domingo, 22 de março de 2020

Abrindo a caixa do meu e-mail deparo-me com uma mensagem da filha do poeta e jornalista Rogaciano Leite, chamada Helena Roraima, dizendo:

Prioridade normal Poeta Rogaciano Leite - Centenário

De:
centenariorogacianoleite@gmail.com 


Bom dia, sr. Fernando Caldas, eu sou filha do poeta Rogaciano Leite. Vi sua postagem no seu blog sobre o papai. Meu nome é Helena Roraima.
Abrimos uma página no facebook: centenário Rogaciano Leite e estamos postando parte do acervo dele e resgatando as memórias e material espalhados. Também estamos postando as matérias que sairam sobre ele, como é o caso do senhor.
O senhor tem alhuma coisa mais escrita sobre ele ou algo no seu acervo dele ou sobre ele que pudêssemos fotografá-los para disponibilizá-lo ao público?
O senhor poderia também nos ajudar a divulgar essa página e pedir para as pessoas qud o conhrceram e o admiram entrar a página e contribuirem com o nosso projeto de resgate da memória dele?
Atualmente eu moro na Espanha, mas meus dois irmãos moram em Fortaleza.
Tenho um zap que facilita muito a comunicação. +34 631963408 e esse e-mail e outro: helenaleite30maio@hotmail.com
Se o senhor nos facilitar seu número de telefone, poderei entrar rm.contato com o senhor. Muito obrigada, Helena Roraima

Gemido

Eu a gemer,
Eu feito dor,
Não meu amor,
Eu só a ver
Meu dissabor...

Mas há quem o chame de meu amor.

(Caldas, poeta potiguar do Assu)

Lágrimas de amor.
Se choro é porque tenho sentimentos
Não posso pesar o peso de uma lágrima
Não posso medir a quantidade de uma lagrima
Mas posso sentir a ternura e loucura de uma lágrima.
Se choro é porque tenho amor
Não posso medir o amor que sinto
Não posso pesar o amor que carrego
Mas posso senti-lo algo imensurável
Que carrego em meu coração.
Se choro é porque estou frágil
Não posso medir minha fragilidade
Também não posso pesa-la
Mas posso agradar a Deus com minhas lágrimas.
Quem dera que todos sentissem a frieza de uma lágrima
O mundo seria diferente,
existia amor.
Quem dera se todos sentissem a fragilidade em seu coração e buscasse a Deus fielmente.
Quem dera se os povos do mundo inteiro chorassem as lágrimas do amor.
Teríamos um mundo justo,
De pessoas humana e humilde,
E a paz habitaria entre as nações,
Adoçando nossos corações.
(Gil Vieira, poetisa potiguar, reside em Assu)

DIA DA POESIA 2020 - Assú

Sintese da poesia
A poesia é a sintese da vida,
Vida sem poesia é vida inútil,
É como viver sem amor,
Que não vale a pena viver.
Antes de aventurar a fazer poesia,
Antes se faz necessario viver com.amor,
Por isso se ler poemas inspirados de poetas que não tem a dor na alma e nem nas mãos.
A vida é a mais bela poesua que existe,
Aprendemos a viver sem ter motivos para sermos infelizes,
Aprendemos a amar as coisas mais simples.
Amamos o sol, o dia, a chuva, a natureza, nosso ser, a humanidada, os animais e tudo que existe de belo.
A vida é curta demais para incertezas,
Curta demais para não nos desculpar,
Para não perdoar, para não amar,
Porque a vida é uma das mais bela poesia.
(Poetisa Gil Vieira, poetisa do Assu)
O Decreto
Foi decretado,
pelo criador,
que os pássaros
cantem,
todas as manhãs,
no romper da aurora
e anoitecer.
Um canto perfeito
para cada pássaro,
para cada espécie,
um sinfonia,
que alegra a vida.
um belo poema,
para minha alma
Que muito me acalma
e me faz viver.
(Núbia Frutuoso, poetisa do Assu)
GELO SECO
As antiteses da vida
Nos mostram uma condição
De sonhamos acordados
Sem ter uma direção
Ou acompanhar este tempo
Com cabeça e coração
A evolução humana
Já não segue mais padrão
Quem não tem autonomia
Nem alimenta ilusão
A vida se torna dura
Por causa da solidão
O que é frio e seco
Pode também ser gelado
Evaporando-se no espaço
Sem cheiro, sem cor, um fiasco
Sem nenhuma sensação
Sem sabor, sem ser molhado.
(Geralda Margela, poetisa assuense)
MEU Regaço
Quando a prata do Luar
Lava o ouro do Panaço
Boiam meus olhos ao nadar
Na beleza do Regaço.
Açu! és tú, o Regaço
Viverei por teu sucesso
Sempre serei seu vassalo
Tudo em prol do seu progresso.
E hoje que me acolhes
Serei mais um, filho nobre
Um filho bom e querido.
Por tua imácula grandeza
Tenho eu, toda certeza:
Por te amar, morro contigo.

(Aldo Cardoso de Lima, poeta do Assu)

segunda-feira, 16 de março de 2020

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Senhor...!

Dá-me serenidade dos rios diante dos temporais.
Dá-me a força das rochas diante das guerras.
Dá-me a Simplicidade da flor em todo tempo
E se acaso eu fraquejar, perdoa-me e
Permita-me recomeçar...


Sônia Câmara, poetisa de Ipanguaçu

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Nunca a vida me deu nada de mais alto do que a crença na eternidade. E o esforço pela eternidade.

(Caldas, pensador potiguar)

domingo, 15 de março de 2020

Eu quis uma noiva azul que me viesse do céu.
Uma esperança como a minha esperada.
A minha amada
Por pura e transparente no seu vėu
Como uma cousa assim, uma cousa do céu.

(Caldas, poeta potiguar do Assu. Se ele, Caldas, tivesse publicado seus milhares de poemas, com certeza teria alcançado a glória, o seu sonho maior: um Nobel de Literatura!)

Canção de Amor (Elizeth Cardoso)

Açude Pataxó, Ipanguaçu/RN.

sexta-feira, 13 de março de 2020

Quem diz que esse corona
É praga do fim do mundo
Não sabe o que está dizendo
Nem seu pensar é profundo
Desconhece o próprio nome
Não sabe o que é passar fome
Ou não ter o que comer
Lhe aconselho, esse menino
Pergunte a um nordestino
E ele vai lhe dizer
A fome é doença braba
Não quero nem no meu mote
É difícil amanhecer
Tendo só água no pote
É algo triste na vida
Ver filho pedir comida
E você sem ter pra dar
Diga sim ou não, senhor
Existe acaso, uma dor
Maior pra se suportar?
Quando esse vírus surgiu
Mesmo sem ser tão letal
Fizeram em poucos dias
Um enorme hospital
Se do dinheiro investido
Fosse um por cento investido
Em alimento ou comida
Eu sou um dos tais que diz
Seria um mundo feliz
Com muito mais luz e vida
Fabio Gomes
PATAXÓ É SÓ ALEGRIA

quinta-feira, 12 de março de 2020

Evolução da economia do RN no final do século XX (1970-2000)


Imagem: Reprodução https://www.saibamais.jor.br


Até a primeira metade do século XX o Rio Grande do Norte (RN) ainda apresentava 
perfil de uma típica economia primário-exportadora, pautada na agricultura de 
sequeiro, na pecuária extensiva e no extrativismo. No entanto, uma 
reviravolta vai acontecer no período seguinte, quando ocorrem mudanças 
profundas na base produtiva estadual.

De fato, no curto espaço de três décadas (1970-2000), registra-se uma alteração substancial na configuração da economia norte-rio-grandense, com as atividades primárias tradicionais reduzindo sua importância relativa, enquanto a indústria e, especialmente, os setores de comércio e serviços passam a liderar a composição do Produto Interno Bruto (PIB).

O salto da indústria potiguar ocorre no final dos anos 1970 estimulado pelo incremento da exploração de petróleo e gás natural via PETROBRAS, que se torna a “espinha dorsal” da nossa economia. Paralelo a isso, a indústria têxtil e de transformação em geral avança com o reforço dos subsídios da SUDENE e, em seguida, com a ajuda dos incentivos fiscais do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte (PROADI).

É também nos anos 1990 que a agropecuária estadual expande, mesmo tardiamente, a modernização de sua base técnica após a falência do ciclo do algodão, tendo como destaque a produção irrigada de frutas tropicais para exportação no polo Açu-Mossoró e em outras áreas dispersas no território estadual.

Já o setor terciário ganha relevância impulsionado pelo crescimento da urbanização e das atividades industriais concentradas na Grande Natal e em outras cidades de porte médio, como Mossoró. Nesse segmento, além do comércio varejista e no atacado, merece destaque o papel desempenhado pela expansão dos serviços de saúde e educação em todos os níveis. Ademais, as atividades turísticas passam a exercer um peso significativo em alguns municípios, principalmente naqueles localizados no litoral leste.

Esse amplo conjunto de transformações, apenas sumarizado aqui, repercute positivamente na capacidade de geração de riqueza no território norte-rio-grandense. Como mostra as séries históricas de estatísticas do IBGE, de 1970 a 2000, com exceção do início dos anos 1990, a taxa real de crescimento do PIB do RN foi superior à média do Brasil e do Nordeste.

Com efeito, merece destaque a performance obtida pelo PIB local na década de 1970, cuja taxa de crescimento variou acima de 10%. Nos anos 1980, a trajetória da economia estadual manteve seu ritmo acelerado, motivada pelo avanço da indústria do petróleo, perdendo velocidade nos primeiros anos da década de 1990, mas logo voltando a crescer 5,0% entre 1996-2000.

O RN termina o século XX, portanto, com um desempenho econômico bem acima da média brasileira e nordestina. De uma economia primário-exportadora, dependente da agropecuária e do extrativismo, o estado diversifica sua base produtiva e assume um perfil mais urbano-industrial, alcançado em 2000 a 19ª posição no PIB do Brasil e a 6ª posição entre os estados do Nordeste.

É pertinente sublinhar que as mudanças produtivas elencadas também agravaram as desigualdades intra-estaduais, com a riqueza se concentrando no entorno da Região Metropolitana de Natal e nos municípios que sediam as atividades dinâmicas do petróleo, da fruticultura etc. Outra questão desafiadora ao final do período analisado era a persistência de um alto nível de pobreza, que em 2000 atingia 45% da nossa população, conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil.

Diante desses e outros tantos desafios, o governo potiguar busca atrair investimentos públicos federais e privados visando ampliar a trajetória ascendente da economia estadual. Contudo, apesar dos avanços vindouros, o “elefante” não conseguirá manter o mesmo ritmo de crescimento e vai enfrentar muitos problemas em sua jornada no transcorrer das duas primeiras décadas do novo século.

Joacir Rufino de Aquino 

(Economista, pesquisador e professor da UERN)

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...