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João Celso (já comentei sobre ele aqui neste blog) é poeta potiguar do Assu da velha guarda. Mas ele tem somente 64 anos de idade. Nasceu em terras assuenses, morou em Natal, Recife, Rio de Janeiro, Fortalez e atualmente reside em Brasilia, capital federal, mas nunca esuqeceu a sua terra natal. Ele é um dos ultimos remanescente daquela geração de poetas que dignificam aquela terra assuense e engrandecem as letras norte-riograndenses. Ele começo a produzir poesias, ainda na sua adolescência. Em data de 6 de junho de 1963, numa feliz inspiração, escreveu o poema sem epígrafe, nunca antes publicado (que ele escondeu num baú inviolável, que eu fui buscar e transcrevo abaixo para o nosso deleite. Vamos conferir:
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"Um beijo teu apenas bastaria
para me fzer feliz,
a fúria de meu amor aplacaria,
acalmando também meu coração.
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Tudo me falta e nada te comove,
mesmo que vejas o sofrimento meu.
A solidão do mundo me acompanha
e tua alma não me dá carinho.
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Teus braços não me abraçam,
teus lábios não me beijam,
de ti só a distância eu recebo,
e nem isso eu desprezo.
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Meu penar, sem culpa alguma,
revolta a todos, exceto a ti,
que, soberana a oprimir,
espezinhas o meu amor."
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Pouco tempo depois, João Celso refez aqueles versos transformando em soneto (aproveitando a primeira estrofe do pema acima transcrito) que escreveu num caderninho que eu também fui buscar entre seus guardados, que diz assim:
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"Um beijo teu apenas bastaria
para me fazer feliz,
a fúria de meu amor aplacaria,
acalmando também meu coração.
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Queres a distância, eu me afasto,
tudo me falta e nada te comoves
a solidão do mundo me acompanha,
e tua alma não me dá carinho.
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Vivo sem tí, e te amando sempre,
vives sem mim, me espezenhando muito.
mais eu insisto: negociemos:
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Dá-me um abraço, toma este beijo,
e nestas trocas intermináveis
vivamos sempre enamordos.
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