quinta-feira, 30 de agosto de 2018

“Peço à Nossa Senhora da Consolação, / Que me olha com seus olhos meigos e santos, / Que me dê uma boa morte. / Quero somente no meu túmulo, / Umas violetas de *Keats, / Umas rosas e uma cruz.

Walflan de Queiroz
_______________em, O tempo e a solidão

*Keats - John Keats, poeta inglês.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

A importante e aristocrática cidade de Assu/RN amanheceu hoje, 29, mais triste com a partida para o outro lado, de um dos seus filhos dos mais virtuosos chamado Democrítico Amorim -Teté -(Fotografia abaixo com a modelo Luíza Brunet) como era chamado na intimidade. Era uma figura querida por toda sociedade assuense, fotógrafo de profissão (seu pai Demóstenes Amorim tem fotografias que ilustra artigos da então popularíssima revista Manchete) foi ativista cultural fundou jornais, fez teatro, gostava da boa leitura e da boa prosa. Na política era reservado, porém participou em fins de 1963, tempo efervescente no Brasil, do Grupou do 11 (Onze). Era um grupo de guerrilha incentivado em todo o Brasil por Leonel Brizola para dar sustentação as reformas de base que o presidente João Goulart (Jango) queria implantar no Brasil, como por exemplo, a reforma agrária. Criado o Clube do 11, de Assu, enviaram mensagem telegráfica a Rádio Mayrinque Veiga, do Rio de Janeiro, dizendo assim, com bravura: "Estamos prontos. Só faltam as armas". Com a Revolução de 1964,´Demócrito teve que responder a inquérito militar juntamente com os demais companheiros. Afinal, a vida social, cultural, a fotografia do Assu fica mais pobre e deserdada do talento de Demócrito Amorim. Saudades meu velho e querido amigo. Que você durma o sono dos justos, fica em paz porque, a morte como diz o filósofo "não é um período que termina uma existência, mas um interlúdio somente, uma passagem de uma forma para outra do ser infinito.".
(Registro aqui o meu pesar a Zélia Amorim e toda família e amigos).
Fotografia de Ivan Pinheiro.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Já não se encantarão os meus olhos nos teus olhos,
já não se adoçará junto a ti a minha dor.

Mas para onde vá levarei o teu olhar
e para onde caminhes levarás a minha dor.

Fui teu, foste minha. O que mais? Juntos fizemos
uma curva na rota por onde o amor passou.

Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te ame,
daquele que corte na tua chácara o que semeei eu.

Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.

Do teu coração me diz adeus uma criança.

Pablo Neruda
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domingo, 26 de agosto de 2018


Lá do Assú. Assentamento de praça de Gonçalo Wanderley Lins.

Você, Pedro
Comentários

Carlos Alexandre Da Fonseca Lima Filho de quem , Professor ?
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Responder13 h

João Felipe da Trindade João de Sousa Pimentel. Em alguns registros, tem um como mesmo nome que era casado com Josefa Lins de Mendonça, ou de Mendonça Lins.
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Responder3 h

João Felipe da Trindade Veja dois filhos de João de Sousa Pimentel: Em 9 de abril de 1823, na Fazenda Estreito, se receberam por esposos Gertrudes Lins Pimentel, 22 anos, filha legítima de João de Sousa Pimentel e Josefa Mendonça Lins, e Domingos Varela Barca, 20 anos, filholegítimo do capitão Manoel Varela Barca e de Francisca Ferreira Souto, falecida, sendo presentes por testemunhas João Maurício Pimentel e Francisco Varela Barca, sendo os nubentes brancos, e dispensados do parentesco em que se achavam, não constando o grau.
Em 23 de fevereiro de 1830, no Sítio do Estreito, se receberam por esposos, depois de dispensados do impedimento com que estavam ligados, Manoel Varela Barca Junior, de 22 anos, filho do capitão Manoel Varela Barca e de Francisca Ferreira Souto, falecida, e Inácia Teodósia de Mendonça, de 22 anos, filha de João de Sousa Pimentel e de Josefa Lins Mendonça, sendo testemunhas o capitão Manoel Varela Barca e João Maurício Pimentel, casados. Brancos.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

O PÃO
Roberto Lima
Tenho o pão nas minhas mãos,
O pão que é a pomba da paz nas mãos do povo
E voa longe das mãos dos que sabem
Que estão famintos deste mesmo pão.
Tenho, nas mãos da minha alma, o pão da poesia:
É a música que Ilumina os meus ouvidos,
Enche de paz o meu espírito
E faz florescer a canção do novo dia.
Mas as pessoas, distraídos em falar de pessoas,
Não podem ouvir a canção do tempo e da luz.
E não sabem nunca que, desse mesmo pão, sentem fome,
O pão que é música aos ouvidos do espírito
E faz florescer a canção da vida...
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quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Jean Lopes com fotos à venda


O premiado fotógrafo Jean Lopes está colocando à venda uma super seleção de fotos do seu acervo de anos de trabalho. Fotógrafo há 25 anos e vencedor de mais de sessenta prêmios no Brasil e no exterior, incluindo o Prêmio Petrobras de Jornalismo e o POY Latam -Pictures of the Year Latim America, Jean está criando grupos - no modelo de consórcio – para os interessados em ter um dos seus grandes clicks na parede de casa.

A proposta com a temática “Reivente sua parede com Jean Lopes”, contempla uma foto impressa no padrão fine art – a mesma exigida atualmente por colecionadores e museus de todo o mundo devido a durabilidade e fidelidade – com moldura. O primeiro grupo tem apenas 10 vagas. Desta forma, é importante destacar que é melhor garantir logo a sua vaga, pois elas podem acabar rapidamente.

Jean destaca que a proposta busca atender uma demanda de colecionadores particulares, decoradores, arquitetos e amantes da arte por imagens dos temas e riquezas naturais da região.

Otimista com o projeto, Jean buscou o modelo de consórcio pela facilidade de acesso. O primeiro grupo além da facilidade de pagar em 10 parcelas mensais, vai contar ainda com um preço promocional.

Para adesão ou saber mais, basta entrar em contato pelo 84 99999-8964.

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AD Comunicação Integrada (84) 99919 4360
Diretor Alderi Dantas - Jornalista



quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Lula lidera corrida presidencial com 39% das intenções de voto, diz Datafolha

Jornal do Brasil

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida presidencial com 39% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha divulgada na madrugada desta quarta-feira, 22. O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) tem 19%, a ex-ministra Marina Silva (Rede), 8%, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), 6%, e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), 5%. Alvaro Dias (Podemos) aparece com 3%, João Amoêdo (Novo) soma 2% e Henrique Meirelles (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Cabo Daciolo (Patriota) e Vera (PSTU) têm 1% cada.
Ex-presidente Lula lidera a corrida presidencial
No cenário sem a apresentação do nome de Lula, que está em preso em Curitiba desde 7 de abril, Bolsonaro lidera com 22% e Marina tem 16%. Na sequência aparecem Ciro, com 10%, e Alckmin, com 9%. Dias e o provável substituto de Lula na disputa, Fernando Haddad (PT), têm 4% cada. Amoêdo e Meirelles têm 2%, enquanto Vera, Daciolo, Boulos e João Goulart Filho (PPL) têm 1%. Eymael (DC) não pontuou nos dois cenários.
Questionados se o apoio de Lula os levaria a apoiar algum candidato, 48% responderam que não, 31% disseram que o fariam com certeza e 18% afirmaram que talvez. O apoio do presidente Michel Temer faria 87% das pessoas não votar no candidato.
Os candidatos mais rejeitados pelos eleitores são Bolsonaro (39%), Lula (34%), Alckmin (26%), Marina (25%) e Ciro (23%). Haddad soma 21% nesse quesito.
Nas simulações de segundo turno, Lula venceria Alckmin (53% a 29%), Marina (51% a 29%) e Bolsonaro (52% a 32%). Haddad seria derrotado por Alckmin (43% a 20%) e Bolsonaro (38% a 29%). Alckmin venceria Bolsonaro (38% a 33%) e Ciro (37% a 31%), mas perderia para Marina (41% a 33%).
O Datafolha ouviu 8.433 pessoas em 313 municípios, de 20 a 21 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo BR 04023/2018.


Tags: candidatos, eleições, lula, pesquisa, presidência

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terça-feira, 21 de agosto de 2018

Paulo Wanderley de Sá Leitão, ou Paulo Leitão como é habitualmente chamado pelos seus familiares e amigos, é uma figura de boa cepa do Assu poético e inteligente. De família tradicional, Paulo tem a capacidade de distrair, divertir, é sempre bem humorado e tem a resposta espirituosa na ponta da língua pra qualquer ocasião. Pois bem. Certa vez, Paulo fora surpreendido por um amigo e conterrâneo chamado Antonio Peres, querendo saber a sua idade. "Oitenta e seis, amigo. Mas vou viver cento e dez anos!" Respondeu Paulo. Peres não se deu por calado. "Mas como é que o senhor tem essa certeza?" Paulo respondeu: "Amigo. Falei com Jesus Cristo." Peres fez nova indagação: "E Jesus o que foi que lhe disse?" Paulo saiu com esse repente: "Ficou Calado. Quem cala consente" E Paulo já vai passando dos seus bons 92 anos de idade, gozando de boa saúde.

Fernando Caldas

crime deveria perder o direito à menoridade´

21/08/2018

Por: Redação do PN 

No programa Jornal Potiguar Notícias, transmitido pela página Potiguar Notícias no Facebook, pela PNTV e pela 105,9 FM, o jornalista José Pinto Júnior entrevistou o candidato ao senado Geraldo Melo (PSDB), que já foi governador do Estado e senador e que falou sobre propostas e política.
Indagado sobre qual seriam suas bandeiras, caso eleito, Geraldo se deteve no tema Segurança Pública. "Tenho ideias radicais, inclusive, como a que o menor que comete um crime deveria perder o direito à menoridade, afinal, a partir do crime ele abdicou dessa condição e será tratado como um criminoso".
O candidato também defender maior atenção com os policiais, "que são pagos para eventualmente morrer pela gente, se preciso".
Geraldo fez humor com as críticas que recebe por tentar candidatura com a idade que tem - 83 anos - atualmente: "Sou candidato a senador, não à atleta", afirmou, registrando que "com o Brasil do jeito que está é necessário sairmos da cadeira e partir para a ação"

Todo jardim começa com um sonho de amor.
Antes que qualquer árvore seja plantada
ou qualquer lago seja construído,
é preciso que as árvores e os lagos
tenham nascido dentro da alma.
Quem não tem jardins por dentro,
não planta jardins por fora
e nem passeia por eles...
Rubem Alves

Plano de saúde não pode reajustar mensalidade para usuária que completou 60 anos

A 8ª câmara Cível do TJ/PR determinou que um plano de saúde se abstenha de realizar reajuste relativo à mudança de faixa etária para usuária que completou 60 anos durante a vigência do contrato. O colegiado também limitou os reajustes anuais pelo menor dos índices entre a variação da sinistralidade ou daqueles fixados pela ANS.
Na ação contra o plano, a autora defendeu a ilegalidade do reajuste do plano de saúde com base na sinistralidade e na mudança da faixa etária. O juízo de 1º grau declarou a abusividade do reajuste por sinistralidade e entendeu que deve ser aplicado os índices aprovados pela ANS para planos individuais e familiares para o mesmo período. No entanto, nada dispôs sobre o reajuste em virtude da mudança da faixa etária.
Diante da decisão, tanto o plano de saúde quanto a usuária recorreram. Ao analisar o recurso, o desembargador Luis Sérgio Swiech, relator, deu razão em parte aos pedidos da autora e não atendeu aos pedidos do plano.
Com relação ao pedido referente à faixa etária, o relator aplicou o CDC, o Estatuto do Idoso e a lei dos planos de saúde, a qual veda a variação da mensalidade em função da idade, para os consumidores com mais de 60 anos, que tiverem mais de 10 anos de relação contratual, previsão aplicável ao caso.
"Destaco, ainda, o julgamento do Recurso Especial Repetitivo nº 1.568.244/RJ, no qual o colendo Superior Tribunal de Justiça reafirmou essa posição, ao entender pela validade da cláusula contratual que estipula o reajuste a idosos, desde que não tenham contratos há mais de dez (10) anos."
Já com relação ao reajuste por sinistralidade, o relator concluiu que as cláusulas do contrato entre as partes não são claras, não trazem os índices a serem aplicados e tampouco os custos dos serviços e assistência médica. Assim, decidiu limitar os reajustes anuais pelo menor dos índices entre a variação da sinistralidade ou daqueles fixados pela ANS.
Ao prover em parte o recurso da autora, a 8ª câmara negou o pedido da restituição em dobro dos valores cobrados e determinou a restituição simples.
Do Migalhas

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AÇU POR JOÃO CELSO NETO

AÇU POR JOÃO CELSO NETO

Perpétua de Babal (ou seria Babau, com u, que se escrevia o apelido de Aderbal seu pai?) trouxe suas memórias da terra natal. Outros também o fizeram como outros que ali moraram ou a adotaram para sempre.

De mim, Açu (assim consta de meu registro civil) esteve presente em esparsos poemas, um dos quais um soneto falando do “cadavérico caminho do cemitério de minha terra” onde, aos 18 anos, imaginei que para lá iriam me levar quando um dia enfim eu morresse (“Versos Íntimos”, 1966, p. 22).

Ainda naquelas incultas produções falei (p. 7) que queria gritar que ela era “- em todo o Universo – a terra do verso, da glosa, da quadra, soneto e poema, do vate maturo que ama e venera“.

Açu é para mim, sobretudo, o resultado das lembranças indeléveis dos meus primeiros 4 anos de vida, enquanto morava lá, e das férias que raramente deixaram de ser ali gozadas até quase 15 anos. Aos 4 e meio (junho de 1949), mudamos-nos para Natal e aos 15 (1960) para o Rio de Janeiro. Depois desta mudança para tão longe, passei duas férias em 1963, as de verão até depois do carnaval de 1964.

A cidade foi ainda ponto de passagem a que eu me obrigava de 1970 a 1971, tempo em que, morando em Recife, participei da implantação e aceitação do sistema de micro-ondas da Embratel (fabricante: GTE) entre Recife e Fortaleza. Havia uma estação repetidora logo depois da saída do Açu em direção a Mossoró, no Sítio Palheiros, bem à beira da estrada.

E voltei de passagem, voltando de Fortaleza por terra com a família. Além dessa  oportunidade, passei uma semana lá em 1986, para as comemorações dos cem anos do nascimento de meu avô, e em 1999, para receber uma comenda que ressaltava minha atividade de Engenheiro Eletricista (na verdade, eu me formara em Eletrônica) quando eu já deixara a Engenharia e me tornara Advogado, seguindo a tradição da família.

O avô de quem herdei o nome foi um dos mais renomados Advogados (provisionado) de lá, dando hoje o nome ao Fórum. Meu tio e padrinho Expedito foi Adjunto de Promotor, ele também um provisionado com Banca no sobrado de Sebastião Cabral, em cima da bodega de Chico Celestino (pai de Alberto e de uma bruxinha que me encantou em certo carnaval), quase vizinho à casa onde nasci (Praça Pedro Velho, 4) e tendo a casa de Renato Caldas entre uma e outro. Meu pai também se graduou em Direto, pela então Faculdade de Direito de Alagoas, em 1956. E outro tio meu, Emílio (irmão de mamãe, de Expedito e de Celso da Silveira), formou-se pela Faculdade Nacional de Direito - Rio de Janeiro – da mesma Universidade do Brasil onde concluí meu curso de Engenharia (faz alguns anos que o nome mudou para UFRJ). Minha filha caçula também tem inscrição na OAB.
Certamente, meu querido Açu mudou demais ao longo do tempo. Suas figuras populares na minha infância eram Manoel de Bobagem e Bonzinho, os craques do Centro Esportivo Açuense eram Edson de Assis, Zé Pretinho e Pirrão, além, lógico, dos poetas Renato e João Lins Caldas.

A rua mais badalada da cidade já era, com certeza, a Manoel Montenegro, onde ele próprio morava, acho que vizinho a Vemvem Tavares e pertinho do “Castelo” que fora de meu avô e onde, acredito, nasceram minha mãe e todos os meus tios. No outro quarteirão e do mesmo lado da calçada ficavam as casa de tio Lauro Leite, Eduardo Wanderley (avô de Perpétua) e, na esquina, a casa de Dr. Pedro Amorim. Também tio Zequinhas Pinheiro ali construiu sua casa, nos fundos do Banco do Brasil antes de ser transferido para a antiga casa de Manoel Soares, avô de meus primos Netinho, Frederico, Domicito, Lauritinha, Milton e Fátima. Deles, quantas recordações de nossa convivência no Camelo, a fazenda da família que foi desapropriada por conta do Açude Mendobim no final dos anos 60 (minha última ida foi em 1971, já então uma casa abandonada; ficamos hospedados na outra fazenda, o Limoeiro).
Claro que o que ficou mais marcado foi o pessoal da família: minha tia Maria Olímpia (irmã de papai) mais conhecida como Maroquinhas, suas tias Lília, Lindu, Nila, Elita e Idália, os tios maternos que já citei Expedito e Celso e aquele mundaréu de primos “legítimos” ou mais afastados, coisas de uma cidade pequena. Até os primos deles se tornavam íntimos, como os de Mara filhos de Clarice de Sá Leitão e dos filhos de tio Domício (irmão de Chico Soares) e daquelas tias paternas de meu pai Oswaldnho, Enóe e Nadja Amorim; Salete e Dedé Avelino; Socorro e Laurita Leite.

Ser do Açu era um fator que me aproximou pela vida a João Batista França, Conrado Tavares, Geovane Lopes, Ivanice Abreu e vários outros conterrâneos que só fui conhecer no Rio de Janeiro.
Sem falar nos filhos de tio Né Dantas (irmão de minha avó materna) que fui conhecendo (eram dezenas...) na fazenda (Chico e Procópio) ou fora de lá (Enedina, Maria Leocádia e Justina).
Açu, para mim, é bem mais que um retrato na parede

segunda-feira, 13 de agosto de 2018


Glosa de Renato Caldas. Do livro Pé de escada, de Renato Caldas e João Marcolino de Vasconcelos. Imagem de: Assu na ponta da língua, de Ivan Pinheiro.

LENDA QUE EU ESCREVI PARA MIM

Era uma vez, um príncipe encantado...
Morava em um palácio de marfim.
De pérolas e de pedras preciosas
era adorado,
o seu rico jardim!
As rosas todas, eram de cristal!
Existia no centro um colossal
chafariz.
todinho cravejado
de rubis.
O piso era de ouro!...
Enfim, esse palácio era um tesouro!
... Mas, como até
nos contos de Trancoso
não é
completo o gozo...
o príncipe não podia
ter, uma mulher em sua companhia.
Caso resolvesse, em um momento.,
perderia de vez o encantamento;
bastaria pensar, para perder
toda a sua riqueza.
- Cansado de viver
Sem um carinho sequer,
preferiu a pobreza
para ter,
em sua companhia, uma mulher,
Eu também penso assim.
Prefiro o teu amor, amor,
vivendo na pobreza,
de que todo esplendor,
toda Riqueza,
de um palácio de ouro e de marfim.

Renato Caldas

________Em, Fulô do mato, segunda edição, 1953.


MANOEL CALIXTO CHEIO DE GRAÇA E quem não se lembra de Manoel Calixto Dantas também chamado de "Manoel do Lanche?" Era um dos nosso...