quarta-feira, 23 de maio de 2012

Nordeste já tem mais da metade dos municípios da região em situação de emergência pela seca


Carlos Madeiro 
Do UOL, em Maceió
O número de municípios que decretaram situação de emergência por conta da seca que castiga o Nordeste continua crescendo. Com os novos decretos publicados esta semana, a região passou a ter mais da metade das cidades nos nove Estados reconhecidamente atingidas pela estiagem prolongada.
Segundo levantamento realizado pelo UOL com as defesas civis estaduais, até a terça-feira (22), 907 dos 1.794 municípios nordestinos já tinham confirmado o estado de emergência, o que representa 50,5% do total de cidades. O número ainda pode crescer, já que alguns Estados ainda estão recebendo decretos das prefeituras.

UOL visita cidades afetadas pela estiagem




Foto 1 de 83 - A seca atinge grande parte do Nordeste. Segundo dados das defesas civis estaduais, mais de 750 municípios já decretaram situação de emergência e mais de 4 milhões de pessoas foram afetadas na região. Às margens da AL-220, o rio Traipu está completamente seco. Ele é uma das fontes de abastecimento da cidade alagoana de Jaramataia Mais Beto Macário/UOL
Somente nos últimos dias, Maranhão decretou emergência em 11 municípios –até então, o Estado era o único que não havia manifestado publicamente problemas com a seca. Na última segunda-feira (21), a Federação dos Municípios do Estado do Maranhão se reuniu para discutir pela primeira vez a questão. Segundo as prefeituras atingidas, já há registro de perda da safra. Em algumas localidades, choveu apenas metade do esperado para o primeiro quadrimestre do ano, o que destruiu culturas como mandioca e feijão.

Municípios em emergência

Bahia242
Paraíba170
Rio Grande do Norte139
Piauí122
Pernambuco100
Ceará69
Alagoas36
Sergipe18
Maranhão11
Na Bahia, o número de decretos de situação de emergência chegou a 242 na última segunda-feira (21). Segundo a Defesa Civil Estadual, ainda há municípios do semiárido que não encaminharam documentação, mas já estão com decretos em fase de finalização. Esta semana, o governo iniciou a distribuição de arroz e feijão doado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para a região de Irecê foram encaminhadas 1.800 toneladas de feijão e 900 toneladas de arroz. Segundo a Conab, serão distribuídos até 12 caminhões (de 10 toneladas cada um) por dia.
Dos 170 municípios que decretaram emergência na Paraíba, 91 já estão sendo atendidos pela operação Pipa, do Exército. O governo do Estado promete que ainda este mês vai aumentar o número de veículos contratados. A maior preocupação agora é que os municípios entreguem a documentação necessária. Segundo o governo, 80 cidades ainda estão com pendências, o que impede o início de ações emergenciais, como o pagamento do programa Garantia Safra e do Bolsa Estiagem, ambos do governo federal.
No Rio Grande do Norte, 139 municípios estão com a situação de emergência reconhecida pelo Estado, que iniciou as obras para construir 2.800 cisternas. Ao todo, 18 mil estão previstas. O governo também anunciou que o próximo passo será a restauração de cerca de 800 poços já perfurados, mas que não estão em funcionamento. Já aos 40 municípios que possuem poços de água salgada, o Estado vai distribuir dessalinizadores, por meio do programa Água Doce.
Em Pernambuco, a Coordenadoria de Defesa Civil contabiliza cem municípios em situação de emergência no agreste e no sertão do Estado. O governo anunciou medidas de apoio ao sertanejo, como o aumento no preço da compra do leite de R$ 0,76 para R$ 1,00 além da ampliação na oferta de carros-pipa e linhas de crédito para o pequeno agricultor. Segundo levantamento do IPA (Instituto Agronômico de Pernambuco), mais de 90% das plantações de feijão e milho foram perdidas pela falta de chuva.
Boletim da Defesa Civil do Ceará divulgado na última segunda-feira mostra que são 69 municípios com decretos homologados por conta da seca. Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia, choveu em maio apenas 15% do que era esperado. Na sexta-feira (18), o governo do Estado anunciou que vai construir 1.500 cisternas para ajudar no armazenamento da água.
Em Alagoas, o número de municípios em emergência chegou a 36. O governo do Estado anunciou, em reunião na segunda-feira (21) com os prefeitos das cidades atingidas, que a verba estadual de combate à seca será destinada à compra de alimentos e contratação de carros-pipa. A estimativa é que 400 mil pessoas estejam sofrendo com a estiagem. Segundo levantamento dos municípios são necessárias 1.041 viagens de carros-pipas por dia para suprir a demanda.
Nos 18 municípios em emergência em Sergipe, 104 mil pessoas estão diretamente afetadas pela estiagem. Segundo a Defesa Civil Estadual, 126 carros-pipa estão sendo distribuídos por dia para amenizar o desabastecimento das comunidades rurais.
No Piauí, 122 municípios tiveram decreto de situação emergência homologado pelo Estado. A Secretaria Estadual da Defesa Civil informou que vai contratar carros-pipa para os municípios mais afetados, garantindo o abastecimento de água. Na primeira etapa, serão contratados 300 caminhões|. O programa do governo também oferece cesta básica às famílias atingidas e ração para os animais.

Estiagem prolongada

Segundo moradores ouvidos pelo UOL durante visita às cidades mais afetadas da região, a seca deste ano seria uma das maiores da história. Contudo, segundo o meteorologista e coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Humberto Barbosa, a mensuração exata do tamanho da seca não é possível de ser realizada, já que há uma série de fatores e dados que têm de ser levados em conta. Além disso, a estiagem registrada este ano ainda não teve seu ciclo encerrado. Contudo, governos estaduais citam que é a pior estiagem em ao menos 30 anos.
Um documento enviado nesta terça-feira (22) aos governadores e à presidente Dilma Rousseff, elaborado pela ASA (Associação do Semiárido) --que reúne cerca de 750 entidades do sertão nordestino--, diz que o momento enfrentado pelo Nordeste é “extremamente grave” e que a estiagem deverá se prolongar até 2013.
“Desde o ano passado não chove o suficiente para acumular água nas cisternas para consumo da família e para a produção. O quadro atual é grave! Há que se priorizar o socorro imediato às famílias que estão sem água, mas há a mesma urgência em investir em ações estruturantes para que essas famílias possam enfrentar os períodos de longa estiagem, cíclicos e previsíveis, sem passar fome ou sede”, alega a ASA, cobrando ações de convivência do sertanejo com a estiagem e políticas públicas que minimizem os tradicionais ganhos da “indústria da seca”.

terça-feira, 22 de maio de 2012


Por Walflan de Queiroz [1930-1995], poeta potiguar.

O que é romântico não pode desaparecer da vida nem da morte.
Infelizmente da minha janela, não vejo senão um céu opaco e indiferente.
Não adianta desejar.
Violetas não resolvem meu problema.
Tudo passa e o vento de Abril leva meus melhores pensamentos.
Que náusea a vida!
Fico desgraçadamente só.
Nenhuma relação me leva ao tempo de menino.

O URUBU E COLIBRI
                                                                                                                                               
Públio José – jornalista
(publiojose@gmail.com)

OBS: Qualquer semelhança com a realidade política, jurídica e parlamentar brasileira, não é mera coincidência.

Conta a fábula que o colibri morria de inveja do urubu. Acostumado a voar em baixas altitudes, via o urubu ganhar o espaço em longo bater de asas, desafiar grandes distâncias, planar sereno sobre montes, montanhas, conviver na companhia de brancas nuvens. “Como é majestoso o vôo do urubu”, pensava, diante da insignificância do contexto em que vivia. Parado, ficava a imaginar a beleza dos cenários, a diversidade geográfica, a imensidão dos espaços observados do alto. Olhava para si e se via pequeno, frágil, impotente pela diminuta estrutura corporal que carregava. “Como alcançar grandes altitudes, conhecer novos horizontes, almejar ter uma visão larga do mundo sendo tão pequeno?”, se indagava. Perguntas, perguntas e mais perguntas. E quase nenhuma resposta para apascentar a sua angústia interior. De fato, de concreto mesmo, só a tristeza pela distância que o separava do urubu.

Acalentava um grande desejo de, um dia, conhecer de perto tão fascinante personagem. “Ah, pensava, quantas histórias bonitas o urubu terá para me contar, quantas pessoas interessantes ele deverá ter conhecido como fruto de suas exuberantes expedições aéreas”. Enquanto cuidava da casa, do seu exasperante dia-a-dia, o colibri remoia uma vontade enorme de travar conhecimento com o urubu, de vê-lo de perto diante dos olhos. Mexe daqui, indaga dali, tenta dacolá, terminou conseguindo marcar uma audiência com o importante viajor dos altos ares. O urubu recebeu-o entediado. “O que quererá comigo ave tão insignificante? Porventura pensa que posso ficar aqui perdendo tempo com as bobagens que, com certeza, me trará? Esse povo miúdo abusa da nossa educação, da nossa boa vontade. Afinal, receber colibri para tratar de quê? Colibri, bahhhh!”
Indiferente ao clima abusado que iria encontrar, o colibri antegozava a grande conquista. E se preparava para o dia do grande encontro. Que durou poucos minutos. Após manifestar a sua admiração por tão grande deferência, o colibri não deu nem tempo ao urubu de raciocinar. Sapecou-lhe um convite para almoçar em sua casa. Sem ter outra resposta em mente, o urubu aceitou. Agendaram o futuro compromisso para dali a quinze dias. O urubu bateu suas grandes asas e se foi. O colibri ficou embasbacado. Deu-se umas beliscadas para ter certeza de que não estivera sonhando e voltou para casa – saltitante. Passada a euforia inicial, uma coisa lhe chamou a atenção: o mau cheiro que exalava do urubu. “Seria dele próprio ou fruto de uma coincidência? Ah, certamente algum animal morto por perto fizera aquela descortesia”. Pediria desculpas ao visitante no dia do almoço – conformou-se.

O preparo da refeição lhe deixou afogueado. Pesquisou as mais finas iguarias, os repastos mais saborosos. Com rigor planejou sua agenda para que nada atrapalhasse tão esperado momento. Mas malditas das malditas desgraças!!!! Ao acordar naquele dia encontrou o corpo de um burro morto, putrefato, em frente à sua casa. O fedor era insuportável, nauseabundo. Tentou de todas as maneiras resolver a questão. Chamou o serviço municipal de limpeza, ensaiou um mutirão com outros habitantes do bairro. Não houve jeito. A hora se aproximava e o cadáver do burro permanecia lá, inamovível, impregnando a região com um odor terrível. O urubu chegou e – interessante – nem reclamou do forte mau cheiro, enquanto o colibri se desculpava e se esmerava nos salamaleques. Para piorar a situação, nada agradava ao ilustre convidado. O urubu rejeitava as iguarias e os manjares postos à sua frente.

Aflito, o colibri pediu licença ao urubu e internou-se na cozinha para tentar um novo prato. Perdeu tempo na nova empreitada. Quando deu por si imperava na casa um grande silêncio. “Onde estará o visitante?”, afligiu-se mais ainda. Procura, procura e nada. “Vergonha, vexame! Com certeza ele foi embora”. O colibri não se perdoava a afronta feita ao urubu – e lastimava a amizade perdida. Desalentado, deu uma chegadinha no terraço da casa. Qual não foi sua surpresa ao flagrar o urubu inclinado sobre o burro morto, refestelando-se com a carniça fedorenta, engolindo, com sofreguidão, nacos e mais nacos do corpo do finado animal. Estupefato – e impotente – o colibri a tudo assistia. Terminada a refeição o urubu bateu suas longas asas e alçou vôo. Do colibri nem se despediu. Como herança deixou apenas uma forte fedentina no ar. E foi curtir a podre refeição na imensidão azul celeste.  
  


domingo, 20 de maio de 2012

CITAÇÂO



PLENITUDE 

No dia em que fui a verdade
E em que fui a beleza
E que com os astros do céu fui todos os astros do céu,
Andava de braços dados
De um lado a verdade
De um lado a beleza
E ao lado comigo todos os astros do céu.

 João Lins Caldas (1888-1967), poeta potiguar de Assu

CHARGE DO DIA

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sexta-feira, 18 de maio de 2012

No tempo da minha infância (Ismael Gaião) 

No tempo da minha infância
Nossa vida era normal
Nunca me foi proibido
Comer muito açúcar ou sal
Hoje tudo é diferente
Sempre alguém ensina a gente
Que comer tudo faz mal

Bebi leite ao natural
Da minha vaca Quitéria
E nunca fiquei de cama
Com uma doença séria
As crianças de hoje em dia
Não bebem como eu bebia
Pra não pegar bactéria

A barriga da miséria
Tirei com tranquilidade
Do pão com manteiga e queijo
Hoje só resta a saudade
A vida ficou sem graça
Não se pode comer massa
Por causa da obesidade

Eu comi ovo à vontade
Sem ter contra indicação
Pois o tal colesterol
Pra mim nunca foi vilão 
Hoje a vida é uma loucura
Dizem que qualquer gordura
Nos mata do coração

Com a modernização
Quase tudo é proibido
Pois sempre tem uma Lei
Que nos deixa reprimido
Fazendo tudo que eu fiz
Hoje me sinto feliz
Só por ter sobrevivido

Eu nunca fui impedido
De poder me divertir
E nas casas dos amigos
Eu entrava sem pedir
Não se temia a galera
E naquele tempo era 
Proibido proibir

Vi o meu pai dirigir
Numa total confiança 
Sem apoio, sem air-bag
Sem cinto de segurança
E eu no banco de trás
Solto, igualzinho aos demais
Fazia a maior festança

No meu tempo de criança
Por ter sido reprovado
Ninguém ia ao psicólogo
Nem se ficava frustrado
Quando isso acontecia
A gente só repetia
Até que fosse aprovado

Não tinha superdotado
Nem a tal dislexia
E a hiperatividade
É coisa que não se via
Falta de concentração
Se curava com carão 
E disso ninguém morria

Nesse tempo se bebia
Água vinda da torneira
De uma fonte natural
Ou até de uma mangueira
E essa água engarrafada
Que diz-se esterilizada
Nunca entrou na nossa feira 

Para a gente era besteira
Ter perna ou braço engessado
Ter alguns dentes partidos
Ou um joelho arranhado
Papai guardava veneno
Em um armário pequeno
Sem chave e sem cadeado

Nunca fui envenenado 
Com as tintas dos brinquedos
Remédios e detergentes
Se guardavam, sem segredos
E descalço, na areia
Eu joguei bola de meia 
Rasgando as pontas dos dedos

Aboli todos os medos 
Apostando umas carreiras
Em carros de rolimã
Sem usar cotoveleiras
Pra correr de bicicleta
Nunca usei, feito um atleta, 
Capacete e joelheiras

Entre outras brincadeiras
Brinquei de Carrinho de Mão
Estátua, Jogo da Velha
Bola de Gude e Pião 
De mocinhos e Cawboys
E até de super-heróis
Que vi na televisão

Eu cantei Cai, Cai Balão,
Palma é palma, Pé é pé
Gata Pintada, Esta Rua
Pai Francisco e De Marré
Também cantei Tororó
Brinquei de Escravos de Jó 
E o Sapo não lava o pé

Com anzol e jereré
Muitas vezes fui pescar
E só saía do rio
Pra ir pra casa jantar 
Peixe nenhum eu pagava
Mas os banhos que eu tomava
Dão prazer em recordar

Tomava banho de mar
Na estação do verão
Quando papai nos levava
Em cima de um caminhão
Não voltava bronzeado
Mas com o corpo queimado 
Parecendo um camarão

Sem ter tanta evolução
O Playstation não havia
E nenhum jogo de vídeo
Naquele tempo existia
Não tinha vídeo cassete
Muito menos internet
Como se tem hoje em dia

O meu cachorro comia
O resto do nosso almoço
Não existia ração
Nem brinquedo feito osso
E para as pulgas matar
Nunca vi ninguém botar
Um colar no seu pescoço

E ele achava um colosso
Tomar banho de mangueira 
Ou numa água bem fria
Debaixo duma torneira
E a gente fazia farra
Usando sabão em barra
Pra tirar sua sujeira

Fui feliz a vida inteira
Sem usar um celular
De manhã ia pra aula
Mas voltava pra almoçar
Mamãe não se preocupava
Pois sabia que eu chegava
Sem precisar avisar

Comecei a trabalhar
Com oito anos de idade
Pois o meu pai me mostrava 
Que pra ter dignidade
O trabalho era importante
Pra não me ver adiante
Ir pra marginalidade

Mas hoje a sociedade
Essa visão não alcança
E proíbe qualquer pai
Dar trabalho a uma criança
Prefere ver nossos filhos
Vivendo fora dos trilhos
Num mundo sem esperança

A vida era bem mais mansa,
Com um pouco de insensatez.
Eu me lembro com detalhes
De tudo que a gente fez,
Por isso tenho saudade
E hoje sinto vontade
De ser criança outra vez.


(Se gostou, compartilhe)


Postado por Fernando Caldas





Ao longo de sua infância, Nick tratou não apenas com os desafios típicos da escola e da adolescência, como também com o assédio moral e questões de auto-estima; mas lutou com a depressão e solidão. Ele constantemente era questionado por que ele era diferente do que todas as outras crianças que o cercavam; porque ele era o único nascido sem braços e pernas. Ele se perguntou qual é o propósito por trás de sua vida, ou se ele ainda tinha um propósito.


Demétrio Torres fala sobre a Copa de 2014 no Clube de Engenharia


Atendendo a convite da diretoria do Clube de Engenharia do Rio Grande do Norte, o secretário extraordinário da Copa 2014 (Secopa) e diretor geral do Departamento de Estradas e rodagens (DER), o engenheiro Demétrio torre fará palestra sobre a realização da Copa do Mundo de 2014 nesta terça-feira, 22, na sede do CE, na Avenida Rodrigues Alves, 1004, Tirol, às 19h30.

Demétrio fará uma explanação sobre todas as providências que estão sendo tomadas, enfocando, também, detalhes do projeto da Arena das Dunas, projeto de execução da obra, cronograma e concessão da praça esportiva. A palestra é aberta e contará com a presença de vários segmentos da engenharia, arquitetura e técnicos, além do presidente do CREA-RN, engenheiro Modesto Ferreira.

A iniciativa do Clube de Engenharia em promover este tipo de evento reflete o interesse da instituição em valorizar empreendimentos e fatos da engenharia, tanto de Natal quanto do estado.

Serviço

Evento: Palestra sobre a Copa do Mundo de 2014 por Demétrio Torres
Promoção: Clube de Engenharia do Rio Grande do Norte
Endereço: Avenida Rodrigues Alves, 1004, Tirol (vizinho a Cidade da Criança)
Hora: 19h30
Entrada: Livre.




O SÃO JOÃO DE PENDÊNCIAS É PRA VALER


 
OBSERVAÇÃO: Ainda pode ocorrer alguma alteração nesta programação.

Por: UOL Notícias18/05/2012 às 05h32

Vídeo inclusivo: entenda a importância de um vereador


Você sabe exatamente qual o trabalho de um vereador? E como a Câmara Municipal encaminha projetos de lei que, se aprovados, vão regulamentar a sua vida e a sua cidade? O UOL explica esta e outras questões para você, na segunda videorreportagem em formato acessível para pessoas com deficiência auditiva e visual, com recursos de audiodescrição, legenda e inclusão de um intérprete de libras. O objetivo é disponibilizar conteúdo com prestação de serviço para as eleições municipais deste ano. Reportagem: Ana Paula Rocha. Imagens: Fabio Osaki, Bruno Pedersoli e Fabrício Venâncio. Edição: Fabio Osaki. Arte: UOL e Fabrício Venâncio. Intérprete de libras: Osmar Pereira. Audiodescritora: Isabel Pitta Ribeiro Machado. Versão do vídeo sem os recursos de acessibilidade. 73% das capitais do país que podem aumentar vagas no Legislativo vão eleger mais vereadores neste ano. Álbum: Câmaras municipais têm de xícara personalizada a porta de geladeira caindo

Planos de saúde terão que ter índice de reajustes em contratos

18/05/2012 - 13h05 | da Folha.com

DO RIO

A Agência Nacional de Saúde publicou nesta sexta-feira no "Diário Oficial da União" a regulamentação dos critérios de reajuste dos planos de saúde, tornando obrigatório no contrato informações sobre a periodicidade dos ajustes e o índice que será utilizado.

"A forma e a periodicidade do reajuste devem ser expressas no instrumento jurídico de modo claro, objetivo e de fácil compreensão", determina a Instrução Normativa no 49.

As empresas e os usuários poderão escolher a forma do reajuste de preços, mas isso também deverá estar claro no contrato.

As opções de reajuste serão: índice vigente e de conhecimento público; percentual prefixado; variação pecuniária positiva ou criar uma fórmula de cálculo do reajuste.

A ANS estipulou o prazo de 180 dias para que os contratos se adequem às novas regras.
Postado por Fernando Caldas 

Prefeitura do Assú abre XVI edição dos Jogos estudantis

(Artigo enviado por AD Comunicações)
Será aberta oficialmente nesta sexta-feira, dia 18 de maio, às 19h no ginásio poliesportivo Arnóbio Abreu, com desfile de apresentação dos atletas das escolas participantes e apresentações culturais, a XVI Edição dos Jogos Estudantis do Assú, evento esportivo realizado pela Prefeitura do Assú por meio das secretarias de Juventude, Esportes, Eventos e Turismo e a de Educação e Cultura.
As disputas serão realizadas entre os dias 19 e 26 de maio, em quatorze modalidades, nas dependências das diversas escolas participantes da competição.
Os jogos estudantis do Assú 2012 terá disputas nas modalidades de Futebol de Campo, Futebol Society, Futebol de Areia, Futsal, Natação, Queimada, Xadrez, Damas, Tênis de Mesa, Taekwondo, Atletismo, Voleibol de dupla, Voleibol In Door (quadra), além de Capoeira, modalidade incluída pela primeira vez na competição. Um total de 1.200 atletas das 16 escolas inscritas irão participar dessa edição dos jogos.
A entrega dos troféus e medalhas as escolas e atletas vencedores vai acontecer no dia 4 de junho, com premiação para as escolas campeãs de modalidades por categoria, além da campeã geral e segundo e terceiro lugares na soma geral de pontos e os atletas, técnicos e árbitros ouro nas categorias e modalidades esportivas.
Postado por Fernando Caldas 



quinta-feira, 17 de maio de 2012

Yuno Silva - Repórter

O cronograma de eventos literários movimenta o Rio Grande do Norte a partir de agosto, quando a série de feiras e festivais começam a pipocar pelo Estado com lançamentos de livros e presença de autores consagrados. Na agenda, destaque para as três Feiras e os cinco Festivais do Circuito Potiguar do Livro; e o IV Festival Literário da Pipa, marcado para o mês de novembro. A programação já anunciada do Circuito adianta datas e alguns autores que irão participar dos eventos em Mossoró, Caicó e Natal; enquanto a produção do Flipipa confirma a intenção de seguir abordando o legado modernista.

Alex RégisAprovado pela Lei Rouanet e Câmara Cascudo, Flipipa confirma data para penúltima semana de novembro. Já a Feira de Literatura e Quadrinhos está agendada para outubro, no campus da UFRNAprovado pela Lei Rouanet e Câmara Cascudo, Flipipa confirma data para penúltima semana de novembro. Já a Feira de Literatura e Quadrinhos está agendada para outubro, no campus da UFRN


A agenda começa no mês de agosto, com a Feira do Livro de Mossoró, por onde passam o eterno Engenheiro do Hawaii Humberto Gessinger, autor de quatro livros; a escritora e filósofa gaúcha Márcia Tiburi; e o cearense Lira Neto, especializado em biografias, entre outros. "O Circuito Potiguar do Livro abarca até oito projetos", informou Rilder Medeiros, da Oficina da Notícia, empresa responsável pela produção do Circuito.

Em setembro será realizada a Feira do Livro do Seridó, em Caicó, com Frei Betto, Lira Neto e o cordelista Izaias Gomes; e no mês de outubro, em Natal, no mesmo período da Cientec/UFRN, será realizada a segunda edição da Feira de Livros e Quadrinhos - FliQ, com presenças confirmadas do escritor pernambucano Marcelino Freire, do jornalista e escritor cearense Xico Sá e do chargista Maurício Ricardo, entre outros nomes.


Para Rilder, "é complicado promover qualquer grande projeto cultural no RN no primeiro semestre, devido a demora para ser divulgada a renúncia fiscal das leis de incentivo", garante. Nenhuma das oito etapas tem patrocinadores confirmados, justamente por este motivo: "Temos empresas interessadas, encaminhamos projetos para várias, mas estamos nessa dependência." Juntos, os eventos do Circuito Potiguar do Livro estão orçados entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão. A renúncia da Lei estadual de incentivo à Cultura Câmara Cascudo tem prazo para ser anunciada até esta próxima sexta-feira (18).

Questionado sobre a baixa participação de editoras e livrarias nos eventos, Medeiros chama atenção para o atraso na confirmação do mecanismo de incentivo à compra de obras conhecido como Cheque Livro. "Em 2011, tivemos R$ 500 mil do Governo do RN e R$ 160 mil da Prefeitura de Mossoró, mas a confirmação dos recursos saiu tarde, com os eventos em andamento, e muitos expositores que já haviam acertado presença desistiram". Sebistas e cordelistas têm espaço gratuito garantido no Circuito, que este ano também abrirá espaço para autores potiguares. "Para não deixar de realizar os eventos, planejamos uma programação que não depende da presença dos estandes de livros. Em Angicos por exemplo, onde pretendemos realizar um Festival Literário, incentivar a leitura é mais importante que vender livros." Os outros festivais previstos são o de João Câmara, Macau, Martins e Pendências, todos ainda sem data nem atrações confirmadas.

Rogério VitalA quarta edição do Flipipa, Festival Literário da Pipa, foi confirmado para o mês novembroA quarta edição do Flipipa, Festival Literário da Pipa, foi confirmado para o mês novembro

FLIPIPA 

A quarta edição do Festival Literário da Pipa tem data definida, será na penúltima semana de novembro, e alguns nomes já estão sendo sondados pela produção do evento. "A princípio o Flipipa ocupará o mesmo local onde aconteceu ano passado", adiantou Dácio Galvão, produtor do Festival realizado na praia mais badalada do litoral Sul do RN. Aprovado nas leis de incentivo Câmara Cascudo (estadual) e Rouanet (federal), o evento deverá continuar investindo no legado deixado pelo modernistas. "A produção literária dos últimos 90 anos tem relação direta com o legado deixado pelo Modernismo", garante Dácio.

Yuno SilvaDácio Galvão adiantou que o Modernismo continua no centro das atençõesDácio Galvão adiantou que o Modernismo continua no centro das atenções
Para dar seguimento ao debate, o escritor e compositor paulista José Miguel Wisnik foi contatado pelo Flipipa para falar sobre a obra de Oswald de Andrade. O poeta e filósofo Antônio Cícero é outro nome sondado: "Também estamos na expectativa do resultado do Prêmio São Paulo de Literatura para fazer o convite ao vencedor ou vencedora". Dácio Galvão lembra que as três edições anteriores do Flipipa contaram com presença dos ganhadores do Prêmio: Raimundo Carreiro esteve no RN em 2009; Ronaldo Correio de Brito passou pelo Flipipa em 2010; e Rubens Figueiredo foi uma das atrações de 2011.

Outra proposta que Dácio pretende formatar até novembro é um debate em torno dos três Andrades: Oswald, Mário e carlos Drummond. "A repercussão positiva do ano passado consolidou o evento e os parceiros já sinalizaram querendo ampliar a participação. A Associação de Hotéis e Pousadas também renovou parceria."

RENÚNCIA FISCAL

As renúncias fiscais para as duas leis de incentivo podem ser anunciadas até a próxima semana, pelo menos esta é a informação apurada junto às Fundações José Augusto e Capitania das Artes, respectivamente responsáveis pelas leis Câmara Cascudo e Djalma Maranhão. A assessoria de imprensa da FJA informou que o Governo do RN pretende divulgar até amanhã o valor do incentivo, que deverá ser de cerca de R$ 6 milhões. Já a Prefeitura prevê valor em torno de R$ 4 milhões. "O projeto já foi votado e aprovado em primeira instância na Câmara dos Vereadores, e na quinta (hoje) irá novamente à votação", informou Edson Soares, vice-presidente da Funcarte. 

O que vale na vida não é o ponto de partida, e sim a caminhada. Caminhando e semeando, 
no fim terás o que colher.


Cora Carolina

A ARTE DE RESOLVER CONFLITOS

Vale mais uma palavra a tempo, do que cem fora de hora (Miguel de Cervantes)
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.(Cora Coralina)
A sabedoria consiste na antecipação das consequências.(Norman Cousins)
A ilustração que apresentamos neste final de semana é por si só autoelucidativa (A arte de resolver conflitos).
Iniciar um conflito “não requer prática e nem habilidades”. Resolvê-lo, sim. O mediador não é um juiz, não é um árbitro, simplesmente. Essa pessoa necessita possuir um discernimento que o conduza a mediar a oposição de ideias ou sentimentos com sabedoria e suficiente calma e ponderação. Carece perceber o que os lados litigantes oferecem como escudo para sustentar suas razões.
Somos colocados em situações semelhantes quando menos esperamos e necessitamos estar aptos a agir com a prudência devida. A começar de nossos próprios lares, conflitos conjugais, turbulências entre pais e filhos, etc. e fora de nosso ambiente íntimo, quando nos defrontamos com agitações no meio profissional, ou escolar ou mesmo em atividades corriqueiras do dia a dia. Onde encontrar recursos que nos nutram de confiança e segurança para atuar com desenvoltura e, ao mesmo tempo, com convicção e firmeza?
Voltamo-nos, uma vez mais, para a inefável Palavra de Deus que nos orienta, nos ensina, nos guia e estabelece princípios que, se seguidos e obedecidos, produzirá frutos inimagináveis. Quem disso provou, há de concordar.
Sendo assim, nosso conselho é que procure incansavelmente buscar o contato com Deus, por meio do Senhor Jesus Cristo, sempre que a ocasião se apresentar. Todavia, como nem sempre a ocorrência dos fatos é revelada antecipadamente, melhor será que nosso relacionamento seja o mais constante que for possível. Jesus estará sempre ao seu lado em todas as ocasiões e circunstâncias e os resultados certamente muito alegrarão o seu íntimo.
Manifestamos nosso desejo para que o seu final de semana seja reconfortante e gratificante entre as pessoas que mais estima e ama.

Clênio Lins Caldas

A arte de resolver conflitos

O trem atravessava sacolejando os subúrbios de Tóquio numa modorrenta tarde de primavera. Um dos vagões estava quase vazio: apenas algumas mulheres e idosos e um jovem lutador de Aikidô. O jovem olhava, distraído, pela janela, a monotonia das casas sempre iguais e dos arbustos cobertos de poeira.
Chegando a uma estação as portas se abriram e, de repente, a quietude foi rompida por um homem que entrou cambaleando, gritando com violência palavras sem nexo. Era um homem forte, com roupas de operário. Estava bêbado e imundo.Aos berros, empurrou uma mulher que carregava um bebê ao colo e ela caiu sobre uma poltrona vazia. Felizmente nada aconteceu ao bebê. O operário furioso agarrou a haste de metal no meio do vagão e tentou arrancá-la. Dava para ver que uma das suas mãos estava ferida e sangrava. O trem seguiu em frente, com os passageiros paralisados de medo e o jovem se levantou.
O lutador estava em excelente forma física. Treinava oito horas todos os dias, há quase três anos. Gostava de lutar e se considerava bom de briga. O problema é que suas habilidades marciais nunca haviam sido testadas em um combate de verdade. Os alunos são proibidos de lutar, pois sabem que Aikidô “é a arte da reconciliação”. Aquele cuja mente deseja brigar perdeu o elo com o universo. Por isso o jovem sempre evitava envolver-se em brigas, mas no fundo do coração, porém, desejava uma oportunidade legítima em que pudesse salvar os inocentes, destruindo os culpados.
Chegou o dia! Pensou consigo mesmo. Há pessoas correndo perigo e se eu não fizer alguma coisa é bem possível que elas acabem se ferindo. O jovem se levantou e o bêbado percebeu a chance de canalizar sua ira.
- Ah! Rugiu ele. Um valentão! Você está precisando de uma lição de boas maneiras!
O jovem lançou-lhe um olhar de desprezo. Pretendia acabar com a sua raça, mas precisava esperar que ele o agredisse primeiro, por isso o provocou de forma insolente.
- Agora chega! Gritou o bêbado. Você vai levar uma lição. E se preparou para atacar.
Mas, antes que ele pudesse se mexer, alguém deu um grito: Hei!
O jovem e o bêbado olharam para um velhinho japonês que estava sentado em um dos bancos. Aquele minúsculo senhor vestia um quimono impecável e devia ter mais de setenta anos... Não deu a menor atenção ao jovem, mas sorriu com alegria para o operário, como se tivesse um importante segredo para lhe contar.
- Venha aqui, disse o velhinho, num tom coloquial e amistoso. Venha conversar comigo insistiu, chamando-o com um aceno de mão.
O homenzarrão obedeceu, mas perguntou com aspereza:
- Por que tenho que conversar com você?
O velhinho continuou sorrindo.
O que você andou bebendo? Perguntou, com olhar interessado.
Saquê, rosnou de volta o operário. E não é da sua conta!
Com muita ternura, o velhinho começou a falar da sua vida, do afeto que sentia pela esposa, das noites que sentavam num velho banco de madeira, no jardim, um ao lado do outro.
- Ficamos olhando o pôr do Sol e vendo como vai indo o nosso caquizeiro,comentou o velho mestre.
Pouco a pouco o operário foi relaxando e disse:
- É, é bom. Eu também gosto de caqui...
São deliciosos, concordou o velho, sorrindo. E tenho certeza de que você também tem uma ótima esposa.
- Não, falou o operário. Minha esposa morreu.
Suavemente, acompanhando o balanço do trem, aquele homenzarrão começou a chorar.
Eu não tenho esposa, não tenho casa, não tenho emprego. Eu só tenho vergonha de mim mesmo.
Lágrimas escorriam pelo seu rosto. E o jovem estava lá, com toda sua inocência juvenil, com toda a sua vontade de tornar o mundo melhor para se viver, sentindo-se, de repente, o pior dos homens.
O trem chegou à estação e o jovem desceu. Voltou-se para dar uma última olhada. O operário escarrapachara-se no banco e deitara a cabeça no colo do velhinho, que afagava com ternura seus cabelos emaranhados e sebosos.
Enquanto o trem se afastava, o jovem ficou meditando... O que pretendia resolver pela força foi alcançado com algumas palavras meigas. E aprendeu, através de uma lição viva, a arte de resolver conflitos.

Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens. (Romanos 12:18)
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus. (Filipenses 4:7)


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