segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

George Soares tomando iniciativa como deputado


 
Segundo informes da assessoria de imprensa do deputado George Soares, o parlamentar varzeano apresentou seus primeiros requerimentos na assembléia, visando transformar em ação coletiva seus pleitos, voltado para o desenvolvimento sócio/econômico do Vale do Assu e outras regiões do estado.
 “Estes primeiros pleitos expostos quinta-feira, 17 de fevereiro, simbolizam o início de uma ação que pretendo que seja uma constante durante todo o exercício do mandato”, declarou o parlamentar. George Soares justificou que as solicitações que materializou perante a mesa diretora da Assembléia Legislativa se constituem em benefícios de largo alcance social econômico.
Um dos requerimentos protocolados apela à governadora Rosalba Ciarlini e ao diretor-geral do Departamento de Estradas e Rodagens do Rio Grande do Norte (DER/RN), Demétrio Paulo Torres, pela celeridade na execução de dois investimentos asfálticos no município do Assú. O deputado George Soares lembrou que o empreendimento já foi submetido a processo licitatório na administração estadual anterior e, portanto, aguardam somente a emissão da Ordem de Serviço por parte do DER/RN.
Os serviços em questão são a pavimentação asfáltica de dois trechos que interligarão o setor urbano a importantes comunidades rurais e que se revestem de grande relevância para a consolidação de dois significativos aparelhos turísticos do município. O asfaltamento a partir da BR-304 até a localidade rural de Malhada da Areia, com 4,5 km de extensão, orçado em R$ 4,966 milhões, garantirá a infraestrutura necessária ao acesso à povoação na qual está planejada a construção do Santuário de Irmã Lindalva – beata assuense cujo processo de canonização está em curso no Vaticano.
George Soares também requisitou o revestimento asfáltico a partir da RN-016 até a comunidade de Porto Piató, com 4,4 km de extensão, no valor global de R$ 2,463 milhões. O deputado argumentou que os dois projetos são de suma importância para que o segmento turístico do município do Assú fortaleça-se. “A obra referente ao acesso ao futuro Santuário de Irmã Lindalva é fundamental para firmar o turismo religioso em Assú e região enquanto que a obra até Porto Piató será crucial para que se concretize o turismo ecológico sustentável num dos principais cartões postais do Assú e o maior reservatório natural de água doce do estado: a Lagoa do Piató”, explicou o deputado do PR.
ITEP
Outro pedido formulado pelo deputado George Soares à administração estadual na forma de requerimento, dirigido à governadora Rosalba Ciarlini; ao secretário estadual de Saúde, Domício Arruda da Câmara Sobrinho; e, ao diretor-geral do Instituto Técnico-Científico de Polícia do Rio Grande do Norte (ITEP/RN), Nazareno de Deus Medeiros Costa, postula a implantação de uma unidade operacional deste órgão no município do Assú, precisamente no interior da estrutura física já existente do Centro Clínico Dr. Ezequiel Epaminondas da Fonseca Filho.
George Soares justificou que o atendimento desta reivindicação é de extrema significância para Assú e região. “Atualmente, toda a região fica dependendo do núcleo mais próximo do ITEP localizado na cidade de Mossoró, razão pela qual se observa que há toda uma precariedade nesta prestação de serviço, motivo pela qual considerado ser urgente a implantação de um posto de atendimento em Assú, que é a cidade-pólo da região e, ainda, pelo fato de verificar-se uma demanda considerável de ocorrências no contexto regional”, defendeu o deputado estadual.
POSTO DE SAÚDE
Noutro requerimento sugerido à mesa diretora da Assembléia Legislativa o deputado George Soares sugere o encaminhamento de expediente à governadora Rosalba Ciarlini e ao secretário estadual de Saúde, Domício Arruda da Câmara Sobrinho, a construção e implementação de uma unidade básica de saúde pública no assentamento rural de Pirangi, situado no município de Galinhos. Em sua justificativa, o parlamentar registrou que, em virtude da deficiência constatada no serviço de saúde do município e o clamor generalizado dos aproximadamente 600 moradores do citado assentamento, a viabilidade deste posto garantiria uma melhor condição de atendimento e, conseqüentemente, teria reflexo num melhor padrão de vida dos habitantes.  
Assessoria de Imprensa
Escrito por aluiziolacerda às 16h26
Trauma psicológico ao tratamento odontológico – Mito ou ficção?

Alexandre Dias
Dentista

Atualmente, ainda é comum observar em um determinado grupo de pacientes um maior grau de ansiedade ou até mesmo medo ao tratamento odontológico. Na maioria das vezes, os traumas são decorrentes de procedimentos realizados no passado, que geraram um alto nível de estresse e um comprometimento psicológico, principalmente nos paciente da faixa etária acima de 50 anos, com perda parcial ou total dos dentes, embora também se observe em todas as idades dependendo da abordagem do atendimento profissional anterior, do ambiente familiar ou até mesmo do seu estado psicoemocional.
Em outras situações, o trauma pode advir de ausência de um único dente ou até mesmo de uma cárie na região anterior. Assim como pequenos defeitos, pelo convívio constante e diário com os mesmos afetam a autoestima, como por exemplo: dente torto, diastema, dente escuro, dente fraturado, coloração amarelada em todos os dentes, gengiva escura, perda de gengiva com raiz aparecendo, obturação antiga perceptível, metal de prótese fixa ou grampo de prótese removível, prótese que se percebe facilmente ser prótese, prótese total velha e gasta, próteses que se mexem, falta de prótese por falta de adaptação ou desconforto.
Estes e outros problemas ao longo do tempo, por sua não aceitação, leva a uma situação de constrangimento pela tentativa de dissimulação. Com o tempo, alguns vícios, tais como: não abrir muito a boca para falar ou rir, ou disfarces do tipo crescer o bigode ou só se permitir fotografar ou olhar pelo outro lado são ocasionados pela vergonha de algum defeito, que pela constância, acabam se transformando em verdadeiro trauma psicológico.
Por medo ou limitação financeira, posterga-se o tratamento do fato gerador do trauma, até o momento em que uma força maior, como a que faz deixar de fumar, beber ou fazer um regime, por exemplo, leve a assumir e realizar o tratamento, que é a única solução para traumas e vergonhas. Sabe-se que a odontologia evoluiu bastante com relação às condutas no tratamento, seja por meio de novas tecnologias, que proporcionam conforto e segurança, como também por meio de novas técnicas de tratamento baseada numa abordagem multidisciplinar, com apoio psicológico em que o profissional possa transmitir segurança, assim como a possibilidade de realizar determinados procedimentos odontológicos por meio de sedação semi-consciente, monitorado por um profissional médico-anestesista.
Entre as alternativas de tratamento é sempre importante ressaltar que para qualquer trauma psicológico existe a possibilidade de tratamento odontológico. Para isso deverá sempre existir uma equipe multidisciplinar para avaliar o grau e o nível do problema a ser tratado.
 
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Leonardo Sodré                                 João Maria Medeiros
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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Há 35 anos, o futebol do RN perdia João Machado

Everaldo Lopes - Repórter e Pesquisador

Até o mais talentoso dos biógrafos com certeza encontraria dificuldade em fazer uma análise profunda sobre a figura humana do ex-presidente da FNF, João Cláudio de Vasconcelos Machado, ou simplesmente João Machado. Nascido a 11 de julho de 1914, João Machado faleceu aos 62 anos dia 20 de fevereiro de 1976, vítima de derrame cerebral. Machado – ou doutor João, como era comumente chamado pelos que lhe eram mais próximos. Extremamente simples, desprovido de qualquer interesse material, João Machado tinha tudo para herdar da sua tia mãe – Maria Amélia Machado – a viúva Machado, milhares de hectares de terra na Grande Natal.

Quando vivo, o comerciante Manoel Machado, marido de d. Amélia adquiriu terrenos em quantidade, a ponto de ter dificuldade até em administrá-los. A prova é que, herdeiro de tantas terras por ser filho adotivo da viúva Machado  (que não teve filhos)  João pouco ligou em vigiar essas terras. Perdeu-as quase todas, por usucapião, posse, etc. Sempre comentaram – e o falecido corretor Humberto Pignataro confirmava, o hoje bairro de Nova Descoberta era todo da viúva Machado, tia mãe de  João. Lentamente, o povo foi se apossando de um pedaço aqui, outro pedaço acolá. Hoje é um bairro., que abriga até um cemitério.

Filho adotivo de um comerciante português muito rico, com armazém de secos e molhados à rua Chile, na Ribeira,  Machado teve parte dos seus estudos feita na Inglaterra,que era o berço da cultura no começo do século 20. Machado estudou em Londres, mas vivia excursionando em Paris,  Amsterdã, Berna, Viena. Apesar de viajar  tanto pelo Velho Mundo, preferiu fazer o curso de Direito no Rio de Janeiro. Para justificar os estudos na Inglaterra, Machado recebeu diploma de “Chartered Accountant”, ou seja, Perito em contabilidade, com isso satisfazendo um velho desejo do seu pai adotivo, alto comerciante Manoel Machado.

Ao retornar da Europa, Machado fez os estudos superiores no Rio de Janeiro, ampliou a amizade com o ex-presidente da CBF e da Fifa,o brasileiro filho de belgas,  João Havelange (Jean Marie de Godefrois Havelange) e com o turco residente  no Rio, Abrahin Tebet, tinha trânsito livre na antiga CBD, as amizades lhe valeram bom emprego no Instituto do Café. Na volta a Natal, continuou no escritório do IBC, passando-se depois para o Fisco Estadual.

Aproximação de Machado ao futebol potiguar

Em 1954, dia 02/04 Machado era eleito e assumia a presidência da antiga FND. Sua amizade estreita com Havelange lhe valeu  várias reeleições, chegando a 20 anos como presidente da federação, mudando apenas o vice. Alguns deles foram José Rodrigues de Oliveira, Antônio   Castro, Leonardo Nogueira, Humberto Nesi, Capitão Veiga e  Nilson Gomes. João era relaxadíssimo, adepto da teoria do “lassez-faire”  (deixa estar pra ver como é que fica...), recebeu algumas críticas por isso. Sua vestimenta diária era sua marca registrada.

Em 1972, confiando na amizade com Havelange, autorizou o ABC FC a lançar três jogadores contra o Palmeiras, em jogo do Campeonato Brasileiro, apesar de estarem em situação irregular: Rildo e Nilson, punidos pelo STJD, e Marcílio não regularizado. A CBF puniu o ABC com dois anos de suspensão, abrindo vaga para o América disputar o Brasileirão de 1973 no seu lugar. Depois, a pena foi reduzida para um ano.

João Machado foi convidado e aceitou manter uma coluna diária na TRIBUNA e um programa ao meio dia na rádio Cabugi, denominada ”O Curruchiado de João Machado”, onde gozava todo mundo. Com uma linguagem chula, às vezes pornográfica, colocou apelido em muita gente. Uma das vítimas foi um português que trabalhava na firma Santos & Cia. Ltda, vizinha à TRIBUNA, O português era uma figura simpática, muito gordo, com dificuldade no andar, João apelidou-o de “Desmantelo”. Machado foi presidente de honra durante anos do Clube Atlético Potiguar – tanto que o clube ficou conhecido como “o Atlético do dr. João”. Integrou também o Conselho Regional dos Desportos, ao lado de amigos como Aluizio Menezes, Luiz G. M. Bezerra, Vicente Farache e Procópio Filho, era benemérito da antiga CBD. Toda sua infância foi vivida  no casarão da viúva Machado, ao lado da pequenina igreja do Rosário, centro da cidade.

Machado morreu aos 62 anos, vítima de um derrame quando estava no banheiro. Levado às pressas para o hospital, após o AVC aguardou por muito tempo a chegada de uma ambulância, que eram raras naquele tempo, os médicos tudo fizeram para reanimá-lo, mas sem sucesso. Faleceu às 23h do dia 20 de fevereiro de 1976,  tem túmulo no Cemitério do Alecrim. Deixou viúva d. Dinar, e vários filhos, sendo uma delas médica e outra, enfermeira. Dono de tantas terras em Natal, João Machado viveu nos últimos anos como funcionário do estado,  sua tia mãe Amélia, já bem velhinha. Segundo Woden Madruga, em uma bonita crônica na sua coluna “Jornal de WM” no dia seguinte à morte de João, o grande “Joca Macho” (como também era chamado pelos amigos)  morreu relativamente pobre.

(Fonte: Tribuna do Norte)

Nota do blog: A esposa de João Machado chamada Dinar Soares Filgueira Machado? Era natural do Açu-RN. Há uma estorinha irreverente que aconteceu ainda no início dos anos sessenta quando Machado que tinha um programa esportivo na Rádio Cabugi de Natal (que ia ao ar às 11 horas do dia), soltou a seguinte frase num dos seus programas diários, dizendo: "Eu tenho um olho escondido". O poeta Renato que não perdia as oportunidaes para versejar, escutando o que dissera Machado através daquela importante emissora, não perdeu a oportunidade, escrevendo a seguinte décima no melhor da sua irreverência:


João Machado distraído
Para ilustrar comentários
Disse entre assuntos vários:
"Eu tenho um olho escondido".
Foi bom não ter exibido
Machado sabe por que
Isso pertence a você
Tenha cuidado com ele
Que o bicho que gosta dele
É cego e também não ver.


Fernando Caldas

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O foco da dengue tá dentro da casa da gente

   
Do blog de Paulo Tarcísio Cavalcante

Para ficar na história


Maestros se reúnem para os últimos detalhes do Carnaval da Saudade dos Amigos do Tirol

Bloco Apaches participa do evento com camiseta especialmente confeccionada para a festa

Os maestros Reinaldo Azevedo, Nino, Passinho e o coordenador musical Flávio Tonelli se reuniram na noite desta terça-feira (15) para ensaiar detalhes da música hino do movimento cultural “Amigos do Tirol”, na AABB. Eles tocaram, cantaram e encantaram, envolvendo a todos os que estavam no clube bancário com a música feita especialmente pelo médico tirolense Carlos Penha.

Na ocasião do ensaio, que também serviu para reunir o grupo organizador, o bancário aposentado José Guedes da Fonseca (Deca) reafirmou o espírito filantrópico da festa, informando que, de acordo com votação anterior, unânime, toda a sobra da festa será doada ao Hospital Infantil Varela Santiago, que vem passando por muitos momentos de dificuldade.

“Nós vamos continuar com o mesmo espírito da festa Amigos do Tirol que fazemos há dez anos no mês de novembro. Vamos guardar uma pequena reserva e a maior parte do que for arrecadado será entregue ao Hospital Varela Santiago. Nosso grupo jamais sairá deste perfil porque não somos produtores culturais profissionais e o espírito que nos move é o da amizade”, disse o coordenador do grupo Amigos do Tirol, José Guedes (Deca).

Parceria

“Graças a Deus para este evento, que era um desafio para nós, contamos com várias parcerias e optamos por uma mídia razoável que envolveu chamadas de rádio, panfletagem, cartazes e outdoor. Por isso, a venda de mesas está um sucesso e praticamente já comercializamos 80% delas a um preço bom, R$ 100 reais, que significa um investimento de apenas R$ 25 reais por cabeça para uma festa com duas bandas e sete horas de música”, informou Guedes.

Soma

Para um dos líderes do Bloco Apaches, Júlio Andrade, o movimento cultural Amigos do Tirol é a soma de todos os blocos do passado de Natal. “A maioria os blocos eram da região do Tirol e Petrópolis e os membros do movimento fizeram parte desses blocos, É com orgulho que o Bloco Apaches participará vestindo uma camiseta especial desta festa que também é nossa”, concluiu.

Serviço
Carnaval da Saudade dos Amigos do Tirol
Dia 25 de fevereiro às 19h
AABB
Compra de mesas na secretaria do clube
Música: Anos Sessenta e Orquestra do maestro Passinho
Preço: Mesa a R$ 100 reais
Mais informações: 8701-5057
Fotos: Maestros e reunião do Bloco Apaches (LeoSodré)
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Bloco Apaches participa do evento com camiseta especialmente confeccionada para a festa

Os maestros Reinaldo Azevedo, Nino, Passinho e o coordenador musical Flávio Tonelli se reuniram na noite desta terça-feira (15) para ensaiar detalhes da música hino do movimento cultural “Amigos do Tirol”, na AABB. Eles tocaram, cantaram e encantaram, envolvendo a todos os que estavam no clube bancário com a música feita especialmente pelo médico tirolense Carlos Penha.

Na ocasião do ensaio, que também serviu para reunir o grupo organizador, o bancário aposentado José Guedes da Fonseca (Deca) reafirmou o espírito filantrópico da festa, informando que, de acordo com votação anterior, unânime, toda a sobra da festa será doada ao Hospital Infantil Varela Santiago, que vem passando por muitos momentos de dificuldade.

“Nós vamos continuar com o mesmo espírito da festa Amigos do Tirol que fazemos há dez anos no mês de novembro. Vamos guardar uma pequena reserva e a maior parte do que for arrecadado será entregue ao Hospital Varela Santiago. Nosso grupo jamais sairá deste perfil porque não somos produtores culturais profissionais e o espírito que nos move é o da amizade”, disse o coordenador do grupo Amigos do Tirol, José Guedes (Deca).

Parceria

“Graças a Deus para este evento, que era um desafio para nós, contamos com várias parcerias e optamos por uma mídia razoável que envolveu chamadas de rádio, panfletagem, cartazes e outdoor. Por isso, a venda de mesas está um sucesso e praticamente já comercializamos 80% delas a um preço bom, R$ 100 reais, que significa um investimento de apenas R$ 25 reais por cabeça para uma festa com duas bandas e sete horas de música”, informou Guedes.

Soma

Para um dos líderes do Bloco Apaches, Júlio Andrade, o movimento cultural Amigos do Tirol é a soma de todos os blocos do passado de Natal. “A maioria os blocos eram da região do Tirol e Petrópolis e os membros do movimento fizeram parte desses blocos, É com orgulho que o Bloco Apaches participará vestindo uma camiseta especial desta festa que também é nossa”, concluiu.

Serviço
Carnaval da Saudade dos Amigos do Tirol
Dia 25 de fevereiro às 19h
AABB
Compra de mesas na secretaria do clube
Música: Anos Sessenta e Orquestra do maestro Passinho
Preço: Mesa a R$ 100 reais
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Postado por Fernando Caldas
"Esselentíssimo juiz"

Ao transitar pelos corredores do fórum, o advogado (e professor) foi chamado por um dos juízes:

- Olha só que erro ortográfico grosseiro temos nesta petição. Estampado logo na primeira linha do petitório lia-se: "Esselentíssimo Juiz". Gargalhando, o magistrado lhe perguntou :

- Por acaso esse advogado foi seu aluno na Faculdade?

- Foi sim - reconheceu o mestre. Mas onde está o erro ortográfico a que o senhor se refere? O juiz pareceu surpreso:

- Ora, meu caro, acaso você não sabe como se escreve a palavra excelentíssimo? Então explicou o professor-catedrá tico:

- Acredito que a expressão pode significar duas coisas diferentes. Se o colega desejava se referir a excelência dos seus serviços, o êrro ortográfico efetivamente é grosseiro. Entretanto, se fazia alusão à morosidade da prestação jurisdicional, o equívoco reside apenas na junção inapropriada de duas palavras.

O certo então seria dizer: "esse lentíssimo juiz".

Depois disso, aquele magistrado nunca mais aceitou o tratamento de "Excelentíssimo Juiz" sem antes perguntar:

- Devo receber a expressão como extremo de excelência ou como superlativo de lento?


ADONIAS, O BOM COMPANHEIRO

Adonias Bezerra de Araújo [1930-2011] era tipo baixo, andar ligeiro, manso, conselheiro, amigo leal, decidido. Conheci aquela figura no começo dos anos setenta (mas eu já tinha notícia de sua existência), quando ele chegou à minha querida cidade de Açu para fixar residência, procedente, salvo engano, do interior do Paraná, para onde regressou nos idos de sessenta. No Açu chegando em companhia de sua mulher Maria, além de seis filhos (com os quais gozo ainda de boa amizade), nomeado Coletor da Fazenda Estadual. Antes, porém teria percorrido o Vale do Assu adentro junto com Dom Eliseu (Bispo da Diocese de Mossoró) de quem era secretário e com quem conviveu grande parte de sua vida. 

Logo que chegou na terra açuense, além dos seus serviços na qualidade de funcionário público estadual, prestou serviços educacionais, dirigindo o importante Ginásio Pedro Amorim [da CNEG]. Ele foi diretor naquele educandário ainda no começo da minha juventude, nos meus tempos de estudante, se não me falha a memória, em 1973.

Não foi difícil para ele e seus familiares se entrosar com as pessoas do Açu, participar ativamente  das reuniões sociais nas calçadas do Largo da Matriz de São João Batista, dos eventos daquela terra  festeira e acolhedora. Ali conviveu com grandes figuras, como o casal Maria Eugênia (escritora imortal da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras) e Nelson Montenegro, dentre outras pessoas. 

Companheiro do Lions Clube daquele lugar, participou também dos movimentos políticos, rurais, cooperativistas, afinal, amou a Açu (como se lá tivesse nascido), terra que lhe acolheu para viver durante mais de vinte anos. Tempos depois com aquela perseverança que lhe era peculiar, já maduro, sexagenário, fez o curso superior no Campus Avançado do Açu, da UERN, e depois já residindo em Natal, formou-se em Direito, pela UFRN.

Adonias nasceu no município de Carapeba, atual Afonso Bezerra, região central potiguar, viveu em Macau-RN, aonde seu pai Venâncio Zacarias com ação marcante na política Norte-rio-grandense, foi prefeito nos velhos tempos da UDN e da ARENA. Pena que ele partiu para o outro lado aos 80 anos de idade com uma lucidez invejável, em plena atividade profissional.

Vai, Adonias, com aquele seu caminhar ligeiro pelas estradas da eternidade, na certeza de que você foi justo, bom filho, bom esposo, bom pai, bom avô, bom amigo, generoso sobretudo. Por isso você não morreu, pois no dizer do poeta,

"morrem os ditadores, morrem os que matam, morrem os que assassinam, morrem os que ferem, morrem os que. maltratam, morrem os que acarretam, morrem os que aguilhoam".

Afinal, dele, Adonias, se tem muito ainda a se contar e dizer. Pena que ele não chegou a publicar o seu  decantado livro do qual me falava tanto, a sua autobiografia.

Descansa em paz, Adonias! Dorme o sono dos justos, dos humanos!

Fernando Caldas

SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO


(Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5, maço 7)

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso (*), de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas. Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres". Não satisfeito tal apetite, o malfadado prior, dormia ainda com um escravo adolescente de nome Joaquim Bento, que o acusou de abusar em seu vaso nefando noites seguidas quando não lá estavam as mulheres. Acusam-lhe ainda dois ajudantes de missa, infantes menores que lhe foram obrigados a servir de pecados orais, completos e nefandos, pelos quais se culpam em defeso de seus vasos intocados, apesar da malícia exigente do malfadado prior.”

Agora vem o melhor:

"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e, em proveito de sua real fazenda, o condena ao degredo em terras de Santa Cruz, para onde segue a viver na vila da Baía de Salvador como colaborador de povoamento português. El-rei ordena ainda guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".

M O T E :

Padre Chico do Troncoso
pelo rei foi perdoado

G L O S A :

Sacana e libidinoso,
com muita porra no saco,
gozava em todo buraco,
Padre Chico do Troncoso!
Era um satanás tinhoso,
adorava um cu cagado...
Comia tudo, o safado,
champrou até Joaquim Bento
- mesmo assim esse nojento
pelo rei foi perdoado!

(*) Trancoso é uma cidade portuguesa, pertencente ao Distrito da Guarda, região Centro e subregião da Beira Interior Norte, com cerca de 3 500 habitantes. Foi elevada a cidade em 9 de Dezembro de 2004. É sede de um município com 364,54 km² de área e 10 889 habitantes (2001), subdividido em 29 freguesias.

Por Laélio Ferreira









sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

ENCANTAMENTOS!

                                                 
Este é Manel,
o  talentoso escultor
que escolheu nossa consagrada cidade
e a Usina emporium
para pouso de sua imaginação.
O capricho e a atenção aos detalhes
são traços marcantes no seu caracter de artista
tratando a madeira, a pedra,
fazendo-as respirar suavemente.
As criações encantam pela harmonia dos entalhes,
criativo ele responde as encomendas
com dedicação e zelo
que fazem de muitos clientes
estimados colecionadores.
Nestes 30 anos de delicada meditação
a fauna e a flora é lúdicamente transformada
em expressiva decoração!


Salve!

(Usina Emporium - Açu-RN - Renato de Melo Medeiros)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

POEMETO


Só na mão da tristeza se demora
Esta alegria que me vem chorando.
Pararei algum dia; e, a quando e quando,
Sobre o meu sonho nascerei aurora.

João Lins Caldas, poeta potiguar do Açu

Postado por Fernando Caldas

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A necessidade de atualização do Código Florestal

José Álvares Vieira Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern)

Surpreendidos pelas tentativas de responsabilizar o projeto do novo Código Florestal e por tabela o agronegócio, que o apóia, pela tragédia na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, os produtores rurais se dirigem à consciência firme e equilibrada do povo brasileiro e ao seu senso de análise.

Certas circunstâncias, porém, dificultam esse senso nos cidadãos brasileiros: o sectarismo ideológico, por exemplo. Nesse caso, em particular, deriva frequentemente para o surrealismo. O agronegócio, responsável pelos sucessivos êxitos do país na balança comercial e um dos segmentos que mais gera emprego e renda, é tratado por alguns como inimigo público número um.

Essa distorção se dá atualmente nas discussões em torno do projeto do novo Código Florestal Brasileiro, que voltará ao debate na Câmara dos Deputados no próximo mês de março.

No retorno dos trabalhos, a velha questão do meio ambiente versus produção agrícola será reeditada. Felizmente, seu relator, o deputado Aldo Rebelo (PC do B - SP), colocou-se acima de interesses, dogmas e mesquinharias, munindo-se das ferramentas da lógica, do bom senso e, sobretudo, do interesse público para legislar.

Não se trata, pois, de um relatório, como alguns quiseram insinuar, ao feitio dos produtores rurais. Estes terão que se adaptar às novas regras e cortar na própria carne. Mas, sem dúvida, concilia visões antagônicas entre produção e equilíbrio ambiental. A discussão e votação desse projeto não pode se reduzir a uma queda de braço entre tendências ideológicas.

E uma informação que muitos pseudo-ambientalistas escondem da opinião pública são os bons números. Um deles é que o Brasil é o 2º país do mundo em cobertura florestal nativa, na frente da Europa (com 0,3%), da América Central (com 9,7%), da África (com 7,8%) e da Ásia (com 5,8%). Uma cobertura que atinge a marca de 70 a 75% de abrangência total. E isso não afetou a produção agrícola nacional, que conseguiu produzir 149 milhões de toneladas de grãos em 2010.

Em recente evento em Brasília, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, informou, com base em dados reais, que as áreas de matas e florestas dentro das propriedades cresceram 72,5% no período de 1960 a 2006, de 57,9 milhões de hectares para 99,9 milhões de hectares. Em igual período, a área dos estabelecimentos agropecuários cresceu 32,1%, de 249,8 milhões de hectares para 329,9 milhões de hectares.

Entre 1960 e 2006, a produção de grãos cresceu 503,01%, de 16,6 milhões de toneladas para 100,1 milhões de toneladas, dados que reforçam o compromisso do produtor rural em investir em tecnologias que garantam o aumento da produção, sem que isso represente mais desmatamento.

O progresso do campo também passa pela conservação do meio ambiente. Acredito que é possível um Brasil economicamente forte, social e ambientalmente unido. A ciência responsável é aliada dos produtores rurais. Ninguém mais do que nós produtores sabemos da importância da conservação de mananciais e florestas.

E ninguém mais do que o produtor rural deseja uma atualização do Código Florestal.

O crescimento da produção agropecuária nacional depende de um quadro de segurança jurídica no campo que envolva a atualização da legislação ambiental e garanta a legalização de 90% da atividade rural desenvolvida no País.

A hora é de bom senso, não de paranóia ideológica.

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Cenas brasileiras

O fotógrafo assuense Jean Lopes acaba de ser anunciado um dos vencedores do concurso de fotos Leica-Fotografe 2010. Sua foto premiada registra um grupo de crianças brincando num muro de um cemitério na zona rural de Assu. Recordista da premiação, ele emplacou seus trabalhos em seis das oito edições realizadas até agora, incluindo dois primeiros lugares, um terceiro e uma menção honrosa.

O concurso Leica-Fotografe é um dos mais prestigiados do país e tem como promotores a Revista Fotografe Melhor - a maior publicação especializada da América Latina - e a Marinho Comércio, representante oficial da famosa marca alemã Leica Camera . O tema é cena brasileira, já que a intenção dos organizadores é valorizar a cultura nacional e a nossa gente: as paisagens, a fauna, a flora, as manifestações folclóricas e religiosas, artísticas, sociais e esportivas. A competição é dividida em três categorias e registra uma média anual de dez mil trabalhos.

O resultado sai oficialmente no começo de março, quando as fotos premiadas serão publicadas numa edição especial de Fotografe melhor.

Para conhecer melhor o trabalho de Jean Lopes, acesse o site do fotógrafo








REQUERIMENTO:


Excelentíssima Senhora Professora Doutora

ISAURA AMÉLIA DE SOUSA ROSADO MAIA,

M.D. Secretária de Estado da Cultura do Rio do Norte.

LAÉLIO FERREIRA DE MELO, in fine firmado, brasileiro, viúvo, natural de Natal, portador da C.I. n. 48.895/RN, CPF 009.301.721-91, residente e domiciliado nesta Capital, serve-se do presente instrumento para, muito respeitosamente, expor e, em seguida, requerer a Vossa Excelência o que abaixo dispõe:

1. A EXPOSIÇÃO

O peticionário é filho do Poeta, Jornalista e Escritor natalense OTHONIEL MENEZES DE MELO, em certa época, considerado o “Príncipe dos Poetas do Rio Grande do Norte”, autor dos versos (letra) - em parceria com o músico Eduardo Medeiros - da “Canção Tradicional da Cidade do Natal”, a muito conhecida “Praieira” (Serenata do Pescador), composta em 1922;

OTHONIEL MENEZES, nascido em 1895, no próximo dia 10 de março, se vivo fosse, completaria 116 (cento e dezesseis) anos de idade. A data, por outro lado, coincide com as comemorações, nesta Capital, do “Dia da Poesia” (14 de março), patrocinadas por essa Secretaria de Estado, com a interveniência da Fundação José Augusto;

O expositor e requerente, há cerca de dois anos, às suas próprias custas, providenciou a feitura de um busto, em bronze, do Poeta (obra do escultor potiguar Eri Medeiros), materializando, desta forma, filial homenagem ao grande norte-rio-grandense, quase esquecido pelas novas gerações;

A obra de arte, todavia, a escultura do bardo, merece – julga o peticionário – local público conveniente para ser erguida, chantada e apreciada pelo povo.

2. O PEDIDO

Isto tudo posto – e na forma dos entendimentos já mantidos com Vossa Excelência -, doa o signatário ao Governo Estadual a obra de que se trata, rogando à Secretaria de Cultura que providencie:

a) a localização da obra no caminho, beira-rio, de acesso à Fortaleza dos Reis Magos – próprio do Estado, tombado pelo Patrimônio da União;

b) possa o busto ficar voltado para o rio Potengi (tão cantado nos versos do vate); e

c) que, no pedestal, em placa própria, além dos mínimos registros da existência de Othoniel Menezes, conste a transcrição da sextilha (“Sertão de Espinho e de Flor”, livro do homenageado):

A glória a que aspiro – a única –
e que há de ser minha túnica,
mais sagrada que a de um rei,
posse intangível, se planta
na alma do povo – que canta
as canções que lhe ensinei!”

Termos em que

Espera e aguarda o deferimento.

Natal-RN, 14 de fevereiro de 2011

(Laélio Ferreira de Melo)



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O GALO DA MADRUGADA



Hino do Galo da Madrugada

Composição: José Mário Chaves

Ei pessoal, vem moçada
Carnaval começa no Galo da Madrugada (BIS)
A manhã já vem surgindo,
O sol clareia a cidade com seus raios de cristal
E o Galo da madrugada, já está na rua, saldando o Carnaval
Ei pessoal...
As donzelas estão dormindo
As cores recebendo o orvalho matinal
E o Galo da Madrugada
Já está na rua, saldando o Carnaval
Ei pessoal...
O Galo também é de briga, as esporas afiadas
E a crista é coral
E o Galo da Madrugada, já está na rua
Saldando o Carnaval
Ei pessoal...

Nota do blog: Estarei sábado de carnal no bairro São José, Centro do Recife, para ver O Galo passar, claro! Ah, se eu me encontrar com Mário Amorim por lá [esse carnavalesco açuense do Recife, bom de copo e de frevo também] vai ser bom demais!

Fernando Caldas

PARA REGISTRAR - ANTIGAS REPORTAGENS SOBRE A BARRAGEM DO AÇU I

REBOLIÇO

Esquerda para direita: Renato Caldas, Ronaldo Soares [?].

A imagem acima é do disco (LP) da música potiguar Jarlene Maria intitulado Reboliço. Reboliço é um notório poema do bardo açuense Renato Caldas que aquela cantora gravou no referenciado LP, sal engano, em 1984. .

Postado por Fernando Caldas

Natal carnavalesca




Natal, sem dúvida, busca resgatar o verdadeiro Carnaval. São vários os grupos que se juntam para tentar reavivar os velhos tempos da alegria descontraída à base do frevo e das marchinhas ingênuas de antigamente.

As prévias, tanto de blocos de rua como os de salão começaram desde o ano passado e no rol delas não está incluído o Carnatal, porque este é um evento baiano que invadiu a cidade há mais de duas décadas em pleno clima natalino.

Mas, podemos citar os “Muitos Carnavais”, o baile dos “Amigos do Tirol”, “Antigos Carnavais”, “Banda da Ribeira”, “Banda dos Manicacas”, “Carnabeco”, “Carnaval do Dotô” e agora chegando o “Carnaval da Saudade dos Amigos do Tirol”, que busca resgatar os velhos bailes de antigamente, quando colombinas e pierrôs namoravam no clima da música Máscara Negra.

Esse sentimento geral de resgatar o antigo clima do Carnaval, também se transportou para os grupos que faziam os blocos de elite de Natal. Quem não se lembra dos carroções transformados em alegorias puxados por trator “assaltando” as casas dos amigos e transportando uma orquestra de frevos?

No ano passado um dos mais tradicionais blocos da cidade, Apaches, reviveu integralmente esse tempo, com muito sucesso. Quando passava na rua enchia de saudade os mais velhos, que viveram esse tempo e chamava a atenção dos mais jovens, que nunca haviam visto nada igual. (LS).

Assembleia

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte abre hoje os trabalhos da 60ª Legislatura. Se multiplicarmos quatro anos de mandato por 60 teremos 240 anos de muitos discursos e produção de Leis.

Gabinetes

Os gabinetes dos deputados estaduais na AL lembram os cubículos dormitórios que existem no Japão usado por executivos que não têm tempo para chegar a casa. Chega a ser ridículo o espaço destinado aos deputados e seus auxiliares.

Reunião

Hoje tem reunião dos Amigos do Tirol, que estão preparando o Carnaval da Saudade que ocorrerá no dia 25, às 19h, com a Banda Anos Sessenta e Orquestra de Frevos do maestro Passinho.

Saudade

Aliás, os Amigos do Tirol abriram a venda de mesas na última sexta-feira, 11, e no início da tarde do sábado, 12, já haviam sido vendidas 47, das 120 disponíveis. Uma prova inequívoca da força da mídia e das articulações do grupo.

Buracão

Existe um buraco profundo na avenida Jaguarari, no sentido sul para o centro, do lado direito de uma calçada alta, entre os cruzamentos com a Bernardo Vieira e Presidente Bandeira, quase chegando numa rotatória, que pode ser causador de danos em rodas e provocar acidentes. Como ninguém da Prefeitura de Natal deva costuma andar por essa avenida, neste sentido, considerando que o buracão sobrevive há muito tempo, deixo neste espaço o pedido: tapem o bicho...

Copa 2014

As conversas em torno da Copa do Mundo de 2014 em Natal estão rareando e ainda existe muito gente (como eu) que ainda duvida da possibilidade da Cidade do Sol ser uma das sedes do evento.

Piada

O brasileiro e especialmente os norteriograndenses fazem piada sobre tudo, até da própria desgraça. Não é a toa que neste sábado, num reduto etílico-cultural um Mossoroense dizia: “Mossoró não ter praia, mas tem beira-mar”.

Postado por LEONARDO SODRÉ 

BECOPRESS

O AR TAFUL E O SUBSTANTIVO DICIONARIZADO QUE VEIO DE SÃO PAULO


Hoje, quando ele aí vai, de áloe [aloés] e cardamomo / Na cabeça, com ar taful, / Dizem que ensandeceu” (Machado de Assis, Poesias Completas, p. 316).”


Veado: A origem é o latim 'venatus' que significa 'caça' e, mais tarde, 'carne de caça'. Tornou-se sinônimo de 'cervo' porque este é um dos animais mais caçados pelo homem. No Brasil, a palavra passou a ser empregada como sinônimo de homossexual masculino. Há quem acredite que tenha sido feita uma associação entre o tipo esguio do animal, com movimentos graciosos, revestidos de um certo ar de nobreza, e o estereótipo, ou caricatura, do homossexual masculino. O brasilianista James Green reproduz uma história que ouviu no Brasil, alertando que não foi possível confirmá-la. A expressão teria surgido no Rio de Janeiro, na década de 1920. Um comissário de polícia, chefiando um grupo de policiais, foi incumbido de prender os homossexuais que se encontravam na praça Tiradentes (ou da República), no centro da cidade. Retornando de mãos vazias, sem ter feito sequer uma prisão, explicou ao chefe que todas as vezes que os policiais se aproximavam para executar as prisões eles corriam como veados. O episódio teria tido uma grande repercussão na imprensa. O jornalista Sérgio Cabral lembra que existiu no Rio de Janeiro um bloco carnavalesco chamado 'Caçadores de Veados'. O bloco, no qual fez muito sucesso o famoso Madame Satã, surgiu no carnaval de 1930, durou até a década de 1940 e seus integrantes saíam vestidos de mulher. É possível que tenha sido uma forma de se ridicularizar os policiais em sua tentativa frustrada de prisão dos homossexuais.

Havia alguns produtos cuja marca era 'Veado' e que desapareceram também nesta época. É o caso da Grande Manufactora de Fumos e Cigarros Veado, uma das primeiras empresas a promover coleções de figurinhas, que eram colocadas nos maços de cigarros. Como demonstração de que não havia a menor 'rejeição' ao nome, o comercial da companhia dizia: 'O Brasil só vai fumar / cigarros marca Veado / pita, pita, devagar / se é chic ou pé-rapado.

O tal bloco 'Caçadores de Veados' surgiu no Rio em 1930 e era formado basicamente por homossexuais. Eu achava que tinha sido uma forma de ironizar a tal expedição do inspetor para prender os homossexuais no centro do Rio. Mas agora descobri que havia um outro bloco, também de homossexuais, na cidade de Santos, já em 1924, com o mesmo nome. Vi num site, com reprodução de textos e fotos de um jornal local. Como essa época coincide com o desaparecimento progressivo de nomes de produtos (e cidades) com o nome Veado, é praticamente certo que esses blocos deram origem a essa nova acepção para a palavra. Engraçado é que em São Paulo há uma drogaria que resiste até hoje. Fica bem no centro, na rua São Bento, ou perto: 'Ao Veado de Ouro.'"

(A origem curiosa das palavras', de Márcio Bueno - José Olympio Editora, 5ª edição, Rio de Janeiro, 2006.)

Por Laélio Ferreira















segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

CHICO CARUSO

Do blog de Aluízio Lacerda


PRA TREPAR E CHUPAR MUITO


Postado por Fernando Caldas

E SE HOUVESSE MISERICÓRDIA?


Públio José – jornalista
(publiojose@gmail.com)

Misericórdia é um termo composto em sua raiz pela soma das palavras “miseri”, relacionada a miséria, pobreza, aflição, desespero, e “córdia”, relacionada a coração no sentido de matriz geradora de nossos sentimentos. A junção, então, compôs o termo misericórdia que, em última análise, representa o domínio, a prevalência dos bons sentimentos em relação aos sentimentos negativos. É também lastro para a compreensão das situações aflitivas vividas pelos outros. A misericórdia ainda significa o ato de tratar um ofensor, um transgressor com menor rigor do que este merece. Atualmente, muitos conceitos existem em torno do termo, mas, indiscutivelmente, nenhum deles se afasta desse eixo central que trata a misericórdia como um sentimento nobre, desprovido da presença do egoísmo, do individualismo, e forte aliado da bondade, da benignidade, da compaixão, da paciência – do amor enfim, de onde sobrevêm todos os outros sentimentos.

Segundo os dicionários atuais, misericórdia significa compaixão suscitada pela miséria, pela dor alheia. Trata-se do ato de não aplicar um castigo merecido, mas também envolve a idéia de dar a alguém algo que este não merece. Aponta ainda para o ato de aliviar o sofrimento de outrem, inteiramente à parte da questão do mérito pessoal de quem recebe. A misericórdia, enfim, é um gesto que parte de alguém em estado de amor para com outra pessoa, com a particularidade de que o favorecido encontra-se, naquele momento, desprovido da condição de exigir, de propor uma troca – já que nada tem a oferecer. O misericordioso tem o que o outro precisa, enquanto o necessitado nada tem para justificar o bem recebido. A misericórdia se resume, portanto, a um sentimento altamente valioso do ponto de vista cristão, qualidade espiritual que procura aliviar o sofrimento humano e retém, por conta disso, a vingança e os atos de retaliação.

E é precisamente esse ponto que gostaríamos de ressaltar. Pois a falta de misericórdia no coração dos homens gera todo tipo de sentimento de revolta, de revanche, de sanha vingativa naquele que busca no outro um gesto compassivo e recebe, de volta, a moeda firme, crua, dura da insensibilidade. O mundo de hoje, com a obrigatoriedade do ganhar, do ter, realidade que coloca as pessoas na trilha da exaltação ao individualismo, tem contribuído para a eclosão constante de situações de conflito, de injustiças. Estas, por sua vez, têm originado, de um lado, uma geração de pessoas marcadas pela dor, pela desesperança, pela desilusão, e, de outro, uma geração árida de sentimentos, seca, desconectada e alheia às necessidades e carências dos mais necessitados. É indiscutível, então, a conclusão de que misericórdia é sentimento a se cultivar incessantemente como forma de ajuda aos outros, mas também para preservação de nossa qualidade de vida.

Segundo Bultmann, estudioso cristão, “tem razão quem conceitua a misericórdia como a qualidade da fidelidade na ajuda”. É a postura, enfim, de quem se mantém fiel aos seus princípios, independente do ganho que, porventura, possa auferir. Nesse sentido, ninguém é mais misericordioso do que Deus. Ele, através de Jesus, ministra sobre nós, a todo instante, a sua capacidade infinita de nos entender, de nos compreender, de nos perdoar. E isso é misericórdia pura. Ah, se o homem entendesse os propósitos de Deus e estivesse de coração sempre aberto para receber – e agir a favor do outro em misericórdia! Com certeza o mundo não seria o mesmo. Pois, se houvesse misericórdia em nossas ações, o dinheiro público não seria desviado para outros fins e o leite das crianças jamais serviria a outros objetivos que não o de alimentá-las. Ah, pobres crianças! Aliás, para estes que agem assim, só mesmo a misericórdia. A de Deus. Bem entendido?

Postado por Fernando Caldas





















PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...