – Revista Virtual de Humanidades. CERES. Vol. 01, n.01. p.01-50. 2000.
PUNTONI, P. A Guerra do Açu. In: - A Guerra dos Bárbaros – povos indígenas e a colonização do sertão nordeste do Brasil, 1650-1720. S. Paulo, 1998.254p, Tese (Doutorado em História) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, USP. (CAP. 04).
Durante o período colonial, as Capitanias Brasileiras tinham como base econômica a cultura da cana-de-açúcar. No Rio Grande do Norte essa base econômica se solidificou com o cultivo da cana - de- açúcar no litoral e o desenvolvimento da pecuária no Sertão, onde as terras eram impróprias para a cultura da cana. Essa atividade que de início era feita em pequena escala, passou a se expandir Sertão adentro quando ocorreu a ocupação Holandesa em Pernambuco. Tal expansão se deveu especialmente, ao fato de Pernambuco necessitar do gado tanto como força motriz para seus engenhos, como para o abastecimento alimentício, uma vez que o principal produto cultivado na referida capitania era o açúcar. Além do mais, o gado se constituía numa fonte econômica abundante, já que dele era aproveitado quase tudo, inclusive o próprio couro que era exportado para outros países e que levou ao surgimento de oficinas de beneficiamento (curtumes) em Recife.
Todavia, com a expulsão dos Holandeses do Brasil muito gado ficou sem dono, vagando e espalhando-se pelo Sertão, fazendo com que logo colonos interessados em apascenta-los, ocupassem suas ribeiras. E com a colonização Portuguesa e o povoamento se acentuando cada vez mais, através da formação das cidades e vilas, ficava bastante complicado alimentar a população, visto que as terras que não estavam sendo utilizadas para o plantio de cana-de-açúcar, estavam ocupadas com a criação do gado. Para solucionar esta questão, as autoridades provinciais resolveram limitar a criação do gado, proibindo-a até dez léguas do mar e também as margens dos rios, para que estas terras pudessem ser preservadas tanto para o cultivo da cana, quanto também, para outros produtos agrícolas. Essa legislação resultou na ocupação das terras até então inexploradas, já que a atividade pecuária exigia uma maior quantidade das mesmas.
Contudo, a posse da terra era controlada pelo Governador Geral que só concedia a posse mediante o "povoamento" dentro de um ano, sendo esta posse cabível quando entregue aos colonos portugueses ou vassalos do rei de Portugal. Assim, criou-se no pensamento colonial a idéia de um interior "vazio", apesar de ser habitado pelos nativos da terra que não foram tidos como seres humanos. Todavia, de início foi muito comum à convivência pacífica entre nativos e portugueses, devido principalmente ao pagamento de "resgates", por parte dos colonos. Vê-se assim, que existia um medo em demasia por parte do gentio devido ao avanço do colonizador em suas terras e vice-versa. Esses resgates eram uma espécie de "imposto da paz", que visava uma certa cordialidade entre o invasor e o invadido.
A partir de então, a ocupação portuguesa no Sertão do Rio Grande do Norte se intensificou devido ao avanço das frentes pastoris, que objetivava expandir a pecuária Sertão adentro, chegando o momento que devido a esse avanço pastoril, a presença indígena se torna um empecilho à colonização, levando as autoridades coloniais a utilizarem como estratégias de desocupação destas terras, a eliminação dos nativos que resistissem aos interesses colonizadores, especialmente os homens, já que as mulheres e crianças não eram mortas, pois poderiam servir aos interesses dos colonizadores.
Nesse período, nas Capitanias do Norte, habitavam os índios denominados de Tupis, que habitavam o litoral e Tapuias que habitavam o interior. Estes eram constituídos de vários grupos que possuíam especificidades entre si. Os Tarairiú era um desses grupos Tapuias habitantes do Sertão que se distinguia dos Kariri e dos Gê. Graças ao estudo de alguns cronistas, podemos conhecer como eram divididas as famílias Tapuias e onde habitavam essas várias nações. Os Tarairiú eram subdivididos em dois grupos e se diferiam entre outros aspectos, lingüístico – culturalmente dos Kariri e tinham como chefes Janduí e Cerro-Corá. Os primeiros habitavam áreas sub-litorâneas, como as margens dos rios da região Seridó e o segundo habitava nas proximidades de rios permanentes, como o Rio S. Francisco. Um dos aspectos da cultura indígena que provam as suas diversidades culturais, é a prática do endocanibalismo, ou seja, quando morria um membro da tribo, este era comido pela própria tribo, e também quando nascia um bebê morto, este era comido pela mãe, o que não acontecia com a tribo Kariri. Os Tarairiú que habitavam o Sertão da Capitania do Rio Grande dividiam-se em Jandui, Ariú, Pega, Canindé, Genipapo, Paiacú, Panati, Caratiú e Corene, os quais tiveram contato com os colonos portugueses quando a pecuária adentrou os Sertões. Esses Tapuias tinham os mesmos costumes de alguns índios do Brasil e gostavam de depilar e pintar todo o rosto e o corpo e costumavam cobrir os genitais, sendo que as mulheres usavam uma espécie de "avental" feito de folhas e os homens um cendal também de origem vegetal, além de enfeitarem o corpo com penas e outros adornos naturais.
O clima do sertão impunha aos Tarairiú uma vida seminômade, já que de acordo com as estações do ano, estes mudavam seu acampamento para outros lugares que garantissem seu sustento, não tendo aldeias fixas. Assim relatos apontam que nos meses de Novembro, Dezembro e Janeiro, os Tarairiú se colocavam perto do mar, já que essa região era mais rica. Dormiam em redes ou no chão. As migrações para outras áreas eram indicadas pelos feiticeiros e anunciadas pelos reis que determinavam o local do próximo acampamento. As mulheres eram encarregadas de transportar bagagens e procurar paus e folhagens para confecção de um novo abrigo e os homens eram encarregados da caça, da pesca e da procura de mel, já que sua alimentação básica era esta, juntamente com frutos, raízes e ervas. Após as chuvas estes se deslocavam para as várzeas dos rios, onde plantavam mandioca, milho e legumes.
Os Tarairiú eram guerreiros temidos até por outros indígenas devido sua força, velocidade e destreza na guerra. Além das armas européias, eles adotaram o uso de cavalos, o que causava espanto aos Portugueses. Sendo uma sociedade guerreira, a posição dos "principais", ou seja, de um grande guerreiro, era de grande prestígio, havendo cerimônias de coroação com muitos festejos. Os acordos de paz também eram feitos com a presença do guerreiro, sendo que este juntamente com os seus, se tornavam a partir do "acordo", vassalos do Rei de Portugal.
Percebe-se até então, que estão explícitos os interesses coloniais para "livrar" o território da presença indígena, seja pela morte, pela fuga ou pela rendição forçada ou ainda com outras estratégias de intimação para obter escravos disponíveis a colonização. E na tentativa de expulsar os índios e de se apropriar das suas terras para desenvolver a pecuária, iniciava-se a ampliação das fronteiras econômicas em direção aos Sertões das Capitanias Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará. Contudo, esse empenho colonial gerou muitos conflitos, onde até os padres seculares temiam vir até o Rio Grande, por medo dos "bárbaros" tapuias. Durante as décadas de 1670 e 80, com a distribuição de sesmarias nas ribeiras dos rios Acauã, Seridó, Açu, Apodi e Mossoró, e implantação da pecuária na capitania do Rio Grande, foi criada uma situação que de certa forma favoreceu uma convivência entre os Tapuias e vaqueiros, tanto que os conflitos eram resolvidos através de "acordos", sendo que em algumas situações, os conflitos eram resolvidos através da "força", ou seja, pela escravização indígena para a mão-de-obra. Esses conflitos foram se alastrando e fazendo com que a situação se agravasse em ambas as partes, pois a interiorização cada vez mais forte da pecuária vinda de um lado, do litoral de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande e do outro (Maranhão, Piauí e Ceará), colocava os indígenas numa situação de imobilidade diante das frentes pastoris, levando-os a se constituir numa barreira à colonização, que foi denominada de "muro do demônio". Por conseguinte, os índios "espremidos" num limite mínimo de terras, pressionadas e sem saída reagiram violentamente, levando a capitania a uma deflagração que ficou conhecida como a "Guerra dos Bárbaros".
No ano de 1687, a reação Tarairiu à colonização, intensificou-se tanto que foi preciso pedir intermédio de um vereador da câmara enviado ao governador geral na Bahia, pois o levante já havia causado grande catástrofe. O governador geral Mathias da Cunha, vendo a possibilidade da retomada das terras pelos Tarairiú, ordenou que o coronel Antônio de Albuquerque da câmara assumisse a liderança de interesse dos colonizadores.
Os Portugueses construíam várias casas fortes onde se instalavam, só que por serem feitas apressadamente, estas eram inseguras o que permitia constantes ataques dos nativos. Logo os colonizadores tentaram repreender os "indígenas", enviando tropas paulistas lideradas por Domingos Jorge Velho, para guerrear contra eles. Os objetivos dessa luta seriam degolar os guerreiros e escravizar suas mulheres e crianças, já que estas úteis, podendo ser inclusive vendidas para pagar os custos da guerra. Além disso, as mulheres cativas, iriam trabalhar na agricultura, enquanto as crianças seriam educadas nos moldes católicos e de acordo com os interesses dos dominadores. Nesse sentido, aos poucos eles iriam se desprendendo de suas raízes culturais.
Percebe-se assim, que a guerra afetava profundamente o cotidiano dos indígenas, já que estas aconteciam em seus territórios forçando-os a migrar para o Litoral em busca da sobrevivência, o que antes faziam voluntariamente só nos períodos de seca para dela escapar. Essa nova situação levava os indígenas, como os Panati, a saquearem fazendas roubando e matando gado na tentativa desesperada de sobreviver à colonização portuguesa, fato que suscitou reações dos dominantes que logo buscaram conte-los, como comprovam as cartas enviadas pelos oficiais da Câmara de Natal ao capital-mor, solicitando desse que fizesse a distribuição desses índios já reduzidos na Aldeia do Guajiru, entre a população da Capitania para que estes passassem a reparar os danos que haviam causado aos colonos e moradores. Como se não bastasse a expropriação e a dizimação já realizada com esses índios pelos portugueses, estes ainda tinham que pagar uma conta que não lhes era sua e sim, devida pelos brancos aos mesmos. Todavia, como a lógica da colonização era além da liberação das terras para a pecuária, obter mão-de-obra necessária para o trabalho, se fazia então fundamental, desenvolver a escravidão. Daí o porque de retirar os indígenas da Aldeia com o pretexto de introduzi-los na fé católica, batizando-os e sustentando suas despesas em troca de seus serviços, pois caso permanecessem na aldeia não haveria como força-los ao trabalho, ou seja, escraviza-los. Por conseguinte, a guerra dos bárbaros só reforçou essa lógica ao atender os objetivos da colonização. Foi assim, que tanto Domingos Jorge Velho que dizimou muitos indígenas na serra do Acauã, hoje a conhecida Serra da Rajada, bem como, a tropa do Pernambuco comandada pelo capitão Afonso de Albertin, que dizimou a tribo dos Janduí na Ribeira do Açu, foram parabenizados pelos seus feitos pelo Governador geral e pelo novo governador de Pernambuco, já que seus prisioneiros foram levados para Recife como presentes para este último, sendo comercializados como escravos em praça pública para bom proveito de seus "carrascos" e ou vencedores.
Com o continuar da repressão aos Tapuias e as vitórias obtidas, os oficiais da Câmara de Natal enviaram um Memorial ao Rei, no qual alegando a este as perdas de colonos e despesas realizadas para com o desenvolvimento da "guerra dos bárbaros", solicitava o reparo das mesmas com o pagamento do gado perdido e a distribuição das terras "liberadas" entre as pessoas da Capitania, além da criação de um presídio no Arraial do Açu e de um alojamento com cem índios domesticados, para a proteção dos moradores e para que estes "ajudassem" no transporte do gado para Pernambuco.
É notório o interesse dos luso-brasileiros para que as perdas sofridas com a guerra, fossem logo reparadas, as terras expropriadas fossem distribuídas e ocupadas, evitando possíveis iniciativas dos Tarairiú de retoma-las. Todavia, estes bravios guerreiros, apesar das degolas, dos aprisionamentos, cativeiros e reduções em aldeamentos jesuíticos que sofreram ao longo dessa história que lhes fora imposta, resistiram por cerca de mais trinta anos sempre lutando como podiam pela posse de suas terras e na tentativa de vencer as injustas estratégias da dominação colonial. Assim, a colonização portuguesa no Rio Grande e no Brasil, se consolidou sob os moldes de uma visão cultural preconceituosa e injusta, onde o nativo passou de gentio a infiel, por não se submeter ou tentar resistir às imposições européias, fato esse, que acarretou o extermínio quase que completo dos nossos nativos.
ANEXOS:
BIBLIOGRAFIA:
LOPES, Maria de Fátima.Índios, Colonos e Missionários na Colonização do Rio Grande do Norte. Natal, 1999. Dissertação (Mestrado em História) Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Cap. 4. p. 102-129.
MONTEIRO, Denise Mattos.Introdução à História do Rio Grande do Norte – Natal:Edufrn, 2000. cap.1-2. p. 19-95
Postado por Oeste News
As Guerras dos Bárbaros ou A Guerra do Açu
A princípio o denominado Sertão do Açu compreendia toda ribeira do rio com este nome e a ribeira posteriormente chamada de Seridó, recorte espacial reputado como possuidor de grandes campos frescos e salubres, onde muito gado podia ser criado. Sua colonização começou no final da década de 1670 e início de 1680. Ocupavam originalmente essa região os nativos tapuias, na sua grande maioria pertencentes à nação dos janduís. Esta porção interior da Capitania do Rio Grande foi tocada inicialmente, pela empresa colonizadora, por vaqueiros que ali fabricavam currais e viviam em relativa paz com os primitivos habitantes.
Contudo, essa paz duraria muito pouco e está região seria palco das mais sangrentas batalhas e atrocidades cometidas ao longo das Guerras dos . Levantes isolados de grupos indígenas precederam o movimento que tomaria maiores dimensões e seria denominado na época como a Guerra do Açu.
Mesmo sendo difícil datar o início destas revoltas e levantes, é possível que os motivos da revolta remontam dos abusos de João Fernandes Vieira, Capitão-mor da Paraíba (1655–1657), quando este prendeu os dois filhos de Canindé, tido como "rei dos janduís".
As razões mais profundas podem ser encontradas na expulsão dos holandeses - fiéis aliados dos indígenas tapuias -, além do avanço da economia pastoril que promovia a ocupação das terras dos nativos, além do que, o sertão do Açu foi alvo da migração de pessoas vindas das demais províncias do Norte em fuga de um surto epidêmico de febre amarela. Diante desse panorama, os tapuias sentiram-se usurpados e resolveram reagir.
Por volta de 1661, cresceu a hostilidade dos tapuias, metendo medo no novo capitão-mor da Paraíba, Matias de Albuquerque Maranhão (1661–1663), o que escreveu imediatamente para a regente D. Luísa de Gusmão, avisando que os índios bárbaros haviam se rebelado causando grande receio à população branca do sertão. Por conseguinte, em 1662, a regente ordenou que fizesse guerra contra os janduís, antes que estes se fortalecessem.
Os conflitos com os tapuias se espalharam por todo sertão atingindo territórios dos atuais estados do Ceará, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba. No Rio Grande, região do Açu, os conflitos persistiram, uma vez que as nações tapuias estavam causando danos e dando cabo aos colonizadores e vaqueiros além de matar e comer o seu gado.
Não controlando a rebeldia dos nativos, por volta de 1687, os edis da vila de Natal, pediam ao governador de Pernambuco, João da Cunha, ajuda para combater os tapuias que, no sertão do Açu já tinham matado cerca de cem pessoas, além de destruírem tudo o que encontravam.
Em pouco tempo os tapuias fizeram-se senhores, novamente, de todo sertão ameaçando inclusive os colonos na ribeira do Ceará Mirim. Tal proximidade com a sede da Capitania colocava em perigo os moradores de Natal. Houve então a necessidade da vinda de socorro da Bahia. A solução encontrada pelo Governador Geral foi autorizar o envio de duas Companhias que partiram sob o comando do Coronel Antônio de Albuquerque Câmara.
No que tange ao Seridó, na ribeira do Acauã, chega em 1687 o coronel Antônio de Albuquerque da Câmara, que ali possuía uma sesmaria, para dar combate aos gentios, usando como base militar a casa-forte do Cuó, cujos alicerces ainda podem ser encontrados em Caicó.
No entanto, esta expedição resultou em um enorme fracasso, fazendo com que os moradores da Capitania do Rio Grande ficassem bastante abalados a ponto de ameaçarem "despejar a Capitania". Essa decisão dos moradores fez com que o capitão-mor do Rio Grande baixasse um edital para impedir o êxodo em massa, alertando a população dos possíveis danos que sofreriam se abandonasse a capitania.
Diante do caos, o Governo Geral pediu que o paulista Domingo Jorge Velho marchasse de Pernambuco com todas as forças que conseguisse mobilizar, pois cria que suas tropas, moldada no combate ao gentio, seria capaz de vencer os rebelados, um vez que eram bem organizadas, ao contrario das tropas pernambucanas reunidas por Albuquerque Câmara e Manuel de Abreu Soares.
No início de 1688, Matias da Cunha já havia escrito aos edis de São Paulo, alertando para o fato de que o Rio Grande se achava oprimido pelos bárbaros. Ele também escreveu à mesma Câmara afirmando que das fronteiras chegavam avisos de que as tropas não se atreviam a investir contra os índios nas suas aldeias, e que estes chegaram até mesmo a cercar os quartéis onde estavam Domingos Jorge Velho Antônio e Albuquerque Câmara, que pelejando quatro dias com os bárbaros, por falta de munições, tinham se retirado dos quartéis.
O acampamento do sertanista situava-se na ribeira do Piranhas, fronteira com a Paraíba. Combateu no Seridó sem, no entanto, participar da última batalha da guerra cujo palco foi o Acauã. Ali ficou sob o comando das tropas, um cabo de seu terço, que "derrotou o gentio (...) e trouxeram mil e tantos prisioneiros" . Neste combate teria sido preso o cacique Canindé, que em 1692 firmou um acordo de paz com os portugueses.
Segundo as informações do Capitão-mor do Rio Grande, Agostinho César de Andrade, em 1689 os bárbaros haviam se fracionado. Todavia, alguns janduís, chamados Panatis, resolveram continuar as hostilidades obstinadamente, enquanto outros negociaram as pazes.
Mesmo essa iniciativa não foi suficiente para os colonos, pois uma onda de pavor se espalhou entre aqueles que acreditavam que os tapuias tivessem pedido a paz para dela se aproveitar, preparando assim, uma ofensiva final.
Domingos Jorge Velho, continuou na peleja com os índios pelo menos até o final de 1689. Com efeito, em outubro, seu sargento-mor obtivera uma importante vitória sobre os bárbaros, que resulta na captura do principal janduí, Canindé.
A paz não foi uma conquista imediata. Alguns fatores conspiram a favor da instabilidade: negligência para com as tropas de Matias Cardoso; o atraso no pagamento dos soldos, que foi tratado apenas em 1693, deixando os soldados em desespero por causa da situação de desamparo que os desanimava. Corria-se desta forma o risco um motim desses soldados visto que já que a fazenda da capitania não dispunha mais de recursos para investir na guerra, sendo assim, os esforços de paz corriam sérios riscos.
Ainda em 1693, Matias Cardoso atacou os índios do Ceará, não alcançando muito êxito. Em 1695 estavam terminadas as atividades formais da Campanha dos paulistas.
Em 1694 João de Lencasto assumiu o Governo Geral na Bahia com o interesse de solucionar a Guerra dos Bárbaros. Em carta ao Capitão-mor do Rio Grande sugeriu para por fim às guerras que se procurasse a paz acima de tudo.
Na tentativa de arrefecer a rebelião dos tapuias fortaleceu-se a idéia de que era necessário o repovoamento co a ocupação perene das regiões fronteiriças. Para este feito as medidas foram tomadas. A determinação ordenava que em Açu, Jaguaribe e Piranhas se pudessem seis aldeias de índios. A importância dessa medida foi destacada por Lencastro de duas maneiras: de um lado a razão militar visto que essas aldeias amigas seriam importantes para a defesa das fronteiras; por outro lado o sistema econômico das lavouras açucareiras dependia do fluxo de animais de corte provindos desses sertões. Sendo assim, o cordão defensivo das aldeias, além do povoamento iria reconstruir a economia local e garantir a segurança.
Além dessa alternativa ganhava corpo outra que considerava a idéia de se chamar o terço Paulista para intervir já que tentar fazer as pazes com os tapuias era considerado um esforço de muito risco. Portanto, estavam postas na mesa duas saídas: a paz com os índios através do povoamento, ou a guerra continuada em bases militares.
A decisão tomada e aceita pelo rei em 10 de Março de 1695, foi de contratar o terço de paulistas, patrocinando-os e executando a lei de 1641 que possibilitava que esses "soldados" poderiam fazer os índios de cativos, no lucrativo comércio de escravos.
Os moradores do Rio Grande, associados à açucocracia de Pernambuco eram partidários de uma solução pacífica tendo como aliado o capitão-mor Bernardo Vieira de Melo, que achava que "só por meio da paz podia haver quietação". Na visão do capitão-mor, o melhor a fazer era um presídio na Ribeira do Açu, e os cordões de aldeias para povoarem as fronteiras. Sua iniciativa era contrária àquela articulada na Bahia, indicando que o levaria a uma colisão com o terço dos paulistas.
Os argumentos de Bernardo Vieira de Melo não surtiram efeitos para coroa, que já puseram em marcha a máquina de guerra paulista, comandada pelo meste-de-campo Manuel Alvares de Morais Navarro, que distribuiu patentes a ele e a todo o terço que fizeram parte deste levante. Navarro e sua gente partiram para Bahia de onde o terço saiu em direção a Paraíba. Após oito meses (10 de maio de 1699) juntaram-se a esse terço os capitães Manuel da Mata Coutinho e Manuel de Siqueira Rondon, acompanhados de setenta soldados.
As tensões permaneceram até que as pazes foram sendo tecidas pouco a pouco e o trabalho de sedentarização dos índios foi sendo orquestrado pela Coroa.
BIBLIOGRAFIA:
MACÊDO, M. História e espaço seridoenses entre os séculos XIX e XX. Mneme – Revista Virtual de Humanidades. CERES. Vol. 01, n.01. p.01-50. 2000.
PUNTONI, P. A Guerra do Açu. In: - A Guerra dos Bárbaros – povos indígenas e a colonização do sertão nordeste do Brasil, 1650-1720. S. Paulo, 1998.254p, Tese (Doutorado em História) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, USP. (CAP. 04).
UM ANO DE LICEU DAS ARTES
Emanuel Amaral
Maria Betânia Monteiro - repórter
O imponente prédio do IFRN está fazendo hoje um ano de funcionamento após sua revitalização. Naquele espaço da avenida Rio Branco, chamado de Liceu das Artes, sede também da antiga TV Univeristária, abrigou em seus últimos suspiros independentes, a “República das Artes”, no qual vários grupos de teatro, artesãs, pintores ocupavam as salas para pensar, elaborar e às vezes vender os seus produtos. Ao serem convidados a deixar o local, os artistas ficaram com a promessa de serem incluídos na programação do novo espaço.
Um ano DEPOIS DE restaurado e com A agenda regular de eventos, o IFRN, prédio onde funcionou a república das artes, ainda não tem a vida ativa de um grande centro culturalO VIVER esteve no Instituto Federal para conferir como anda a parceria entre a comunidade (...).
(Tribuna do Norte)
Maria Betânia Monteiro - repórter
O imponente prédio do IFRN está fazendo hoje um ano de funcionamento após sua revitalização. Naquele espaço da avenida Rio Branco, chamado de Liceu das Artes, sede também da antiga TV Univeristária, abrigou em seus últimos suspiros independentes, a “República das Artes”, no qual vários grupos de teatro, artesãs, pintores ocupavam as salas para pensar, elaborar e às vezes vender os seus produtos. Ao serem convidados a deixar o local, os artistas ficaram com a promessa de serem incluídos na programação do novo espaço.
Um ano DEPOIS DE restaurado e com A agenda regular de eventos, o IFRN, prédio onde funcionou a república das artes, ainda não tem a vida ativa de um grande centro culturalO VIVER esteve no Instituto Federal para conferir como anda a parceria entre a comunidade (...).
(Tribuna do Norte)
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
RENATO CALDAS HOMENAGEIA SANEDITE - FILHA PRIMOGÊNITA DE SANDOVAL MARTINS
Amigos o texto que segue foi uma forma simples e de verdadeira solidariedade de Renato para com meu pai Sandoval Martins nos idos de 1943, por ocasião do falecimento de sua primeira filhinha (Sanedite) de forma imensamente prematura.
(Do blog de Marival Martins - Aposentado_UFRN)
DIRETAMENTE DO VALE DO AÇU PARA A MESA
Não precisa mais atravessar 210 quilômetros para saborear alguns dos sabores mais típicos do interior potiguar. Abrirá neste sábado, no Potengi Flat, Petrópolis, a loja Delícias de Assu e do Vale, um espaço que visa assuenses saudosos da terrinha, bem como os interessados por iguarias regionais que só se encontram por lá. Na inauguração, às 10h, também será lançado o livro “Assu – Dos janduís ao sesquicentenário”, do historiador Ivan Pinheiro.
“Cansei de sempre viajar de Natal a Assu pra comprar as coisas que eu gosto de comer. Resolvi trazer tudo pra cá”, brinca o proprietário Francisco das Chagas Pinheiro, um dentista que se lança ao comércio pela primeira vez. Saudades dos sabores da terra assuense. Chagas reuniu no cardápio de sua casa na capital, alguns dos itens mais apreciados por quem conhece as delícias de Assu – e que não estão em outras lojas do gênero.
Como se fosse uma delicatessen sertaneja vem de lá iguarias típicas para acompanhar chás e cafés, como as bolachas casquinha, praieira e sete capas, o doce alfenim, banana passa, e o histórico biscoito ‘flor do Assu’. Chagas explica a origem da guloseima: “A flor do Assu é um receita de 80 anos, criada por Solon Wanderley para agradar uma mulher grávida de sua família, que não conseguia comer nenhum tipo de biscoito ou pão da padaria da cidade. Então ele criou esse biscoitinho em forma de estrela, que leva erva doce, pimenta do reino, e outros ingredientes secretos. Daí nasceu a tradição”. Há ainda as castanhas de caju fornecidas pelo assentamento Pingos, certificado de qualidade.
O banquete continua com outros itens só achados no Assu, como filés de tucunaré, tilápia e traíra, todos peixes típicos daquelas mesas. Camarão é outro fruto do mar que está no cardápio. O feijão verde da terra também é peculiar, com seus grãos maiores que os demais. Destaque também para o queijo de coalho com orégano, “para mostrar que não é só Caicó que faz queijo de primeira”, ressalta Chagas. Para brindar o cardápio, a Delícias do Assu irá servir a cachaça Imperial do Vale, uma caninha produzida nos engenhos de Assu. E quem quiser levar também elementos para decorar a casa, terpa peças e artesanato de palha de carnaúba e banana.
Serviço:
Delícias do Assu e do Vale. Inauguração no sábado, às 10h, no Potengi Flat, Petrópolis.
(Fonte: Tribuna do Norte)
“Cansei de sempre viajar de Natal a Assu pra comprar as coisas que eu gosto de comer. Resolvi trazer tudo pra cá”, brinca o proprietário Francisco das Chagas Pinheiro, um dentista que se lança ao comércio pela primeira vez. Saudades dos sabores da terra assuense. Chagas reuniu no cardápio de sua casa na capital, alguns dos itens mais apreciados por quem conhece as delícias de Assu – e que não estão em outras lojas do gênero.
Como se fosse uma delicatessen sertaneja vem de lá iguarias típicas para acompanhar chás e cafés, como as bolachas casquinha, praieira e sete capas, o doce alfenim, banana passa, e o histórico biscoito ‘flor do Assu’. Chagas explica a origem da guloseima: “A flor do Assu é um receita de 80 anos, criada por Solon Wanderley para agradar uma mulher grávida de sua família, que não conseguia comer nenhum tipo de biscoito ou pão da padaria da cidade. Então ele criou esse biscoitinho em forma de estrela, que leva erva doce, pimenta do reino, e outros ingredientes secretos. Daí nasceu a tradição”. Há ainda as castanhas de caju fornecidas pelo assentamento Pingos, certificado de qualidade.
O banquete continua com outros itens só achados no Assu, como filés de tucunaré, tilápia e traíra, todos peixes típicos daquelas mesas. Camarão é outro fruto do mar que está no cardápio. O feijão verde da terra também é peculiar, com seus grãos maiores que os demais. Destaque também para o queijo de coalho com orégano, “para mostrar que não é só Caicó que faz queijo de primeira”, ressalta Chagas. Para brindar o cardápio, a Delícias do Assu irá servir a cachaça Imperial do Vale, uma caninha produzida nos engenhos de Assu. E quem quiser levar também elementos para decorar a casa, terpa peças e artesanato de palha de carnaúba e banana.
Serviço:
Delícias do Assu e do Vale. Inauguração no sábado, às 10h, no Potengi Flat, Petrópolis.
(Fonte: Tribuna do Norte)
TIÃO DA LANCHONETE COMEÇA A SER OBSERVADO PELO PCdoB ESTADUAL
O blog tem informações do principal motivo da visita do presidente estadual do PCdoB a cidade de Assu na manhã de hoje.
Antenor Roberto veio fazer uma avaliação conjuntural do resultado eleitoral da sigla na cidade dos poetas.
Tem como alvo principal o nome do micro-empresário, o ex-candidato a deputado federal Sebastião Araújo de Lima, "Tião da Lanchonete".
Tião da Lanchanete totalizou 3.911 votos em todo o Rio Grande do Norte, sendo que, particularmente, em Assú, foi o quinto mais votado para a Câmara Federal, com 2.311 sufrágios, obtendo dentro da coligação uma posição bastante destacada. Por esta razão o PCdoB, começa a ver o seu nome como uma opção para um projeto maior na cidade, podendo disputar majoritariamente a sucessão do prefeito Ivan Júnior.
Outro aspecto analisado tem por referência outro filiado, o ex-candidato a deputado estadual Renato César de Sá Leitão, com votação superior a 600 votos deverá aglutinar outros nomes visando uma composição de chapa para dar ao partido uma vaga no legislativo assuense.
O presidente Antônio de Pàdua, visa estabelecer uma campanha de filiação e incentivo para que novos nomes se agreguem ao projeto de fortalecimento do PCdoB, tudo será devidamente questionado e se a militância topar, daremos continuidade ao que iniciamos em 2.010, com candidaturas do partido representando nosso vale no parlamento estadual, assim será no pleito municipal de 2.012,concluiu Neto Burrego.
Escrito por aluiziolacerda às 10h05
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
ISTO É CARNAUBAIS - CORAÇÃO DA GRANDE VÁRZEA DO AÇU
Da paisagem de cartão-postal para o mercado internacional. Carnaubeiras continuam gerando renda ao trabalhador rural. O pôr-do-sol que abrilhanta nosso horizonte chama a atenção pela beleza rústica.
(Do Blog de Tony Martins)
(Do Blog de Tony Martins)
VI IMPACTO EVANGELISTICO "ASSU PARA CRISTO" TEM INÍCIO SÁBADO 23
A Segunda Igreja Batista da Convenção do Assu, promove nos próximos dias 23 e 24 (sábado e domingo), o VI Impacto Evangelístico “Assú para Cristo”, evento de cunho social, cultural e religioso, com o propósito de despertar os cristãos para o cumprimento de sua missão na promoção e na expansão do Reino de Deus e na demonstração de amor ao próximo.
Programação:
Dia 23.10
8h às 13h – Ação Social (bairro Parati 2000) e Evangelismo de rua.
17h – Marcha ao som do Ministério Tambores Remidos (Salvador/BA)
Dia 24.10
8h às 13h – Ação Social (bairro Parati 2000) e Evangelismo de rua.
19h – Culto de encerramento na 2ª Igreja Batista.
Mais informações em http://www.assuparacristo.blogspot.com
(Do Blog do Alderi Dantas).
Programação:
Dia 23.10
8h às 13h – Ação Social (bairro Parati 2000) e Evangelismo de rua.
17h – Marcha ao som do Ministério Tambores Remidos (Salvador/BA)
Dia 24.10
8h às 13h – Ação Social (bairro Parati 2000) e Evangelismo de rua.
19h – Culto de encerramento na 2ª Igreja Batista.
Mais informações em http://www.assuparacristo.blogspot.com
(Do Blog do Alderi Dantas).
PRODUTOS DO ASSU E DO VALE GANHA ENDEREÇO EM NATAL
Assuense de alma, vida e coração, o odontológo Francisco das Chagas Pinheiro “Doutor Chaguinha” abre em Natal uma loja recheada com as irresistíveis delícias do Assu e do Vale como filé de peixe de Tucunaré, Tilápia e Traíra, feijão verde, queijo de coalho, camarão, castanha de caju, banana passas, biscoito flor do Assu, bolachas Casquinha, Praeira e Sete Capas, alfinin, artesanato e etc, etc.
Para marcar a abertura do empreendimento, Doutor Chaguinha convida para no próximo sábado, 23, a partir das 10h00, na rua Potengi, 521 – Flat Potengi – loja 14, nas proximidades da Pça. Cívica, em Petropólis. Na ocasião, o historiador Ivan Pinheiro autografa o livro Assu - dos Janduís ao Sesquicentenário.
Todo material de comunicação da Delícias do Assu e do Vale foi criado pela AD Comunicação e Marketing/Copygraf.
(Do Blog do Alderi Dantas)
Para marcar a abertura do empreendimento, Doutor Chaguinha convida para no próximo sábado, 23, a partir das 10h00, na rua Potengi, 521 – Flat Potengi – loja 14, nas proximidades da Pça. Cívica, em Petropólis. Na ocasião, o historiador Ivan Pinheiro autografa o livro Assu - dos Janduís ao Sesquicentenário.
Todo material de comunicação da Delícias do Assu e do Vale foi criado pela AD Comunicação e Marketing/Copygraf.
(Do Blog do Alderi Dantas)
GLÓRIAS DO PASSADO
Carnaubais relembrado nesta imagem, tempo do primeiro exercicio constitucional, através do prefeito Valdemar Campielo Maresco ( in memorian), ladeado do seu staff administrativo, onde identificamos bem as figuras do agente administrativo: Adauto Cabral de Macedo, Tesoureiro Zé Cabral, Tabelião Chico Mariano, vice-prefeito Juca Benevides, comerciante Julião Bezerra, além dos funcionarios: Manoelzinho, Gilda Cavalcante e Luzia Pereira, Terezinha Siqueira e outros que não conseguimos nominar.
(Do BlogdeAluízioLacerda)
(Do BlogdeAluízioLacerda)
O ABOIO DO VAQUEIRO
Arte de Lúcia Caldas, artista plástica carioca.
... as seis horas da tarde, o sol se põe
nos parece o clarão tomar espanto.
Vem a noite, estendendo um negro manto.
Contra o claro, o escuro se põe.
Um satélite noturno se dispõe
Oferece o que tem do seu clarão
É bonito se ver o lampião
No alpendre do velho fazendeiro.
Quanto é belo o aboio do Vaqueiro
Nas chapadas do sertão.
Chico Traira, poeta cordelista potiguar.
... as seis horas da tarde, o sol se põe
nos parece o clarão tomar espanto.
Vem a noite, estendendo um negro manto.
Contra o claro, o escuro se põe.
Um satélite noturno se dispõe
Oferece o que tem do seu clarão
É bonito se ver o lampião
No alpendre do velho fazendeiro.
Quanto é belo o aboio do Vaqueiro
Nas chapadas do sertão.
Chico Traira, poeta cordelista potiguar.
domingo, 17 de outubro de 2010
Hoje amanheci mais experiente, graças a Deus escalamos mais um degrau da nossa existência, a vida é simplesmente uma dádiva que a natureza proporciona aos seus viventes, nada temos a reclamar, somente agradecimentos pelas imensas alegrias. pelos felizes momentos passados ao lado dos familiares e amigos, cuja repetição de cena vem acontecendo exatamente há sessesnta anos (60), que o divino espirito santo nos ilumine nas próximas etapas que haveremos de alcançar. Antecipadamente agradecemos as manifestações de apreço das amizades.
CÂNDIDO, O VAQUEIRO
Há muito tempo que eu precisava falar um pouco sobre Cândido Jonas Batista ou "Cândio de Vem-Vem" como era chamado por aqueles de sua época. Romeiro devoto de São Francisco de Canindé e padre Cícero Romão Batista, do Juazeiro. Certa vez, ele me trouxera uma fotografia sua tirada do alto da estátua de Padre Cicero. Ai eu perguntei a ele: Cândio, se você pulasse daquela altura não escapava nem a sua alma. Morreria ligeira, não achas? E ele naquela sua fé respondeu na hora:: "Claro que eu não morreria!"
Vaqueiro de profissão, pouco sei da sua origem, de seus ancestrais. Sei, apenas que meus avós maternos Fernando Tavares - Vem-Vem (que era fazendeiro nos sertões do Assu) e dona Celeste, tinha para com ele, muita confiança e simpatia.
Viveu parte da sua vida de simples vaqueiro na Fazenda Tanques então de propriedade de Vem-Vem, hoje pertencente a Tarcísio de Sá Leitão, no caminho de Paraú, vizinho a Fazenda Cruzeiro que pertencia a outro grande criador daquela região chamado Epifânio Barbosa, também extremando, salvo engano, com outras famosas fazendas Camelo e Limoeiro, de propriedade de João Celso Filho.
Estatura mediana, andar ligeiro, manso. porém decidido. Sabia como ningém comprar e vender gado. Gostava das festas de vaquejada dos velhos tempos do Assu. A Festa de São João Batista, padroeiro da terra assuense, era a sua praia, a melhor festa para ele. Não perdia uma noite de quermesse, uma noite de missa na na Matriz.
Foi amigo intransigente da família Tavares do Assu (filhos do casal Celeste e Vem-Vem) até morrer no dia em quem saiu de minha casa na cidade de Assu, à tardinha, para salvar um burro (jumento), que se encontrava ilhado no Sítio Baldum de propriedade de meu pai Edmilson Caldas de quem foi vaqueiro obediente, além de amigo durante décadas, quando tomou conhecimento que o rio Piranhas/Açu estava transbordando, de barreira a barreira na expressão popular, no inicio da década de oitenta.
Aquela fato, sua intenção de querer salvar um jumento arriscando a sua própria vida, a impressa escrita do estado noticiou, levando ao conhecimento de uma organização não governamental que lutava pela preservação daquele espécie em fazer um documentária sobre a sua vida de vaqueiro e amigo daquele "pobre animal".
Aquela fato, sua intenção de querer salvar um jumento arriscando a sua própria vida, a impressa escrita do estado noticiou, levando ao conhecimento de uma organização não governamental que lutava pela preservação daquele espécie em fazer um documentária sobre a sua vida de vaqueiro e amigo daquele "pobre animal".
Afinal, de Cândido, digo: Foi meu amigo leal como poucos". Um dia, sabe Deus, haveremos de nos reencontrarmos na eternidade!
Fernando Caldas
sábado, 16 de outubro de 2010
ACRESCENTANDO
Por Aluízio Lacerda
Por dever de oficio e emérito respeito aos nossos leitores, devemos acrescentar a lista expostas pelos eminentes blogueiros: Juscelino França e Fernando Caldas - Fanfa, os nomes dos deputados estaduais que também foram eleitos representando a zona norte do vale do Assu, com redutos eleitorais nas cidades de Pendências e Macau. Foram deputados em épocas distintas: Ângelo Varela pelo antigo PTN, Floriano Bezerra de Araújo - PTB, Geraldo dos Santos Queiroz no sistema bipartidário pelo MDB e o médico Hermano Paiva pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB.
"AMIGOS DO TIROL" PROMOVE ENSAIO GERAL DIA 13 DE NOVEMBRO
Está tudo pronto para o lançamento do livro homônimo no dia 18 de novembro, às 19h, na AABB
Os organizadores da festa “Amigos do Tirol” confirmaram nesta quinta-feira, 14, que será realizado um ensaio geral no sábado, 13 de novembro, a partir das 12h, na AABB, com entrada franca. Nesse dia será dado o “start” para a venda das camisetas de acesso à festa do dia 20 de novembro.
Estiveram presentes na reunião Roberto Rabelo, José Guedes (Deca), Maurício Baito, Assis Candido, Jorginho Lima, Reinaldo (Banda dos Anos Sessenta), Flavio Tonelli, Áureo Borges, Ariston, alem do maestro Nino e do sub-maestro Passinho.
Eles também deram os últimos acertos para a noite de autógrafos do livro homônimo que será lançado, também na AABB, às 19h30 do dia 18 de novembro, animado pela Banda dos Anos Sessenta. Na ocasião todos os autores da antologia estarão presentes e os compradores do livro poderão optar pelo autógrafo que desejar.
Banda de frevo
O coordenador da banda de frevo, Flavio Tonelli apresentou o contrato da banda, que alem dos 15 componentes, terá um guitarrista. Em seguida Reinaldo, líder da Banda dos Anos Sessenta prometeu entregar cópia do contrato da outra banda, Banda dos Anos 60, na próxima reunião.
Telão
Durante a festa Amigos do Tirol haverá um telão projetando fotos de todas as festas anteriores, desde 2001, seguindo a cronologia. Este ano haverá a documentação em vídeo da festa e do lançamento do livro. “Ficou decidido, também, que o repertório das bandas será de rock e frevo, basicamente, mas com uma ressalva: não serão executadas música de clubes de futebol, especificamente de ABC e América, para evitar ânimos exaltados”, informou Áureo Borges, um dos organizadores.
Os organizadores estão iniciando a captação dos patrocínios. “Além dos tradicionais patrocinadores, que são Pitú, Construtora M. Neto, Prontoclinica de Olhos, Medimagem, Drogaria Paiva e AABB, este ano terá a parceria da AGAÉ e possivelmente do Nordestão.
Com reportagem de Áureo Borges
Foto: Na foto Roberto Rabelo, Deca, Baito, Assis Candido, Jorginho Lima, Reinaldo, Flavio Tonelli, Áureo, Ariston, alem do maestro Nino e do sub-maestro Passinho / (Divulgação)
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