sábado, 31 de outubro de 2009

ATA DO MONUMENTO CRISTO REDENTOR

A uma hora da manhã do dia primeiro de janeiro de mil e novecentos e hum, anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo e treze da república, no antigo "alto do Império", reunindo grande número de povo de todas as classes, entre o qual sobresahiam duas alas de excellentíssimas senhoras, para assistir ao acto da inauguração do monumento commemorativo erigido por uma distincta pleiade de assuenses, em homenagem à Jesus Christo Redentor, no fim do século que se utima e no princípio do que vae começar, e sendo acclamado Presidente o Reverendíssimo Vigário da freguesia, ilustre Conego Estevam José Dantas, este chamou para servir de secretário dos respectivos trabalhos o cidadão Afonso Soares de Macedo. Constituído assim a mesa, o aludido Presidente declarou achar-se aberta a sessão, depois do que discorreu lucida e satisfatoriamente sobre os fins da presente reunião, enaltecendo os sentimentos religiosos do povo assuense, que acabava provar seu sincero apoio às públicas e fervorosas demonstrações de reconhecimento e de amor filial, de gratidão e respeito, em homenagem ao Chefe invisível da nossa regeneração - Jesus Christo, - feitas em todo o orbe catholico; e terminou por acrescentar que a comissão encarregada da erecção do Monumento, que se acaba de inaugurar, pelo pouco tempo de que dispoes para empregar os meios necessários, aguardava-se com a pretenção de, em oportuna secução da imagem de Christo Redenptor, afim de ser collocada no alto do mesmo monumento para maior realce do seu objetivo; manifestando que, para realização da referida ideia, elle mesmo prestaria a sua mais franca e sincera adesão, o seu mais vivo interesse.
Foi unanimamente aplaudido em sua allocução do hymno nacional. Tomou, em seguida, a palavra o orador official, representado na pessoa do digno Juiz de Direito da Comarca, Doutor Luiz de Oliveira, que proferiu um agradável discurso, no qual teve de levantar merecidos elogios aos factores e realizadores da grandiosa idea, Enéas Caldas, João de Macedo e Palmério Filho, que, a custa de penosos sacrifícios, conseguiram que fosse legado à posteridade um testemunho solene dos sentimentos religiosos e do genio progressista dos assuenses. Fallou mais sobre o desenvolvimento patente de diversos ramos de progressos no decurso de século dezenove, fazendo, por último, apresentação do ancião de nome Felipe Barbosa da Fonseca, que tendo visto o raiar do século que findou, ainda esperto e no goso de todas as suas faculdades, achava-se entre nós presenciando também o surgir do que vai começar, pelo que a commissão, acima alludida lembrara-se de, em nome do ancião, offerecer o presente Monumento ao religioso e patriotico povo assuense. As suas últimas palavras, seguiram-se os applausos do auditório. Foi neste interim distribuida à mesa o hebdomadário "A Semana" que se publica nesta cidade, sob o hábil e criteriosa redacção do nosso sympathico conterrâneo Palmério Filho. Pelo cidadão Antonio Soares de Macedo foram calorosamente erguidos diversos vivas, nos quases o auditorio com enthusiasmo o acompanhou. Ocuparam ainda a tribuna o ilustre cidadão Doutor Angelo Caetano de Souza Cousseiro, que, em breves mas significativa phrases, satisfez os assistentes sobre o assunto em questão, e os moços Américo de Macedo, Palmerio Filho, Abdon Soares de Macedo, João Gomes de Amorim,  e Affonso Soares de Macedo, servindo de secretario, a presente acta, que fica pelo Presidente, por mim e por diversos assistente assignada.

Conego Estevam José Dantas
Affonso Soares de Macedo


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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

REUNIÕES SOCIAIS EM ASSU


Mesmo com os constantes assaltos que vem ocorrendo na cidade de Assu, as reuniões sociais nas calçadas daquela cidade do interior potiguar, ainda é praticado por muitas pessoas como, por exemplo, na casa da senhora Anita Caldas (membro da tradicional família Caldas e Soares Filgueira) que fica na praça Getúlio Vargas. A escritora imortal da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras Maria Eugênia Montenegro era uma das assíduas frequentadoras daquela residência para uma boa prosa, onde se conversa de tudo, principalmente da vida política e social da cidade.

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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

SHAOLIN EM ASSU


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PAPANGU


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POESIA


Rio piranhas/Assu-Rn.

O Rio

Um rio sonha, vive, ama,
tem seu nascimento e morte
de rio
e é consciente disso.
O homem não sabe isso.
Um rio canta por entre pedras,
o homem chora por entre flores
A diferença é grande
O Homem é que não sabe saber
essa diferença.
Quem já viu um rio
fútil, hipócrita, venal,
tomado de respeitos humanos,
acomodado em seu leito de lama?
É fácil também saber-se
quando um rio ama
e é amado.
Basta ver-se
como as flores se debruçam
sobre as suas margens,
esteja cristalino
o rio,
ou humanamente
sombrio.
Por que não falamos, também,
sobre os peixes,
diletos filhos dos rios?
Eles sabem, mas do que nós
o que seja um rio.
Sabem, por exemplo,
que um rio
não explora outro rio.
O rio é simples como um rio.
O homem é que é complicado
como um homem.
Chega a pensar-se que o homem
jamais poderá ser
afluente do rio.
O rio canta por entre pedras,
o homem chora por entre flores
Um rio é sábio sem segredos
para os náufragos.
Os náufragos conhecem
O segredo dos rios.
Só os náufragos conhecem
O silencioso e antigo segredo
dos rios...

Luiz Rabelo

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Do blog NataldeOntem

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POESIA MATUTA

CUNVERSA FIADA

Meu patrão, essa é a verdade:
O véio num tem vontade...
Nem faz tudo quanto qué!
Os fio é quem manda nele.
Inté nas coisa que é dele,
Quem manda mais é a muié.

- Quando aperta a cruviana
E o frio véio se dana,
A muié toma o lençó;
Adespois, só de marvada
num dá nem uma beirada...
E o véio, qui druma só.

O véio fica gemendo,
grunindo, se mardizendo
Sem uma garra de lençó.
Com uma dô nas canela!
Grunindo qui nem cadela,
Inté o saí do Só.

Se tem baile, o véio vai.
Tem qui i - pruque é pai
E tem qui se apresentá.
Chega lá, fica assentado...
É o papé mais safado
Qui o home pode chegá.

Cada fia, um namorado
Num nogento xixinado!
A dança? Num é dança não.
É aquela esfregadeira,
Num se dança uma rancheira,
Uma varsa, um xóte ou baião.

Num se vê um engravatado.
É um bando de Pé rapado
Qui só sabe arrufiá.
A burundanga é tão feia!
Nem o salão tem candeia
Pru forró alumiá.

- Orilo Danta é quem diz:
"Ah! tempo véio feliz
Dos namorados no bêco...
Aproveitando a rebarba...
E os véio, sujando a barba
Cum a goma do dôce sêco."

Hoje é sujando a vergonha.
In vez de cana é maconha...
Home faz vez de muié!
Usa cabelo cumprido
E pu riba o atrevido
Inda confessa o qui é.

Deus é Pai, num é padrasto!
- Nem sempre a luz de um astro
Clareia a lama do chão...
Morrendo o respeito humano,
Nem mesmo por um engano
Se pode têr sarvação.

A cunversinha tá boa!
Porém, um vento de prôa
Pode nos atrapaiá.
Quem cunversa, muito erra
E a água que imbebe a terra
É a mesma qui vai pro Má.

Tudo quanto hoje recramo:
É fulô, é fruita é ramo!
Nasceu da mesma raiz.
Para falá a verdade:
São coisas da mocidade...
Tudo isso eu também fiz.


Renato Caldas

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sábado, 24 de outubro de 2009

BALÃO DE SÃO JOÃO


Igreja Matriz de São João Batista em noite de novena, de festa do seu padroeiro São João.

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PROPAGANDA ANTIGA



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POESIA FESCENINA


TUDO É MERDA

O mundo é simplesmente merda pura
E a própria vida é merda engarrafada;
Em tudo vive a merda derramada,
Quer seja misturada ou sem mistura.

É merda o mal e o bem merda em tintura,
A glória é merda apenas e mais nada.
A honra é merda e merda bem cagada;
É merda o amor, é merda a formosura.

É merda e merda rala a inteligência!
De merda viva é feita a consciência,
É merda o coração, merda o saber.

Feita de merda é toda a humanidade,
E tanta merda a pobre terra invade,
Que um soneto de merda eu quis fazer...

Damasceno Bezerra
(Poeta natalense).

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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

RELEMBRANDO ARNÓBIO ABREU


Anóbio Abreu era assuense de boa cepa. Foi deputado estadual e presidiu a Assembleía Estadual Constituinte do Rio Grande do Norte, de 1889. A ssembléia Legislativa  na sessão comemorativa pelos 20 anos da prumulgação daquela constituinte, o presidente daquela casa legislativa Robson Faria dedicou a memória de Arnóbio. Ele empresta o seu nome uma uma importante adutora construida no governo Garibaldo Alves, no Médio Oeste do Estado potiguar. O seu nome honra e dignifica o município do Assu. Arnóbio antes de ingressar na vida pública exerseu o cargo de diretor do Hospital Walfredo Gurgel no governo Geraldo Melo e fundou junto com demais colegas o hospital  ITORN (de ortopedia e traumatologia) na cidade do Natal. Muito se tem ainda a se comentar sobre a sua fantástica trajetória. Fica o Registro e a saudade

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RELEMBRANDO COSTA LEITÃO



Arcelino Costa Leitão discursando na sua casa quando candidato a prefeito do Assu em 1958. Na sua residência em cada eleição que ele disputava disputava colocava uma faixa com a seguinte inscrição: "Desta casa sairá o prefeito do Assu."

SOCIEDADE DOS POETAS VIVOS DO RIO GRANDE DO RN


LAGOA DO PIATÓ


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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

ASSU FESTEIRA, INCÍO DA DÉCADAD DE SESSENTA


Esquerda para direita: Maria Olímpia Neves de Oliveira (que foi prefeita do Assu), Douglas Leitão, Arcelino Costa Leitão e Francisco Amorim. Esses dois últimos também foram prefeitos da terra assuense. Daquelas figuras se encontra ainda viva e em plena lucidez, residindo em Brasília, capita federal, a minha querida conterrânea que engradece e diginifica o Assu, chamada Maria Olímpia a quem este blog presta mais uma homenagem a primeira mulher a se eleger pelo voto popular prefeita do Assu nas eleições de 1962, ganhando a eleição para Walter de Sá Leitão. Ela foi prefeita de 1963 a 1968. A fotografia acima fora tirada numa noite de festa no Clube Municipal de muitas histórias e estória da vida social daquela cidade dos verdes carnaubais.

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sábado, 17 de outubro de 2009

RELEMBRANDO

Por José Luiz Silva

OS ALVES E OS ROSADO JUNTOS

Não precisa ser futurólogo, nem profeta. Basta ter um pouco de capacidade analítica. Basta conviver com os arquivos das insinuações. Basta ser atento às contradições.
Como irá ser o quadro político do Rio Grande do Norte em 1982? Quem está com quem nos palanques; quem apoiará quem na última decisão?
Antes, bem antes do Palácio Potengi se chamar Palácio da Esperança, o povo do Rio Grande do Norte cantava em todos os caminhos:

"DIX-SEPT-ROSADO MAIA ESPERANÇA DO POVO POTIGUAR"

E como se chama a fazenda de Dix-huit não é terra da esperança?
A esperança portanto, no sentido de expectativa do poder é o tempo forte da caminhada dos Rosado.
Entre os Alves e os Rosado há um ponto de vista comum. O que os separa é menor do que a grande arma do exercício do mando; a retomada do Executivo.
Não será necessária uma bola de cristal, para se ver a aproximação gradativa dos Rosado e dos Alves. Serão eles que irão mobilizar o povo para colocar Aluízio novamente no Palácio (de novo) da Esperança. João Newton será Vice-Governador, Dix-huiit Senador, Vingt (de novo) Deputado Federal. Carlos Augusto, prefeito de Mossoró.
Para dizer a verdade, em todo o Estado, as duias famílias estruturalmente políticas se chamam Alves e Rosado. Somente elas possuem instrumentos de comunicação, destinados para mantê-los politicamente.
Onde estão os filhos dos Alves, os sobrinhos dos Alves? Trabalhando. Onde? Na TV ou na Cabugi. Nas coisas que lhe dizem respeito, culminando com as empresas de Igapó. Assim são os Rosado. Eles estão na Assembléia Estadual, na Câmara dos Deputados, nas bases.
Já escutei na CALÇADA DO CAFÉ SÃO LUIZ, que os Alves e os Rosado são como azeite e a água. Imisturáveis.
Que "estória" é essa? E em 58, quem andava rua acima rua abaixo junto; um candidato a senador outro a deputado federal? Não eram Dix-huit e Aluízio? Ou estamos esquecidos da memorável campanha "um amigo em cada rua"?"
E quando Governador, quem jogou flores nos pés de Dix-sept e mandou celebrar missa na catedral de Santa Luzia? Não foi Aluízio?
Isso vem provar que nem sempre o azeite e a água forçosamente serão incompatíveis.
Em 1976 passei dois meses em Mossoró na campanha de Leodécio para prefeito. Não sou mossoró-logo, mas se deu para observar muita coisa. Certa vez com dois vereadores do finado MDB visitei os cabarés da terra de Santa Luzia. Num deles, bati um longo papo com a proprietrária. E terminei provando que Leodécio seria o melhor candidato. "Tá certo, respondeu ela, mas eu não posso fazer isso com Doutor Vingt".
Ela não falou em João Newton. Votar contra doutor Vingt seria uma traição. Aí eu compreendi a liderança dos Rosado. Compreendi e comecei a respeitar. Porque o cabaré é sempre um termometro.
E Dinarte? Me perguntarão. Ele continuará com o PDS e no Estado inevitavelmente com os Maia (Tarcísio-Lavasier-Zé Agripino). Com ele, a grande maioria das prefeituras, o poder em exercício. E só existe um poder. Quando ele está exercendo. Lateralmente o PTB com argumentos esparsos, sem estrutura definida. Novamente seremos bipartidos: de um lado o governo, do outro os Rosado/Alves. E Agenor? Qual Agenor? O senador ou o feirante? Se aquele ainda fosse este, vá lá... Pois o povo vive nas feiras. Nela é que vive o trabalhador. Mas agora, o comandante e o Zepellin conseguiram aterrisar nas terras de São Vicente. E povo que é bom, quase não existe mais nos seus ex-gemidos.
Mas afinal, isso é ficção? Não sei. Sei apenas que hoje é carnaval. E no carnaval não ofende que também a nossa imaginação se encha de fantasias. Afinal entre o carnaval e a política há mil semelhanças. Em ambos há mil palhaços no salão. E ambos, há máscaras e travestis; e blocos que vez por outra se encorajaram e se chamaram: "bloco do sujo".
Hoje é carnaval. E se nada do que eu disse der certo, hoje não é carnaval?


(Artigo transcrito do Jornal O Poti, de Natal, 17.02.1980).

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BREGASSÚ


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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

BRAZÃO DA ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS



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DAMASCENO BEZERRA

Antônio Damasceno Bezerra (1902-1947) era fuincionário público do jornal "A República", de Natal. Orgão Oficial do Governo Potiguar. Farreando pelas ruas de Natal em companhia de outros poetas e amigos, deu vários tiros na iluminação pública da cidade do Natal. Como consequência teve de ser demitido por justa causa. Trabalhou depois no Diário de Natal e na revista "Cigarra", daquela capital. O seu livro sob o título "Dias de Sol", continua ainda inédito. Vejamos o seu soneto intitulado "Felicidades", que diz assim:

Procurei-a, durante muitos anos,
Sobre a terra, no anseio de encontrá-la...
E entre os seres humanos
Jamais pude avistá-la.

Uma noite, volvi meu pensamento
Para os astros: "Quem sabe
Se algum deles, na paz do firmamento,
Abriga a que na terra já não cabe?"

Responderam-me, então, lá das auturas:
"Dessa que em vão procuras
Nós nunca vimos os rastros".

Vê que contrastes o universo encerra:
- Os astros julgam que ela está na terra
E a terra julga que ela está nos astros!

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DINARTE MARIZ NO ASSU


Visita de Dinarte Mariz ao Assu quando senador da República. Direita para esquerda vejamos: (?), (?), (?), (?), (?), (?) Majó Montenegro, Edgard Montenegro, senador Dinarte Mariz, prefeito do Assu Maria Olímpía Neves de Oliveira e o ex-prefeito Arcelino Costa Leitão.  

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VELHO ASSU

                                      

ASSU, 164 ANOS


Direita para esquerda: Prédio da antiga Cadeia Pública (hoje prefeitura), sobrado da família Soares de Macedo. A fotografia é da década de 20.

A minha querida cidade de Assu de antigas glórias, hoje aniversaria. Arraial de Santa Margarida, de 20 de julho de 1687, Presídio de Nossa Senhora dos Prazeres, de 20 de abril de 1696, Povoação de São João Batista, Comarca, de 18 de março de 1733, Vila do Açu, Vila Nova da Princesa, de 11 de agosto de 1788, Cidade do Açu, de 16 de outubro de 1845. São, portanto, 164 anos que aquele importante município potiguar, passou de predicado de vila a município, através do deputado assuense João Carlos Wanderley, autor da lei que elevou aquela vila a cidade de Assú.
O poeta João Natanael de Macedo no Centenário daquele município escreveu um soneto que se tornou célebre conforme transcrito adiante:

Terra natal! É belo quando esplende
O azul de tua abobada infinita
Torrão, no qual tanata beleza habita
Onde o Piranhas plácido se estende

Sertaneja cidade, em ti npalpita
Um seio amigo e bom que a todos prende;
Teu campo é um ninho alegre que recende
Aos raios tropicais que o sol vomita

Nordestino rincão, valor genérico
De um povo, a resistir a intensidade
Do terrível flagelo climatérico

Ao vir do inverno, em vez do mal profundo
Pode-se comparar tua bondade
A um pedaço do céu dentro do mundo.

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ZELITO CORINGA, DE CARNAUBAIS


O município de Carnaubais, no Vale do Assu (RN), além de Núbia Lafaite tem outro filho que está brilhando país a fora chamado Zelito Coringa, com suas canções sendo divulagadas na Europa. Em 1999 estreou na Música Potiguar se apresentando no Teatro Alberto Maranhão, em Natal. Alé de poeta, Zelito é ator. O seu primeiro CD se intitula Passo de Hippie. Participou de muitos festivais como Forraço. Neste festival se apresentou interpretando a canção Arrumação (A Mulher e o Amor) sobre um poema do poeta matuto Renato Caldas. Deste grande artifice da canção potiguar tem muito ainda a se contar. É o Vale do Assu talentoso!

NOTA: Zelito Coringa "está em Floripa para uma série de apresentações. Hoje às 16h. dará entrevista ao Programa Estúdio 36 - TV COM afiliada da Rede Globo - SC. No finalzinho da tarde visitrará os estúdios da FM Campestre 98,3 e participará de um bate papo ao vivo. Esse artista potiguar é natural da cidade de Carnaubais, e trouxe para o CD Bendita Companhia - a canção Xote Lindo - em parceria com Marcaliva e Rafael Colegari, divide ainda com o guitarrista Joubert Narciso, Caio Muniz uma penca de canções inéditas. Zelito coringa faz show no Espaço Corijó de Artes - dia 24 (sábado) ás 21h. Vale a pena conferir."

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

BREGASSU


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UM POUCO DO GENERAL JOSÉ CORREIA TELES


O assuense Correia Teles foi recruta na Guerra do Paraguay (1864-1870) considerado o maior conflito armado da América do Sul. Ele nasceu em 1838 no tempo em que o Assu era Vila Nova da Princesa. Pouco se sabe da trajetória deste veterano potiguar que engrandese a História do Assu. O escritor Ezequiel Fonseca Filho que muitos escritos deixou sobre os filhos e a História da terra assuense depôe que "as notícias a seu respeito são lacônicas, imprecisas, dúbias, deixando antever a falta de documentação comprobatória".
Correia Teles foi reformado por invalidez como General de Brigada do Exército, em 1897. O jornalista Palmério Filho contou a Ezequiel que Teles teria saído do Assu algemado, no fundo de uma canoa rumo ao Porto de Macau (RN) para de lá partir com mais dezenas de assuenses para campos paraguaios. Teles faleceu no Rio de Janeiro em 1897.

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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

PRIMEIRA DEPUTADA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE


Currais Novos é um importante município da terra potiguar. Naquela terra seridoense nasceu Maria do Céu Pereira Fernandes (1910), a primeira mulher a se eleger através do voto popular, pelo Partido Popular, deputada estadual constituinte, em 1935, obtendo 12.058 votos. Foi a primeira eleição realizada no Rio Grande do Norte "sob a égide da Justiça Eleitoral".Aquela parlamentar fundou jornais, foi professora de francês, morou em Natal e no Rio de Janeiro quando capital federal. Maria do Céu era esposa do deputado federal Arsitofenes Fernandes um dos importantes nomes da política norte-riograndense.

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domingo, 11 de outubro de 2009

POESIA


Ilustração de Lúcia Caldas

AQUELE

O filho de Deus tinha tudo de todas as plenitudes
Fazia suavemente os milagres todo de Sua graça.
Viam os cegos, os mortos ressuscitavam, curavam-se todos os enfermos.
E os passos sobre as águas, à Sua vóz o domínio de todas as ondas e de todas as tempestades.
Dobravam-se todos os ventos, sossegadas e mansas todas as águas.
Mas, o filho de Deus não tinha onde repousar a cabeça.

João Lins Caldas

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ASSU PARA CRISTO 2009


RENATO CALDAS


O poeta matuto Renato Caldas na sua modesta casa da praça Pedro Velho, 74, da cidade de Assu-RN.

Cuma o tempo tá mudado!
Quem fui eu, quem hoje sô?!
Cuma tô dispilorado...
Tô qui nem carro quebrado,
Sem boiáda e tangedô.

Renato Caldas

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ASSUFOLIA


ASSUFOLIA é o mair evento (carnaval fora de época) do interior do Estado potiguar. Nasceu da coragem e do espírito festeiro de dois assuenses chamados Astênio e Elizabhet Tinôco (meus amigos). Aquela festa popular se inicia no dia do aniversário de emancipação daquele município polo de muita importância na economia e nas letras e na vida social do Rio Grande do Norte. São três dias de festa mesmo, 16, 17 e dezoito de outubro. Este ano o Assufolia apresenta três famosas bandas baianas como JAMMIL, BABADO NOVO E ARAKETU. Que cidade festeira. É como já disse o ex-governador Geraldo Melo: "Quer festa? Vá pro Assu que lá tem todo dia!"

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sábado, 10 de outubro de 2009

IGREJA DA VELHA CIDADE DE SÃO RAFAEL-RN


FOTOGRAFIA: ARQUIVO DO BLOG PÁGINA R

Esta igreja está submersa pelas águas da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, de Assu-RN.


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AMÉRICO MACEDO

Américo Macedo (1887-1948) era funcionário público municipal da prefeitura do Assu por onde se aposentou. Poeta sonetista da velha guarda, de tradicional família assuense (os Soares de Macedo de linhagem portuguesa dos Açores).Colaboru literariamente em jornais e revistas da sua terra natal como A Semana. Ainda no início da sua juventude vendeu quase todo o seu patrimônio com a sua vida boêmia. O antologista Ezequiel Fonseca Filho depõe que os versos daquele bardo que engrandece as letras potiguares, "tem o travo de uma revolta íntima." E um dia, melancólico, descrente dos amores que já teve outrora, escreveu os versos (que eu não sei a epígrafe) conforme adiante transcritos:

Parto descrente, pela estrada afora
Desta existência, desfolhando as flores
Da ilusão, da eperança e dos amores,
Sim! dos amores que eu já tive outrora!

Essa tristeza que me invade agora
Tem da saudade as luantes cores,
E tu, Mulher, por quem padeço dores
Não dás a esmola que minh"alma implora!

Ingrata, ao menos, vem ouvir as queixas
De um coração que sem amor tu deixas
A flutuar nos mares da aflição...

Parto descrente, e se te amar for crime
Esta minh"alma que a saudade oprime
Volta a pedir-te o sírio do perdão!...

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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

AÇU - FUTEBOL DE SALÃO


Esta seleção (fotografia acima) de futsal que eu prefiro chamar futebol de salão, era a seleção de Açu no começo da década de setenta. Em pé: Anchieta, Gão e Galêgo de Selé (Chiaba). Agachados: Barrá e Leleto.Por sinal visitando os bloga de Juscelino França e de Aluízio Lacerda deparei-me com uma matéria onde Aluízio (meu  ex-colega como funcionário comissionado da Assembléia Legislativa) recordando figuras da terra assuense como Chaguinha Pinheiro, Juninho, Cacau, Itinho de Souza (filhos de Chico de Ernesto).Leleto, dentre outros, lembrei-me de prestar uma homenagem ao nosso conterrâneo Welington Nogueira de Melo (Leleto) que se encontra hosspitalizado no Hospital São Lucas, de Natal,  lutando contra a morte. Leleto, assuense de boa cepa (de quem eu guardo boas recordações jogando nas quadras do Ibiapina e da AABB), na posição de  lateral esquerda. Leleo hoje, se jovem fosse e quisesse se profissionalizar como jogador, certamente estaria jogando num dos grandes clubes de futsal da terra brasileira. Ele, Leleto, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Naquela casa bancária trabalhou primeiramente na agência de sua terra natal - Assu, de onde saiu ainda jovem para trabalhar como gerente de uma certa agência do interior do Estado potiguar e depois em Natal. Rezemos, portanto, pelo seu restabelecimento.

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PATATIVA DO ASSARÉ NO ASSU



Em 1995 a convite do empresário Manuel Dantas (da empresa de fruticultura FRUNORTE), o afamado poeta cearense Patativa do Assaré esteve na cidade de Assu onde foi recebido por funcionários daquela empresa e várias autoridades locais. Na fotografia, esquerda para direita vejamos o contabilista Cornélio Soares, além dos vereadores da Câmara Municipal do Assu Nelson Inácio dos Santos Jr., Carlos Alberto Bezerra e o radialista Edmilson da Silva. Naquela ocasião Patativa fez elogios ao poeta assunse Renato Caldas. Vejamos o poema deste grande bardo da literatura popular brasileira, intitulado O Poeta da Roça, que diz assim:

Sou fio das matas, cantadô mão grossa,
Trabáio na roça, de inverno e de estio.
A minha choupana é tapada de barro,
Se fumo cigarro de páia de mio.

Sou poeta das brenha, não faço papé
De argum menestré, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.

Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.

Meu verso rastêro, singelo e sem graça.
Não entra na praça, no rico salão.
Meu verso só canta no campo e na roça
Nas pobres paióça, da serra ao sertão.

Só canto o buliço da vida apertada,
Da lida pesada, da roça e do eito.
E ás vez, recordando a feliz mocidade,
Canta uma sodade que mora em meu peito.

Eu canto o cabôco com suas caçada,
Nas noite assombrada que tudo apavora,
Por dentro da mata, com tanta corage
Topando a visage chamada caipora.

Eu canto o vaquêro vestido de côro,
Brigando com o tôro no mato fechado,
Que pega na ponta do brabo navio,
Ganhando lugio do dono do gado.

Eu canto o mendigo de sujo farrapo,
Coberto de trapo e mochila na mão,
Que chora pedindo o socorro dos home
E tomba de fome, sem casa e sem pão.

E assim, sem cobiça dos cofre luzente,
Eu vivo contente e feliz com a sorte,
Morando no campo, sem vê a cidade,
Cantando as verdade das coisa do norte.

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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

MÚSICOS ASSUENSES

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BANCO DO BRASIL DE ASSU-RN


Vejamos o primeiro prédio onde funcionou primeiramente na década de quarenta, a agência do Banco do Brasil de Assu. Na foto vejamos também alguns clientes e funcionários daquela primeira casa bancária do Assu.Aquele prédio ainda hoje existente com algumas modificações, funcionou também durante muito tempo, o armazém de Dezinho (já falecido) pessoa abastarda e muito conhecida naquela cidade. O referido imóvel fica esquina com o antigo prédio onde funcionaou o Cine Theatro Pedro Amorim, na praça Getúlio Vargas.
(Clique na imagem para melhor visualisar).

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AINDA SOBRE ABRAÃO DO ASSU

Já falei aqui neste blog sobre o folclórico cabo eleitoral Abraão Ambrósio de Andrade. Ele era funcionário da prefeitura e trabalhava nas obras de calçamento que a prefeitura do Assu realizava. Nas eleições de 1968 foi candidato a vereador quando Costa Leitão disputou contra João Batista Montenegro a prefeitura do Assu. Pois bem, na década de sessenta a Fundação SESP, tinha um programa em convênio com aquela prefeitura para fabricar privadas (vaso sanitário pré-moldados de cimento) para distribuir as pessoas carentes daquele município. Uma certa senhora sabendo da candidatura de Abraão para vereador, procurou aquele candidato dizendo assim: "Seu Abraão, se o senhor me arranjar uma privada ainda hoje e mandar sentar no banheiro da minha casa, além de lhe dar o voto eu lhe dou uma coisa que você vai gostar muito". Abraão abriu um sorriso e ligeirinho mandou entregar e colocar a privada (vaso sanitário pré-moldado) na casa daquela senhora que, dias depois apareceu na prefeitura para cumprir o prometido. Ao se encontrar com Abraão abriu a bolsa tira-colo, puxando uma gorda galinha, dizendo assim para frustração daquele funcionário e candidato: "pronto seu Abraão! Está taqui o prometido. Sou mulher de palavra!" Abraão deu o troco: "Minha senhora, não sei qual das duas galinhas a mais sem futuro".


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terça-feira, 6 de outubro de 2009

POESIA MATUTA


VAQUEIRO - Arte de Lúcia Caldas. Lúcia é da família Caldas do Assu, residente no Rio de Janeiro, sua terra natal.

VAQUEIROS

Por Renato Caldas

Vaqueiros da minha terra!!
Subindo e descendo serra,
Muntado em seu alazão...
Num intrincheirado de espinho,
sem verêda e sem caminho,
Cum os óios presos no chão!
Precura a rez tresviada...
Pra onde foi? In que aguáda
Terá ela ido bebê?...
- Grande mistério da vida!
Eu tenho uma rez perdida...
Qui nunca mais hei de vê...
Seu nome, era mocidade!
Deixô uma cria: - a Sodade,
No currá do coração...
Eu, muitas vezes campeio,
Num cavalo, magro e feio
Que eu chamo Rescordação.
- Nas noites inluaradas
Oiço rolá nas quebradas,
"O luar do meu sertão"...

É CATULO - véio de guerra!
Subindo e descendo serra
No seu cavalo alazão...

- Vaqueiros da minha terra!
Bandeiras do meu sertão.

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APARECIDA


Arte do artista plástico assuense Renato de Melo Medeiros.

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ASSU PARA CRISTO 2009


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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ESTÓRIA DA HISTÓRIA - SUCESSÃO GOVERNAMENTAIS TRAUMÁTICA A COMEÇAR DA PRIMEIRA: JOSÉ VARELA

Por Agnelo Alves

Acompanho, desde 1950, todas as sucessões governamentais do Rio Grande do Norte, mas não me habilito a fazer comparações entre elas, exceto, quanto a uma afirmação que faço com absoluta convicção: Todas elas foram traumáticas, a partir da primeira, a do governador José Valrela, do PSD.
UDN e Varela se namoravam. O PSD morria de ciúme. A UDN vinha de duas mal sucedidas campanhas eleitorias. A do brigadeiro Eduardo Gomes, em 1945 e a primeira governamental, quando perdera para o próprio José Varela, do PSD, ocasião em que os udenistas fizeram acordo com Café Filho e apoiaram, em 1947, a candidatura do "cafeísta" Floriano Cavalvalcante, contra Varela.
Como ir para a terceira campanha sem perspectivas? No plano nacional, a campanha do brigadeiro Eduardo Gomes, visando à candidatura presidencial, não atraía. E em Natal, sofria uma regeição injusta. Era preciso uma aprossimação com o PSD, pois "ninguém é de ferro". Mas o PSD não queria. Por que repartir o bolo que não dava para todos? Não, em termos, porque o governador topava o acordo. E de conversa em conversa, chegou-se ao nome de Manoel Varela de Albuquerque, líder do primo e do governador José Varela, na Assembléia Legislativa. O PSD reagia sob o comando do senador Georgino Avelino, apoiado pela maioria do partido. João Câmara, industrial, que uniria sem questionamento, morrera. O nome teria que ser, com todos os traumas, o de Manoel Varela de Albuquerque, primo-irmão do governador.
Mas, na UDN, uma voz ponderável, surgia entre silêncios que apoiavam a voz autorizada do ex-prefeito de Mossoró, Dix-sep Rosado. Aceitava qualquer nome do PSD. Menos o de Manoel Varela de Albuquerque. Aceitava, inclusive, o nome do outro primo do governador José Varela, também Manoel Varela, mas, em vez de ser de Albuquerque, era Santiago.
Nesse sentido, Dix-sept Rosado foi na nossa casa, na Deodora da Fonseca, conversar com Aluízio Alves. Antes a perpectiva de chegar outra pessoa. os dois, saíram para conversar na rua. A Deoadora não era pavimentada no trecho de nossa casa. Acompanhei as idas e vindas, entre buracos, dos dois. Dix-sept, de calça de mescla e camisa cáqui. Aluízio de calça branca e camisa de mangas cumpridas, também branca.
Na volta da conversa, Dix-sept Rosado entrou no seu carro, acenou para mim e Aluízio e dali mesmo seguiu para Mossoró, segundo anunciou. Aluízio estava vesivelmente feliz. Gostava e admirava Dix-sept. Botou a gravata e o paletó e foi conversar com José Varela que aceitou, de imediato, a troca entre os dois primos, de Albuquerque pelo Santiago.
O deputado mossoroense, Walter Fonseca, "pemedebista", entretanto, era contra a troca. Foi para o rádio da polícia no Palácio Potengi, mandou chamar Gabriel Varela em Mossoró, irmão do governador, dizendo que "a solução proposta por Dix-sept através de Aluíxio, era o fim do PSD". A vitória seria da UDN mossoroense. Gabriel mandou chamar o irmão governador e disse que os udenistas mossoroenses estavam fazendo a festa. José Varela, então, reagiu. O nome seria Manoel Varela de Albuquerque mesmo e não Santiago.
Gergino mandou a reação no PSD. O senador, hospedava-se na própria Vila Potiguar, residência oficial do governador, na praça Pesdro Velho, retirou-se da sala junto com a maioria do PSD. Apanhei a sua mala no quarto e atravessou a praça. Na casa de Gentil Ferreira de Souza, no terraço que os udenistas chamavam de "placa", todos acompanhavam o movimento na Vila Potiguar, em frente. Vibraram e comemoraram, quando viram Georgino fazendo a travessia da praça a pé.
Os candidatos foram Manoel Varela de Albuquerque e Dix-sept Rosado. Ganhou Dix-sept Rosado que catalisou, ainda, o apoio de Getúlio Vargas e de Café Filho. Mas, Dix-sept morreu meses depois, em desastre aéreo. Assumiu Sílvio Pedrosa, do PSD, cuja sucessão teve lances traumáticos, com rompimentos lado a lado.

(Transcrito do jornal Tribuna do Norte, de Natal, edição de 4.10.2009)

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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

BANCO DO BRASIL DE ASSU-RN

A inauguração da agência do Banco do Brasil  de Assu, salvo engano, é data de 1948. Aquela casa bancária antes tinha apenas um representante (agente recebedor) chamado Francisco Martins Fernandes (Chico Martins). Eis, portanto, duas fotografias da antiga (segundo prédio do BB) agência que funcionou até o começo da década de setenta no prédio (foto acima), esquina da rua Frei Miguelinho com a praça Getúlio Vargas, onde foi instalado a Coletoria Estadual o escritório da Secretária de Tributação. Na foto, podemos conferir os senhores funcionários, algus deles ainda estão vivos e conhecidos do povo assuense. Aquelas fotografias foram tiradas no começo da década de sessenta. Na fotografia acima podemos conferir as figuras de Leleto, Mazinho, Abelardo Maia. Na linha de frente vejamos Aderbal Wanderley, Geraldo Dantas, dentre outros.

 Fernando Caldas
 

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...