quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

FIGURAS QUE FIZERAM ESTÓRIAS E HISTÓRIAS NO ASSU

Esquerda para direta: Francisco Ximenes, que era proprietário de um bar popular e aristocrático, instalado num prédio esquina com a Prefeitura Municipal, Franciscao Amorim (Chisquito), que foi prefeito daquele município, além de poeta, escritor, e o poeta matuto Renato Caldas. E por falar em Renato, este versinho para o nosso deleite:

Nenhuma mulher é troço,
Branca ou preta são belas
Lamento porque não posso ,
Ser dono de todas elas.

Em tempo: Foi o primeiro verso que Renato Caldas escreveu, data de 1914 quando ele ainda era adolescente.

Fernando Caldas

RELÍQUIA ESCOLAR DO ASSU



Carteira de estudante do antigo Externato São José (pertencente a Fernando Antonio Caldas autor deste blog), escola particular de Maria da Glória Pessoa (Dona Glorinha) que funcionava na sua própria residência na ciade de Assu (RN). Ela preparava com carinho e zêlo os alunos para o Exame de Admissão para o Curso Ginasial, bem como para o Concurso do Banco do Brasil que se realizava na década de cinquenta e sessenta. Foi minha querida professora naquela escola no ano de 1968 confome documento estudantiu acima que encontrei como bom guardião, revendo velhos alfarrábios. Clique na imagem para uma melhor visualização.

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Fernando "Fanfa" Caldas - 84.99913671

INTRIGA CARNAVALESCA

Por Valério Mesquita, escritor.

01 - Natal boêmia dos anos cinquenta. Natal lírica que se reunia toda no grande ponto. A história é desse tempo. Era carnaval no reinado do inesquecível Severino Galvão, amigo de Luiz de Barros e Roberto Freire. O compositor Dosinho lançava os seus últimos sucessos carnavalescos. E a animação tomava conta da capital que exportava folia. Tanto assim, que os jornais anunciavam a visita do rei Momo, primeiro e único Severino Galvão, à capital do Oeste - Mossoró, levando toda a sua corte. Não podia haver notícia melhor para estreitamento das relações entre Natal e Mossoró, pois andavam tensas por causa das estórias que os maledicentes inventavam com os mossoroenses.
Tudo pronto, transporte providenciado, discurso afiado do monarca nos trinques, parte a caravana real com confete e serpentina. Mas, em todo reino que se preza, sempre há um vilão à espreita que desmancha prazer e ameaça a coroa. O folião de longo curso Roberto Bezerra Freire resolve bagunçar o coreto e a viagem. Irreverente e brincalhão o engenheiro natalense enviou telegramas urgentes a Mossoró para o prefeito e o Delegado de Polícia alertando que "O Rei Momo que está chegando aí é um impostor". "Inclusive", prossegue o teor telegráfico, "ele vai insultar Mossoró urinando Praça Rodolfo Fernandes". Continua: "Trata-se individuo perigoso e todo cuidado é pouco. Saudações Roberto Freire". Ora, o mossoroense habituado, desde a resistência a Lampião, a reagir a provocação, entrou em estado de alerta para não dizer de "sitio. A chegada que se prenunciava triunfante foi tensa e hostil com todo o destacamento local formado para repelir os embusteiros. Detido o ônibus real do soberano Severino Galvão, ante a sua incontida perplexidade, não precisa dizer que a rainha e os súditos permaneceram prisioneiros no coletivo enquanto o rei momo era conduzido à delegacia para dar explicações sobre a inditosa viagem e o telegrama delator. Só depois de muita negociação diplomática foram liberados. Não havia Telern ainda e o discurso real foi transformado em desculpas intermináveis ante o lamentável incidente que abalou as ligações entre os dois povos.

02 - Zé de Papo sempre se dintinguiu como uma figura curiosa e querida de Macaíba. Dentre os afícios que exerceu posso lembrar o de carnavalesco (feiticeiro da tribo de índio do bloco de Zé Batata), músico, garçom, boêmio. gostava de caçar e jogar futebol no velho campo do cemitério de Macaíba, pelo time do Rio Branco. Na atividade esportiva, um fato é lembrado ainda com muito humor. Os calções dos clubes de futebol daquele tempo eram ordinários e não possuíam sunga. Zé de Papo parecia possuir um testículo caído que sempre apresentava ao público sem que ele o percebesse. Nas monobras bruscas, perna levantado, surgiu surpreendentemente o ovo de papo saudando a galera. "Bota pra dentro Zé! Bota pra dentro!", gritava a torcida. Ele pensava que era a bola e respondia para o público que não fazia gol porque ninguem lhe dava oportunidade.

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POESIA

Fernando de Sá Leitão é outro poeta da nova geração do Assu. Da antologia intitulada "Vertentes" (reunião com 25 poetas assuenses), publicizado pela Coleção Assuense, 2002, transcrevo o poema sob o título "Cavalo Selvagem":

Entre a dúvida e o desejo, correm cavalos selvagens,
Instintos e razão,
Que fazer, então?

Entre a dúvida e o desejo,
Há sempre cupidez,
Faces rubras ou palidez,
Boca seca, mãos frias...
Olhares alfinetantes...

Entre a dúvida e o desejo,
Existem o risco da insensatez,
E o momento de lucidez,
Onde os cavalos são domados.


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

BATATA QUE O POVO GOSTA

Essa estória é muito antiga mas vale a pena relembrar. Renato Caldas poeta matuto, boêmio e andarilho (um dos maiores poetas populares do Brasil, falecido em 1991) tomando "umas e outras" pela feira livre da sua terra natal, fora abordado por uma certa vendedora de legumes que, ao vê-lo passar, disse: "Seu Renato ajude-me a vender minha bata que se encontra encalhada". Já era final de feira e aquela senhora ainda não tinha vendido nada da sua mercadoria. Renato pegou um pedacinho de papel e mandou brasa, escrevendo assim:

Batata rainha prata
É dessa que o povo gosta
Um quilo dessa batata
Dá bem 10 quilos de bosta.

"Mas Seu Renato  se eu for divulgar esse versinho não vou vender minha mercadoria!" Ai Renato dobrou a doze, escrevendo noutro pedaço de papel outra trovinha conforme adiante:

Batata, bata doce
Batata que o povo gosta
Um quilo dessa batata
Dá bem 20 quilos de bosta.

domingo, 24 de janeiro de 2010

BRASÃO E ORIGEM DA FAMÍLIA CALDAS

CALDAS

Procedem de D. Garcia Rodrigues de Caldas, rico-homem de pendão e caldeira, natural do Reino das Astúrias, que se diz ser da Casa dos senhores de Caldelas. Tomou partido contra D. Henrique. Conde de Trastamara, nas lutas havidas com seu irmão o Rei de Castela D. Pedro, o Cruel, pelo que quando este foi vencido e aquele, com o nome de Henrique II, subiu ao trono, teve de fugir a sua vingança, vindo para Portugal na companhia de D. Fernão Anes de Lima, seu parente.

Recebeu-se com D. Leonor Sousa de Magalhães, filha de Luis Gonçalves de Sousa e de sua mulher, D. Leonor de Magalhães, senhora que lhe levou em dote as quintas da solda, Camposa e S. Martinho de Vascões, em Coura; e apresentação da igreja de Camposa, na vila dos arcos, e S. Martinho de Vascões; a quinta de Vila Verde e do paço de Coura, na freguesia de Vascões.
Seus filhos continuaram o apelido.

Desta família e das suas armas dizia-se, como informa o Padre Antônio Soares de Albergaria no primeiro terço do século XVII: "De Caldas nem armas nem almas."

As armas que usam os destes apelido são: De prata com cinco ciprestes de verde. Timbre: Um cipreste do escudo.

(Pesquisa do Museu de Ciências Naturais - Horto de Dois Irmãos - Recife - Pernambuco). Pesquisador: Petrônio Machado Cavalcanti.

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POESIA

Angélica Lana de Medeiros já nasceu com a poesia no sangue. Seu pai assuense Diassis Medeiros é poeta da nova geração. É de sua autoria os versos intitulado "Dor (Trova), que transcrevo a seguir:

Uma palavra mal-dita
Uma dor mais fincada
Uma lágrima ferida
Uma vida sofrida...
Ainda chamam-me,
Trova (dor), canta (dor),
Canto, á dor.

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sábado, 23 de janeiro de 2010

CASARÕES


Fotografia: Gean Lopes. Janela da casa da escritora assuense de Lavras (MG) Maria Eugênia Montenegro.

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CARNAUBAIS - ADMINISTRAÇÃO LUIZINHO CAVALCANTE


PENDENCIAS...

Manoel Rodrigues de Melo, poeta, escritor pendencese. Do livro "Chico Cabôclo e Outros Poemas, 1957.

Sob o formoso céu que te cobre e ilumina,
Vives como a cantar uma canção serena...
Desde o bosque ao jardim, do roçado á campina,
Deixas sempre exalar um cheiro que envenena!...

Minha terra! Meu ninho azul, onde a bonina,
Aberta ao rubro sol da tarde, incita pena...
Tenho n1alma e terei mirrada e bem franzina
Uma saudade atroz que maltrata e condena!

Minha terra! Meu berço amado eu te amo tanto,
Que se um dia o estilete agro da Dor vier
Matar-me, servirás de meu repouso santo.

És o templo bendito, onde aprendi primeiro,
Entre o aroma sutil do brando malmequer
A divina canção dolente do vaqueiro.

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Fotografia de Jean Lopes.

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BRASIL DA INDIFERENÇA

*Por João Batista Rufino de Souza

Brasil da corrupção
Uma guerra não vencida
O desemprego, a fome
A renda mal dividida
Trava o combate do filho
Pela batalha da vida

Brasil da desigualdade
Indigência, conflitos sociais
Os pobres sem moradia
Ricos em mansões colossais
Não ver que a justiça divina
Prega por todos iguais

Vou fazer prece aos céus
Pra mudar isso, talvez
Ao invés de fome, violência
Paz, comida sem escassez
E o Brasil não mais seja
Um erro de português.

*Jõão Batista Rufino de Souza é poeta assuense (de São Rafael-RN). Seu livro de estréia intitula-se Contos e Fatos de Um Poeta, 2000.

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

JESSIER QUIRINO NO "FORRÓ DO POTE"

O paraibano Jessier Quirino que no meu entender é um Renato Caldas (poeta matuto assuense) mais aperfeiçoado, é o maior poeta popular do Brasil. No próximo sábado dia 22, as 22 horas apresenta em Natal o seu espetáculo intitulado "Berro Novo", título este que também leva a sua mais recente obra "Berro Novo", enriquecendo mais e mais a literatura popular brasileira. Berro Novo vem como a sua obra de estréia intitulada Paisagens de Interior, acompanhado de um CD com seus causos matutos e canções, com a participação de Domiguinhos, Josildo Sá, Maestro Spock e Xangai. Do seu livro Paisagens de Interior transcrevo o poema seguinte:

Eu já tô com esta idade
Papai beirando os noventa
Louvo pela mocidade
Com vinte, trinta e quarenta
Dizia em tom revoltado:
- Este é um governo safado,
Mas um governo que vem
Perante a lei fundiária
Fará a reforma agrária
E o povo gritando amém!

Feito o bicho oprimido
Sofrendo apuro desgosto
Papai ficou convencido
Que rei morrido é rei posto
No dia da eleição
Papai virou cidadão
Mamãe, cidadã também
Votaram em força contrária
Querendo a reforma agrária
E o povo gritando amém!

A coisa foi piorando
Pro lado dos piorais
E a reforma ficando
Pra trás, pra trás e pra trás
Hoje o poeta Quirino
Diante de um Vivaldino
Não abro nem para um trem
Abordando este problemas
Meto o pau com meus poemas
E o povo gritando amém

A coisa se melhorando
Cheio de mais, mais e mais, mais
E a tal reforma ficando
Pra trás, pra trás e pra trás
Hoje o poeta Quirino
Diante de um vivaldino
Não abro nem para um trem
Abordando este problema
Meto o pau com meus poemas
E o povo gritando amém

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POESIA AMOROSA

Por João Lins Caldas

Na morada dos astros luminosos
Fui astro. Namorado das estrelas,
Desci, cheguei à terra. Entre as donzelas
Estava o meu amor. Ébrio de gosos.

Olhei-te. Amei-te então. Os teus formosos,
Olhos meigos, lembrando estrelas belas,
Eram graça, eram luz. Pelas procelas
Cantava o nome teu. Os amorosos.

Que à terra moram, invejosos, graves,
Me invejam também. Quantos felizes
Que o mundo guarda nos seus longos lastros...

Mas, ó! Deixando a terra e seus entraves,
Diferente de mim, que já maldizes,
Me deixaste buscando o céu dos astros.

Assu, 26.5.1909
(Do livro Poeira do Céu, 2009)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

BARRA PESADA

Por Valério Mesquita, escritor

01) A longa estiagem castigava o Nordeste, lá pelos anos cinquenta. O então deputado Aluízio Alves teve a idéia de mandar preparar em sua cidade natal, um cuscuz de xique-xique, pesando mais ou menos um quilo. Esse era o alimento dos angicanos, como também dos nordestinos castigados duramente pela seca. De posse do cuscuz, Aluízio rumou para o Rio de Janeiro, e, lá no Instituto Bromatológico, a peça foi analisada para se averiguar o teor da vitamínico. A surpresa foi grande. Encontraram na peça alimentar, apenas 0,5 c.c. de H20. Aluízio, dias depois, fez um teco-teco sobrevoar algumas cidades, soltando boletins, mostrando a realidade e em que situaçãoo se digladiavam o povo e o governo. O ferrenho adversário de A.A., Zé Doido, pegando um dos boletins, comentou: "Olha o tamanho do papel que Aluízio manda pra nós... Não dá nem pra limpar o fió-fó..." E completando: "Ele tá certo. O que se come é relativo ao que se...".
02) Um exemplo típico de atrfiamento e escárnio do idioma pátrio aconteceu com o vereador Sadoque Xavante, ao convidar o colega Expedito Bolão para comemorarem juntos as festas de fim de ano, lá pelos idos sessenta. Aproveitando a deixa, o irreverente Expedito sugere o insólito: "A entrada do "anus" a gente festeja lá em casa. Já a festa do "Rei", vai ser na sua, mas deixe que eu mando brasa. Você é meu amigo, e, eu vou com jeito...". Coisas da jurisprudencial irreverência expeditiana.
03) Natal vivia a época da guerra. Os cabarés estavam sempre em alvoroço com a presença marcante de marinheiros - tipo de pessoas com as quais o saudoso Luiz Tavares não simpatizava. Final de tarde, no bairro da Ribeira, o lupanar estava repleto. Luiz, frequentador assíduo, encostou-se no umbral de uma das portas e ficou olhando a farra. Observou um gatinho todo trêmulo de fome comendo as migalhas que caiam da mesa. Depois, o bichano encostou-se na botina de um dos marujos. O militar sentindo-se incomodado, pisou propositadamente na calda, desfechando-lhe um chuite. Após algum tempo, a cena se repetiu. Tudo isso observado por Luiz, que, revoltado com a agressão ao animal decidiu reagior. Pegou o gatinho, acariciou-o e partiu para os marinheiros, colocando-o no centro da mesa. Bateu no ombro do agressor e ameaçou com aquele vozeirão: "Eu digo que você e esse navio é cheio de bons marinheiros se você chutar esse gatinho novamente". Vendo que a barra era pesada o marujo afroxou, diante de Tavares com aquela insustentável leveza de ser.
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SOBRE GERALDO MELO - PPS

O ex-senador Geraldo Melo ao contrário do que foi divulgado ontem através de alguns blogs, deve ser mesmo candidato a deputado federal. Aquele ex-senador entende que por existir uma aliança do PPS (partido presidido no Rio Grande do Norte pelo deputado Vober Junior)  com o PSB, irá conversar com outros partidos. Porém, entende que a tendência do PPS é continuar com a governadora Vilma de Faria no pleito de 2010. Em nota divulgada pelo "Jornal de Hoje", diz Geraldo: "Falo do governo de Iberê. Para você apoiar um candidato agora vai ter que se discutir qual o papel que se espera do nosso partido no governo dele. Então, é claro que abre uma negociação entre nós e o candidato. E o partido, naturalmente, saberá se conduzir nesse processo pelas mãos do nosso presidente".

Em tempo: O autor deste blog (que já foi vereador e presidente da câmara dos vereadores do importante município do Assu) apesar de pleitear uma vaga para se candidatar a deputado federal pelo PPS, apostando no sentimento do povo da região do Vale do Assu, sentimento este já demonstrado nas urnas com a candidatura de Alberto Luiz, do PT (atual vice-prefeito do Assu), que  teve uma expressiva votação naquela região, dentre outros em eleições passadas para câmara federal,  não poderia deixar de externar   a sua admiração pelo ex-senador Geraldo Melo (em quem já votou para o senado da república) pelos seus muitos serviços prestados ao estado potiguar e ao Brasil. Fica o registro.
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PAGAR O BANCO

Absalão era uma das figuras espirituosas de pendências, importante cidade do Vale do Assu. Essa estória não é para denegrir a sua memória, nem a de seus familiares e amigos, absolutamente. Tem apenas o sentido humorístico. Naquela terra pendencense (ele, Absalão, não dava valor a dinheiro e, o que era seu erqa também do povo, um mão aberta) Absalão foi prefeito, salvo engano, nos idos de sessenta ou começo de setenta. Boêmio, mulherengo, amigo leal, cheguei a conhecê-lo nas suas idas ao Assu para jogar cartas (baralho) com Walter de SáLeitão, entre outros amigos. Pois bem, Absalão certa vez fizera um empréstimo agrícola no Banco do Brasil, agência de Assu e, esperando perdão do governo federal como sempre existia naquelas épocas de seca braba ou mesmo de enchentes provocadas pelo rio Piranhas/Assu que corta também aquele município, deixou atrasar aquela operação bancária. Chico Queiroz pessoa muito conhecida na região fora seu avalista e, certa vez recebeu uma cobrança do próprio gerente, para seu constrangimento. Procurou logo Absalão para resolver o problema, dizendo assim ao enconcrá-lo: "Compadre Absalão o empréstimo que você fez no Banco do Brasil e que eu sou o avalista tá vencido, rapaz! Estive lá no banco e o gerente me cobrou". Absalão não perdeu a esportiva: "Compadre Chico você é muito irresponsável. Vá pagar o banco, rapaz!"
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O VALOR DO SEU VOTO

*Por Izaías gomes de Assis

Eu quero meu caro amigo
Neste verso te alertar
Sobre a tal corrupção,
Que pode contaminar
Nos anos das eleições
Querendo te devorar.

É uma coisa do diabo
A tal da corrupção
Ela corrompe a moral
E desgraça o cidadão,
Fazendo uma bandidagem
Controlar nossa nação.

E tudo isso pelo amor
Do maldito e bom dinheiro,
Que infesta a humanidade,
Desgraçando o mundo inteiro,
É um mal do capitalismo,
Que viciou o brasileiro.

Meu caro amigo eleitor
Que é honesto e bom cristão,
Não venda nem troque o voto,
Deus não gosta disso, não,
O anjo Dele te ilumine
Te trazendo educação.

O leitor nem imagina,
Como o voto tem poder,
Ele está nas suas mãos,
Esperando acontecer
Te alerto nesse meu verso
Seu voto faça valer.

Em nosso imenso país,
Onde tem democracia,
O que vale é nosso voto,
Ele tem supremacia,
E se for bem aplicado
Terá grande serventia.

Mas um cabra safadão,
Com uma ação desonesta,
Ele trás corrupção,
Que ao povão ela infesta,
E compra o voto do povo
Com cachaça e muita festa.

Mas a tal corrupção
Tem muitos bons aliados,
Pois não são só os políticos
Que ficam endiabrados
Os eleitores também
Ficam endemoniados.

Quando um safado corrupto,
Ele consegue ganhar
Pessoas da laia dele
Souberam nele votar
Ladrão só ganha eleição
Se outro ladrão lhe apoiar.

O cabra vem comprar votos
Com remédio e botijão,
Com uns litros de cachaça,
Com forró e animação;
Desgraçando todo mundo
Com a tal corrupção.

Compra o voto do paizão
E dos filhinhos também,
Com um saco de cimento
Todo mundo se dá bem
O cabra ganha carisma
E num perde nem pro trem.

O povão fica iludido,
Pois não tem educação,
Totalmente desconhece
O que é ser cidadão
Até quando, nosso Deus,
Sofrerá nossa nação?

Quando um homem que é honesto
Aparece num lugar,
Trazendo suas propostas
Sem votos querer comprar
É xingado de pão duro.
Como é que ele vai ganhar?

Nosso povo é mais corrupto
Que os próprios politiqueiros,
Pois eles são minoria
Porém tem alguns dinheiros,
Que compram as multidões
Enrolando os brasileiros.

Tira um carro do Detran,
E paga uma cirurgia,
Dá mil tijolos a um trouxa,
Já a outro dá uma pia,
Do outro tira o CPF;
Está feita a freguesia.

O cabra que era banguelo,
Já não tá mais desdentado,
Uma menina ala-moça
Seu emprego tá arranjado,
Um bêbo ganhou dez contos,
O dinheiro tá afrouxado.

O eleitor também corrupto,
Ele pensa tá lucrando;
Os cabras corruptores
Esses ficam se gabando,
Pois enganam os otários
E deles ficam mangando.

O eleitor sem consciência,
Devido a politicalha,
Vota em branco, às vezes nulo,
Porém ele também falha,
Além de não ajudar
A eleição ele atrapalha.

Se você votar em branco
Falta-lhe cidadania,
Pois não ter nenhuma escolha,
Isso sim que é covardia,
Se você não participa
Cadê a democracia?

Meu querido camarada,
Que se acha bom eleitor;
Nas próximas eleições
Seja você construtor,
Não vote nesses corruptos
Mostre ao mundo seu valor.

O que eu acho interessante
É que tem gente estudada,
Que passou por bons estudos,
De vida bem sossegada
Se embaraça na política
Ficando contaminada.

Pois quer ter uns privilégios,
E o demo vai lhe enganando
Querendo ser importante
Nossa verba vai gastando
Vira bandido também
E Deus fica observando.

Quando um corrupto ganha
A impunidade é selada,
Pois uma pessoa dessa
Jamis será condenada,
Enquanto estiver por cima
Ninguém não lhe fará nada.

Quem já viu ser condenado
Algum mau parlamentar?
A justiça brasileira,
Só sabe lhe preservar
Também o eleitor corrupto
Que nele soube votar.

Meu caro  amigo  estudante,
Meu amigo professor,
Seja você consciente,
Um verdadeiro eleitor,
Nosso Brasil custa caro
Pois seu voto tem valor.

Essas minhas reflexos
São anotações diárias
Se eu pudesse mandaria
Xerocópias fazer várias
Dessas minhas conclusões
Que são todas necessárias.

Não cito nome de gente
Neste cordel popular,
Pois essa é a minha arma
Que manejo e sei usar,
E você que é consciente
Também pode me ajudar.

Cópias deste folheto,
Tire corra e distribua,
Nas praças, nas avenidas,
Na escola e na rua,
Vamos falar a verdade
A VERDADE NUA E CRUA.

Um abraço para todos
Pra todo bom cidadão,
Que nunca vendeu o voto,
Que tem ele educação,
Que ele orgulha de ser
Construtor desta nação.

Esse cordel cidadão
Faça favor de emprestar
Pro colega e pro patrão,
Pra quem você encontrar,
Aprenda ser cidadão
O brasil vai acordar.

Abraços para os leitores,
Té mesmo pra quem não fez
O dever de cidadão,
Mas fará bem desta vez;
Izaías se despede
Um abraço pra vocês.

*Izaias Gomes de Assis é poeta cordelista potiguar.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

ASSU ANTIGO


SOLON WANDERLEY

Solon Wanderley era proprietário da famosa Padaria Santa Cruz, junto com seu irmão Afonso Wanderley. Sua mãe Alice Wanderley era poeta. Solon gostava de produzir trovas jocosas, amorosas, religiosas. Num certo Concurso Internacional de Trovas promovido pelo Clube dos Trovadores do Seridó no começo da década de setenta ele partcipou com a seguinte trovinha classificada em sétimo lugar que diz assim:

Das mil estradas da vida,
Por uma Jesus desceu.
Quero galgar-lhe a subida...
Pobre mortal! Quem sou eu?

MANOEL CALIXTO CHEIO DE GRAÇA E quem não se lembra de Manoel Calixto Dantas também chamado de "Manoel do Lanche?" Era um dos nosso...