quarta-feira, 5 de agosto de 2009
LEMBRANDO NAVARRO
Adão foi feito de barro...
Mas, você Newton Navarro,
foi feito da inspiração,
do Céu, dos ninhos, das flores,
de todos os esplendores
do luar do meu sertão.
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POESIA MATUTA
Home qui larga a muié,
Pra vivê c´uma sugeita;
Ou esse cabra num presta,
Ou antonse é coisa feita.
Home qui vévi sirrindo,
E diz qui nunca chorô;
Ou esse cão tá mintindo,
Ou pur outra nunca amô.
Home, qui deixa a muié,
In casa, e vai passiá...
O fim dele tem qui sê:
No sumitéro, ou hospitá.
Home qui anda inlordado,
Sem tê uma ocupação.
No mundo so pode sê:
Ou jogadô, ou ladrão.
O freguez da fala fina,
Qui num gosta de muié!
Vamo atraz qui essa péste!
Tem um defeito quarqué.
Renato Caldas
domingo, 2 de agosto de 2009
LOGOMARCA
NOTA
"Meu José Virou Poesia", é mais um livro que enriquece as letras assuenses. A autora daquele volume é a poetisa Ester Morais (a sua direita), que pousa na fotografia ao lado da sua irmã Secretária de Estado Fátima Morais. Conheci e convivi com o personagem deste livro chamado José Martins de Morais. Ele foi enfermeiro no Assu, proprietária de farmácia em Carnaubais. Zé enfermeiro como era mais conhecido foi candidato a verador de Assu, salvo engano, nas eleições de 1976 ou 1982. Era frequentador na década de oitenta do chamdao 'Senado' (batentes da prefeitura do Assu), quando era bem frequentado pelos formadores de opiniões da política assuense, que se reuniam todas as noites naquele local para uma boa prosa, cada um defedendo o seu chefe político que eram muitas vezes satirizados por cada um dos dos seus adversáros. Afinal, fica o registro e os parabéns deste blog (que tem o sentido de divulgar o passado e o presente da história literária, econômica, social e política - sem politicagem- da terra assuense) a mais nova escritora do Assu.
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POESIA
Eu venho de uma montanha, Tânia.
De uma montanha de fogo e de sombras,
De fogo como o sol e de sombras como a noite.
Venho de um vale, Tânia.
Um vale com mil flores brilhantes,
E todas estas flores eram tuas.
Venho de uma floresta, Tânia.
Uma floresta com apenas um pássaro.
Um pássaro azul como as águas do rio.
Venho de um lago também azul, Tânia.
Um lago tranquilo e sem rumores,
Com cisnes brancos, cisnes selvagens,
Selvagens como meu amor.
Eu venho do mar, Tânia.
Um mar sem praias e sem gaivotas,
Com uma ilha de carne,
E com o sangue de uma estrela.
Venho do deserto quente, Tânia.
Um deserto com ventos de areia,
E com monumentos que são sepulcros,
Onde enterro a minha solidão.
Walflan de Queiroz - 1930-1995 (poeta potiguar).
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GILBERTO AVELINO
Aos ventos da foz do rio Açu erguida,
e tendo o nome do seu sesmeiro
Manuel Gonçalves, resistia a ilha -
flor sangrando em meio às marés
altas de sizígia. O mar vinha em espumas
de fogo, e levava, em velozes carrocéis,
pedaço por pedaço do seu chão salgado,
e ante o qual, por amplo tempo, brando
cantara. Luminosas cicatrizes refloresciam
na carne dos seus pacíficos moradores
(pescadores e salineiros). E lhes doía
a última visão - sol em sossego do poente,
que se apagava das casas e pequenas ruas,
onde ressoavam ainda os seus longos
passos. O mar, incandescendo-se de azuis,
a ilha escondeu entre ondas
ardentes e porões abissais que construíra.
Em noites de lua de agosto, quando
o mar reveste-se de brancos algodoais,
os pescadores escutam cantos de sino
que vêm da capelinha insepulta,
e identificam a voz -
tão leve, bela e pura,
da virgem da Conceição falando às águas.
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sábado, 1 de agosto de 2009
RAPAZES ASSUENSES DA ANTIGA
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sexta-feira, 31 de julho de 2009
CARNAVAL DO PASSADO
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quinta-feira, 30 de julho de 2009
PERMANÊNCIA DE EZEQUIEL
Seja como for, aqui ou lá, Ezequiel Epaminondas da Fonseca Filho, que há mais de um ano (15.01.87) transpôs esses umbrais, deixou em sua cidade e em sua gente, uma tradição de fecunda humanidade e filantropia que hão de contemplá-lo, onde estiver, de felicidade permanente.
Pela palavra de um pregador católico, na homila de um morto, ouvi que só os que não têm fé se atemorizam com a morte física. Não sei, por sentimento de quem perdeu pai, mãe, esposa, irmãos e amigos queridos (Melé, a Vara, César, Oldanir) que uma morte e indesejável e temida pelas pessoas de inteligência mais ou menos desenvolvida - a morte que vem pelo esquecimento.
Sem memória o morto não sobrevive para a família, nem para os amigos, muito menos para a humanidade, tão entre si ligada por problemas comuns à salvação e tão extranhamente separada quando os povos se avaliam e se confrontam como nações.
Ezequiel Fonseca Filho eu conheci desde menino (parece que nasci por suas mãos de parteiro) e depois, na política, militei em suas campanhas como orador de comícios que faziamos pelo Vale do Assu. Para mim ele só deixou a marca de ter sido servidor do seu povo, como médico, examinando, tratando, fazendo curativos, atendendo chamados, tudo num mundo subdesenvolvido do interior do Rio Grande do Norte, como era exigido de um profissional de sua sabedoria e conceito.
Aprendi a querer bem a esse homem que cumpriu quase um século de existência continuamente jovem e bem humorado. Uns dois meses antes que sua alma transparente atravesse o patamar de uma nova dimensão, me procurou em casa, aqui em Natal, para conversarmos literatura e sobre seu projeto de editar um novo livro, desta vez sobre glosadores assuenses. Antes me confiara o acompanhamento da edição do seu "Poetas e Boêmios do Assu", que é um registro crítico importantíssimo para a história cultural do Estado.
Aos 92 anos alguém fazer projeto de publicar livro, como se estivesse começando uma carreira de escritor, é um fenômeno para mim fantástico. E ele, lúcido, conversando com a humildade que nem todo aprendiz de escritor tem, mostrava-se um exemplo de vida plena e vigor mental de quem sonha e ama realizar os seus sonhos.
Não vou esquecê-lo nunca, porque sei que é difícil, hoje, encontrar uma alma tão boa como a dele, e porque sei que ele me amava como a um filho.
A sua morte não pode ser como a daqueles que morrem anonimamente. Sua existência não pode ser igualada à daqueles que fizeram um papel de transitoriedade em nosso Planeta.
Ele não veio para preencher um tempo, mas para ascese que se completa na eternidade.
Celso da Silveira
(Tribuna do Vale do Assu, 4.6.1988)
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quarta-feira, 29 de julho de 2009
"COLETIVO POTIGUAR"
Jean Lopes
GRANJA (FUTEBOL DE SALÃO)
CANÇÃO DA TERRA DOS CARNAUBAIS
segunda-feira, 27 de julho de 2009
FREI DAMIÃO NO ASSU
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ASSU ANTIGO
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sábado, 25 de julho de 2009
POESIA
Ostentando riquezas vegetais,
Nas áreas varzeanas tem diversas
Pisagens lindas de carnaubais.
Erguidas para o alto, fortes, tersas,
Positivas, autênticas, reias.
Têm as carnaubeiras sempre imersas
Raízes puras e medicinais.
No fabrico do pó sustenta o pobre,
Depois de ressecada a palha cobre
As construções da rústica choupana.
E no árduo lidar Deus a acompamha,
Na sua convivência o homem ganha
Lições de apego à atividade humana.
Francisco Amorim
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quinta-feira, 23 de julho de 2009
TIRADAS DE WALTER LEITÃO
quarta-feira, 22 de julho de 2009
terça-feira, 21 de julho de 2009
domingo, 19 de julho de 2009
CASA DE CARIDADE
PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...
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Um dos princípios que orientam as decisões que tratam de direito do consumidor é a força obrigatória dos contratos (derivada do conceito de ...
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