quarta-feira, 10 de agosto de 2011

ATRÁS DA CASA DE COURO

Alex Gurgel/Pablo Pinheiro
Exposição integra a série Vaqueiros Tradicionais do Seridó
     Exposição integra a série Vaqueiros Tradicionais do Serridó

Um dos personagens mais tradicionais do sertão, o vaqueiro, em registros inspirados. É o tom da exposição "Fragmentos de uma tradição", que abre hoje ao público, no Solar Bela Vista, ficando aberta até o dia 25 de agosto. A mostra é assinada pelos fotógrafos Alex Fernandes e Pablo Pinheiro e é a primeira parte do ensaio "Vaqueiros tradicionais do Seridó", projeto criado pelo coletivo Byreçá Foto Potiguar.

Alex Fernandes/Pablo Pinheiro Exposição integra a série Vaqueiros Tradicionais do Seridó

Alex e Pablo compilaram 20 fotos coloridas, registradas durante cerca de um ano entre pesquisas e andanças in loco, primeiramente em Acari. Os fotógrafos quiseram retratar aspectos do cotidiano e da tradição deste peculiar grupo humano do interior, desde vestimentas e instrumentos, até o modo de olhar e se mover, as cantigas (aboios), o cavalo e o gado, as formas como o vaqueiro se movimenta, laça, monta e trabalha sua tradição nas cidades e currais.

A região do Seridó foi escolhida pela conjunção de fatores ideais: a flora e fauna singulares, ao lado da tradição do vaqueiro, ainda bastante presente. O cenário e os personagens perfeitos. Os 'modelos' da exposição gostaram bastante do registro, segundo Alex Fernandes. "Uma das coisas mais prazerosas desse trabalho foi a convivência com os sertanejos. A gente começou em pousadas, e logo mais estávamos hospedados na casa deles. Confirmamos a hospitalidade das pessoas do interior", afirma.

O Coletivo Byreçá Foto Potiguar acredita que ainda há uma lacuna no material de registro e catalogação sobre as qualidades do interior brasileiro: é escasso. "A importância do ensaio sobre Vaqueiros Tradicionais do Seridó está não só nas fotos, mas na paixão pelo assunto, que apesar de envolver um tesouro nacional, não parece ter o crédito e o espaço que mereceria na mídia", disseram. Em breve, o grupo continuará seus registros pelo interior seridoense, de Currais Novos a Parelhas.

Serviço:

Fragmentos de uma Tradição - Vaqueiros Tradicionais do Seridó. De 9 a 25 de agosto, no Solar Bela Vista. Aberto de segunda a sexta, das 8 às 12h, e 14 às 18h.

Viver - TN
Ponte Newto Navarro, Natal, na ótica de Allan Trigueiro.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

ACADEMIA CEARAMIRINENSE DE LETRAS E ARTES

Do blog:

Recebi através do professor e escritor potiguar de Ceará-Mirim chamado Pedro Simões, o convite conforme acima, para "fazer presença na festa de instalação e posse da diretoria e sócios fundadores da ACADEMIA CEARAMIRINENSE DE LETRAS E ARTES - ACLA, cujo convite muito me honra.

Aproveito esta oportunidade, para fazer um registro: Custo a crer que a minha querida cidade de Assu de tantos poetas, escritores, historiadores, jornalistas, políticos e oradores [que brilharam nas tribunas desde o Rio Grande do Norte província], artistas plásticos, afinal de tanta história literária, cultural, não tenha ainda a sua Academia de Letras e Artes.

Eu não sou escritor, nem jornalista, nem poeta. Sou apenas um simples pesquisador entusiasta da literatura, da cultura, da história da terra potiguar, especialmente da minha querida cidade de Assu, dos seus autores, dos seus bardos consagrados, alguns deles até de calibre nacional. Porém, por não ser intelectual, nada me impede, penso eu, de procurar organizar, convidar aqueles que fazem a cultura assuense, para participar deste projeto, dessa ideias de fundarmos a exemplo agora de Ceará-Mirim e de outras muitas cidades brasileiras, a Academia Assuense de Letras e Artes. Fica o registro. 

Obrigado Pedro Simões pelo convite. Parabéns pelo seu trabalho em favor da cultura do nosso querido Rio Grande do Norte.

Fernando Caldas 

MORRE O POETA ZÉ SALDANHA


Aos 93 anos de idade partiu hoje, 9, o poeta cordelista Zé Saldanha. Ele era natural de Santana do Matos e residia, salvo engano, em Natal. O poeta com saudade da sua mocidade, escreveu com irreverència:

Na minha época passada
Namoro foi sacrifício;
A moça num edifício
E pelo pai vigiada
Pra poder ser namorada
Pedia licença aos pais
Hoje a moça e o rapaz
Vão se abraçar, se beijar
O mundo só veio prestar
Quando eu não prestava mais.

tempo foi diferente
Digo porque me convém;
As moças queriam bem
Mas tinham medo da gente
Todo pai era valente
Hoje perderam o cartaz
A filha sai com um rapaz
Beber, namorar, farrar
O mundo só veio prestar
Quando eu não prestava mais.


A lembrança ainda tenho
Dos vestidos do passado,
Hoje é curto e ligado
Que só manjarra de engenho
Mostrando todo desenho
Do corpo na frente e atrás
Tudo que a moderna faz
Eu só falto morrer de olhar
O mundo só veio prestar
Quando eu não prestava mais


Hoje nada mais é certo
Amor nem religião;
A moderna, a corrupção
Com seu mundanismo esperto
Deixando tudo em alerto
Olhando a novela o que faz
Mulheres, moças e rapaz
Semi nus a se beijar
O mundo só veio prestar
Quando eu não prestava mais

Postado por Fernando Caldas
Cristina Costa

O silêncio invade o meu ser
lá fora a escuridão cerrada
penetra a minha alma.
Passa o vento suave por mim
pergunto-lhe se alguma
vez encontrou o amor.

Ri-se descaradamente
enquanto com velocidade
se desloca por descampados
percorrendo sítios escuros e abandonados
varrendo recordações e deixando
no seu lugar o vazio.

O Verão está de partida
juntamente com o calor.
O vento de vez em quando
faz-se sentir com brutalidade
interrompendo-se apenas
quando sente que amedrontou o meu silêncio.

Abraço-me a ele
e deixamo-nos ficar
assim bem juntinhos.
A paz, entra de mansinho e sorri-me.
Dou-lhe a mão
e ficamos nessa cumplicidade
os três a olhar a beleza da noite
vestida com um longo vestido negro
e com um manto enorme de sonhos.

Passa o vento suave por mim
sussurra-me palavras antigas
atira-me com fragmentos de sonhos vividos
talvez apenas sonhados.
Sorrio-lhe e peço-lhe que siga o seu caminho
que não tente a minha alma
com memórias do passado.
Pensamentos, Citações e Poesias







ASSUFOLIA - MICARETA

Postao por Fernando Caldas

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Senar promove curso de Pedreiro Rural no município de Lajes

Uma constatação feita por quem trabalha no ramo da construção civil é a falta de pedreiros nas pequenas cidades do interior. Profissionais, que atraídos por outras oportunidades nas grandes metrópoles, estão abandonando o oficio em seus lugares de origem. Por causa dessa realidade o Sistema Faern/Senar resolveu desenvolver uma iniciativa pioneira no estado: o curso de Pedreiro Rural.

No Rio Grande do Norte a primeira cidade que receberá o curso, ministrado pelos profissionais da instituição, será Lajes, localizada na região Central do Estado. A partir do dia 15 de agosto até o dia 09 de setembro, na sede do Sindicato dos Produtores Rurais do município, duas turmas formadas por 15 alunos cada, receberão as aulas ministradas pelo educador Luciano Dionísio dos Santos.

De acordo com o Gerente de Aprendizagem Rural do Senar, Hélio Pignataro, esse curso será dividido em etapas, com noções especificas em cada uma delas. “O de pedreiro terá duração de 160 horas. Também teremos aulas de pintura e encanamentos. O de pintura ainda não foi fechado à carga total, mas o de encanamentos terá 48 horas. No total o curso de pedreiro rural será bem abrangente e mostrará todas as etapas de uma construção”, explicou Pignataro.

Parceria 

O curso é uma parceria entre o Sistema Faern/Senar, Sindicato dos Produtores Rurais de Lajes e a prefeitura da cidade. "No curso, a prefeitura entrará com todo o material para a obra: telhas, tijolos, cimento e materiais hidráulicos e o Senar entrará com o educador e com os kits de segurança”, informou Hélio Pignataro.

De acordo com o presidente do Sistema Faern/Senar, José Álvares Vieira, esse curso será de fundamental importância para a expansão da economia local. “Acredito no pioneirismo desse curso. Será uma nova alternativa para os trabalhadores rurais de Lajes e uma porta para fortalecer a economia do município. E hoje, quando a profissão de pedreiro está sendo mais valorizada, só consigo visualizar um futuro promissor para esses alunos”, concluiu o presidente da Faern/Senar.

Serviço
Curso de Pedreiro Rural
Local: Sindicato dos Produtores Rurais de Lajes
Período: de 15 de agosto a 09 de setembro

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domingo, 7 de agosto de 2011

LAGOA DO PIATÓ

Fotografia do Murau [Facebook] de Ione Salem.

Sou Jandui, sou da taba,
Meu patrimônio ele só,
Riqueza que não se acaba,
Tem a várzea e o piató

Peixe, banho de lagoa
Riqueza que se conta mais
Bem vastos carnaubais.
Filho da terra dileta
O bravo de Curuzu
Nosso, um destino poeta,
Grandeza que é mesmo o Açu.

João Lins Caldas

TROVINHAS AMOROSAS

Parece troça, parece,
mas é verdade patente,
que a gente nunca se esquece
de quem se esquece da gente

Jader Andrade

A saudade se embaraça
e a paixão se intensifica...
- Nã0 pelo instante que passa,
mas pelo instante que fica!

Eduardo A. O. Toledo

As esperanças dos noivos
são coisas bem venturosas:
- Não querem na vida os goivos,
os sonhos enchem de rosas.

João Lins Caldas

sábado, 6 de agosto de 2011



Mané Beradeiro
Cidadão da lendária e mítica São Sarauê.
Contador de Causos e declamador de poesia matuta 
na literatura do Rio Grande do Norte

visite:http://franciscomartinsescritor.blogspot.com


[Do blog: Notícias da Lusofonia, de Ceicinha Câmara]

sexta-feira, 5 de agosto de 2011



Uma coisa que a ingratidão esquece é que o mundo dá tantas voltas que amanhã poderá estar precisando novamente de quem já lhe estendeu a mão, deu colo e amor. Certas coisas não deveriam ser esquecidas nunca. Amor com amor se paga. Bondade com bondade se paga. Afeto com afeto se paga. Dedicação com dedicação se paga. Cuidado com cuidado se paga. Ser grato é algo sublime, coisa de Deus.
De: MC




DO CHARGISTA POTIGUAR IVAN CABRAL

Charge do blog: leonardosodre.blogspot.com


FLOR ALADA


A lua irrompe a convite da noite
Resta ainda uma rosa acordada
O vento sopra e a estremece inteira
Transfigurando-a em flor alada

Ao som de sussuros bailam ao luar
Não há testemunhas, dorme o jardim
Aurora anuncia a necessária despedida
Beijam-se ao acorde de um bandolim

O sol inflige o podar das asas
A flor silente respira solidão
Na lembrança o aroma da cumplicidade
Nenhuma dança de amor é em vão...


JOÃO LINS CALDAS NA NOROESTE DO BRASIL

                                                         Imagem: flickr.com - Antigo vagão da E. F. Noroeste do Brasil.

João Lins Caldas [poeta potiguar do Assu] era funcionário público do Ministério do Trabalho no Rio de Janeiro. Entre 1927-30, esteve em Bauru, interior de São Paulo trabalhando na administração da  Estrada de Ferro Noroeste do Brasil - NOB, também conhecida popularmente como o "Trem do Pantanal". Aquela ferrovia que no começo era de iniciativa privada, passou a partir de 1917 a ser controlada pela união. O trem partia de Bauru, seguindo em direção noroeste a Mato Grosso [hoje Mato Grosso do Sul]. Pois bem, Caldas logo que chegou na terra baruense, assumiu o emprego e logo também começou a investigar irregularidades praticadas por pequenos funcionários e diretores daquela companhia. Não aceitando desmando no serviço público federal começou a denunciar através de ofícios e telegramas ao Ministro da Viação e Obras públicas José Américo de Almeida e ao presidente Getúlio Vargas cujas denuncias, talvez, tenha sido o motivo para que Vargas  por decreto lhe aposentou precocemente. O bravo Caldas [nada o intimidava] usava até da sua arte de poetar para registrar os apadrinhamentos, os abusos praticados naquela ferrovia que o deixava indignado, conforme podemos conferir no longo poema [muito atual] intitulado Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, escrito em 1927, que transcrevo adiante:  


Bauru. Nobreza da Noroeste.
A Cabeça tem corpo e Bauru tem cidade...
Capadácios, com milhares de contos.
Cafezais que vão longe, rumo de Mato Grosso...
 - E quando, enfim, tudo já desbravado...
As madeiras que se perdem, podres nas plataformas
Aqui e ali um assassinato.
Outro, um chefe político...
E mais o tom doutoral de um professo ser termos...
Ah!  Eu conheço isto,
Eu também que tolero tantas cousas.                                           
Vi a barranca do Paraná.
A ponte como torre.
E vi o orgulho da diretoria
Engenheiros sem construções, fardados nos seus empregos.
Eu, pobre de mim, funcionário da engenharia...
Outros professam melhores empregos.
Há a hora da política, com liberdade e compra de votos.
Circulares de armas afeito que ninguém vê nas repartições.
Um voto? Votar não se pode, quando a idéia é um pouco de encontro ao governo.
E o mais que se vê é a musica de pancadaria.
Mas é, um pouco, para armar por fora.
Eu sei, não logro uma promoção.
Não sei, não ouso pedir, tem o filho do senhor diretor.
Guia, quase, um automóvel.
Um pirralho, meu Deus, e eu que não vejo olhos tão inteligentes!
Musica sim, para quase tantas verbas!
Um criado é que sabe ser um ser inteligente.
Aquele, ali, promovido?...
Tem, com certeza, o seu valor...
O valor com certeza é ir a casa de quem se agrada...
Que casa linda, aqui, a do senhor diretor!
Os casamentos se fazem como em nobreza...
Esta terra, que jeito de nobreza ela guarda nos gestos!
Os capitães assassinos de inteligências intensificadas...
E ah! Como bem aqui se paga imposto!/ As ruas estão arruadas...
Um pouco, com as árvores que se cortam das ruas...
Calçamentos, do bom, do dinheiro do povo...
Orçamentos que não se vêem a passar de mil contos...
Anda bem, o povo mesmo é que não sabe nada...
Paga, paga outra vez...
Gritar? Isto é para mais uma vez o calçamento...
Histórias da Noroeste do Brasil
O que se ronca, palavreado por fora.
Regulamentos, leis, para o registro de folhas...
Este que tem a sua casa, ali, num pacote de velas...
Ali, também, aquela casa de comércio.
Essa outra com o seu associado.
Negócios para a estrada e negócios da estrada...
Escritos que me recordam a segunda seção...
Ah, mas no fim que dá certo.
Ó belas cousas da Noroeste!
Propinas da seção de embarque...
Os basbaques lá vão, eu sou bastante que ainda trabalho...
Eu sou basbaque, cumpro um dever.
Eu basbaque, tenho um dever.
Malha, martelo, malha este malho.
Noroeste do Brasil, minha paixão! 
Propinas da seção de embarque
- Os basbaques lá vão, que eu sou basbaque e sem que trabalhem...
Que dirá o diretor do tráfego,
Negócios por esta Noroeste,
Um sobrinho em negócios - Eu sei um pouco da fiscalização -
Mas vamos, sou poeta, e me falta um dever
Tenho um dever, e sem adulação.
Malha, martelo, bata no chão.

Postado por Fernando Caldas


Em tempo: O referenciado poema é parte integrante da Tese de Doutorado da professora Cássia Matos da UERN. 













quinta-feira, 4 de agosto de 2011

08_04_agripino_e_robson


CHARGE DO DIA

A Charge Online



FLOR DO AMOR

Quero te ofertar a flor
Dos beijos que plantei em tua boca.
Tem o perfume suave do amor
E a ternura de almas se encontrando.
Quando vires a flor entreaberta,
Lembra-te, querido amor,
Das lágrimas que a regaram.
E sentirás, quando beijá-la,
Um amargo sabor de sal
Que as pétalas trêmulas captaram.

Maria Eugênia Montenegro, poetisa potiguar do Assu.








quarta-feira, 3 de agosto de 2011

"Política é feita de tudo que é bom: música, foguetão, dança..."

Theodorico Bezerra

Pendências Uma Cidade Cenográfica

A cidade de Pendências/RN participa do filme social “MENINAS DO ARARIPE” que vai ser utilizado em campanha nacional contra exploração sexual de crianças, jovens e adolescentes.

MENINAS DO ARARIPE é o primeiro filme social Brasileiro de longa-metragem rodado em locações Itinerante em seis cidades do Estado do Rio Grande do Norte.

Através do prefeito do município, senhor Ivan Padilha foi possível fazer a parceria para produção do filme em Pendências. Para o nosso projeto social o apoio da prefeitura local vai mudar a vida de muitos jovens e adolescentes do município que vão ter mais uma opção de trabalho e renda como ator, atriz ou produtor de filmes. A ação de responsabilidade social da prefeitura também esta contribuindo para acabar com a exploração sexual de jovens e adolescentes no nosso país. Isto é um belo exemplo para que outros prefeitos da região entrem para o projeto.

A equipe de produção está na cidade qualificando e selecionando atores e atrizes, jovens e adolescentes para participarem do elenco do filme.

O cineasta EdyRocha autor e diretor do filme, sua equipe de produção do Rio de Janeiro em conjunto com o secretário de educação o senhor Cleber Luiz, o coordenador de cultura o senhor Kassio Wagner e profissionais do município realizaram as oficinas de audiovisual, arte e cidadania para os jovens e adolescentes. Foi feita a seleção e agora os jovens atores e atrizes do município vão participar das gravações que começam em agosto deste ano


ADL - comunicações firmou parceria com o blog de Teté, postando tudo que for do interesse da administração do município governado por Ivan Padilha. A prefeitura vem dando apoio logístico a equipe do projeto, ensejando a cidade a oportunidade de galgar uma posição destacada nacionalmente com a exibição do filme produzido.


Escrito por Aluiziolacerda

terça-feira, 2 de agosto de 2011


O teu corpo é o meu templo


O teu corpo é o meu templo
Deleito-me quando te vejo
Encarno o papel do pecado
Perco-me no teu olhar!

Num momento,
Em que penso em abraçar-te
Petrifico com a tua beleza
Não sou digno de ter-te

Mas no entanto,
avanço …
Hesito!
Vejo um corpo escultural
Toco-te …
que fantasia!
Mas no momento,
Dissipa-se … o pensamento!





O teu corpo é um templo - Poemas - Poemas e Frases - Luso-Poemas

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Senado atende a proposição de Paulo Davim e vai prestar homenagem ao historiador Câmara Cascudo



 Foto: Memória Viva
Câmara Cascudo será homenageado no Senado quarta-feira

O Senado comemora, no horário do expediente que antecede a sessão plenária deliberativa de quarta-feira (3), às 14h, a passagem do 25º aniversário da morte do educador Luís da Câmara Cascudo. O requerimento solicitando o evento é de autoria do senador Paulo Davim (PV-RN).

Historiador, antropólogo, advogado e jornalista, Câmara Cascudo nasceu no dia 30 de dezembro de 1898 em Natal (RN) e morreu no dia 30 de julho de 1986 na mesma cidade. Dedicou-se ao estudo da cultura brasileira e foi professor universitário, deixando uma extensa obra, composta de mais de 150 volumes, entre os quais o Dicionário do Folclore Brasileiro(1952). 

Para o senador Paulo Davim, Cascudo "é um dos mais importantes pesquisadores das raízes étnicas do Brasil, sendo considerado o papa do folclore brasileiro". Recebeu, inclusive, a alcunha de "o homem que sabe de tudo".

Entre seus livros, destacam-se ainda Alma patrícia (1921), Contos tradicionais do Brasil(1946) e Geografia do Brasil holandês (1956), que trata do período das invasões holandesas. A obra intitulada O tempo e eu(1971) - editada após sua morte - diz respeito as suas memórias. 

Na política, Cascudo foi monarquista nas primeiras décadas do século 20 e, na década de 30, combateu o comunismo e as ideias marxistas, aderindo posteriormente ao integralismo brasileiro - movimento político ultraconservador encabeçado por Plínio Salgado, que fundou a chamada Ação Integralista Brasileira (AIB), partido de extrema-direita inspirado nos princípios do movimento fascista italiano.

O intelectual destacou-se como chefe regional da AIB, mas desencantou-se com o movimento integralista, demonstrando, posteriormente, durante a Segunda Guerra Mundial, antipatia ao fascismo e ao nazismo. Manteve-se, no entanto, anticomunista, e não fez qualquer oposição ao golpe militar de 64. 

Apesar desse posicionamento, protegeu e ajudou diversos conterrâneos perseguidos pelos militares.

Fonte: Agência Senado

[Do Blog de Juscelino França]


Por Maria Eugênia Montenegro
Minhas mãos são asas.
Taças,
Preces:
Quando anseio a liberdade,
Quando tenho sede de amor, quando minha alma se transforma em dor.

Maria Eugênia Montenegro, poetisa potiguar de Assu













Por Cristina Costa

Espalho ao vento

versos, lamentos e ais
Que vão caindo
como pétalas na corrente

Uma luz entra através da janela
É o brilho da lua
Arrepiante, sedutora, extasiante
Transportando-me ao infinito sonhador

De repente sinto
O teu doce sabor no meu ser
Teu toque na minha pela
Teu carinho e amor na minha alma

Procuro-te com as mãos
Tacteando o travesseiro
O silêncio, o vazio
Ali apenas o teu cheiro

Profundo silêncio
Eu continuo sonhando
Enquanto a lua brilha
através das nuvens

O vento
abre e fecha as janelas
ilumina o teu rosto
e o meu mundo de sonhos
enche-se de novas cores.



40 anos sem Djalma Maranhão



Ilustração do blog.

Alexandre de Albuquerque Maranhão, Historiador
alexandremaranhao2@yahoo.com.br 

Eterno exemplo de homem público. De estilo inovador, foi o único prefeito da cidade de Natal a governar sabendo ouvir e atender às reivindicações da população. Djalma Maranhão já deveria ter sido agraciado e lembrado pelos livros didáticos de história. Político honesto e íntegro cumpriu com zelo, lisura e ética suas funções enquanto esteve à frente da Prefeitura de Natal por dois mandatos, de 1956-1959 e 1960-1964, e também como legislador, quando foi eleito deputado estadual em 1954 e deputado federal, de maio de 1959 a outubro de 1960.

Jamais buscou tirar proveito do exercício dos respectivos mandatos a seu favor ou de quem quer que seja: amigos, aliados políticos ou parentes de qualquer grau. Detestava a corrupção, a falsidade e a traição. Para ele, honestidade e transparência com os recursos públicos tinha que ser regra e não exceção nem um favor do gestor e sim uma obrigação.

Portanto, não é exagero nenhum afirmar que Djalma Maranhão foi e ainda é o político mais importante da história do Rio Grande do Norte, pela sua ousadia, dignidade, caráter, coerência e capacidade administrativa com visão voltada para o futuro. Além do mais, tinha uma comunicação direta e uma estreita relação com as camadas mais pobres e carentes da cidade.

Com recursos públicos escassos, enfrentou as dificuldades administrativas com coragem, firmeza e criatividade. Sua grande parceria foi com a população. Aliás, a formulação das propostas de seu programa de governo durante a campanha eleitoral de 1960 e a execução das diversas políticas públicas, após ser eleito pelo voto direto o primeiro prefeito de Natal, tiveram a participação decisiva de diversos setores da sociedade natalense.

De personalidade forte, mas humanista por princípio, possuía uma grande sensibilidade: sabia ouvir as pessoas, suas reivindicações. Coerente e sincero, 'não levava desaforo para casa'. Vivia com intensa alegria, participava de forma efetiva das diversas manifestações populares, como o carnaval, as festas juninas, os ciclos natalinos, ou autos e folguedos folclóricos.

Sua grande capacidade administrativa de gerir os poucos recursos públicos que dispunha na época, transformou Natal num verdadeiro canteiro de obras. A cidade, antes de areia e argila vai ganhar ruas asfaltadas; galerias pluviais; iluminação a vapor de mercúrio e fluorescentes; estação rodoviária; quadras esportivas e parques infantis; pavimentação a paralelepípedos de mais de cento e vinte ruas, entre outras tantas obras importantes.

No entanto, sua extensa rotina de trabalho à frente do Executivo Municipal trazia-lhe ansiedade e insônia. Geralmente dormia pouco menos de quatro horas por noite. Resolvia então, inspecionar obras e serviços da prefeitura em plena madrugada ao volante de seu veículo, um Jipe, que batizara de "Fura Mundo".

Além da honestidade, do compromisso e respeito com o contribuinte, Djalma Maranhão notabilizou-se por implementar uma revolucionária obra de educação popular: a "Campanha de Pé no Chão Também se Aprende a Ler". Esta tornou-se símbolo da alfabetização e democratização da cultura, conhecida nacionalmente e recomendada pela UNESCO e a OEA, para a erradicação do analfabetismo nas áreas do mundo subdesenvolvido.

O golpe militar de 1964 eclode no auge da Campanha pela educação democraticamente aberta a todos, fiel à problemática brasileira e comprometida com a emancipação do Brasil e do seu povo. No dia 2 de abril daquele ano, Djalma Maranhão é deposto do cargo de prefeito de Natal e levado à prisão no 16º Regimento de Infantaria do Exército (16 RI), no bairro do Tirol.

Quais os crimes teria cometido Djalma Maranhão para sofrer tamanha arbitrariedade? Seria o "crime" de ter alfabetizado e dado ao povo pobre de Natal acesso às fontes do saber? Talvez tenha sido por causa da sua marcante administração, onde não havia negociatas nem superfaturamento de obras.

Em 15 de julho do mesmo ano, é transferido do 16 RI, para o quartel da Polícia Militar de Natal. Um mês depois, em 15 de agosto, é levado e confinado à Ilha de Fernando de Noronha. Será que existe uma explicação, no mínimo razoável para esse confinamento e essas prisões deste homem que honrou de verdade os votos da grande maioria dos natalenses e que jamais e em tempo algum desviou verbas do erário público? Talvez, quem sabe, a devida explicação esteja no fato de Djalma Maranhão ter sido um democrata e patriota e ter tido um amor indescritível pelo Brasil e pela cidade de Natal.

Em novembro de 1964, consegue asilo político na Embaixada do Uruguai, no Rio de Janeiro. Em julho de 1965, viaja para Montevidéu, onde permaneceu por seis anos, com imensa saudade de seu povo e de seu país. Esse grande líder político brasileiro sobrevivia vendendo jornais e revistas de turismo. Não aguentou a solidão e a angústia de viver longe de sua cidade Natal. Faleceu há quarenta anos, na capital uruguaia no dia 30 de julho de 1971.
 

domingo, 31 de julho de 2011

FRASE DO DIA

"O homem que nunca errou é aquele que não fez coisa alguma".

Theodorico Bezerra, político potiguar [1903-1994] 

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...