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Fernando "Fanfa" Caldas - 84.99913671
quinta-feira, 18 de março de 2010
JEITOS PRA TUDO
Por Valério Mesquita, escritor, da Academia Norte-Riograndense de Letras
O1) José Melo, pecuarista em Santana do Matos, é sogro de Nilo Soares, pessoas conhecida e bem relacionada em Natal. Acometido de problemas prostáticos, Zé Melo não pode evitar a temida cirurgia. Hospitalizou-se e no dia da operação submeteu-se com a enfermeira designada ao asseio pré-opeatório. Sentindo mãos femeninas roçar as partes genitais começou de pronto uma ereção espontânea que não o constrangeu. Olhou para a enfermeira meio encabulado e comentou: "Minha filha pode deixar de fazer isso que ele se põe em pé sozinho".
02) Nos anos de chumbo, Josemar Azevedo, ex-presidente da Caern, esteve detido como preso político no Regimento de Obuses (R.O) em Natal. Com ele, também Zé Gago de Mossoró, companheiro de cela. Zé Gago era lider sindical dos ferroviários na sua região. O tempo passou e com ele a anistia ampla, geral e irrestrita. Josemar concluiu o seu curso de engenharia e se tornou agropecuarista. Zé Gago, por sua vez, voltou a Mossoró. Um dia, soube que o doutor Josemar era o presidente da Caern e resolveu visitá-lo. Na recepção cumprimentou a secretária: "Bom, bom, bom dia! Dotô, Jo, Jo, Josemar está?". "Quem é o senhor?", indaga a burocrata oficial. "Sou, sou, co, co, colega dele". "Ah!, o senhor é engenheiro?", quis saber mais a funcionária. "Não. Co, co, colega de cadeia", respondeu Zé Gago.
03) Essa é mais antiga. Américo Soares de Macedo, assuense, radicado na região, aliou-se ao famoso general Plácido de Castro, um dos heróis da anexação do Acre ao Brasil. Tempo depois, passadas as refregas, veio morar em Natal com o filho Lucas (Luiz Soares de Macedo). Américo, ao longo da vida, foi forjado nas pelejas e a tranquilidade de Natal lhe afetou, deprimindo-o depressa até a esclerose. Passou a residir num quarto solitariamente onde recebia os cuidados diários do filho. Certo dia, saiu nu do seu compartimento e, em pé, chamou o filho em voz alta: "Luís, Luís vem cá. Vem ver que te fez e hoje não vale mais nada".
04) Recém formado em medicina pela Faculdade do Recife, no ramo da psiquiatria, foi clinicar em Mossoró o doutor Alcimar Torquato de Almeida, ex-deputado e ex-presidente da Assembléia Legislativa. Jovem, chamoso, cabelos longos dos anos setenta, tornou-se o médico preferido de todos. Certo dia, um rapaz o procurou no consultório em busca de socorro. "Doutor, eu vivo um problema existencial muito grave. Só o senhor pode me curar". "Qual é o problema?", indaga o psiquiatra. "Eu sou homosexual e não quero aqui em Mossoró que o meu pai saiba. Seria a maior vegonha para ele, a família e para mim também", contou o desesperado paciente. "Não há como você reprimir esses impulsos"?, interrogou Alcimar. "Doutor, é coisa que não posso evitar. Já faço isso há muito tempo. É da minha natureza". "Então", disse o médico, "como não há jeito na medicina, só tem uma saída: T'áqui o dinheiro da passagem, vá para São Paulo dar o cedenho longe do seu pai".
05) Achei, nos porões da memória, uma faceta litúrgica do inequecível vigário de Macaíba Antonio de Melo Chacon, que aainda não havia narrado. O fato está registrado nos albores dos anos cinquenta quando ainda estudava catecismo com, D. Paulina, na rua da igreja. Vi e ouvi, na bancada dos inocentes da cruzada eucarística da paróquia local, sob a batuta de D. Lila, que hoje reside em Natal, uma conclamação, no mínimo, estapafúrdia. Aos domingos, por ocasião da santa missa matutina, o padre Chacon lia em voz alta e incisiva os "proclamas" dos casamentos do mês, assim se expressando, ao final: "Quem souber, de algum impedimento calúnico, que torne nulas as celebrações matrimoniais deste fim de mês, que denuncie, sob pena de pecado mortal não se manifestar". Nos casamentos que assisti ou ouvi falar, ao longo desses quase sessenta anos, ninguém ousou asssumir a carapuça. Mas, hoje em dia, não é aconselhável proclamar tão claro e alto como falava o padre Chacon. Os papeis podem e devem correr em silêncio, porque o mundo deu um tombo...
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segunda-feira, 15 de março de 2010
A VOLTA DA VENTANIA DE SHAKESPEARE EM COMEMORAÇÃO AO DIA NACIONAL DA POESIA
O músico Zelito Coringa e o pessoal do Tarará se apresentaram ontem na abertura do Corredor Cultura da Cidade de Mossoró em comemoração ao Dia Nacional da Poesia - O recital poético A Ventania de Shekepeare, depois do gande sucesso que fez em junho de 2009, volta ao Memorial da Resistência, dessa vez com três apresentações seguidas, sempre as sextas feira. Dias 18 e 25 serão as últimas apresentações.
Trechos da abertura do recital:
Na sonora da Rádio Rural
De Carnaubais eu viajei
Pro chão deste cafesal
Pra vê Shekespeare
E Elizeu Ventania
Presentes no recital
Espero que Mossoró
Não pense que sou lampíão
Por ser cego e cangaceiro
E trazeer arma na mão
Eu Zelito Coringa
Na corda do violão
Tarará o pessoal
Recita o seu mestre inglês
Com muita simplicidade
Em linguagem matutês
As canções da cantoria
Versos a dramaturgia
Pro coração de vocês.
(Do blog Falando de Saberes)
sábado, 13 de março de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
COQUEIROS COM 3 CAULES - Inédito no Brasil
Em Carnaubais, no estado do Rio Grande do Norte, no jardim de uma residência, localizamos um coqueiro com 3 caules, todos os 3 frutificando, como se vê nas fotos anexas. Desafiamos que haja outro idêntico no Basil e quiçá no mundo.
POLÍTICOS EM CONFRATERNIZAÇÃO
Diz o ex-senador Geraldo Melo (de minha admiração) que para ser político não é necessário exercer cargo eletivo. Por isso, me enquadro na condição de polítco ainda da geração de 1982 quando me elegi vereador do Assu, importante município potiguar. Quero deixar claro que este blog não é político, porém os poucos comentários políticos que aqui posto é com imparcialiade, sem denegrir a imagem de ninguém. É do meu comportamento. Nunca fui contrário nem adversário radical de ninguém, nem nunca vou ser. Sou político com vocação pública, com experiência política e espírito público, com amor telúrico.
Na fotografia, esquerda para direita: O ex-veredor e pré-candidato a deputado federal pelo PPS Fernando Caldas (Fanfa), o blogueiro e pré-candidato a deputado estadual pelo PHS Juscelino França (que transcreve os meus artigos sobre o Assu e região para o seu blog), deputado federal Betinho Rosado, ex-prefeito do Assu José Maria Macedo (Zebra) e Carlinhos Bezerra vereador do Assu por várias legislaturas com quem tenho o prazer de gozar da sua amizade. Fica o registro.
Fernando Caldas (Fanfa).
quinta-feira, 11 de março de 2010
CANTORIA NO SERTÃO
Alípio Tavares e Manoel Calixto, dois cantadores de viola, repentista, respeitado em todo o Nordeste brasileiro. Pois bem, certa vez, convidados que foram para se apresentarem numa certa fazenda do sertão potiguar e, ao se despedirem, disseram::
Mãe e filho, avô e pai.
Adeus quem fica e quem vai,
Adeus quem ama e quem voa.
Bote, paquete e canoa,
Batente, degrau e descida,
Leite, café e comida
Mel, açúcar, rapadura,
Manteiga, nata e gordura,
Um adeus por despedida.
Adeus bendita chegada,
Hora em que me aproximei,
Cadeira em que me sentei,
Adeus bela madrugada,
Adeus copo, adeus bebida,
Adeus garapa fervida,
Caneco, litro. garrafa,
Cabelo, pente, marrafa,
Tudo adeus por despedida.
Caibro, linha, ripa e telha,
Sala, salão, corredor,
Corda, rede e armador,
Cabra, cabrito e ovelha,
Cortiço, mel e abelha,
Achada, oculta e perdida,
Tristonha, alegre e sentida,
Lâmpada, farol, luz acesa,
Tamborete, cama e mesa.
Machado, foice e facão,
Cangalha, selim e sela,
Rabicho, cilha e fivela,
Sacola, saco e surraõ,
Cortadeira e cabeção,
Cobertor para dormida,
Preguiçosa bem polida,
Meia, lenço, guardanapo,
Alpercata de chulapo,
Tudo adeus por despedida.
Armário, porta e toalha,
Porta-chapéu, guarda-roupa,
Caldeirão de fazer sopa,
Máquina, tesoura, navalha,
Rosário, terço e medalha,
Novena de Santa Guida,
Santa Maria e Margarida,
Santo Antônio e São Tomé,
Jesus, Maria e José,
Tudo adeus por despedia.
Porta, portal e janela,
Batente, trave, soleira,
Jarra, pote e cantadeira,
Ferrolho com tramela,
Bacia, tina e gamela,
Balança, peso e medida,
Magra, gorda, moça e velha,
Trempe, brasa, espeto e grelha,
Tudo adeus por despedida.
Pilão de pilar café,
Moinho, bule, chaleira,
Prato, pires, manteigueira,
Fogo, fogão, chaminé,
Caixa de guardar rapé,
Cozinha bem prevenida,
Camarote pra dormida,
Pilão de pisar tempero,
Colher, concha, açucareiro,
Tudo adeus por despedida.
Martelo, abano e peneira,
Arupema, leque, cesto,
Caçarola, tampa e testo,
Prato, colher, manteigueira,
Xícara, bandeja e salseira,
Escova nova e servida,
Prateleira repartida,
Campinadeira, enxadeco,
Botijão, quarta e caneco,
Tudo adeus por despedida.
Cabresto e corda de laço,
Alpendre, forquilha, esteio,
Espora, rebenque e freio,
Régua, serrote e compasso,
Borracha, cantil, cabaço,
Vassoura e casa varrida,
Agulha curta e comprida,
Caçoá com garajau,
Guarda-chuva com jirau,
Tudo adeus por despedida.
LOURENÇO, O SERTANEJO
O título acima é do livro da escritora assuense Maria Eugênia Montenegro. Um romance cujo personagem principal é o abastardo fazendeiro dos sertões do Assu Epifânio Barbosa falecido, salvo engano, no começo da década de setenta, encarnado em Lourenço. Vamos conferir para o nosso deleite, o primeiro capítulo do referenciado livro, transcrito adiante:
"Na aridez das caatingas, Lourenço viu-se jogado no mundo. De estatura mediana, saudável, inteligente, rosto largo e moreno, era figura popular no Vale do Açu, a rica região onde as carnaubeiras, com seus leques entreabertos, emolduram de verde os longínquos horizontes, ao abano constante dos ventos.
Herdara os ancestrais a tenacidade na luta pela vida. Corpo rijo, espírito forte, aceitava com alegria ou sem armagor, tudo o que a vida lhe oferecia em suas variadas contingências.
Ali nascera e se fizera homem. Integrado à terra natal, como os verdes juazeiros, que heroicamente resistem a todos os ventos, Lourenço, ali, possuía raízes como as agigantadas ávores que não poderiam ser transplantadas. Não se aclimataria jamais em qualquer lugar.
Na fazenda do Coronel Moisés, empregara-se no verdor dos anos. De caráter definido, impulsera-se às simpatias do patrão.
Certo dia, o Coronel, homem violento e desconfiado, mandara-o chamar. Na latada de palha de Casa Grande, ao balanço da rede de varandas brancas e de limpeza duvidosa, ordenara-lhe:
- Lourenço, quero que vá pastorear o Compadre João. Ando desconfiado com aquele cabra... está roubando cera no armazém.
- Coronel, o João é incapaz de uma safadeza dessas. Não merece a sua confiança. Que o Patrão me desculpe, mas não posso lhe atender. João é meu amigo. Conheço-o muito bem. Perdoe-me a franqueza.
- Mas, Lourenço, é uma ordem que lhe dou.
- Sim, Patrão, mas antes de obedecer suas ordens, eu obedeço a minha consciência. E ela me diz que eu não vá.
- Moleque atrevido! Ou me obedece ou vai embora. Dou-lhe duas horas para resolver.
- Certo, Patrão; Eu saio. Antes, porém, quero-lhe dizer: está vendo este sol que nasce atrás daquela serra, este sol que nos dá luz e dá calor? Pois ele nasceu pra todos, Coronel. Está vendo, também, este céu azul e bonito, todo pintado de branco? Pois pode servir também de latada para um pobre sertanejo... Esse mundo dá muita volta, Coronel. Um dia podemos nos encontrar. Adeus! Não tenho raiva do senhor. Dê lembranças à Patroa, ao Seu Patrício, ao André...
Altivo, Lourenço saiu batendo o rebenque na calça de couro cru, retinindo esporas. Desamarrou o cabresto do alazão preso à cancela e seguiu esquipando rumo à casa paterna."
SERTÃO
Por Renato Caldas, poeta matuto de Fulô do Mato
Conheço com os olhos, o paladar e pé, o meu sertão. Os meus ouvidos já escutaram os gritos abafados pela fome de uma população flagelada e os arpejos sonoros de uma viola pontilhada; os meus olhos já viram os rios transbordando e já viram também, nos bebedouros esturricados, o gado morrendo de sede! Vi e senti o sertão: povo, solo, clima e paladar do seu trabalho.
Fernando Caldas (Fanfa) - 84.99913671
quarta-feira, 10 de março de 2010
TURISMO POÉTICO DE RENATO CALDAS PELA TERRA POTIGUAR II
IPANGUAÇU, que desfraldas
No tronco velho dos Caldas
A bandeira do civismo,
Luiz Gonzaga morreu,
Porém lutou e venceu
A sanha do comunismo:
CARNAUBAIS, na verdade
Enfrenta a dificuldade
Da seca e da alagação:
Com a mesma indiferença,
Porque o seu povo só pensa
Em lutar pela nação:
Ó minha AUGUSTO SEVERO,
Quanto te adoro e te quero:
Presente que Deus me deu,
Tenho profunda afeição
Por essa nesga de chão,
Onde minha mãe nasceu:
ANGICOS - boa cidade,
Que teve a felicidade
De Zé da penha nascer,
Segundo diz a História,
Morreu coberto de glória
Ao cumprir o seu dever:
Renato Caldas
Postado por Fernando "Fanfa" Caldas
No tronco velho dos Caldas
A bandeira do civismo,
Luiz Gonzaga morreu,
Porém lutou e venceu
A sanha do comunismo:
CARNAUBAIS, na verdade
Enfrenta a dificuldade
Da seca e da alagação:
Com a mesma indiferença,
Porque o seu povo só pensa
Em lutar pela nação:
Ó minha AUGUSTO SEVERO,
Quanto te adoro e te quero:
Presente que Deus me deu,
Tenho profunda afeição
Por essa nesga de chão,
Onde minha mãe nasceu:
ANGICOS - boa cidade,
Que teve a felicidade
De Zé da penha nascer,
Segundo diz a História,
Morreu coberto de glória
Ao cumprir o seu dever:
Renato Caldas
Postado por Fernando "Fanfa" Caldas
CINE TEATRO PEDRO AMORIM, DE ASSU
Que pena! Fundos do prédio onde funcionou duante décadas o Cine Teatro Pedro Amorim.
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Fenando "Fanfa" Caldas
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terça-feira, 9 de março de 2010
POLÍTICOS DO VALE DO ASSU, GERAÇÃO DE 1982
Direita para esquerda: Vereador Fernando Caldas (Fanfa), tabelião aposentado Edmilson da Silva (?), Abelardo Rodrigues (que foi prefeito do progressitas município do Alto do Rodrigues por quatro vezes e o veterano vereador Chicola (também por aquele município) faleciddo há pouco mais de um ano. A fotografia é data de 1984.
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segunda-feira, 8 de março de 2010
MUIÉ
Muié qui larga o marido,
Vale por duas muié...
Quem acha besta sem dono,
Viaja a pé se quizé.
A muié quando é ridicra,
Se esquece qui é casada:
Fica quinem póte dágua
Num dia de vaquejada.
Quando eu vejo uma muié,
Prozista e namoradeira,
Só me lembro de farinha,
Qui a gente compra na feira.
Muié, É quiném cachorro,
Qui péga a gente de furto.
É cavalo comedô, -
Precisa cabresto curto.
Muié que anda sosinha,
Pra tudo quanto é função...
Fica quinem pé de Santo,
In dia de prussição.
Muié, é quinem cachaça,
Qu a gente bebe sabendo,
Mas, adespois de tá bêbo,
Num sabe o que tá fazendo.
- Mas, mesmo assim desse geito,
(Me assensure quem quizé)
Eu num encontro defeito,
Qui desmereça a muié.
Renato Caldas
Vale por duas muié...
Quem acha besta sem dono,
Viaja a pé se quizé.
A muié quando é ridicra,
Se esquece qui é casada:
Fica quinem póte dágua
Num dia de vaquejada.
Quando eu vejo uma muié,
Prozista e namoradeira,
Só me lembro de farinha,
Qui a gente compra na feira.
Muié, É quiném cachorro,
Qui péga a gente de furto.
É cavalo comedô, -
Precisa cabresto curto.
Muié que anda sosinha,
Pra tudo quanto é função...
Fica quinem pé de Santo,
In dia de prussição.
Muié, é quinem cachaça,
Qu a gente bebe sabendo,
Mas, adespois de tá bêbo,
Num sabe o que tá fazendo.
- Mas, mesmo assim desse geito,
(Me assensure quem quizé)
Eu num encontro defeito,
Qui desmereça a muié.
Renato Caldas
NATAL
Imagem da Tribuna do Norte.
Natal, Cidade do Sol, amanheceu hoje mais quente do que nunca. Quem está sem fazer nada a auternativa é ir a praia tomar uma "geladinha" que ninguém é de ferro.
Natal, Cidade do Sol, amanheceu hoje mais quente do que nunca. Quem está sem fazer nada a auternativa é ir a praia tomar uma "geladinha" que ninguém é de ferro.
PELO DIA INTERNACIONAL DA MULHER
As estrelas e as mulheres/ Simbolizam, com ternura,/ O que de belo fulgura/ Nas alegrias dos seres.
João Lins Caldas
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João Lins Caldas
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PELO DIA INTERNACIONAL DA MULHER
MODESTA
Ela ia ao baile. E o seu colar mais fino
Sobre a neve sutil de seus vestidos
Fazia ressoar a seus ouvidos
Este grito gentil: " - Corpo divino! - "
E o cinto leve, lirial, fransino,
Mordendo-lhe os contornos tão queridos,
Dizia no seu todo ver perdidos
Mundos de aroma, sonhar azulino...
Tudo a cercando era orgulhoso dela.
Pois, vendo a sombra de seu vulto nobre,
Um espelho lhe disse: " - És a mais bela! - "
E no entanto, meu Deus, foi tão modesta
Que apesar de ser rica e ver-me pobre
Fui a criatura a quem sorriu na festa.
João Lins Caldas
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Ela ia ao baile. E o seu colar mais fino
Sobre a neve sutil de seus vestidos
Fazia ressoar a seus ouvidos
Este grito gentil: " - Corpo divino! - "
E o cinto leve, lirial, fransino,
Mordendo-lhe os contornos tão queridos,
Dizia no seu todo ver perdidos
Mundos de aroma, sonhar azulino...
Tudo a cercando era orgulhoso dela.
Pois, vendo a sombra de seu vulto nobre,
Um espelho lhe disse: " - És a mais bela! - "
E no entanto, meu Deus, foi tão modesta
Que apesar de ser rica e ver-me pobre
Fui a criatura a quem sorriu na festa.
João Lins Caldas
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domingo, 7 de março de 2010
UM SONETO DE JOÃO LINS CALDAS
DEVOTA
Laura vai à missa. Andam alegrias
Por todo livro de orações formoso...
Segue-a contente um mundo majestoso
De crenças boas e de sinfonias...
Entra na igreja. Os santos que a reparam
Estremecem de amor pelos altares
A festa canta pelos bons olhares,
Por todos cantos os devotos param...
Jesus, chagado, ao repará-la, ao vê-la,
Para ser livre à tentação que sente,
Volta-lhe as costas com um furor pungente
Julgando ainda pelos olhos tê-la...
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