sexta-feira, 19 de novembro de 2021
Poesia:Sentimento Abstrato
quinta-feira, 18 de novembro de 2021
Poesia:Sentimento Abstrato
Fernando Caldas
quarta-feira, 17 de novembro de 2021
Morada da Paz patrocina publicação de livro sobre luto e saudade
17/11/2021 17h30
Foto: Reprodução
Após o falecimento da avó, o ilustrador, jornalista e escritor Aureliano viu-se mergulhado no sentimento de saudade pela perda de uma pessoa tão querida e que era referência para ele e toda a família. Vivenciando esse processo de luto e em busca de entender melhor os sentimentos que estava processando, surgiu a obra “A viagem do barco azul”, permeada de ilustrações que concretizam a história de dona Noêmia, uma mulher potiguar simples, que tinha medo de morrer, mas que partiu de forma serena, deixando uma história digna de um livro.
A publicação está sendo lançada neste mês de novembro, com patrocínio do cemitério e crematório Morada da Paz, uma empresa do Grupo Morada, e convida o leitor a navegar por um processo de despedida que transcende a dor e a saudade, transformando-a em arte. Aureliano descreve de forma poética a trajetória de sua avó. É um convite, também, a perceber que o processo de luto pode ter suas nuances.
“No mês de setembro, ela despediu-se de nós, uma semana antes de completar 92 anos. Pensando em como sua vida foi inspiradora, escrevi sua história, sem muitas datas ou geografias, apenas com vontade de que as próximas gerações, como a da minha sobrinha, de 1 mês, pudessem entender o que essa figura representa”, explica.
Dona Noêmia foi criada nos arredores de Assu/RN e cresceu como pessoa pela fé, resiliência e importantes conexões feitas ao longo da vida, pavimentando caminhos para os seus 10 filhos. De acordo com Aureliano, é preciso reconhecer a força feminina à frente das instituições, como a familiar. A D. Noêmia foi uma matriarca que, além de inspiração de vida, tornou-se inspiração de trabalho para ele.
Para o escritor, a obra também tem a ver com cura. “Todo o meu processo de criação é ligado com autoconhecimento, autocompreensão. A minha forma de processar essa perda foi por meio da criação”, esclarece.
Sempre que escreve, Aureliano pensa que o público que se interessaria pela escrita seria o mais abrangente possível. “Meu trabalho se baseia na simplicidade e acessibilidade para todos entenderem. O mais importante é a sensibilidade para apreciar a arte, seja qual for a idade”, continua.
O livro conta com distribuição gratuita pelo Morada da Paz, mas também pode ser adquirido na loja do autor (http://oiaure.iluria.com). A história é contada por meio de textos verbais e não verbais, com bastante ilustração. “Considero crucial a ressignificação da morte. O óbito fecha com chave de ouro o processo da vida, mas, também, pode ser usado para celebrar a própria vida”, conclui.
O Morada da Paz viabilizou o trabalho de criação e a impressão da tiragem do livro, e a equipe de Psicologia do Luto da empresa contribuiu com conteúdo para o prefácio. “A viagem do barco azul” também está disponível para download em sua versão digital (https://bit.ly/barcoazul).
Como desdobramento da programação de lançamento, será realizada uma live com o autor no dia 18 de novembro, a partir das 20h, nas redes sociais do Morada da Paz, com a participação da psicóloga do luto Beatriz Mendes e da jornalista e assessora de imprensa Marina Lino. Será um bate-papo para falar de saudade, processo criativo do livro, a vivência do luto e a parceria com o Morada.
Sobre o autor
O autor de 32 anos é mossoroense e atua como jornalista (ex-editor da editora Tribo), ilustrador, quadrinista e escritor. Ele escreveu e ilustrou o romance “Madame Xanadu” e os zines de quadrinhos “Elevador”, “Sobrepeso” e “Conexão”, além de desenvolver capas e ilustrações para diferentes publicações. Em seus quadrinhos autobiográficos, o artista retrata a si mesmo sempre desnudo.
Aureliano já tem familiaridade com a temática da morte. Em 2017, produziu uma série de quadrinhos em torno do Setembro Amarelo de maneira independente e ainda disponibilizou o material de conscientização gratuitamente. Como forma de abrir espaço de diálogo sobre a temática do suicídio e da valorização da vida por meio de imagens, em setembro deste ano, também desenvolveu uma série de ilustrações, que foram publicadas no perfil @moradadapaz, no Instagram, todas as segundas e sextas-feiras do referido mês.
https://www.blogdobg.com.br/
terça-feira, 16 de novembro de 2021
Geraldo Melo é eleito para a Academia Norte-rio-grandense de letras
Ex-governador Geraldo Melo publicou o livro “Luzes e sombras do Casarão”, um romance
O presidente da ANL, o escritor e advogado Diógenes da Cunha Lima, disse que “eleição é preferência e a preferência acadêmia foi em favor de Geraldo”.
Diógenes da C. Lima afirmou também que o concorrente de Geraldo Melo “é uma pessoa de talento”, mas afirmou que Geraldo “é um talento superior, não vou dizer que é um talento superior a ele, mas que é um talento superior no Rio Grande do Norte”.
Diógenes da Cunha Lima declarou, ainda, que Geraldo Melo “é um dos maiores romancistas que o Estado já produziu”.
Para o presidente da ANL, Geraldo Melo “é um talento fora do comum, já exerceu todas as funções com brilho e inteligência, e merece estar na Academia. Nós precisamos de pessoas como Geraldo”.
Diógenes da Cunha Lima explicou que para ingressar na ANL “é obrigatório ter livro publicado” e, no caso do ex-senador e ex-governador Geraldo Melo, “ele além de ter outros trabalhos interessantes publicados”, escreveu um livro “fantástico que foi apresentado por mim, que se chama 'Luzes e sombras do casarão”, um romance de costumes passado em Campo Grande, terra natal do novo acadêmico“, que não tem nada melhor do que esse romance aqui”.
Diógenes da Cunha Lima disse também que Geraldo Melo “é talvez um dos grandes oradores deste país” e ontem à noite lhe comunicou a sua eleição.
Geraldo Melo encontra-se em Brasília e deverá, brevemente, agendar a data de sua posse para a cadeira de nº 32, que tem como patrono Francisco Fausto, um historiador mossoroense, que era avô do ministro Francisco Fausto, que também foi acadêmico.
O livro “Luzes e sombras do Casarão”, de Geraldo Melo, é a primeira obra de ficção do político potiguar, escrito durante o período de isolamento por causa da pandemia de coronavírus em 2020.
Desde junho do ano passado que o livro está disponibilizado em plataforma digital na Amazon.
O livro foi prefaciado por Diógenes da Cunha Lima, comentário de Ivan Maciel, que foi auxiliar dele durante o seu governo (1987/1991), na contracapa da edição impressa e ainda um artigo do jornalista Vicente Serejo.
Na noite de ontem, Diógenes da Cunha Lima também foi reeleito presidente da ANL, obtendo 34 dos 35 votos.
Tribuna do Norte
sexta-feira, 12 de novembro de 2021
"O único pássaro que se atreve a atacar uma águia é o corvo. Ele senta sobre suas costas e bica seu pescoço. No entanto, a águia não responde e nem luta, não perde tempo e nem gasta sua energia com ele. Simplesmente abre suas asas e começa a subir o mais alto que pode. Ou seja, quanto mais alto é seu vôo, mais difícil é para o corvo respirar e logo cai por falta de oxigênio.
Diante disto, quer um conselho? Deixa de perder tempo com os corvos… Continue seu vôo nas alturas e eles, por si só, despencarão."
Casa Rosa
terça-feira, 9 de novembro de 2021
Cachaça A Boa do Brejo é eleita a melhor do mun
A Boa do Brejo, categoria Cristal, é a melhor cachaça do mundo no ano de 2021. O título veio esta semana com o resultado do Concours Mondial de Bruxelles, um dos mais rigorosos e reconhecidos, internacionalmente, pela independência e rigor no processo de degustação. A mais nova cachaça de Areia (PB) desbancou marcas consagradas do Brasil e do exterior.
Degustada por um júri experiente, composto por especialistas do mundo inteiro, que teve como objetivo comum distinguir cachaças de qualidade, a Boa do Brejo, categoria Cristal, foi implacável e foi escolhida a melhor do mundo em um concurso que faz parte dos eventos internacionais mais importantes da bebida destilada do mundo.
Geralmente o Concours Mondial de Bruxelles destina três dias de degustações, onde são avaliados o visual, olfativo, paladar e a personalidade dentro dos parâmetros do guideline, que é entregue ao corpo de jurados. A pontuação de cada bebida participante é medida através de um sistema estatístico de média.
CONCURSO – O Concurso Mundial de Bruxelas acontece há 21 anos e, assim como na Copa do Mundo, é sediado em diferentes países a cada edição. Ele é levado muito a sério e, cada vez mais, produtores de destilados do mundo inteiro querem ganhar nas categorias.
Um selo de premiação no Spirits Selection pode representar um aumento de 30% nas vendas. Essa condição torna a premiação ainda mais almejada e competitiva. A regra é clara e decide que apenas 30% dos participantes levam medalhas entre Ouro, Prata e Grand Ouro – o que quer dizer se 100 produtos forem inscritos, somente 30 ganharão.
“É com grande satisfação e emoção que recebo essa premiação, fruto de um sonho de produzir cachaça, colocado em prática há pouco tempo”, argumentou o empresário e idealizador da Boa do Brejo, Cícero Ricardo.
Ele ainda ressaltou que distribuidores e consumidores podem ter a certeza de que ao comprar a mais nova cachaça de Areia, estarão levando pra casa um produto testado e de boa qualidade com sabor extremamente macio e suave.
HISTÓRIA – Produzida no Engenho São Pedro, antigo Mofo, o qual foi fundado no ano de 1961, pelo Sr. Valdo Pompeu. Em 2018, Cícero Ricardo adquiriu o Engenho, já do senhor Paulino Arantes, que vendia a produção a granel, e iniciou o processo de modernização dos equipamentos e instalações, seguindo todo protocolo legal e sanitário.
Paralelamente, foi escolhida a variedade ideal da cana de açúcar, e definida as áreas de plantio. Após a conclusão de toda reforma, da colheita da cana de açúcar e o funcionamento autorizado pelo Ministério da Agricultura, pela SUDEMA e pelo IBAMA, finalmente foi reinaugurado em 2020, com uma produção de 60.000 litros de cachaça de excelente qualidade, utilizando apenas o seu “coração”, e separando as frações da “cabeça” e da “cauda”, o que lhe confere qualidade inigualável e um sabor extremamente macio e suave.
ATUALMENTE – Hoje a produção anual é limitada a 120.000 litros de cachaça e utilizada apenas a cana de açúcar do engenho.
O Engenho São Pedro possui várias nascentes de água, local para trilha a pé, através de floresta nativa e alguns pontos interessantes, a exemplo da pedra do grito (conta-se que no mês de maio escutam gritos nessa pedra), a casa da bruxa (uma casa de taipa no meio da floresta), a trilha das águas, passeio à cavalo, dentre outros.
LOCALIZAÇÃO – O Engenho está localizado na cidade de Areia (PB), numa tríplice fronteira, entre os municípios de Areia, Pilões e Alagoinha, e é aberto a visitação, com a condição de se respeitar o meio ambiente e as normas internas de segurança.
Por José Valdez
https://sbinforma.com.br
A IRREVERÊNCIA DE MANOEL FORTE
Valério Mesquita
Mesquita.valerio@gmail.com
01)
Manoel Forte (personagem folclórico do Rio Grande do Norte e Paraíba),
alto, corpulento, vozeirão, foi conhecer Brasília acompanhado do seu
filho. Caminhando pelo Centro Comercial e revivendo o costume
nordestino, comprou um enorme pão doce e saiu devorando-o normalmente
pela calçada para indignação do filho: “Você quer que eu alugue aqui uma
casa só para comer esse pão, é?”, vociferou Mané Forte, soltando
pedaços de pão pela boca.
02) De outra feita, aconselhado a
fazer exame parasitológico, Mané Forte evacuou o material enchendo uma
lata grande de Bardhal e pegou o ônibus rumo a Mossoró. No banco da
frente, pernas abertas e sobre uma delas o produto, foi advertido de
saída por uma senhora moralista que subia no coletivo: “Feche as pernas,
tenha respeito!!”. Mané Forte, em cima da bucha, retruca: “Feche você,
que não tem o que quebrar!!”
03) Em Catolé do Rocha, Mané Forte,
parente distante dos Maia, foi convidado para o pomposo jantar
oferecido pela família da matriarca, genitora de Tarcísio Maia. Na
confraternização, tipo banquete, Mané Forte, consciente do parentesco
distante, sentou-se na extremidade da imensa mesa. O jantar foi
organizado seguindo a etiqueta da Escola Doméstica. Mocinhas da
sociedade enfileiradas portavam, cada uma, diferentes pratos que iam
servindo sucessivamente aos convivas. Carnes, massas, peixe, verduras,
frutos eram colocados nos pratos dos Maias ilustres, Tarcísio, João,
Otávio, Sérgio, Isauro, etc., etc., mas levantavam voo quando se
aproximavam de Mané Forte. Lá pras tantas, chega uma travessa de farofa
que sobrevoou os pratos dos notáveis mas aterrisou no de Mané,
enchendo-o até as bordas, para sua decepção. Inconformado, seu Mané
exclamou trovejante e contrafeito: “Preste atenção ao serviço menina,
aqui só ta chegando cereais!!”.
04) O Dr. Fábio Mariz viajou com
Mané Forte a João Pessoa e juntos se hospedaram na residência do
deputado estadual Américo Maia, representante de Catolé do Rocha na
Assembléleia. Na hora do jantar foi servida uma sopa aos convidados.
Para surpresa de todos, Mané Forte despejou o farinheiro na sopa e fez
aquele “grolado”. Advertido polidamente pelo deputado, Mané Forte foi
enfático: “Américo, só gosto de comer que faça bosta!!!”.
(*) Do livro "Pisa na Fulô - Anedotário Político e Social de Macaiba e Adjacências".
Valério Mesquita
domingo, 7 de novembro de 2021
sábado, 6 de novembro de 2021
A oração indígena do silêncio:
sexta-feira, 5 de novembro de 2021
O repente nordestino
Publicado: 00:00:00 - 26/09/2021 Atualizado: 16:38:26 - 25/09/2021
Diogenes da Cunha Lima
[Escritor, advogado e presidente da ANL]
Nenhuma região do país é tão pródiga na inventividade como o Nordeste. A arte do repente identifica a nossa região. É o exercício da poética popular, do sertão ao litoral, com versos de fazer inveja a poetas eruditos.
O repente nordestino é duelo verbal de cantadores com o acompanhamento de
viola, rabeca ou pandeiro (embolada). Em todas as suas formas, participa do
rico Patrimônio Imaterial do Brasil. É o diálogo do improviso e da liberdade
vocabular.
Muito se discute sobre a sua origem. Como sempre, Câmara Cascudo vai mais
longe. Para ele é o desafio oriundo do canto amebeu, grego, do tempo de Homero.
É canto alternado, obrigando resposta às perguntas do companheiro.
Muitos poetas cantadores tornaram-se célebres. Pinto do Monteiro (sempre
considerado o mestre da cantoria), um dia, recebeu Lourival Batista, crescente
em versos quentes. Glosaram os dias da semana com o humor produzido por
trocadilho. Pinto: “No lugar que Pinto canta/não vejo quem o confunda. / Que o
rio da poesia/o meu pensamento inunda. /Terça, quarta, quinta e sexta, /sábado,
domingo e segunda”. Lourival respondeu: ”Sábado, domingo e segunda, /quarta e
quinta. / Na sexta não me faltando/a tela, pincel e tinta/pinto pintando o que
eu pinto. /Eu pinto o que o Pinto pinta”.
Ninguém sabe dizer melhor das coisas da região do que o poeta mossoroense
Antônio Francisco. É sempre expressiva a sua linguagem para fazer pensar. Brevíssimo
exemplo: Falando sobre a fome, ele começa: “Engoli três vezes nada...”.
Fabião das Queimadas, escravo que tangia bem o verso e a rabeca, foi provocado
para falar sobre a paga dos seus vinténs arrecadados. Que seria um poeta? Ele
explicou: “Canta longe um passarinho/do outro lado do rio, /uns cantam porque
têm fome, /outros cantam por ter frio. /Uns cantam de papo cheio, /outros de
papo vazio”.
Não era cantador, mas poeta popular, popularíssimo. Aliás, Renato Caldas foi um
lírico, improvisador, bem-humorado. Pediram-lhe que fizesse saudação ao
escritor e pintor Newton Navarro. Versejou: “Adão foi feito de barro/mas você
Newton Navarro foi feito de inspiração. / Dos passarinhos, das cores/da noite
feita de amores/do luar do meu sertão”. Certa vez, o poeta tomou café em uma
residência na cidade de Angicos e ao guardar suas coisas, distraidamente,
incluiu uma colherinha. Já na sua cidade, em Assu, verificou o equívoco e
voltou. Desculpou-se dizendo: “Eis aqui, dona Chiquinha, /devolvo sua colher. /
De coisa que não é minha/eu só aceito mulher”.
Na função de conselheiro do Iphan, esforçar-me-ei para que o Repente Nordestino
seja reconhecido como Patrimônio Imaterial Brasileiro.
Fonte: http://www.tribunadonorte.com.br
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