quarta-feira, 5 de agosto de 2009

LEMBRANDO NAVARRO

Newton Navarro foi um dos grandes nomes das artes plásticas da terra potiguar, além de poeta e cronista dos melhores. Navarro na sua boemia, conviveu com outro igualmente poeta boêmio chamado Renato Caldas, desde os tempos da Confeitaria Delícia (ponto de encontro nos anos cinquenta, sessenta e começo de setenta, dos boêmios, políticos e intelectuais norte-riograndenses)e nas suas idas ao velho Assu. É tanto que Renato numa feliz inspiração, num poemeto intitulado "Cromo", o definiu assim:

Adão foi feito de barro...
Mas, você Newton Navarro,
foi feito da inspiração,
do Céu, dos ninhos, das flores,
de todos os esplendores
do luar do meu sertão.

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POESIA MATUTA

HOME

Home qui larga a muié,
Pra vivê c´uma sugeita;
Ou esse cabra num presta,
Ou antonse é coisa feita.

Home qui vévi sirrindo,
E diz qui nunca chorô;
Ou esse cão tá mintindo,
Ou pur outra nunca amô.

Home, qui deixa a muié,
In casa, e vai passiá...
O fim dele tem qui sê:
No sumitéro, ou hospitá.

Home qui anda inlordado,
Sem tê uma ocupação.
No mundo so pode sê:
Ou jogadô, ou ladrão.

O freguez da fala fina,
Qui num gosta de muié!
Vamo atraz qui essa péste!
Tem um defeito quarqué.

Renato Caldas

domingo, 2 de agosto de 2009

LOGOMARCA

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NOTA

Fotografia do blog de aluízio Lacerda.

"Meu José Virou Poesia", é mais um livro que enriquece as letras assuenses. A autora daquele volume é a poetisa Ester Morais (a sua direita), que pousa na fotografia ao lado da sua irmã Secretária de Estado Fátima Morais. Conheci e convivi com o personagem deste livro chamado José Martins de Morais. Ele foi enfermeiro no Assu, proprietária de farmácia em Carnaubais. Zé enfermeiro como era mais conhecido foi candidato a verador de Assu, salvo engano, nas eleições de 1976 ou 1982. Era frequentador na década de oitenta do chamdao 'Senado' (batentes da prefeitura do Assu), quando era bem frequentado pelos formadores de opiniões da política assuense, que se reuniam todas as noites naquele local para uma boa prosa, cada um defedendo o seu chefe político que eram muitas vezes satirizados por cada um dos dos seus adversáros. Afinal, fica o registro e os parabéns deste blog (que tem o sentido de divulgar o passado e o presente da história literária, econômica, social e política - sem politicagem- da terra assuense) a mais nova escritora do Assu.

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POESIA

PARA VOCÊ

Eu venho de uma montanha, Tânia.
De uma montanha de fogo e de sombras,
De fogo como o sol e de sombras como a noite.

Venho de um vale, Tânia.
Um vale com mil flores brilhantes,
E todas estas flores eram tuas.

Venho de uma floresta, Tânia.
Uma floresta com apenas um pássaro.
Um pássaro azul como as águas do rio.

Venho de um lago também azul, Tânia.
Um lago tranquilo e sem rumores,
Com cisnes brancos, cisnes selvagens,
Selvagens como meu amor.

Eu venho do mar, Tânia.
Um mar sem praias e sem gaivotas,
Com uma ilha de carne,
E com o sangue de uma estrela.

Venho do deserto quente, Tânia.
Um deserto com ventos de areia,
E com monumentos que são sepulcros,
Onde enterro a minha solidão.

Walflan de Queiroz - 1930-1995 (poeta potiguar).

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GILBERTO AVELINO

Gilberto Avelino (1928 - ) era natural de Assu. Mas a sua terra amada era Macau, importante cidade do litoral potiguar, onde chegou ainda menino novo, em companhia de seus pais. Herdara do seu genitor Edinor Avelino, o dom da poesia. Gilberto era brilhante orador e advogado, poeta lírico, prosador. Sobre a terra macauense, onde ele radicou-se, escreveu numa feliz inspiração: "Esta é a terra que amo. De rio em preamar, sereno, onde entre ferrugens e sombras, descansam âncoras, e navegam fantasmas de barcos cinzentos." Ele era membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e da Academia Norte-riograndense de Letras, cadeira número 35 (que tem como patrono o poeta Juvenal Antunes), substituindo seu pai. O poeta Avelino (por que não catalogá-lo também como bardo assuense?) estreou nas letras potiguares na década de setenta, publicando o livro sob o título "Moinho e O Vento", 1977. Ele é da geração dos poetas Berilo Wanderley, Zila Mamede, Celso da Silveira, dentre outros. Publicou também os livros intitulados "O Navegador e o Sextante", 1980, "Os Pontos Cardeais", 1982, "Elegias do Mar Aceso em Lua", 1984, "O Vento Leste", 1986, "Além das Salina", 1990 e "As Marés e a Ilha", 1995. Deu a sua colaboração em diversos jornais de Natal e do Recife, como Diário de Pernambuco. Formou-se em direito pela Faculdade de Direito de Alagoas, em 1955. No seu livro Os Pontos Cardeais, transcrevo abaixo o poema intitulado "A Ilha e a Lenda", que diz assim:


Aos ventos da foz do rio Açu erguida,
e tendo o nome do seu sesmeiro
Manuel Gonçalves, resistia a ilha -
flor sangrando em meio às marés

altas de sizígia. O mar vinha em espumas
de fogo, e levava, em velozes carrocéis,
pedaço por pedaço do seu chão salgado,
e ante o qual, por amplo tempo, brando

cantara. Luminosas cicatrizes refloresciam
na carne dos seus pacíficos moradores
(pescadores e salineiros). E lhes doía
a última visão - sol em sossego do poente,

que se apagava das casas e pequenas ruas,
onde ressoavam ainda os seus longos
passos. O mar, incandescendo-se de azuis,
a ilha escondeu entre ondas

ardentes e porões abissais que construíra.
Em noites de lua de agosto, quando
o mar reveste-se de brancos algodoais,
os pescadores escutam cantos de sino

que vêm da capelinha insepulta,
e identificam a voz -
tão leve, bela e pura,
da virgem da Conceição falando às águas.

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sábado, 1 de agosto de 2009

RAPAZES ASSUENSES DA ANTIGA



Clique na fotografia.


A fotografia acima fora tirada no início da década de sessenta. Esquerda para direita vejamos José Caldas Soares Filgueira - Dedé Caldas (ele era uma pessoa tipo folclorista, conhecedor da vida social e cultural do Assu), José Nazareno Tavares - Barão (foi agropecuarista, corredor de vaqueijadas em todo Nordeste, foi também superintendente da CERVAL, sendo um dos seus fundadores, faleceu em 1979), Andiere "Majó" Abreu (que também era um excelente vaqueiro, derrubador de gado, além de poeta glosador), DetônioFonseca (atualmente é aposentado do Banco do Brasil) e o saudoso Chico Germano um dos maiores derrubadores de gado do Estado potiguar. Chico Germano faleceu num desastre, salvo engano, no final da década de sessenta, ao dirigir um Jeep, nas proximidades da Lagoa da Acauã e a ponte sobre o Rio Piranhas/Assu.


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sexta-feira, 31 de julho de 2009

CARNAVAL DO PASSADO

O carnaval de clube do Assu era até o começo da década de setenta, o melhor do interior do Rio Grande do Norte. A fotografia acima, salvo engano, fora tirada em fevereiro de 1964, no salão do clube ARCA - Associação Recreativa e Cultural do Assu (onde funcionaou a ACC e hoje é a casa de shoow O Molekão"). Esquerda para direita, vejamos Naide Belo, "Juca" de Sá Leitão, Maria Auxiliadora (esposa de doutor Edgard Montenegro), Rizza Montenegro, Francisca Ximenes, Geraldo Dantas (ele foi um dos primeiros funcionários do Banco do Brasil, agência de Assu) e Mara de Sá Leitão (filha do ex-prefeito do Assu Walter Leitão) que atualmente reside no Estado de Michigan - EUA.

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quinta-feira, 30 de julho de 2009

PERMANÊNCIA DE EZEQUIEL

Os espiritualistas de todas as correntes religiosas ocidentais falam-nos de uma segunda vida, cujo portal de saída da vida terrena - a morte - seria a de entrada para aquela outra.

Seja como for, aqui ou lá, Ezequiel Epaminondas da Fonseca Filho, que há mais de um ano (15.01.87) transpôs esses umbrais, deixou em sua cidade e em sua gente, uma tradição de fecunda humanidade e filantropia que hão de contemplá-lo, onde estiver, de felicidade permanente.

Pela palavra de um pregador católico, na homila de um morto, ouvi que só os que não têm fé se atemorizam com a morte física. Não sei, por sentimento de quem perdeu pai, mãe, esposa, irmãos e amigos queridos (Melé, a Vara, César, Oldanir) que uma morte e indesejável e temida pelas pessoas de inteligência mais ou menos desenvolvida - a morte que vem pelo esquecimento.

Sem memória o morto não sobrevive para a família, nem para os amigos, muito menos para a humanidade, tão entre si ligada por problemas comuns à salvação e tão extranhamente separada quando os povos se avaliam e se confrontam como nações.

Ezequiel Fonseca Filho eu conheci desde menino (parece que nasci por suas mãos de parteiro) e depois, na política, militei em suas campanhas como orador de comícios que faziamos pelo Vale do Assu. Para mim ele só deixou a marca de ter sido servidor do seu povo, como médico, examinando, tratando, fazendo curativos, atendendo chamados, tudo num mundo subdesenvolvido do interior do Rio Grande do Norte, como era exigido de um profissional de sua sabedoria e conceito.

Aprendi a querer bem a esse homem que cumpriu quase um século de existência continuamente jovem e bem humorado. Uns dois meses antes que sua alma transparente atravesse o patamar de uma nova dimensão, me procurou em casa, aqui em Natal, para conversarmos literatura e sobre seu projeto de editar um novo livro, desta vez sobre glosadores assuenses. Antes me confiara o acompanhamento da edição do seu "Poetas e Boêmios do Assu", que é um registro crítico importantíssimo para a história cultural do Estado.

Aos 92 anos alguém fazer projeto de publicar livro, como se estivesse começando uma carreira de escritor, é um fenômeno para mim fantástico. E ele, lúcido, conversando com a humildade que nem todo aprendiz de escritor tem, mostrava-se um exemplo de vida plena e vigor mental de quem sonha e ama realizar os seus sonhos.

Não vou esquecê-lo nunca, porque sei que é difícil, hoje, encontrar uma alma tão boa como a dele, e porque sei que ele me amava como a um filho.

A sua morte não pode ser como a daqueles que morrem anonimamente. Sua existência não pode ser igualada à daqueles que fizeram um papel de transitoriedade em nosso Planeta.

Ele não veio para preencher um tempo, mas para ascese que se completa na eternidade.

Celso da Silveira
(Tribuna do Vale do Assu, 4.6.1988)

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quarta-feira, 29 de julho de 2009

"COLETIVO POTIGUAR"

Clique na imagem.

"A exposição "Coletivo Potiguar - Imagens da Esquina do Brasil" será aberta em Brasília na próxima quinta feira, 30 de julho. A mostra será nas Galerias Ticcola I e II da Caixa Cultural da capital do país e conta com a participação de nove fotógrafos, incluindo o meu trabalho. Patrocinada pela Caixa, a exposição já passou por São Paulo, onde permaneceu por 45 dias. Nas imagens, destaque de minha foto no plantel UOL. Ricardo Junqueira, curador da mostra sendo entrevistado pela TV Cultura, e um detalhe da Galeria da Caixa da Sé, na capital paulista. Em Brasília a mostra vai até o dia 31 de agosto, devendo em seguida ser levada para o Rio de Janeiro."

Jean Lopes

GRANJA (FUTEBOL DE SALÃO)

Granja era um clube de futebol (de salão e de campo), fundado no começo dos anos setenta. Na fotografia (arquivo da Rádio Princesa do Vale), vejamos Naninho, Arimatéia (hoje conceituado médico em Assu), Galêgo de Selé ou Chiaba como é também alcunhado, Losa (atualmente reside em Natal, trabalhando na operadora de telefonia Oi, desde os tempos da Telern) e Cão.

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CANÇÃO DA TERRA DOS CARNAUBAIS

Minha terra tem poetas
de inspirações magistrais,
nascidos ao farfalhar
dos verdes carnaubais.
Minha terra floresceu
às margens do rio Assú,
e deu filhos que lutaram
nos campos de Curuzu.

A minha terra provém
de indígenas e portugueses,
e traz, no sangue, também,
o sangue dos holandeses.
Se os seus filhos, quando nascem,
talento não denunciam,
Morrem na infância primeira,
porque asnos lá não se criam.

Muitos deles, quando querem
dar asas à inspiração,
emigram para outras plagas,
como aves de arribação.
E, mesmo sentindo dalí,
vem cantar seus amores
às margens do Potengi.

E olhar de perto a praieira
da canção de Otoniel,
de olhos ternos, cismadores,
lábios doces como mel,
que ama escutar trovadores,
que tenham vindo de lá,
para dizer-lhe ao ouvido
estrofes de Itajubá.

Minha terra tem história,
poesia e tradição!
E em tempos idos, já foi
a Atenas do meu sertão.
Antigamente, a escola
lá era risonha e franca,
e o negro, banqueteado,
nos salões do amplo sobrado
do Barão de Serra Branca.

Teve seu berço no Assu,
Luiz Carlos Lins Wanderley,
que, médicin, malgré tout,
era poeta de lei.
E os Soares e Amorins,
Macêdos, Caldas e Lins,
e outras mais, que ainda há,
- os quais, logo que nasceram,
inspiração receberam
nas águas de poassá.

Na poesia popular,
houve Moisés Sesiom,
que, semelhante a Bocage,
glosava no melhor tom.
E não se deve esquecer
João Celso e Palmério Filho,
que, na tribuna e na imprensa,
pontificaram com brilho.

Deus te salve, terra amada,
berço dos meus ancestrais!
Eu morreria de mágoa
se não te revisse mais.
Se não pudesse beijar-te,
escutando o farfalhar
dos verdes carnaubais.
(Rômulo Wanderley - 1910 - 1972 - poeta potiguar do Assu).

segunda-feira, 27 de julho de 2009

FREI DAMIÃO NO ASSU

Frei Damião quando da sua primeira visita a cidade de Assu, em 1974, trazido por Walter Leitão quando prefeito da terra assuense. Na fotografia, direita para esquerda vejamos (?), Zélia Tavares (?), Frei Damião, Evangelina Tavares de Sá Leitão (na época primeira dama daquele município) Vera Bezerra (Verinha), (?), Amaro Sena, (?). Aquele capuchinho foi hóspede da Casa Paroquial, bem como a sua permanência e a programação religiosa que ocorreu num palanque armado em frente a igreja de São João Batista, durou aproximadamente dez dias.

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ASSU ANTIGO

No fundo da fotografia a esquerda vejamos a Casa de Caridade totalmente reformada, onde hoje funciona o IPI - Instituto Padre Ibiana. Ibiapina foi o fundador daquela da dita Casa de Caridade. A outra casa no fundo da foto a sua direita foi demolida para dar lugar a agência do Banco do Brasil, de Assu. Clique na fotografia para melhor visualisar.

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sábado, 25 de julho de 2009

POESIA

Agrupadas, ou aqui e ali dispersas,
Ostentando riquezas vegetais,
Nas áreas varzeanas tem diversas
Pisagens lindas de carnaubais.

Erguidas para o alto, fortes, tersas,
Positivas, autênticas, reias.
Têm as carnaubeiras sempre imersas
Raízes puras e medicinais.

No fabrico do pó sustenta o pobre,
Depois de ressecada a palha cobre
As construções da rústica choupana.

E no árduo lidar Deus a acompamha,
Na sua convivência o homem ganha
Lições de apego à atividade humana.

Francisco Amorim

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

TIRADAS DE WALTER LEITÃO

1 - Certo amigo de Walter, já com seus cinco anos de casado, confessou a ele que sua mulher não tinha geito para engravidar. Meses depois aquele amigo apareceu com a surpresa, feliz da vida, dizendo assim: "Compadre Walter, num é que minha mulher engravidou, rapaz!" E Walter que tinha sempre a resposta na ponta da língua, soltou essa: "E você desconfia de quem?"
2 - Na hora do café da manhã, pediu a sua empregadar alguns ovos para comer. Aquela doméstica indagou ao patrão: "Seu" Walter, como é que o senhor quer os ovos?" Walter não deixou para depois, dizendo assim: "pendurados!"
3 - Certa senhora em dias de parir, dirigu-se ao gabinete de Walter na prefeitura (naquela época ele era o prefeito do Assu) para pedir a ele uma ajuda para o seu parto que seria sesariano. E o irreverente Walter saiu-se com essa: "Comadre, você para secar a barriga vem me pedir ajuda, agora, para encher você não me procurou!"
4 - Walter além de agropecuarista era contabilista de profissão. No seu escritório, escrevendo uma carta, um certo amigo (afamado curioso da cidade de Assu) observava o que ele escrevia na máquina de datilografia. Irritado com aquele comportamento do amigo, Walter começou a escrever, dizendo assim: "Esse que está atrás de mim é um corno, 'fresco' e filho da p...!"

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terça-feira, 21 de julho de 2009

LOGOMARCAS OFICIAIS - ADMINISTRAÇÕES DO ASSU

Administração Ronaldo Soares (2000 - 04)
Administração Ronaldo Soares (2005 - 08).
Administração Ivan Lopes Junior (2009 -).

domingo, 19 de julho de 2009

ASSU DE IRMÂ LINDALVA

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CASA DE CARIDADE

Onde hoje está assentado o IPI - Instituto Padre Ibiapiana, era uma antiga casa denominada Casa de Caridade. Instituição que segundo alguns historiadores potiguares, fazia inveja a Natal que não tinha uma igual. O seu fundador foi o padre Ibiapina que, segundo a professora e poeta assuense Sinhazinha Wanderley, diz que "no local do Instituto existiu uma casa já muito antiga e que foi mandada edificar pelo padre Ibiapina. Contava-se destre padre que estivera a morrer num naufrágio e ao passar por Macau fizera voto de fundar uma Casa de de Caridade no primeiro lugar a que chegasse. E foi o Assu justamente esse lugar. Dita casa de Caridade tinha como superiora Irmã Tereza e as Irmãs Leonarda, Dionízia, Felipa, etc. A Casa recebia mocinhas pobres, órfãs, que ali ficavam até a idade do casamento. Ao atingirem essa idade, o Procurador da Casa escolhia um rapaz honesto, bom cristão e trabalhador. Eram os dois levados à sala nas presenças do Procurador e da Superiora e, se os dois se agradavam, o casamento era feito às expensas da Casa... A Casa recebia doentes, cadáveres, que amortalhavam, deixando-os à noite na Capela, velados por duas recolhidas que o faziam com muito medo. A Casa dava ensinamentos de flores, labirintos e bordados... "
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PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...