quinta-feira, 18 de novembro de 2010
LIVRO "AMIGOS DO TIROL" SERÁ LANÇADO NESTA QUINTA FEIRA
Após o sucesso do ‘Ensaio Geral’ realizado com a Banda Balaio de Gatos no último sábado, 13, a segunda parte das comemorações dos dez anos dos “Amigos do Tirol” será nesta quinta-feira, 18, na AABB, com o coquetel de lançamento do livro homônimo, às 18h, animado pelo Quarteto Banda dos Anos Sessenta.
Os autores da antologia, Fernando Mousinho, Petit das Virgens, Maurício Baito, Beto Rabello, José Guedes da Fonseca (Deca), Áureo Borges, Leonardo Sodré, Roberto Viana, José Ariston Neto, Jahyr Navarro, Raimundo Barata, Lenilson Carvalho, Franca Trigueiro, Leda Barbosa Gonçalves, Sérgio Freire, Evandro Freire, Dalton Melo de Andrade, Eduardo Alexandre Garcia (Dunga), Flávio Aguiar, Sérgio Dias, Roberto Monte, Fernando Nesi, Rilke Santos, Rita de Cássia Medeiros, Otávio Garcia, Augusto Leal, Amaro Jordão, Francisco Lira, Alderico Leandro, Isaías Costa, Sílvia Mota, Leonardo Cavalcanti (Naná), Edilberto Cavalcanti, Carlos Gurgel e Juarez Chagas, estarão presentes para os autógrafos.
A apresentação da obra foi escrita pelo jornalista e escritor Leonardo Sodré e a “orelha” pelo jornalista Petit das Virgens, que ressalta a franqueza da obra e o fato de ela ter sido escrita por muitas pessoas que não são do ramo, mas que tiveram a bondade de enriquecer o livro, que também é memorialista e conta um pouco da História do Tirol, com muitas fotos antigas.
A festa é no sábado
A movimentação dos “Amigos do Tirol” começa cedo no sábado, com uma missa de agradecimento e louvor na Igreja Santa Terezinha (matriz do bairro), às 08h, com a participação dos organizadores e participantes do evento.
Depois, às 12h, haverá o início da festa com a Banda dos Anos Sessenta, acrescida de um naipe de metais (trombone, sax tenor e trompete), que tocará até por volta das 16h30, quando então entra a orquestra de frevos Balaio de Gatos. Por volta das 20h a banda levará os foliões para o Restaurante Bela Napoli, onde tocará por mais sessenta minutos, encerrando a Decafesta “Amigos do Tirol” de 2010.
Serviço
Lançamento do livro Amigos do Tirol, quinta-feira, 18, às 18h, AABB
Missa de agradecimento e louvor, sábado, 20, às 08h, Igreja Santa Terezinha
Decafesta Amigos do Tirol, sábado, às 12h, AABB
Leonarso Sodré
Agência ECO de Notícias
.
Os autores da antologia, Fernando Mousinho, Petit das Virgens, Maurício Baito, Beto Rabello, José Guedes da Fonseca (Deca), Áureo Borges, Leonardo Sodré, Roberto Viana, José Ariston Neto, Jahyr Navarro, Raimundo Barata, Lenilson Carvalho, Franca Trigueiro, Leda Barbosa Gonçalves, Sérgio Freire, Evandro Freire, Dalton Melo de Andrade, Eduardo Alexandre Garcia (Dunga), Flávio Aguiar, Sérgio Dias, Roberto Monte, Fernando Nesi, Rilke Santos, Rita de Cássia Medeiros, Otávio Garcia, Augusto Leal, Amaro Jordão, Francisco Lira, Alderico Leandro, Isaías Costa, Sílvia Mota, Leonardo Cavalcanti (Naná), Edilberto Cavalcanti, Carlos Gurgel e Juarez Chagas, estarão presentes para os autógrafos.
A apresentação da obra foi escrita pelo jornalista e escritor Leonardo Sodré e a “orelha” pelo jornalista Petit das Virgens, que ressalta a franqueza da obra e o fato de ela ter sido escrita por muitas pessoas que não são do ramo, mas que tiveram a bondade de enriquecer o livro, que também é memorialista e conta um pouco da História do Tirol, com muitas fotos antigas.
A festa é no sábado
A movimentação dos “Amigos do Tirol” começa cedo no sábado, com uma missa de agradecimento e louvor na Igreja Santa Terezinha (matriz do bairro), às 08h, com a participação dos organizadores e participantes do evento.
Depois, às 12h, haverá o início da festa com a Banda dos Anos Sessenta, acrescida de um naipe de metais (trombone, sax tenor e trompete), que tocará até por volta das 16h30, quando então entra a orquestra de frevos Balaio de Gatos. Por volta das 20h a banda levará os foliões para o Restaurante Bela Napoli, onde tocará por mais sessenta minutos, encerrando a Decafesta “Amigos do Tirol” de 2010.
Serviço
Lançamento do livro Amigos do Tirol, quinta-feira, 18, às 18h, AABB
Missa de agradecimento e louvor, sábado, 20, às 08h, Igreja Santa Terezinha
Decafesta Amigos do Tirol, sábado, às 12h, AABB
Leonarso Sodré
Agência ECO de Notícias
.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
COMO ESTÁ O NOSSO VALE? PRODUZINDO PARA TODOS COMO SONHAVA DOM ELISEU? LAMENTAVELMENTE NÃO ESTÁ BEM!
Respondo de forma elementar um questionamento feito por Fernando Caldas ( Fanfa), após reproduzir em seu blog um artigo do saudoso mestre padre Zé Luiz, enfatizando com genialidade da visão cósmica que possuiu D. Elizeu Simões Mendes a respeito dos desafios pra desenvolver o Vale do Açu.
Parafraseando Cassimiro de Abreu, era menino,brincava na areia e aos meus 8 anos, comecei a ver o mundo com olhar critico, observando e comparando realidades, era pequeno, mas me lembro, das missões rurais chegando a porta da choupana do rústico varzeano, a comitiva formada por engenheiros agronômos, técnicos agricolas, assistentes sociais, religiosos, cooperativistas e alguns politicos inseridos nas reuniões comunitárias para receberem da equipe de D.Elizeu noções básicas de desenvolvimento, solidariedade e progresso.
Neste contexto o que mais se abordava era a eletrificação das propriedades para uma possivel produção irrigada.
Não demorou muito, o processo da mecanização foi chegando, tomou conta das fazendas, extendendo sua importância as áreas salineiras, substituindo a mão de obra operária por máquinas, tratores, enchedeiras e outros equipamentos geradores de produção.
O vale andou pra frente, aqui se instalaram os projetos fruticultores, lembro nos primeiros momentos da presença de Davi Americano, um dos grandes propulsores da produção em escala, ( manga, melão, tomate e até uvas) foram plantadas e colhidas em nosso fertilizante solo.
Mais adiante as multinacionais da banana invadiram o vale comprando suas melhores terras, episódio realizado logo após a inauguração da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, alguns venderam suas melhores glebas achando fazer bom negócio, outros tiveram suas terras desapropriadas por decretos governamentais a preço de bolo, a regra do desenvolvimento também induz prejuizos, muitos choram o abandono da terra, indo viver marginalizados com suas familias nas periferias dos centros urbanos.
Aqui se instalou a Frunorte comandada por Manoel Barreto, grande produção de melão e outros similares, emprego para os que possuiam qualificação técnica e para a grande massa de trabalhadores avulsos, a Directivos Agriicola, Delmont, fizeram o tripé da exportação fruticultora da região.
Assim ocorreu com a carcinicultura, a região Norte do vale do Assu, tornou-se um celeiro de camarão em cativeiro, empresas como a Maricultura Tropical, Camanor, Aquática e outros de menor porte formaram um auspicioso quadro de empregos, geração de renda e sobrevivencia dos seus agregados, nos municipios de Porto do Mangue e Pendências.
Repentinamente, as sucessivas enchentes regionais, o mercado internacional afetado pela variação cambial e as quedas do dólar americano, vieram com certeza afetar o parque de desenvolvimento instalado no vale do Açu.
David Americano tomou destino ignorado, não sabemos do seu roteiro, as empresas de fruticultura foram entrando em deficit, a Frunorte desativou sua produção, fechou pra balanço, dizem que abriu falência, as outras tem reduzido contigente, dispensado operários, diminuido produção.
Os carcinicultores em crise, a Maricultura deixou de produzir, acarretou desemprego, máquinas paradas, o setor de ração sem ter vendas e a região voltou ao crucial empobrecimento da sua origem.
O sonho de D. Elizeu foi o que chamamos de bom tempo por pouco tempo, é preciso mais uma vez se retomar a iniciativa, não sabemos pelas mãos de quem, D. Elizeu é apenas um mito desta belissima história.
Está ai meu caro Fanfa, uma pequena amostra do nosso subdesenvolvimento, voltamos a estaca zero, ainda mais com a crise do setor público, as prefeituras falidas, os prefeitos de pires na mão, implorando ao governo federal melhoria nas cotas do FPM, obrigados a fazerem o que não desejam: Corte de pessoal, contenção de despesas, atrasos de vencimentos e outras obrigações que o erário municipal não tem como resolver de imediato.
Escrito por aluiziolacerda às 10h45
FESTNATAL EXIBE OBRA DE FICÇÃO
Prossegue até dia 19 (sexta-feira), a mostra competitiva de ficção do 20º Festival de Cinema de Natal. Os filmes estão em cartaz no Moviecom 3, nas sessões de 14:20, 16:40, 19:00, 21:20. A sessão oficial, com presença dos jurados e convidados do Festival, ocorre às 19h. O preço é R$ 1 real. Hoje será exibido o filme “Salve Geral”, de Sérgio Rezende, com Andrea Beltrão; na quinta “Segurança Nacional”, e sexta-feria o filme “Como Esquecer”, com Ana Paula Arósio.
Fonte: Tribunado Norte
Fonte: Tribunado Norte
terça-feira, 16 de novembro de 2010
POETA MIGUEZIM GANHA PRÊMIO NACIONAL
O poema de cordel "Para gostar de ler", de Miguezim de Princesa, é um dos vencedores nacionais do Prêmio Mais Cultura de Literatura Popular, organizado em todo o Brasil pelo Ministério da Cultura em homenagem a Patativa do Assaré. Miguezim de Princesa, poeta popular que colabora neste site, onde dispõe de espaço próprio, é um dos mais lidos da internet e tem seus trabalhos estudados no Trinity College, dos Estados Unidos. Receberá como prêmio um cheque de R$ 7 mil e a edição de 5 mil exemplares do poema.
PARA GOSTAR DE LER
Miguezim de Princesa
I
Se o dinheiro está curto
Até pra comprar cueca
E nem de longe imagino
Visitar um sítio asteca,
Posso em sonhos viajar
Nos livros que encontrar
Dentro da biblioteca.
II
Pego um avião moderno
E saio rasgando o céu,
Entre cortinas de nuvens
Que mais se parecem um véu
Da noiva da esperança,
E vou me parar na França
Conhecendo a Torre Eiffel.
III
Num banquinho de madeira,
Sem tirar os pés da terra,
Nas letras do livro-sonho,
Que tanta grandeza encerra,
Com algumas páginas lidas
Vejo todas as batidas
Do Big Bang da Inglaterra.
IV
Num distante pé de serra
Alguém ouvirá meu grito
A saudar a Palestina,
Seus pastores com cabritos,
Em meio a tanta incerteza,
E mais à frente as belezas
Das pirâmides do Egito.
V
Viajo também nos braços
Do romanceiro de cá,
Das lendas e das estórias
Do povo do meu lugar,
Vou dormir com um poema
E me acordo com Iracema
De José de Alencar.
VI
Cante lá, que eu canto cá,
Dizia com firmeza e fé
O menestrel popular
Patativa do Assaré.
É estudado na França,
Seu livro é luta e esperança,
Mostra a vida como é.
VII
No Rio Grande do Norte,
Prosseguindo meu estudo,
Vou conhecendo a Iara
De belo corpo desnudo.
Pro sonho ficar mais quente,
Ela eu ganhei de presente
Do grande Câmara Cascudo.
VIII
Na vizinha Paraíba,
Vi João Grilo na subida;
Fui ao céu e ao inferno,
Que era um beco sem saída
Por Ariano criado
No enredo bem bolado
Auto da Compadecida.
IX
Nas páginas paraibanas,
Vi quanto Augusto sofreu
Ao escrever Versos Íntimos
No eterno Livro do EU;
Apurando o meu empenho,
De Zé Lins vi o Engenho
Cujo fogo já morreu.
X
Dancei frevo em Pernambuco
Em terreiro, praça e sala,
Maracatu, caboclinho,
Fiquei em ponto de bala,
Gilberto Freire, gentil,
Me apresentou o Brasil
Em Casa Grande e Senzala.
XI
Pelo século 19
Me enfurnei no sertão:
Conheci Maria Moura,
A valentia e a paixão
Que dobravam coronel.
Quem me contou foi Rachel
Na porteira do mourão.
XII
Com Aluizio Azevedo,
Numa Casa de Pensão,
Vi mulato de Cortiço
(Nossa miscigenação),
Andei com Gonçalves Dias,
Indianista da poesia,
Nas terras do Maranhão.
XIII
Fui parar nas Alagoas,
Terra de Graciliano,
Onde a cachorra Baleia
Foi atrás de Fabiano,
Vidas Secas de lamentos,
Batalhas e sofrimentos,
Sem rumo, esperança e plano.
XIV
Vi o Sargento Getúlio
Tomado de valentia,
De posse de uma lazarina,
Caminhar de noite e dia,
Conduzindo sem clemência
Um preso na diligência
Entre Sergipe e Bahia.
XV
Quem contou foi João Ubaldo,
E o fez com maestria,
Bem depois de Jorge Amado,
Escritor-mor da Bahia,
Que soube falar de amores,
Crenças, culturas e dores
Com cheiros de maresia.
XVI
Vejo a Tenda dos Milagres,
Em noite de lua cheia;
Gabriela cheira a cravo
No fogo que incendeia;
Na Cidade Baixa a farra,
Molecagem e algazarra
Dos Capitães da Areia.
XVII
O Nordeste é muito rico
Em termos de criação:
Aqui servimos banquete
De puríssima inspiração.
Só porque nunca fui jeca,
Estou numa biblioteca
Com o mundo em minhas mãos.
Fonte: claudiohumberto
Escrito por aluiziolacerda às 15h56
PARA GOSTAR DE LER
Miguezim de Princesa
I
Se o dinheiro está curto
Até pra comprar cueca
E nem de longe imagino
Visitar um sítio asteca,
Posso em sonhos viajar
Nos livros que encontrar
Dentro da biblioteca.
II
Pego um avião moderno
E saio rasgando o céu,
Entre cortinas de nuvens
Que mais se parecem um véu
Da noiva da esperança,
E vou me parar na França
Conhecendo a Torre Eiffel.
III
Num banquinho de madeira,
Sem tirar os pés da terra,
Nas letras do livro-sonho,
Que tanta grandeza encerra,
Com algumas páginas lidas
Vejo todas as batidas
Do Big Bang da Inglaterra.
IV
Num distante pé de serra
Alguém ouvirá meu grito
A saudar a Palestina,
Seus pastores com cabritos,
Em meio a tanta incerteza,
E mais à frente as belezas
Das pirâmides do Egito.
V
Viajo também nos braços
Do romanceiro de cá,
Das lendas e das estórias
Do povo do meu lugar,
Vou dormir com um poema
E me acordo com Iracema
De José de Alencar.
VI
Cante lá, que eu canto cá,
Dizia com firmeza e fé
O menestrel popular
Patativa do Assaré.
É estudado na França,
Seu livro é luta e esperança,
Mostra a vida como é.
VII
No Rio Grande do Norte,
Prosseguindo meu estudo,
Vou conhecendo a Iara
De belo corpo desnudo.
Pro sonho ficar mais quente,
Ela eu ganhei de presente
Do grande Câmara Cascudo.
VIII
Na vizinha Paraíba,
Vi João Grilo na subida;
Fui ao céu e ao inferno,
Que era um beco sem saída
Por Ariano criado
No enredo bem bolado
Auto da Compadecida.
IX
Nas páginas paraibanas,
Vi quanto Augusto sofreu
Ao escrever Versos Íntimos
No eterno Livro do EU;
Apurando o meu empenho,
De Zé Lins vi o Engenho
Cujo fogo já morreu.
X
Dancei frevo em Pernambuco
Em terreiro, praça e sala,
Maracatu, caboclinho,
Fiquei em ponto de bala,
Gilberto Freire, gentil,
Me apresentou o Brasil
Em Casa Grande e Senzala.
XI
Pelo século 19
Me enfurnei no sertão:
Conheci Maria Moura,
A valentia e a paixão
Que dobravam coronel.
Quem me contou foi Rachel
Na porteira do mourão.
XII
Com Aluizio Azevedo,
Numa Casa de Pensão,
Vi mulato de Cortiço
(Nossa miscigenação),
Andei com Gonçalves Dias,
Indianista da poesia,
Nas terras do Maranhão.
XIII
Fui parar nas Alagoas,
Terra de Graciliano,
Onde a cachorra Baleia
Foi atrás de Fabiano,
Vidas Secas de lamentos,
Batalhas e sofrimentos,
Sem rumo, esperança e plano.
XIV
Vi o Sargento Getúlio
Tomado de valentia,
De posse de uma lazarina,
Caminhar de noite e dia,
Conduzindo sem clemência
Um preso na diligência
Entre Sergipe e Bahia.
XV
Quem contou foi João Ubaldo,
E o fez com maestria,
Bem depois de Jorge Amado,
Escritor-mor da Bahia,
Que soube falar de amores,
Crenças, culturas e dores
Com cheiros de maresia.
XVI
Vejo a Tenda dos Milagres,
Em noite de lua cheia;
Gabriela cheira a cravo
No fogo que incendeia;
Na Cidade Baixa a farra,
Molecagem e algazarra
Dos Capitães da Areia.
XVII
O Nordeste é muito rico
Em termos de criação:
Aqui servimos banquete
De puríssima inspiração.
Só porque nunca fui jeca,
Estou numa biblioteca
Com o mundo em minhas mãos.
Fonte: claudiohumberto
Escrito por aluiziolacerda às 15h56
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
DOM ELISEU
Esquerda para direita: (?), Osvaldo Amorim, Dom Eliseu, Francisco Amorim. A fotografia é do início da década de sessenta.
"Antes da Hidroservice Engenharia chegar, e da Construtora Andrade Gutierrez acionar suas máquinas; antes dos bispos fazerem manifestos e o Vale do Açu ter se sentindo judiado por não conhecer seu destino, houve um homem que acreditou nele e a ele se dedicou inteiramente.
Tive a ventura de experimentar de sua convivência; senti-lo impaciente e ardoroso, exultante e decidido, indicando a todos nós um caminho, que hoje ou amanhã teria que ser retomado.
Porque ele não foi escutado inteiramente, muita gente foi pegada de surpresa porque não continuaram regando a árvore que se plantou, o Vale do Açu ficou sem frutos e sem sombra.
E na hora da presumível colheita, o que aconteceu? Uma legião interminável de mãos vazias, debruçada na passarela das desesperanças.
Que seu trabalho ficaram apenas cicatrizes do seu rosto cansado, quase desiludido, e a doce lembrança de um homem forte, tão forte que se submeteu a longas caminhadas, quando queria somente permanecer aqui. E porque não ficou, o Vale ansioso para abraçar o futuro, que ele nos deixou como herança, foi definhando, definhando, até que de repente, sem aquela euforia dos tempos de J.K.; quando ele (Dom Eliseu) inaugurava fartura e dividia esperanças, o Vale do Açu se retomou e marcou um encontro com o seu amanhã.
Até ele chegar, o Vale estava adormecido. Dele cuidavam apenas os poetas.
Quando ele chegou, vieram missões, semanas rurais, convênios, cursos, treinamentos.
por causa dele, o Vale se encheu de Postos de Saúde, de Maternidades, de Cooperativas, de Motores Bombas, de Escolas.
Graças a ele, se organizaram grupos de trabalhos e o universo vocabular do varzeano, havia construção de embacies, canais de alvenaria, mecanização do solo, adubação, defesa anual, reflorestamento, sementes e mudas, centros educacionais, equipamentos, manutenção, colonização, armazenagem, comercialização, eletrificação rural, irrigação, melhoria qualitativas dos rebanhos, bibliotecas, assistência veterinária, mecanização da lavoura, máquinas forrozeiras, áreas cultivadas, produção, cooperativas.
E tudo era feito com ele presente. Aí está a grande diferença: Dom Eliseu ficou dentro do Vale. Não houve estrada que não houvesse conhecido seus passos. Nenhum caminho desconheceu sua presença.
Faz 21 anos que ele cercou de técnicos e começou no Vale um programa de irrigação, utilizando energia diesel com o aproveitamento das reservas d'água do subsolo, contando com o adicional do rio Açu.
A gente viajava de Açu a Pendências e via motores bombas pela várzea afora. Era um festival de pré-abundância. A Escola de Tratorista de Ipanguaçu cheia de rapazes, a fazenda do Governo cheia de frutas e um agrônomo ensinando a produzir.
Em Natal, Dom Eugênio criava a SAR, depois transformado num movimento que ele denominava Movimento de Natal. Havia uma emissora, alguns cursos em Ponta Negra, início de sindicalização rural, sob a orientação de Julieta Calazans. Mas o grande trabalho, o movimento com cheiro de terra e suor, convocando Agrônomos e Assistentes Sociais, pertencia a Dom Eliseu.
Talvez (quem sabe) soprado pela força literária de Mossoró, pela concorrência nobre, pelo desafio da terra, pela força de quem troxe como lema do seu episcopado, os novos caminhos do seu povo: SALUS GREGIS, que quer dizer - "Salvação do Rebanho".
Quando Dom Eliseu estava no Vale do Açu, criou-se um novo condicionamento na alma do seu povo. dele é que partiram as primeiras tentativas de mobilização do Vale como um todo.
Eu me lembro que conversando com ele sobre a situação de Pendências que pertencia a Arquidiocese de Natal, fora portanto de sua jurisdição, ele me respondeu: "Meu filho, quem está em questão é o Vale". E na semana seguinte, um Posto de Puericultura era iniciado em Pendências.
Quando ele foi embora, ou melhor, quando o mandaram para o Paraná. Começou a retratação gradativa do Vale do Açu. Com o novo regime, a Escola de Tratorista foi fechada, a Fazenda do Governo abandonada, os bancos se retraíram, as lideranças políticas se amofinaram, as Assistentes sociais foram embora, os agrônomos desapareceram, os motores bombas sumiram, as cooperativas emagreceram e os debates e cursos se escassearam. Mas, o futuro do Vale seria inevitável. A sua vocação intrínseca era produzir. Hoje ou amanhã, ele teria que ser lembrado, estudado, pesquisado,planejado, executado.
E aí está novamente O VALE DO AÇU retomado pelo Governo, desta vez sem as movimentações anteriores, sem a liderança de um Dom Eliseu. Desta vez o Vale valeu por sua própria natureza. Independentemente de apelos ou apoio, de gritos ou recompensas. Novamente o Vale valeu. desta vez, vieram máquinas, técnicos, dinheiro. CERTO? ERRADO?
Nesta altura do campeonato, o importante é mais uma vez ficar do lado do Vale. E ficar do seu lado, é querê-lo produzindo.Para todos e não apenas para alguns.
Não era assim que sonhava Dom Eliseu?"
Postado por Fernando Caldas
"Antes da Hidroservice Engenharia chegar, e da Construtora Andrade Gutierrez acionar suas máquinas; antes dos bispos fazerem manifestos e o Vale do Açu ter se sentindo judiado por não conhecer seu destino, houve um homem que acreditou nele e a ele se dedicou inteiramente.
Tive a ventura de experimentar de sua convivência; senti-lo impaciente e ardoroso, exultante e decidido, indicando a todos nós um caminho, que hoje ou amanhã teria que ser retomado.
Porque ele não foi escutado inteiramente, muita gente foi pegada de surpresa porque não continuaram regando a árvore que se plantou, o Vale do Açu ficou sem frutos e sem sombra.
E na hora da presumível colheita, o que aconteceu? Uma legião interminável de mãos vazias, debruçada na passarela das desesperanças.
Que seu trabalho ficaram apenas cicatrizes do seu rosto cansado, quase desiludido, e a doce lembrança de um homem forte, tão forte que se submeteu a longas caminhadas, quando queria somente permanecer aqui. E porque não ficou, o Vale ansioso para abraçar o futuro, que ele nos deixou como herança, foi definhando, definhando, até que de repente, sem aquela euforia dos tempos de J.K.; quando ele (Dom Eliseu) inaugurava fartura e dividia esperanças, o Vale do Açu se retomou e marcou um encontro com o seu amanhã.
Até ele chegar, o Vale estava adormecido. Dele cuidavam apenas os poetas.
Quando ele chegou, vieram missões, semanas rurais, convênios, cursos, treinamentos.
por causa dele, o Vale se encheu de Postos de Saúde, de Maternidades, de Cooperativas, de Motores Bombas, de Escolas.
Graças a ele, se organizaram grupos de trabalhos e o universo vocabular do varzeano, havia construção de embacies, canais de alvenaria, mecanização do solo, adubação, defesa anual, reflorestamento, sementes e mudas, centros educacionais, equipamentos, manutenção, colonização, armazenagem, comercialização, eletrificação rural, irrigação, melhoria qualitativas dos rebanhos, bibliotecas, assistência veterinária, mecanização da lavoura, máquinas forrozeiras, áreas cultivadas, produção, cooperativas.
E tudo era feito com ele presente. Aí está a grande diferença: Dom Eliseu ficou dentro do Vale. Não houve estrada que não houvesse conhecido seus passos. Nenhum caminho desconheceu sua presença.
Faz 21 anos que ele cercou de técnicos e começou no Vale um programa de irrigação, utilizando energia diesel com o aproveitamento das reservas d'água do subsolo, contando com o adicional do rio Açu.
A gente viajava de Açu a Pendências e via motores bombas pela várzea afora. Era um festival de pré-abundância. A Escola de Tratorista de Ipanguaçu cheia de rapazes, a fazenda do Governo cheia de frutas e um agrônomo ensinando a produzir.
Em Natal, Dom Eugênio criava a SAR, depois transformado num movimento que ele denominava Movimento de Natal. Havia uma emissora, alguns cursos em Ponta Negra, início de sindicalização rural, sob a orientação de Julieta Calazans. Mas o grande trabalho, o movimento com cheiro de terra e suor, convocando Agrônomos e Assistentes Sociais, pertencia a Dom Eliseu.
Talvez (quem sabe) soprado pela força literária de Mossoró, pela concorrência nobre, pelo desafio da terra, pela força de quem troxe como lema do seu episcopado, os novos caminhos do seu povo: SALUS GREGIS, que quer dizer - "Salvação do Rebanho".
Quando Dom Eliseu estava no Vale do Açu, criou-se um novo condicionamento na alma do seu povo. dele é que partiram as primeiras tentativas de mobilização do Vale como um todo.
Eu me lembro que conversando com ele sobre a situação de Pendências que pertencia a Arquidiocese de Natal, fora portanto de sua jurisdição, ele me respondeu: "Meu filho, quem está em questão é o Vale". E na semana seguinte, um Posto de Puericultura era iniciado em Pendências.
Quando ele foi embora, ou melhor, quando o mandaram para o Paraná. Começou a retratação gradativa do Vale do Açu. Com o novo regime, a Escola de Tratorista foi fechada, a Fazenda do Governo abandonada, os bancos se retraíram, as lideranças políticas se amofinaram, as Assistentes sociais foram embora, os agrônomos desapareceram, os motores bombas sumiram, as cooperativas emagreceram e os debates e cursos se escassearam. Mas, o futuro do Vale seria inevitável. A sua vocação intrínseca era produzir. Hoje ou amanhã, ele teria que ser lembrado, estudado, pesquisado,planejado, executado.
E aí está novamente O VALE DO AÇU retomado pelo Governo, desta vez sem as movimentações anteriores, sem a liderança de um Dom Eliseu. Desta vez o Vale valeu por sua própria natureza. Independentemente de apelos ou apoio, de gritos ou recompensas. Novamente o Vale valeu. desta vez, vieram máquinas, técnicos, dinheiro. CERTO? ERRADO?
Nesta altura do campeonato, o importante é mais uma vez ficar do lado do Vale. E ficar do seu lado, é querê-lo produzindo.Para todos e não apenas para alguns.
Não era assim que sonhava Dom Eliseu?"
Postado por Fernando Caldas
POEIRA DO CÉU
Poeira do Céu (antologia) de autoria do grande poeta considerado um dos maiores da língua portuguesa, açuense de Goianinha (RN) tem organização da professora Cássia de Fátima Matos, EDFURN, 2009. Aquela professora irá concluir a tese sobre o poeta João Lins Caldas e a defesa será dia 22 próximo, ás 14:)) hora no auditório C, do Centro de Ciências Humanas, letras e artes, daquela universidade.
Postado por Fernando Caldas
Postado por Fernando Caldas
domingo, 14 de novembro de 2010
POSSE DOS NOVOS VEREADORES DO AÇU, 1983
Fotografia do ato de posse dos novos vereadores do Açu (RN), mandato de 1983 a 1988. Na foto podemos ver, esquerda para direita o velho político Major Manoel de Melo Montenegro, Sebastião Alves, vereador recém eleito Fernando Antonio Caldas (que naquela ocasião serviu de secretário da mesa), José Maria Medeiros, vereador Antônio Garcia de Medeiros (presidente da Câmara), que deu posse aos novos vereadores eleitos nas eleições de 1982, Edmilson da\Silva, dentre outros. Como não poderia ser diferente para uma cidade de tantas figuras, podemos ver\ também a politiqueira que fazia parte do folclore de Açu, muito conhecida na cidade (não sei se ainda vive) chamada "Chica Sem Calça", sem querer redicularizar a sua pessoa.
Postado por Fernando Caldas
Postado por Fernando Caldas
ANTIGO MERCADO PÚBLICO DO AÇU
O Mercado visto da prça Pedro velho, onde se pode ver o Sobarado da Barones (em segundo plano) atual Casa de Cultura. O sobrado a esquerda com três janelas funcionou o Hotel Pátria.
O Mercado já quando existia apraça Pedro Velho, onde hoje está assentado o Banco do Nordeste,onde funcionou o Parque Infantil Palmério Filho.
Postado por Fernando Caldas
O Mercado já quando existia apraça Pedro Velho, onde hoje está assentado o Banco do Nordeste,onde funcionou o Parque Infantil Palmério Filho.
Postado por Fernando Caldas
AÇUENSES NA POLÍTICA POTIGUAR, 1916
Neste importante documento (imagem abaixo), podemos conferir alguns açuenses que fizeram parte da disputa (eleição) ao Congresso Legislativo do Estado e Intendentes Municipías, em 916 como, por exemplo, João Lins Caldas, dr, Ernesto da Fonseca, Minervino Wanderley, Justiniano Lins Caldas Filho, Moisés Soases, dentre outos.
MEMÓRIA VIVA DE UM RONDONISTA
Foto/arquivo/divulgação
Fiz o projeto Rondon em 1979 em Belém do Pará. Oriundo da zona rural de Santana do Matos tive a oportunidade de avaliar, comparar e dissertar uma das mais importantes experiências que tive na minha formação cultural. Realidade contextualizada por milhares de mãos de universitários em todo o país. Na época o Projeto proporcionava aos voluntários universitários o choque direto entre teoria e prática, anseios e dificuldades a serem enfrentadas por futuros profissionais.
Criado em julho de 1967, durante o governo militar, o Projeto tinha como objetivo promover o contato de estudantes universitários voluntários com o interior do país, através da realização de atividades assistenciais em comunidades carentes e isoladas. Entre 1967 e 1989, quando foi extinto, o projeto motivou mais de 350 mil estudantes de todas as regiões do País.
Foram valiosas experiências vivenciadas por nós, os estudantes da época. Naquele momento, foram depositados e creditados àquela geração, conceitos de nacionalidade e responsabilidade, oportunizando a expressão e análise de cada um, pelo próprio punho, sem indicações, direção ou influências sobre os potenciais do país, quase pronto para decolar. Certamente essa liberdade de pensamento aflorou aspirações políticas, o que canalizou posicionamentos e a formação de novas gerações, determinadas e conscientes das mudanças alcançadas.
Dutra Assunção/ redator-chefe do Jornal Cajarana
Escrito por aluiziolacerda às 06h24
Fiz o projeto Rondon em 1979 em Belém do Pará. Oriundo da zona rural de Santana do Matos tive a oportunidade de avaliar, comparar e dissertar uma das mais importantes experiências que tive na minha formação cultural. Realidade contextualizada por milhares de mãos de universitários em todo o país. Na época o Projeto proporcionava aos voluntários universitários o choque direto entre teoria e prática, anseios e dificuldades a serem enfrentadas por futuros profissionais.
Criado em julho de 1967, durante o governo militar, o Projeto tinha como objetivo promover o contato de estudantes universitários voluntários com o interior do país, através da realização de atividades assistenciais em comunidades carentes e isoladas. Entre 1967 e 1989, quando foi extinto, o projeto motivou mais de 350 mil estudantes de todas as regiões do País.
Foram valiosas experiências vivenciadas por nós, os estudantes da época. Naquele momento, foram depositados e creditados àquela geração, conceitos de nacionalidade e responsabilidade, oportunizando a expressão e análise de cada um, pelo próprio punho, sem indicações, direção ou influências sobre os potenciais do país, quase pronto para decolar. Certamente essa liberdade de pensamento aflorou aspirações políticas, o que canalizou posicionamentos e a formação de novas gerações, determinadas e conscientes das mudanças alcançadas.
Por pressão da União Nacional dos Estudantes (UNE), o projeto Rondon foi reativado pelo governo federal em 2005 com uma nova roupagem, reformulado como um programa de governo. Agora os estudantes são quase programados, motivados a pesquisar assuntos predefinidos. Evidentemente o programa alcança objetivos importantes, localizados, não isentando a observação e opiniões pessoais dos jovens universitários quanto aos outros segmentos carentes e preteridos pelo atual sistema, como também conceitos pessoais de política são enrequecidos com concepções atuais politizadas.
Naquela década, precisamente quando fiz o projeto, ferviam e afloravam aspirações políticas, girando em ciclo por necessárias mudanças, e nesses momentos, sempre chegam as respostas do sistema. A democracia retomada, hoje padece pela mancha permanente da corrupção oficializada. Mesmo assim, a nação está esperançosa de novos pensamentos sintetizados pelas análises dos conceitos universitários e de todo o povo rondonista. Outras respostas virão com o tempo, e assim, permanecem as opções mutáveis e definidas por todos os cidadãos brasileiros.
Santana do Matos, orgulhosa da divulgação e projeção que tomou nos seus últimos três anos, recebe com carinho os professores e universitários rondonistas. Que sintam eles a desigualdade, as dificuldades e diferenças de um país continental, que marquem em suas vidas como futuros profissionais, as histórias, conhecimentos adquiridos e façam citações como analogias para futuros ensinamentos. Lembrança viva e permanente, assim como fiz no conteúdo redigido na área social sobre a população carente de Belém do Pará em 1979, assim como lembram muitos brasileiros, as histórias, as experiências vividas como rondonistas. Rondonistas, esses agora multiplicados geometricamente por cada cidadão, pelas facilidades, pela modernização e oportunidade de alcance dos métodos e de novos processos de Ensino X Aprndizagem.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
FANFA SEMPRE FANFA
Por Aluizio Lacerda, BlogdeAluízioLacerda
Não poderia ser diferente ter no sangue tão profunda vertente, sua genealogia transcende vultos memoráveis da mais pura linhagem do saber, cultura poética das mais aguçadas da ribeirnha fertilizadora do ubérrimo vale do Açu, tradições que se evidenciam no presente, através do belissimo trabalho, feito abnegadamente por Fernando Caldas (Fanfa), cotidianamente um apaixonado dos causos e causas dos costumes regionalistas.
Fanfa tem sido um perfeito tradutor das grandes sabedorias que a eternidade consumiu com o passar do tempo, mas todos continuam revigorados no presente, graças ao timoneiro contemporâneo, usando o máximo da sua inteligência para fazer fluir as memórias das gerações passadas, no universo intelectual das gerações do presente.
Fanfa é na verdade um canal aberto, uma via direta para os caminhos do futuro dos que desejam cultuar momentos de prazeirosas leitura, amantes da arte e seguidores dos talentosos vates antepassados.
Faço uma santa devoção, diuturnamente dou uma acessada no blog do companheiro Fanfa, cada dia, cada noite, sinto o feliz prazer de rever fatos e fotos, informações e relatos de um tempo que se foi, que se não tiver outros Fanfas, preocupados com a sua propagação, certamente deixarão de aparecer, nunca de existir.
Parabéns, amigo Fanfa, continue sua prodigiosa labuta, resgate historicamente o legado deixado pelos grandes menestréis do nosso amado rincão.
"Fanfa sempre Fanfa" esse é o Fernando Caldas que bem conheço, guardião das estrofes bem produzidas, sempre alerta as rimas, repentes, toadas ou loas da exuberante poesia, cantada em vento e prosa nas alpendradas rústicas, choupana do pobre ou sobrado do rico, ilustradas pelo farfalhar das abundantes carnaubeiras do nosso torrão.
Escrito por aluiziolacerda às 17h03
PATAXÓ: UM LUGAR TRANQUILO E CHEIO DE RARA BELEZA
Com acesso pavimentado desde 2004, a comunidade de Pataxó, na zona rural de Ipanguaçu, tornou um lugar mais atrativo. O povoado que fica a 2,6 km da BR 304, conta com um belo açude que enche o lugar de beleza. E mais do que isso, gera reflexo na vida social da comunidade e também possibilidade econômica através da pesca, principal atividade da população e do turismo, que por enquanto ainda é tímido.
Faz parte dos planos do prefeito Leonardo Oliveira (PT), construir um balneário para servir de atração turística no povoado. No momento, o gestor busca conseguir recursos para concretizar tão importante obra. Pataxó tem aproximadamente 500 famílias residentes e conserva até hoje sua identidade cultural.
Escrito por Toni Martins
Nota do blog: Depõe Padre Zé Luiz que na igreja de Pataxó está assentado a pia batismal mais bela e original do estado. Foi por lá também que começou as primeiras discursões sobre o desenvolvimento do Vale do Açu.
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Postado por fernando Caldas
Faz parte dos planos do prefeito Leonardo Oliveira (PT), construir um balneário para servir de atração turística no povoado. No momento, o gestor busca conseguir recursos para concretizar tão importante obra. Pataxó tem aproximadamente 500 famílias residentes e conserva até hoje sua identidade cultural.
Escrito por Toni Martins
Nota do blog: Depõe Padre Zé Luiz que na igreja de Pataxó está assentado a pia batismal mais bela e original do estado. Foi por lá também que começou as primeiras discursões sobre o desenvolvimento do Vale do Açu.
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Postado por fernando Caldas
POETAS E BOÊMIOS DO AÇU
Com este livro antológico, publicado em 1984, Ezequiel Fonseca Filho - doutor Ezequiel (que foi prefeito do Açu na década de trinta, deputado estadual, presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte nos anos cinquenta),aos 88 anos de idade, estreou nas letras potiguares. Tem prefácio do escritor da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras Manuel Rodrigues de Melo, que transcrevo adiante:
Ezequiel Fonseca Filho é o Historiador da Inteligência do Açu. Natural da "Terra dos Verdes Carnaubais", o autor por exceção não é poeta. As suas preferências intelectuais se fixam mais no rumo da história, da biografia, da pesquisa histórica, sem falar na tendência natural e incoercível que o transformou em médico da sua cidade e da sua gente ao longo de toda a sua vida. Querem uma prova do que afirmo? Aqui está o livro - Poetas e Boêmios do Açu - com que estréia nas letras da Província aos 88 anos de idade. Estréia, não é bem a expressão exata, porque antes já o fizera em trabalhos de merecimento sobre medicina e jornalismo. O que me cabe salientar nessa altura é o que o escritor propriamente dito, preferiu aparecer depois de maduro, em pleno apogeu das suas capacidades mentais. E o livro revela justamente esse traço: nitidez, segurança, conhecimento, sem faltar ali, acolá, um toque de doce humorismo, que anima e vivifica as suas páginas. Na moderna critica brasileira há uma forte tendência no sentido de descobrir até arbitrariamente o gênero das obras que aparecem no mercado livreiro. Não é que já classificaram Os Sertões, de Euclides da Cunha, de romance? O livro de Ezequiel Fonseca Filho não exigirá sem dúvida tanto esforço para saber-se a que gênero pertence, pois é patente o cunho histórico e biográfico que condiciona o seu feitio. São 132 bografias de poetas do Açu, carinhosamente escritas pelo autor, contando episódios da vida e da obra dos biografados, ao lado da citação de versos e poemas de cada poeta estudado.
Paassei vários dias lendo o livro de Ezequiel e confesso que ao virar cada capítulo o fazia sempre tocado de surpresa e curiosidade, tais as nuances que encontrava, quer de estilo, quer de saber por experiência feito, nas suas páginas.
Fiquemos por aqui, e deixemos que o leitor, pondo em uso os dons de inteligêencia e raciocínio que Deus lhe deu, descubra as primícias deste livro, dando-lhe o lugar que merece no contexto da biografia norte-rio-grandense. (Natal, 20 de maio de 1984).
Postado por Fernando Caldas
Ezequiel Fonseca Filho é o Historiador da Inteligência do Açu. Natural da "Terra dos Verdes Carnaubais", o autor por exceção não é poeta. As suas preferências intelectuais se fixam mais no rumo da história, da biografia, da pesquisa histórica, sem falar na tendência natural e incoercível que o transformou em médico da sua cidade e da sua gente ao longo de toda a sua vida. Querem uma prova do que afirmo? Aqui está o livro - Poetas e Boêmios do Açu - com que estréia nas letras da Província aos 88 anos de idade. Estréia, não é bem a expressão exata, porque antes já o fizera em trabalhos de merecimento sobre medicina e jornalismo. O que me cabe salientar nessa altura é o que o escritor propriamente dito, preferiu aparecer depois de maduro, em pleno apogeu das suas capacidades mentais. E o livro revela justamente esse traço: nitidez, segurança, conhecimento, sem faltar ali, acolá, um toque de doce humorismo, que anima e vivifica as suas páginas. Na moderna critica brasileira há uma forte tendência no sentido de descobrir até arbitrariamente o gênero das obras que aparecem no mercado livreiro. Não é que já classificaram Os Sertões, de Euclides da Cunha, de romance? O livro de Ezequiel Fonseca Filho não exigirá sem dúvida tanto esforço para saber-se a que gênero pertence, pois é patente o cunho histórico e biográfico que condiciona o seu feitio. São 132 bografias de poetas do Açu, carinhosamente escritas pelo autor, contando episódios da vida e da obra dos biografados, ao lado da citação de versos e poemas de cada poeta estudado.
Paassei vários dias lendo o livro de Ezequiel e confesso que ao virar cada capítulo o fazia sempre tocado de surpresa e curiosidade, tais as nuances que encontrava, quer de estilo, quer de saber por experiência feito, nas suas páginas.
Fiquemos por aqui, e deixemos que o leitor, pondo em uso os dons de inteligêencia e raciocínio que Deus lhe deu, descubra as primícias deste livro, dando-lhe o lugar que merece no contexto da biografia norte-rio-grandense. (Natal, 20 de maio de 1984).
Postado por Fernando Caldas
UM POUCO DO POETA JOÃO PARAIBANO
João Paraibano é poeta repentista (cantador de viola) dos melhores do Nordeste. Certa vez, numa festa na casa de um amigo, fora agredido por sua mulher enciumada. Ofendido, revidou na hora. Por este fato sofreu uma prisão. Pois bem, já trancafiado e arrependido da agreção a sua amada, solicitou do carcereiro que o delegado ouvisse as suas alegações. No que foi atendido por aquela autoridade policial, disse de improviso os versos que seguem:
Doutor eu sei que errei
Por dois fatos: Dama e porre.
Por amor se mata e morre.
Eu nem morri, nem matei,
Apenas prejudiquei
Um ambiente de classe.
Depois de apanhar na face
Bati na flor do meu ramo.
Me prenderam porque amo
Quanto mais se eu odiasse.
Poeta mesmo ofendido
Sabe oferecer afeto.
Faz pena dormir no teto
Da morada de um bandido,
Se humilha, faz pedido
Ninguém escuta a voz sua,
Não vê o sol, nem a lua
Deixar o espaço aceso.
Porque um poeta preso
Com tantos ladrões na rua?
Sei que não sou marginal,
Mas por ciúmes de alguém,
Bebi pra fazer o bem,
Terminei fazendo o mal.
Eu tendo casa, quintal,
Portão, cortina, janela
Deixei pra dormir na cela
Com a minha cabeça lesa,
Só sabe a cruz quanto pesa
Quem está carregando ela.
Poeta é um passarinho
Que quando está na cadeia
Sua pena fica feia,
Sente saudade do ninho,
Do calor do filhotinho,
Da fonte da imensidade.
Se come deixa a metade
Da ração que o dono bota,
Se canta esquece da nota
Da canção da liberdade.
Doutor, se eu perder meu nome
Não acho mais quem o empreste,
A minha mulher não veste,
Minha filhinha não come
E a minha fame se some
Para nunca mais voltar.
Não querendo lhe comprar,
Mas humildemente peço:
Se puder, rasgue o processo
E deixe o poeta cantar.
Postado por Fernando Caldas
Doutor eu sei que errei
Por dois fatos: Dama e porre.
Por amor se mata e morre.
Eu nem morri, nem matei,
Apenas prejudiquei
Um ambiente de classe.
Depois de apanhar na face
Bati na flor do meu ramo.
Me prenderam porque amo
Quanto mais se eu odiasse.
Poeta mesmo ofendido
Sabe oferecer afeto.
Faz pena dormir no teto
Da morada de um bandido,
Se humilha, faz pedido
Ninguém escuta a voz sua,
Não vê o sol, nem a lua
Deixar o espaço aceso.
Porque um poeta preso
Com tantos ladrões na rua?
Sei que não sou marginal,
Mas por ciúmes de alguém,
Bebi pra fazer o bem,
Terminei fazendo o mal.
Eu tendo casa, quintal,
Portão, cortina, janela
Deixei pra dormir na cela
Com a minha cabeça lesa,
Só sabe a cruz quanto pesa
Quem está carregando ela.
Poeta é um passarinho
Que quando está na cadeia
Sua pena fica feia,
Sente saudade do ninho,
Do calor do filhotinho,
Da fonte da imensidade.
Se come deixa a metade
Da ração que o dono bota,
Se canta esquece da nota
Da canção da liberdade.
Doutor, se eu perder meu nome
Não acho mais quem o empreste,
A minha mulher não veste,
Minha filhinha não come
E a minha fame se some
Para nunca mais voltar.
Não querendo lhe comprar,
Mas humildemente peço:
Se puder, rasgue o processo
E deixe o poeta cantar.
Postado por Fernando Caldas
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
ROSALBA VAI PRESENTEAR SENADORES COM CACHAÇA PRODUZIDA EM CAICÓ
A senadora Rosalba Ciarline, governadora eleita do Rio Grande do Norte, vai se despedir do Senado
E, num gesto de cortesia, vai dar a cada colega senador uma lembrança, que serve também como um mimo natalino: uma garrafa da legítima Cachaça Samanaú de Caicó.
A informação é do empresário e ex-deputado Dadá Costa, proprietário do alambique Samanaú, que viajou a Brasília transportando a encomenda.
“Além de ser um gesto extremamente simpático da parte da governadora Rosalba com os colegas senadores, ela também dará publicidade a um produto potiguar puro de origem”, disse Dadá, que terá publicidade gratuita em todos os gabinetes do Senado.
Bar de Ferreirinha
(Do Blog de Robson Pires)
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