segunda-feira, 20 de agosto de 2012
DELZI CAVALCANTE, UM ASSUENSE EM NATAL
Delzi Cavalcante é assuense da melhor qualidade. Estudamos juntos, salvo engano, nos idos de setenta, no Ginásio Pedro Amorim daquela terra assuense. Fgura da boa convivência. Tenho por ele, Delzi, admiração e simpatia. Delzi venceu a vida lutando, trabalhando para criar seus filhos com educação e dignidade. Militou na política do Assu há alguns anos atrás. Agora, com aquele seu jeito agradável de conquistar as pessoas, vem trabalhando, em campanha política, para cnquistar uma cadeira no Palácio Frei Miguelinho - Câmara Municipal de Natal. Afinal, Delzi é merecedor do voto popular, porque carrega no seu coração amigo, o espírito público, o desejo de servir a Natal e sua gente.
Fernando Caldas
domingo, 19 de agosto de 2012
POESIA MATUTA
LUA CHEIA
Por *Renato Caldas, poeta potiguar
Logo de noite,
Quando vórto do trabáio,
Pégo a vióla e me espáio.
Coméço logo a cantá.
Enquanto a lua
Tá no céo dipindurada
Ouvindo a minha toáda
Com vontade de chorá.
Oh! Lua cheia, oh! Lua cheia.
Não óie nas teia
da casa de meu amô.
Pruquê se oiá,
Se espiá,
Cabô-se lua cheia
O teu furgô.
Eu tenho raiva
quando vejo a lua cheia,
Espiando pelas teia
Da casinha de meu bem!
Eu penso inté
Qu'essa lua tão marvada,
Qué levá a minha amada
Pra uma casa que ela tem.
Mas, se eu pegasse
A lua pelas guéla,
Dava tanta tápa nela
Qui nem é bom se falá...
Que me importava
Que o mundão escurecesse,
Ou que ela se escondesse,
Só com mêdo de apanhá.
Se Deus deixasse,
Se Deus aconsentisse,
Que pro céo eu assubisse
E fosse lua também...
Passava a noite,
Lá no céo dipindurado,
Oiando pulo teiádo
Da casinha de meu bem.
Renato Caldas, juntamente com o poeta maranhense Catulo da Paixão Cearense, autor da famosa canção Luar do Sertão, além de Zé Da Luz, foram os responsáveis pela introdução da poesia matuta na Literatura Popular Brasileira.
Quando vórto do trabáio,
Pégo a vióla e me espáio.
Coméço logo a cantá.
Enquanto a lua
Tá no céo dipindurada
Ouvindo a minha toáda
Com vontade de chorá.
Oh! Lua cheia, oh! Lua cheia.
Não óie nas teia
da casa de meu amô.
Pruquê se oiá,
Se espiá,
Cabô-se lua cheia
O teu furgô.
Eu tenho raiva
quando vejo a lua cheia,
Espiando pelas teia
Da casinha de meu bem!
Eu penso inté
Qu'essa lua tão marvada,
Qué levá a minha amada
Pra uma casa que ela tem.
Mas, se eu pegasse
A lua pelas guéla,
Dava tanta tápa nela
Qui nem é bom se falá...
Que me importava
Que o mundão escurecesse,
Ou que ela se escondesse,
Só com mêdo de apanhá.
Se Deus deixasse,
Se Deus aconsentisse,
Que pro céo eu assubisse
E fosse lua também...
Passava a noite,
Lá no céo dipindurado,
Oiando pulo teiádo
Da casinha de meu bem.
Renato Caldas, juntamente com o poeta maranhense Catulo da Paixão Cearense, autor da famosa canção Luar do Sertão, além de Zé Da Luz, foram os responsáveis pela introdução da poesia matuta na Literatura Popular Brasileira.
O HUMOR DE MANÉ BERADEIRO
Dona Cosma foi uma senhora que viveu na cidade de Campo Grande/RN, nos idos de 1888. Muito católica fazia suas orações diárias, porém,muito distraída, com os seus afazeres domésticos e com os serviçais. Segundo Câmara Cascudo, Dona Cosma rezava "O PAI NOSSO" desta maneira:
-PAI NOSSO QUE ESTAIS... Fenelom? Fecha a boca, negro!
-NOS CÉUS. SANTIFICADO SEJA... Te aquieta, moleca!
-O TEU NOME. VENHA À NÓS O VOSSO REINO ...Bote a língua prá dentro Bastião!
-SEJA FEITA A VOSSA ...Que balançado é esse, Catarina?
-VONTADE....Vicente? Você fechou o chiqueiro?
-ASSIM NA TERRA...Vá arrotar na cozinha, nega!
-COMO NO CÉU...Fechou bem fechado Vicente?:
-O PÃO NOSSO...Parece que a cabra está solta!
-DE CADA DIA...Severino tire as mãos dos pés!
-NOS DAI HOJE ...Deixe de abrimento de boca, Zefa!
-PERDOAI AS NOSSAS DÍVIDAS...Severino, acabe com essa coceira!
-ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS...Inácio? Bote esse gato prá fora!
-OS NOSSOS DEVEDORES ...Não disse que a cabra tá solta!
-NÃO NOS DEIXEI CAIR...Bote o gato logo, está surdo!
-EM TENTAÇÃO...Zeferina? O lugar de dormir é na rede!
-MAS LIVRAI-NOS, SENHOR... Pare com esse roncado, Jeremias!
-DO MAL...Solte os pés, negro sujo!
-AMÉM...Vocês não deixam a gente rezar direito!
Fonte: Religião do Povo, Câmara Cascudo, página 106, 1974. Imprensa Universitária-PB.
UM OLHAR SOBRE A INVEJA
Cada um de nós já nasce trazendo em sua essência dons, capacidades e
talentos “únicos”, porque a vida é sábia e na concepção de suas
criaturas jamais repete figuras.
As pessoas mais determinadas, logo cedo descobrem os potenciais que precisam desenvolver no decorrer de sua existência, para chegar à realização e, assim, por direito, manifestar a sua nata e intransferível c
As pessoas mais determinadas, logo cedo descobrem os potenciais que precisam desenvolver no decorrer de sua existência, para chegar à realização e, assim, por direito, manifestar a sua nata e intransferível c
ompetência.
Mas, existe um tipo de pessoa que ainda não reconhece em si esses tesouros íntimos e desperdiça os seus dias tentando ser uma cópia daquilo que admira, nos outros, sem perceber que a estrela da sorte só brilha através daqueles que agem com originalidade, e que o carisma dos criadores estará sempre acima dos copiadores, como um farol de luz ofuscando a visão de seus imitadores.
Com o passar do tempo, a pessoa que anula os seus próprios potenciais para seguir na cola dos outros, torna-se abatida, frustrada e amarga. Ao se deparar com alguém que conseguiu desabrochar o melhor de seus talentos, em vez de se espelhar no exemplo como modelo e inspiração, acaba é despertando a inveja.
E, então, colocando o seu poder contra o próprio progresso, ela perde a sua força espiritual e não consegue avançar na vida, porque age guiada por um sentimento de inferioridade, dando-se por vencida diante dos obstáculos - que precisa ultrapassar para chegar à concretização de seus sonhos.
A pessoa invejosa é mente indisciplinada que, facilmente desiste de tudo que começa, porque às poucas decisões que toma geralmente são ações impulsivas, que, geram apenas arrependimento. Ela é tão cabeça dura que, mesmo atraindo só resultados destrutivos para a sua própria vida, não analisa as conseqüências de seus atos anteriores, que terminaram em pesadelos, e repete os mesmos erros - que, novamente lhe causarão terríveis dores de cotovelo.
A pessoa invejosa vive de aparências e gasta até o que não têm para manter um padrão de vida acima de suas condições, buscando impressionar os outros com a imagem de pessoa bem-sucedida, mas, acaba pagando um preço muito alto por isso, tendo noites mal-dormidas e sendo torturada pela sombra de suas dívidas.
Ela não olha a vida com otimismo e nem reconhece as oportunidades que lhe são apresentadas como possibilidades de transformação e, geralmente, está atuando em uma área que detesta, ocupando um cargo que não lhe dá satisfação – e com raiva daqueles que exercem a mesma função com alegria e diversão.
Muitas dessas mentes insatisfeitas até já ultrapassaram as barreiras da vida difícil que tiveram na infância, mas, internamente, ainda continuam como crianças pobres estagnadas emocionalmente na imaturidade de seu triste passado e, brigando com outros desafortunados por velhos brinquedos quebrados.
Diante de toda a situação, talvez, você, após tantos chutes da vida, já conseguiu vencer os monstros secretos de sua personalidade e hoje, é uma pessoa bem resolvida, determinada e com ricos potenciais em ação.
Para finalizar, afaste a maldita inveja de sua vida. Evite comentar sobre as suas metas e realizações, achando que todos ao seu redor torcem pelo seu sucesso, porque, muitas vezes, o inimigo convive intimamente com a gente, sendo até mesmo alguém de nossa própria família - ou da relação social cotidiana.
E quem sente inveja não demonstra a sua contrariedade, porque a pessoa invejosa é dissimulada e não mede esforços para atrapalhar os planos dos outros. Portanto, se você é alguém do Bem e deseja manter-se equilibrado, mesmo tendo que conviver com uma pessoa que joga a favor do time errado, procure permanecer dentro de uma conduta correta, para que o barco de sua vida não perca o leme... porque, quem não deve, não teme.
Evaldo Ribeiro
Mas, existe um tipo de pessoa que ainda não reconhece em si esses tesouros íntimos e desperdiça os seus dias tentando ser uma cópia daquilo que admira, nos outros, sem perceber que a estrela da sorte só brilha através daqueles que agem com originalidade, e que o carisma dos criadores estará sempre acima dos copiadores, como um farol de luz ofuscando a visão de seus imitadores.
Com o passar do tempo, a pessoa que anula os seus próprios potenciais para seguir na cola dos outros, torna-se abatida, frustrada e amarga. Ao se deparar com alguém que conseguiu desabrochar o melhor de seus talentos, em vez de se espelhar no exemplo como modelo e inspiração, acaba é despertando a inveja.
E, então, colocando o seu poder contra o próprio progresso, ela perde a sua força espiritual e não consegue avançar na vida, porque age guiada por um sentimento de inferioridade, dando-se por vencida diante dos obstáculos - que precisa ultrapassar para chegar à concretização de seus sonhos.
A pessoa invejosa é mente indisciplinada que, facilmente desiste de tudo que começa, porque às poucas decisões que toma geralmente são ações impulsivas, que, geram apenas arrependimento. Ela é tão cabeça dura que, mesmo atraindo só resultados destrutivos para a sua própria vida, não analisa as conseqüências de seus atos anteriores, que terminaram em pesadelos, e repete os mesmos erros - que, novamente lhe causarão terríveis dores de cotovelo.
A pessoa invejosa vive de aparências e gasta até o que não têm para manter um padrão de vida acima de suas condições, buscando impressionar os outros com a imagem de pessoa bem-sucedida, mas, acaba pagando um preço muito alto por isso, tendo noites mal-dormidas e sendo torturada pela sombra de suas dívidas.
Ela não olha a vida com otimismo e nem reconhece as oportunidades que lhe são apresentadas como possibilidades de transformação e, geralmente, está atuando em uma área que detesta, ocupando um cargo que não lhe dá satisfação – e com raiva daqueles que exercem a mesma função com alegria e diversão.
Muitas dessas mentes insatisfeitas até já ultrapassaram as barreiras da vida difícil que tiveram na infância, mas, internamente, ainda continuam como crianças pobres estagnadas emocionalmente na imaturidade de seu triste passado e, brigando com outros desafortunados por velhos brinquedos quebrados.
Diante de toda a situação, talvez, você, após tantos chutes da vida, já conseguiu vencer os monstros secretos de sua personalidade e hoje, é uma pessoa bem resolvida, determinada e com ricos potenciais em ação.
Para finalizar, afaste a maldita inveja de sua vida. Evite comentar sobre as suas metas e realizações, achando que todos ao seu redor torcem pelo seu sucesso, porque, muitas vezes, o inimigo convive intimamente com a gente, sendo até mesmo alguém de nossa própria família - ou da relação social cotidiana.
E quem sente inveja não demonstra a sua contrariedade, porque a pessoa invejosa é dissimulada e não mede esforços para atrapalhar os planos dos outros. Portanto, se você é alguém do Bem e deseja manter-se equilibrado, mesmo tendo que conviver com uma pessoa que joga a favor do time errado, procure permanecer dentro de uma conduta correta, para que o barco de sua vida não perca o leme... porque, quem não deve, não teme.
Evaldo Ribeiro
RISO GRANDE DO NORTE
DAVID CUNHA - O ESPANTA
Uma trajetória marcada por muito sucesso
BOM HUMOR NAS TERRAS DE POTI
Uma trajetória marcada por muito sucesso
‘‘Espanta’’ foi o
codinome que o humorista David Cunha Alves pediu a Deus para fazer
sucesso. O nome artístico, fora de qualquer convencionalismo, funcionou
como um imã ou mecanismo de marketing que elevou seu talento para o
Brasil. É notório o celeiro de humoristas produzidos no Nordeste. Mas em
Natal os nomes que conseguem sucesso são poucos. E David Cunha foi o
maior deles. Morreu como o maior humorista do Rio Grande do Norte.
BOM HUMOR NAS TERRAS DE POTI
Apesar de tímida, cena humorística no Rio Grande do Norte
tem conquistado espaços, público e adeptos por esse Brasil afora
Por
Sérgio Vilar
Sérgio Vilar
O
porquê de o Ceará exportar tantos humoristas permanece um mistério tão
insondável quanto a vida em Plutão. No Rio Grande do Norte, a cadeia
produtiva do humor tem crescido em ritmo lento. Está muito aquém dos
vizinhos mais engraçados. Ainda são poucas as oportunidades por aqui.
Menos ainda os humoristas qualificados para abraçar os espaços cedidos
nos poucos bares abertos ao gênero. É um cenário ainda amador, mas o
melhor e mais promissor, na visão dos principais humoristas da cidade.
Durante a Bienal do Livro do Ceará, em 2008, a reportagem perguntou ao mestre do humor, Chico Anysio, qual seria o motivo de tanto humorista no Ceará. Ele respondeu: "O Ceará tem muitos problemas. Não existe bons humoristas suecos, holandeses, suiços. Nenhum humorista conserta nada, mas denuncia tudo". O repórter insistiu e questionou a falta de humoristas em outros estados nordestinos sofridos: "Natal não tem as caatingas, o sertão duro que o Ceará tem. É com certeza o Estado mais sofrido do Brasil".
Humorista Mafaldo Pinto
FESTIVAL DE HUMOR POTIGUAR
Fato é que o Rio Grande do Norte, Piauí, Ceará ou qualquer estado nordestino sofre com a seca e pobreza. Na visão do humorista potiguar Mafaldo Pinto, para a cena do humor natalense se igualar à de Fortaleza é preciso iniciativa. "Temos muita gente. Mas falta segurança à maioria porque também falta coragem para montar um show completo e se apresentar, dar a cara a bofete nos bares, teatros. Banquei minha primeira apresentação.
Mafaldo é hoje um dos humoristas mais prestigiados do Estado. Fará em outubro o 1º Festival de Humor Potiguar SolRiso, no TAM. Inscrições aos humoristas amadores ou profissionais já estão abertas (8824-7208 ou 9902-1804). "Já sei de antemão que pouca gente vai se inscrever. E mesmo sendo apenas seis os selecionados para se apresentarem, se não houver qualidade, reduzo o número", disse o humorista, que fará parte da banca julgadora com mais dois integrantes.
A intenção do Festival é descobrir, dar oportunidade e valorizar os humoristas potiguares. Muitos vendem CDs repletos de piadas gravadas nos bares da Zona Sul. Abordam clientes, contam piadas e tentam comercializar o produto. "Esse Festival servirá para o público ver quem tem segurança em cima do palco. Uma coisa é contar piada em bar. Outra é se manter dez, vinte minutos no palco. O público paga e é exigente. Ninguém ri forçado. E poucos humoristas seguram a onda quando o público não ri".
Humorista Gibran Torres adota a linha da imitação
O IMITADOR DE NATAL
O
radialista e jornalista de formação Gibran Torres adota a linha da
imitação. Começou a carreira em 2006 no grupo Humor Bagaço, junto com
Mafaldo, François Carízio, Flavio Café, Junior Cloner e Tázio Nery.
Desses, apenas Mafaldo, ele e François continuaram. Participou esse ano
do concurso "Os maiores imitadores do Brasil", no programa de Ana
Hickman, na Record. Das cinco etapas, ficou na segunda. Segundo Mafaldo,
Gibran é um talento que ainda precisa montar um show completo e se
apresentar.
É o que ele está fazendo. "Tenho me apresentado pouco em bares porque estou montando meu show agendado para novembro, no Teatro de Cultura Popular". O pouco tempo é porque Gibran leva o humor como hobby. São poucos os que vivem apenas da profissão de humorista. Em Natal, entre os humoristas mais experientes se destacam além, de Mafaldo e Gibran, os cearenses radicados em Natal Butuca e Bisteca, Karlberg, Geraldo Maia, e Seu Dedé, o mais antigo e talvez o único a se alimentar apenas do humor.
DUAS DÉCADAS DE PROFISSÃO
O
personagem Seu Dedé talvez seja hoje o mais conhecido dos natalenses. É
também o ganha-pão de João Ricardo Costa da Silva, 41, o mais antigo
humorista em atividade. João começou na época de Davi Cunha, o Espanta. É
dos poucos no Estado que vivem só da profissão. Foi o primeiro a
sugerir e participar de um projeto de humor em Natal: a Quinta do Humor,
na antiga Pizzaria Orla Grill, na Praia do Meio. Hoje é um dos
humoristas do principal espaço de humor da cidade: o restaurante e
pizzaria Páprika, em Ponta Negra.
João lembra que há 20 anos a situação era bem pior. Pouca gente acreditava no produto Humor para atrair clientes. "Hoje qualquer programa de TV tem um quadro de humor. E os comerciantes sabem que essa realidade deu certo em Fortaleza e pode ser uma boa sacada também pra cá". Mas infelizmente, as tentativas têm dado erradas. Afora o Páprika, que mantém convênio com hotéis e sempre lota as quartas-feiras do humor, outros bares desistem mesmo quando atraem um público razoável.
"Participei do projeto noBar Original (na Prudente de Morais). Mas o dono achou que precisava lotar sempre e desistiu. Em Parnamirim, o bar Cai Pedaço também abriu espaço, mas também não seguraram. E tem sido assim". Mas Seu Dedé também atende convite de empresas. É de onde retém a maior parte do orçamento para alimentar a prole de seis filhos. "O pessoal pergunta se eu não tinha TV em casa. Claro que tenho, mas o intervalo do programa dura uns três minutos, né?", brinca.
Raimundo, o criador do Cafuçú, é defensor ferrenho da cultura nordestina
CORONÉ CAFUÇÚ
O Nordeste se destaca por um tipo de humor peculiar à região, ligado à poesia popular, ao cordel, ao repente e cantorias; à cultura sertaneja. O nome mais expressivo é o paraibano Jessier Quirino. Nairon Barreto, o Zé Lezin, também é encarna a figura do matuto. No Rio Grande do Norte, o assuense Paulo Varela também apresenta versos metrificados. Mas é em Currais Novos de onde se conhece a autoridade no assunto. "Ótoridade" de patente militar e tudo: o Coroné Cafuçu.
Paletó,
óculos escuro tomando metade do rosto, chapéu, barba pintada e calça
vermelha (ele diz que a cor vermelha só serve para vestir mulher e
doido). É a indumentária do "coroné" Raimundo Ferreira Campos. Se tem
patente verídica, é a de sertanejo criado na roça com uma enxada na mão e
uma ideia na cabeça: ser poeta. E da poesia matuta reconhecida entre
músicos renomados como Joca Costa e o maestro Bembem, Raimundo incutiu o
humor repleto de causos de um sertão que lhe é conhecido e vivido.
"O
humor é o que carrega meu trabalho. É o que vende mais. Quando abro a
boca e recito meus versos, quem tá perto se bola de rir. E sem dizer
palavrão ou frase de duplo sentido, porque é uma ferramenta perigosa:
pode onstranger a família que vai lhe assistir". Raimundo se acha
humorista por vocação porque o sertanejo tem no humor o seu alimento.
"Três coisas salvam o sertanejo e o mantém vivo: cuzcuz, rapadura e
humor. É o alimento que lhe tira o sofrimento diário; as vitaminas do
Sertão".
Raimundo
toca no improviso um programa de Rádio de grande audiência em Currais
Novos. O personagem Coroné Cafuçu ele leva aos interiores e capitais
nordestinas, junto com o último CD Humor, Forró e Poesia. Essa semana se
apresentou em Cajazeiras, na Paraiba, e nos municípios Riacho da Cruz e
Luís Gomes, terra onde nasceu. "Às vezes penso que o Coroné sou eu
mesmo. Sou um sertanejo natural, matuto, e por isso, humorista nato, de
carne e alma".
Postado por
José Carlos - blog Potiguarte.
sábado, 18 de agosto de 2012
O teu mundo é novo. A tua carne é nova. Eu sou a velhice, o mundo abalado.
O teu mundo que me convida. O permanente mundo em flor da tua carne.
Beijar-te os olhos, acariciar-te o dedos, ter nas mãos a doçura do teu cabelo, tua nuca, o teu p
O teu mundo que me convida. O permanente mundo em flor da tua carne.
Beijar-te os olhos, acariciar-te o dedos, ter nas mãos a doçura do teu cabelo, tua nuca, o teu p
escoço roliço para acariciados...
Dirás que a vida é bela. A vida é bela!
Mas eu, amor, já agora tão triste e tão cansado.
Ontem que não chegou. Ontem que estava mesmo um dia amarelo...
Mas agora, que o dia é chegado...
Perdão, perdão, eu de mim mesmo é que já não sou belo.
Vai, e não leves de ti a tua desilusão...
O que me dóí, o que ainda me dói...
(... E não ver essas roupas desmanchadas,
O azul desses olhos, a graça e a festa dessas mãos...)
Deixa que eu feche os olhos, e não te veja, e não veja mais nada...
Obrigado, e perdão.
Caldas, poeta potiguar de Assu
Dirás que a vida é bela. A vida é bela!
Mas eu, amor, já agora tão triste e tão cansado.
Ontem que não chegou. Ontem que estava mesmo um dia amarelo...
Mas agora, que o dia é chegado...
Perdão, perdão, eu de mim mesmo é que já não sou belo.
Vai, e não leves de ti a tua desilusão...
O que me dóí, o que ainda me dói...
(... E não ver essas roupas desmanchadas,
O azul desses olhos, a graça e a festa dessas mãos...)
Deixa que eu feche os olhos, e não te veja, e não veja mais nada...
Obrigado, e perdão.
Caldas, poeta potiguar de Assu
A
educação, nos primórdios da existência humana, restringia-se a
transmissão de informações e prática culturais a partir da convivência.
Neste sentido, a educação ocorria dentro da família e as crianças
aprendiam imitando os mais velhos. Ao longo da história da humanidade a
educação passou a se tornar uma questão comunitária até se tornar um
assunto de Estado.
Nos últimos trezentos anos o Estado passou a
controlar cada vez mais a educação. Esse domínio atinge questões de
metodologia, organização escolar, currículo, arquitetura (ambiente
escolar), além de controles de frequência e vigilância dos lares.
Uma educação libertária está para além da defesa de uma prática
metodológica que trabalhe a autonomia e liberdade da crianças. É, na
verdade, um não controle da educação por parte de um dirigismo
centralizado, como o do Estado.
http://www2.pliber.org.br/
Nos últimos trezentos anos o Estado passou a controlar cada vez mais a educação. Esse domínio atinge questões de metodologia, organização escolar, currículo, arquitetura (ambiente escolar), além de controles de frequência e vigilância dos lares.
Uma educação libertária está para além da defesa de uma prática metodológica que trabalhe a autonomia e liberdade da crianças. É, na verdade, um não controle da educação por parte de um dirigismo centralizado, como o do Estado.
http://www2.pliber.org.br/
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Missa de 7º dia da jovem Dandara Fonseca acontece hoje
A
família da jovem Dandara Fonseca, que morreu tragicamente em um
acidente na BR 304 no último dia 11 em Assú, convida a todos para
participarem da Missa de 7º dia de seu falecimento.
Em Assu, a missa acontece nesta sexta, dia 17, às 17:hs na Matriz de São João Batista.
Na cidade de Mossoró, a missa será celebrada hoje as 17:hs na Igreja São Paulo no bairro Nova Betânia.
Por
mais esse ato de fé cristã, a família Samucka e Neidinha (pais) e Ana
Cecilia e Thamara (irmãs) antecipam seus agradecimentos, o carinho e o
conforto recebidos.
Fonte: VT
Veleiro "Cisne Branco" no porto de Natal
Navio-Veleiro “Cisne Branco” atracará no porto de Natal nesta quinta-feira e será aberto à visitação pública.
O Navio-Veleiro “Cisne Branco” atracará no Porto de Natal na próxima quinta-feira (16), às 10h, e estará aberto à visitação pública até dia 20 de agosto, nos horários entre 14h e 18h. A entrada é gratuita. A sua missão é representar o Brasil em eventos náuticos nacionais e internacionais, divulgar a mentalidade marítima na sociedade civil e preservar as tradições navais.
O “Cisne Branco” é um veleiro de grande porte, construído em Amsterdã, Holanda, pelo Estaleiro Damen. Teve sua quilha batida em 9 de novembro de 1998, tendo sido lançado ao mar e batizado em 4 de agosto de 1999, entregue à Marinha do Brasil em 4 de fevereiro de 2.000 e incorporado à Armada em 9 de março do mesmo ano.
Realizou sua viagem inaugural, na travessia comemorativa dos “500 anos de Descobrimento do Brasil”, cruzando o Atlântico da mesma forma que o fez Pedro Álvares Cabral, no ano de 1.500. O projeto do “Cisne Branco” inspira-se nos desenhos dos últimos “Clippers” construídos no final do século XIX.
A construção do navio ocorreu em tempo recorde – um ano e três meses – e teve, como principal propósito, permitir ao Brasil participar com um navio de propulsão à vela da histórica travessia comemorativa dos 500 anos do seu descobrimento.
Características do navio
Tripulação: 60 militares
Comprimento Total: 76,0 m / 249 pés
Boca (largura): 10,5 m / 34,5 pés
Calado: 4,8 m / 15,7 pés
Altura do Mastro Grande: 46,4 m / 152,2 pés
Deslocamento: 1.038 ton
Armação: Galera
Área Vélica (máxima): 2.195 m2
Velas redondas: 15
Velas latinas: 10
Velas auxiliares: 6
Vela de mau tempo: 1
Velocidade máxima à vela: 17,5 nós (32 km/h)
Propulsão Auxiliar: 1 Motor Diesel 1001 hp
Velocidade máxima a motor: 11 nós (20 km/h)
CLEBER RIBEIRO DA SILVA
Capitão-de-Fragata (T)
Assessor de Imprensa do Comando do 3º Distrito Nava
Fonte: Natal em foto, por Canindé Soares
REVISTA FORMAS ARQUITETURA POTIGUAR
Acesse o link da Revita Formas e confira o espetáculo que está a Edição 140. Voce vai gostar. Confira!!!
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
“Os
sonhos são lucidez. As tempestades são alusivas à longevidade, o fogo
da fogueira da ave fênix sinaliza vida. E eu vou querer a plenitude das
horas duras e suaves e aprender sempre com as pequenas coisas.
O tempo? É paisagem da janela de minha alma. A vida... É força, teimosia e bênção!
O amor? Eu amo!”
Graça Campos, 16/04/2012
CAMPOS, Graça. De Primavera em Primavera
Graça Campos, 16/04/2012
CAMPOS, Graça. De Primavera em Primavera
TEMPESTADES
Descansar,
repousar, quando lá fora uma tempestade assola o abrigo não são muitos
que a enfrentam com serenidade. É necessário grande dose de coragem, de
firmeza e de certeza de que tudo está sob controle. Como reparamos na
ilustração anexa.
Podemos
tirar muitas preciosas lições da história que enviamos nesta semana
(Tempestades) para nossa vida. Em todos os setores de nosso dia a dia,
seja em família, na profissão, no relacionamento com amigos, em nossa
vida íntima, sempre haverá ocasiões que nos desafiam e que se nos
deixarmos levar pelo medo, pela insegurança e pela ausência de firmeza,
certamente os resultados não serão positivos.
Estamos
nós tranquilos e convictos que se vier a borrasca, a turbulência, elas
não nos afetarão? Como está nossa vida em família? Qual a nossa situação
na vida profissional? E os amigos, parentes, colegas, têm algo de
positivo a dizer sobre nós? Nosso íntimo repousa tranquilo sem que nada
nos perturbe? E quanto a Deus? Ele nos aprova, tem prazer em estar ao
nosso lado, sabe que O buscamos quando Dele necessitamos e se apressa a
nos socorrer? Que nota daríamos a nós mesmos nesse quesito?
Nas horas de lazer, de entretenimento, de distração, que passamos em nosso lar e com aquelas pessoas que nos são tão caras e queridas, vislumbramos excelentes oportunidades para que exercitemos essas virtudes e qualidades acima apontadas. Faça dessas ocasiões o seu desafio e se esforce para ser aprovado. Caso encontre dificuldades recorra a Deus, na pessoa do Senhor Jesus Cristo e com segurança uma feliz ajuda fará com que caminhe para o êxito esperado.
Clênio Lins Caldas
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Revisão dos auxílios pode aumentar a aposentadoria
O segurado que recebeu um auxílio-doença entre 1999 e 2007 e voltou a
contribuir para o INSS antes de se aposentar pode ter um aumento em seu
benefício com a revisão dos auxílios, que começa a ser paga em 2013.
Esses segurados não têm mais direito a atrasados, que são as diferenças que o INSS deixou de pagar, mas poderão conseguir um reajuste no benefício atual.
Quem ainda não se aposentou, mas recebeu um auxílio com erro, também pode pedir para o INSS corrigir as contribuições para aumentar a média salarial que será usada no cálculo de sua aposentadoria.
A correção é vantajosa para quem ficou um longo período recebendo auxílio-doença e teve um período de contribuições pelo salário mínimo (hoje, R$ 622), seguido por outros sobre o teto, que hoje é de R$ 3.916,20.
Fonte: Bol
Esses segurados não têm mais direito a atrasados, que são as diferenças que o INSS deixou de pagar, mas poderão conseguir um reajuste no benefício atual.
Quem ainda não se aposentou, mas recebeu um auxílio com erro, também pode pedir para o INSS corrigir as contribuições para aumentar a média salarial que será usada no cálculo de sua aposentadoria.
A correção é vantajosa para quem ficou um longo período recebendo auxílio-doença e teve um período de contribuições pelo salário mínimo (hoje, R$ 622), seguido por outros sobre o teto, que hoje é de R$ 3.916,20.
Fonte: Bol
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Morremos a cada instante
sem perceber.
Somos impotentes
diante do tempo
sem perceber.
Somos impotentes
diante do tempo
mas detemos a condição incontestável
de exercer a vida.
O tempo urge
e ele está decidido em prova-lo
a cada movimento perpétuo seu
cada segundo que passa
não voltará nunca mais.
Morremos a qualquer momento
a toda a hora
em qualquer lugar.
Morremos a cada instante
em que deixamos o silêncio
encher as taças que vazámos
na voracidade do que sentimos.
Morremos vezes sem conta
para depois renascer
e imergir numa nova etapa
num novo ciclo.
E a cada ciclo que se fecha
abre-se uma nova porta
e uma nova história começa.
Morrerei quantas vezes forem preciso
para renascer
cada vez mais forte.
Cristina Costa
.
de exercer a vida.
O tempo urge
e ele está decidido em prova-lo
a cada movimento perpétuo seu
cada segundo que passa
não voltará nunca mais.
Morremos a qualquer momento
a toda a hora
em qualquer lugar.
Morremos a cada instante
em que deixamos o silêncio
encher as taças que vazámos
na voracidade do que sentimos.
Morremos vezes sem conta
para depois renascer
e imergir numa nova etapa
num novo ciclo.
E a cada ciclo que se fecha
abre-se uma nova porta
e uma nova história começa.
Morrerei quantas vezes forem preciso
para renascer
cada vez mais forte.
Cristina Costa
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