sábado, 19 de fevereiro de 2011

ADONIAS, O BOM COMPANHEIRO

Adonias Bezerra de Araújo [1930-2011] era tipo baixo, andar ligeiro, manso, conselheiro, amigo leal, decidido. Conheci aquela figura no começo dos anos setenta (mas eu já tinha notícia de sua existência), quando ele chegou à minha querida cidade de Açu para fixar residência, procedente, salvo engano, do interior do Paraná, para onde regressou nos idos de sessenta. No Açu chegando em companhia de sua mulher Maria, além de seis filhos (com os quais gozo ainda de boa amizade), nomeado Coletor da Fazenda Estadual. Antes, porém teria percorrido o Vale do Assu adentro junto com Dom Eliseu (Bispo da Diocese de Mossoró) de quem era secretário e com quem conviveu grande parte de sua vida. 

Logo que chegou na terra açuense, além dos seus serviços na qualidade de funcionário público estadual, prestou serviços educacionais, dirigindo o importante Ginásio Pedro Amorim [da CNEG]. Ele foi diretor naquele educandário ainda no começo da minha juventude, nos meus tempos de estudante, se não me falha a memória, em 1973.

Não foi difícil para ele e seus familiares se entrosar com as pessoas do Açu, participar ativamente  das reuniões sociais nas calçadas do Largo da Matriz de São João Batista, dos eventos daquela terra  festeira e acolhedora. Ali conviveu com grandes figuras, como o casal Maria Eugênia (escritora imortal da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras) e Nelson Montenegro, dentre outras pessoas. 

Companheiro do Lions Clube daquele lugar, participou também dos movimentos políticos, rurais, cooperativistas, afinal, amou a Açu (como se lá tivesse nascido), terra que lhe acolheu para viver durante mais de vinte anos. Tempos depois com aquela perseverança que lhe era peculiar, já maduro, sexagenário, fez o curso superior no Campus Avançado do Açu, da UERN, e depois já residindo em Natal, formou-se em Direito, pela UFRN.

Adonias nasceu no município de Carapeba, atual Afonso Bezerra, região central potiguar, viveu em Macau-RN, aonde seu pai Venâncio Zacarias com ação marcante na política Norte-rio-grandense, foi prefeito nos velhos tempos da UDN e da ARENA. Pena que ele partiu para o outro lado aos 80 anos de idade com uma lucidez invejável, em plena atividade profissional.

Vai, Adonias, com aquele seu caminhar ligeiro pelas estradas da eternidade, na certeza de que você foi justo, bom filho, bom esposo, bom pai, bom avô, bom amigo, generoso sobretudo. Por isso você não morreu, pois no dizer do poeta,

"morrem os ditadores, morrem os que matam, morrem os que assassinam, morrem os que ferem, morrem os que. maltratam, morrem os que acarretam, morrem os que aguilhoam".

Afinal, dele, Adonias, se tem muito ainda a se contar e dizer. Pena que ele não chegou a publicar o seu  decantado livro do qual me falava tanto, a sua autobiografia.

Descansa em paz, Adonias! Dorme o sono dos justos, dos humanos!

Fernando Caldas

SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO


(Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5, maço 7)

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso (*), de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas. Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres". Não satisfeito tal apetite, o malfadado prior, dormia ainda com um escravo adolescente de nome Joaquim Bento, que o acusou de abusar em seu vaso nefando noites seguidas quando não lá estavam as mulheres. Acusam-lhe ainda dois ajudantes de missa, infantes menores que lhe foram obrigados a servir de pecados orais, completos e nefandos, pelos quais se culpam em defeso de seus vasos intocados, apesar da malícia exigente do malfadado prior.”

Agora vem o melhor:

"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e, em proveito de sua real fazenda, o condena ao degredo em terras de Santa Cruz, para onde segue a viver na vila da Baía de Salvador como colaborador de povoamento português. El-rei ordena ainda guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".

M O T E :

Padre Chico do Troncoso
pelo rei foi perdoado

G L O S A :

Sacana e libidinoso,
com muita porra no saco,
gozava em todo buraco,
Padre Chico do Troncoso!
Era um satanás tinhoso,
adorava um cu cagado...
Comia tudo, o safado,
champrou até Joaquim Bento
- mesmo assim esse nojento
pelo rei foi perdoado!

(*) Trancoso é uma cidade portuguesa, pertencente ao Distrito da Guarda, região Centro e subregião da Beira Interior Norte, com cerca de 3 500 habitantes. Foi elevada a cidade em 9 de Dezembro de 2004. É sede de um município com 364,54 km² de área e 10 889 habitantes (2001), subdividido em 29 freguesias.

Por Laélio Ferreira









sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

ENCANTAMENTOS!

                                                 
Este é Manel,
o  talentoso escultor
que escolheu nossa consagrada cidade
e a Usina emporium
para pouso de sua imaginação.
O capricho e a atenção aos detalhes
são traços marcantes no seu caracter de artista
tratando a madeira, a pedra,
fazendo-as respirar suavemente.
As criações encantam pela harmonia dos entalhes,
criativo ele responde as encomendas
com dedicação e zelo
que fazem de muitos clientes
estimados colecionadores.
Nestes 30 anos de delicada meditação
a fauna e a flora é lúdicamente transformada
em expressiva decoração!


Salve!

(Usina Emporium - Açu-RN - Renato de Melo Medeiros)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

POEMETO


Só na mão da tristeza se demora
Esta alegria que me vem chorando.
Pararei algum dia; e, a quando e quando,
Sobre o meu sonho nascerei aurora.

João Lins Caldas, poeta potiguar do Açu

Postado por Fernando Caldas

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A necessidade de atualização do Código Florestal

José Álvares Vieira Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern)

Surpreendidos pelas tentativas de responsabilizar o projeto do novo Código Florestal e por tabela o agronegócio, que o apóia, pela tragédia na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, os produtores rurais se dirigem à consciência firme e equilibrada do povo brasileiro e ao seu senso de análise.

Certas circunstâncias, porém, dificultam esse senso nos cidadãos brasileiros: o sectarismo ideológico, por exemplo. Nesse caso, em particular, deriva frequentemente para o surrealismo. O agronegócio, responsável pelos sucessivos êxitos do país na balança comercial e um dos segmentos que mais gera emprego e renda, é tratado por alguns como inimigo público número um.

Essa distorção se dá atualmente nas discussões em torno do projeto do novo Código Florestal Brasileiro, que voltará ao debate na Câmara dos Deputados no próximo mês de março.

No retorno dos trabalhos, a velha questão do meio ambiente versus produção agrícola será reeditada. Felizmente, seu relator, o deputado Aldo Rebelo (PC do B - SP), colocou-se acima de interesses, dogmas e mesquinharias, munindo-se das ferramentas da lógica, do bom senso e, sobretudo, do interesse público para legislar.

Não se trata, pois, de um relatório, como alguns quiseram insinuar, ao feitio dos produtores rurais. Estes terão que se adaptar às novas regras e cortar na própria carne. Mas, sem dúvida, concilia visões antagônicas entre produção e equilíbrio ambiental. A discussão e votação desse projeto não pode se reduzir a uma queda de braço entre tendências ideológicas.

E uma informação que muitos pseudo-ambientalistas escondem da opinião pública são os bons números. Um deles é que o Brasil é o 2º país do mundo em cobertura florestal nativa, na frente da Europa (com 0,3%), da América Central (com 9,7%), da África (com 7,8%) e da Ásia (com 5,8%). Uma cobertura que atinge a marca de 70 a 75% de abrangência total. E isso não afetou a produção agrícola nacional, que conseguiu produzir 149 milhões de toneladas de grãos em 2010.

Em recente evento em Brasília, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, informou, com base em dados reais, que as áreas de matas e florestas dentro das propriedades cresceram 72,5% no período de 1960 a 2006, de 57,9 milhões de hectares para 99,9 milhões de hectares. Em igual período, a área dos estabelecimentos agropecuários cresceu 32,1%, de 249,8 milhões de hectares para 329,9 milhões de hectares.

Entre 1960 e 2006, a produção de grãos cresceu 503,01%, de 16,6 milhões de toneladas para 100,1 milhões de toneladas, dados que reforçam o compromisso do produtor rural em investir em tecnologias que garantam o aumento da produção, sem que isso represente mais desmatamento.

O progresso do campo também passa pela conservação do meio ambiente. Acredito que é possível um Brasil economicamente forte, social e ambientalmente unido. A ciência responsável é aliada dos produtores rurais. Ninguém mais do que nós produtores sabemos da importância da conservação de mananciais e florestas.

E ninguém mais do que o produtor rural deseja uma atualização do Código Florestal.

O crescimento da produção agropecuária nacional depende de um quadro de segurança jurídica no campo que envolva a atualização da legislação ambiental e garanta a legalização de 90% da atividade rural desenvolvida no País.

A hora é de bom senso, não de paranóia ideológica.

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Cenas brasileiras

O fotógrafo assuense Jean Lopes acaba de ser anunciado um dos vencedores do concurso de fotos Leica-Fotografe 2010. Sua foto premiada registra um grupo de crianças brincando num muro de um cemitério na zona rural de Assu. Recordista da premiação, ele emplacou seus trabalhos em seis das oito edições realizadas até agora, incluindo dois primeiros lugares, um terceiro e uma menção honrosa.

O concurso Leica-Fotografe é um dos mais prestigiados do país e tem como promotores a Revista Fotografe Melhor - a maior publicação especializada da América Latina - e a Marinho Comércio, representante oficial da famosa marca alemã Leica Camera . O tema é cena brasileira, já que a intenção dos organizadores é valorizar a cultura nacional e a nossa gente: as paisagens, a fauna, a flora, as manifestações folclóricas e religiosas, artísticas, sociais e esportivas. A competição é dividida em três categorias e registra uma média anual de dez mil trabalhos.

O resultado sai oficialmente no começo de março, quando as fotos premiadas serão publicadas numa edição especial de Fotografe melhor.

Para conhecer melhor o trabalho de Jean Lopes, acesse o site do fotógrafo








REQUERIMENTO:


Excelentíssima Senhora Professora Doutora

ISAURA AMÉLIA DE SOUSA ROSADO MAIA,

M.D. Secretária de Estado da Cultura do Rio do Norte.

LAÉLIO FERREIRA DE MELO, in fine firmado, brasileiro, viúvo, natural de Natal, portador da C.I. n. 48.895/RN, CPF 009.301.721-91, residente e domiciliado nesta Capital, serve-se do presente instrumento para, muito respeitosamente, expor e, em seguida, requerer a Vossa Excelência o que abaixo dispõe:

1. A EXPOSIÇÃO

O peticionário é filho do Poeta, Jornalista e Escritor natalense OTHONIEL MENEZES DE MELO, em certa época, considerado o “Príncipe dos Poetas do Rio Grande do Norte”, autor dos versos (letra) - em parceria com o músico Eduardo Medeiros - da “Canção Tradicional da Cidade do Natal”, a muito conhecida “Praieira” (Serenata do Pescador), composta em 1922;

OTHONIEL MENEZES, nascido em 1895, no próximo dia 10 de março, se vivo fosse, completaria 116 (cento e dezesseis) anos de idade. A data, por outro lado, coincide com as comemorações, nesta Capital, do “Dia da Poesia” (14 de março), patrocinadas por essa Secretaria de Estado, com a interveniência da Fundação José Augusto;

O expositor e requerente, há cerca de dois anos, às suas próprias custas, providenciou a feitura de um busto, em bronze, do Poeta (obra do escultor potiguar Eri Medeiros), materializando, desta forma, filial homenagem ao grande norte-rio-grandense, quase esquecido pelas novas gerações;

A obra de arte, todavia, a escultura do bardo, merece – julga o peticionário – local público conveniente para ser erguida, chantada e apreciada pelo povo.

2. O PEDIDO

Isto tudo posto – e na forma dos entendimentos já mantidos com Vossa Excelência -, doa o signatário ao Governo Estadual a obra de que se trata, rogando à Secretaria de Cultura que providencie:

a) a localização da obra no caminho, beira-rio, de acesso à Fortaleza dos Reis Magos – próprio do Estado, tombado pelo Patrimônio da União;

b) possa o busto ficar voltado para o rio Potengi (tão cantado nos versos do vate); e

c) que, no pedestal, em placa própria, além dos mínimos registros da existência de Othoniel Menezes, conste a transcrição da sextilha (“Sertão de Espinho e de Flor”, livro do homenageado):

A glória a que aspiro – a única –
e que há de ser minha túnica,
mais sagrada que a de um rei,
posse intangível, se planta
na alma do povo – que canta
as canções que lhe ensinei!”

Termos em que

Espera e aguarda o deferimento.

Natal-RN, 14 de fevereiro de 2011

(Laélio Ferreira de Melo)



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O GALO DA MADRUGADA



Hino do Galo da Madrugada

Composição: José Mário Chaves

Ei pessoal, vem moçada
Carnaval começa no Galo da Madrugada (BIS)
A manhã já vem surgindo,
O sol clareia a cidade com seus raios de cristal
E o Galo da madrugada, já está na rua, saldando o Carnaval
Ei pessoal...
As donzelas estão dormindo
As cores recebendo o orvalho matinal
E o Galo da Madrugada
Já está na rua, saldando o Carnaval
Ei pessoal...
O Galo também é de briga, as esporas afiadas
E a crista é coral
E o Galo da Madrugada, já está na rua
Saldando o Carnaval
Ei pessoal...

Nota do blog: Estarei sábado de carnal no bairro São José, Centro do Recife, para ver O Galo passar, claro! Ah, se eu me encontrar com Mário Amorim por lá [esse carnavalesco açuense do Recife, bom de copo e de frevo também] vai ser bom demais!

Fernando Caldas

PARA REGISTRAR - ANTIGAS REPORTAGENS SOBRE A BARRAGEM DO AÇU I

REBOLIÇO

Esquerda para direita: Renato Caldas, Ronaldo Soares [?].

A imagem acima é do disco (LP) da música potiguar Jarlene Maria intitulado Reboliço. Reboliço é um notório poema do bardo açuense Renato Caldas que aquela cantora gravou no referenciado LP, sal engano, em 1984. .

Postado por Fernando Caldas

Natal carnavalesca




Natal, sem dúvida, busca resgatar o verdadeiro Carnaval. São vários os grupos que se juntam para tentar reavivar os velhos tempos da alegria descontraída à base do frevo e das marchinhas ingênuas de antigamente.

As prévias, tanto de blocos de rua como os de salão começaram desde o ano passado e no rol delas não está incluído o Carnatal, porque este é um evento baiano que invadiu a cidade há mais de duas décadas em pleno clima natalino.

Mas, podemos citar os “Muitos Carnavais”, o baile dos “Amigos do Tirol”, “Antigos Carnavais”, “Banda da Ribeira”, “Banda dos Manicacas”, “Carnabeco”, “Carnaval do Dotô” e agora chegando o “Carnaval da Saudade dos Amigos do Tirol”, que busca resgatar os velhos bailes de antigamente, quando colombinas e pierrôs namoravam no clima da música Máscara Negra.

Esse sentimento geral de resgatar o antigo clima do Carnaval, também se transportou para os grupos que faziam os blocos de elite de Natal. Quem não se lembra dos carroções transformados em alegorias puxados por trator “assaltando” as casas dos amigos e transportando uma orquestra de frevos?

No ano passado um dos mais tradicionais blocos da cidade, Apaches, reviveu integralmente esse tempo, com muito sucesso. Quando passava na rua enchia de saudade os mais velhos, que viveram esse tempo e chamava a atenção dos mais jovens, que nunca haviam visto nada igual. (LS).

Assembleia

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte abre hoje os trabalhos da 60ª Legislatura. Se multiplicarmos quatro anos de mandato por 60 teremos 240 anos de muitos discursos e produção de Leis.

Gabinetes

Os gabinetes dos deputados estaduais na AL lembram os cubículos dormitórios que existem no Japão usado por executivos que não têm tempo para chegar a casa. Chega a ser ridículo o espaço destinado aos deputados e seus auxiliares.

Reunião

Hoje tem reunião dos Amigos do Tirol, que estão preparando o Carnaval da Saudade que ocorrerá no dia 25, às 19h, com a Banda Anos Sessenta e Orquestra de Frevos do maestro Passinho.

Saudade

Aliás, os Amigos do Tirol abriram a venda de mesas na última sexta-feira, 11, e no início da tarde do sábado, 12, já haviam sido vendidas 47, das 120 disponíveis. Uma prova inequívoca da força da mídia e das articulações do grupo.

Buracão

Existe um buraco profundo na avenida Jaguarari, no sentido sul para o centro, do lado direito de uma calçada alta, entre os cruzamentos com a Bernardo Vieira e Presidente Bandeira, quase chegando numa rotatória, que pode ser causador de danos em rodas e provocar acidentes. Como ninguém da Prefeitura de Natal deva costuma andar por essa avenida, neste sentido, considerando que o buracão sobrevive há muito tempo, deixo neste espaço o pedido: tapem o bicho...

Copa 2014

As conversas em torno da Copa do Mundo de 2014 em Natal estão rareando e ainda existe muito gente (como eu) que ainda duvida da possibilidade da Cidade do Sol ser uma das sedes do evento.

Piada

O brasileiro e especialmente os norteriograndenses fazem piada sobre tudo, até da própria desgraça. Não é a toa que neste sábado, num reduto etílico-cultural um Mossoroense dizia: “Mossoró não ter praia, mas tem beira-mar”.

Postado por LEONARDO SODRÉ 

BECOPRESS

O AR TAFUL E O SUBSTANTIVO DICIONARIZADO QUE VEIO DE SÃO PAULO


Hoje, quando ele aí vai, de áloe [aloés] e cardamomo / Na cabeça, com ar taful, / Dizem que ensandeceu” (Machado de Assis, Poesias Completas, p. 316).”


Veado: A origem é o latim 'venatus' que significa 'caça' e, mais tarde, 'carne de caça'. Tornou-se sinônimo de 'cervo' porque este é um dos animais mais caçados pelo homem. No Brasil, a palavra passou a ser empregada como sinônimo de homossexual masculino. Há quem acredite que tenha sido feita uma associação entre o tipo esguio do animal, com movimentos graciosos, revestidos de um certo ar de nobreza, e o estereótipo, ou caricatura, do homossexual masculino. O brasilianista James Green reproduz uma história que ouviu no Brasil, alertando que não foi possível confirmá-la. A expressão teria surgido no Rio de Janeiro, na década de 1920. Um comissário de polícia, chefiando um grupo de policiais, foi incumbido de prender os homossexuais que se encontravam na praça Tiradentes (ou da República), no centro da cidade. Retornando de mãos vazias, sem ter feito sequer uma prisão, explicou ao chefe que todas as vezes que os policiais se aproximavam para executar as prisões eles corriam como veados. O episódio teria tido uma grande repercussão na imprensa. O jornalista Sérgio Cabral lembra que existiu no Rio de Janeiro um bloco carnavalesco chamado 'Caçadores de Veados'. O bloco, no qual fez muito sucesso o famoso Madame Satã, surgiu no carnaval de 1930, durou até a década de 1940 e seus integrantes saíam vestidos de mulher. É possível que tenha sido uma forma de se ridicularizar os policiais em sua tentativa frustrada de prisão dos homossexuais.

Havia alguns produtos cuja marca era 'Veado' e que desapareceram também nesta época. É o caso da Grande Manufactora de Fumos e Cigarros Veado, uma das primeiras empresas a promover coleções de figurinhas, que eram colocadas nos maços de cigarros. Como demonstração de que não havia a menor 'rejeição' ao nome, o comercial da companhia dizia: 'O Brasil só vai fumar / cigarros marca Veado / pita, pita, devagar / se é chic ou pé-rapado.

O tal bloco 'Caçadores de Veados' surgiu no Rio em 1930 e era formado basicamente por homossexuais. Eu achava que tinha sido uma forma de ironizar a tal expedição do inspetor para prender os homossexuais no centro do Rio. Mas agora descobri que havia um outro bloco, também de homossexuais, na cidade de Santos, já em 1924, com o mesmo nome. Vi num site, com reprodução de textos e fotos de um jornal local. Como essa época coincide com o desaparecimento progressivo de nomes de produtos (e cidades) com o nome Veado, é praticamente certo que esses blocos deram origem a essa nova acepção para a palavra. Engraçado é que em São Paulo há uma drogaria que resiste até hoje. Fica bem no centro, na rua São Bento, ou perto: 'Ao Veado de Ouro.'"

(A origem curiosa das palavras', de Márcio Bueno - José Olympio Editora, 5ª edição, Rio de Janeiro, 2006.)

Por Laélio Ferreira















segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

CHICO CARUSO

Do blog de Aluízio Lacerda


PRA TREPAR E CHUPAR MUITO


Postado por Fernando Caldas

E SE HOUVESSE MISERICÓRDIA?


Públio José – jornalista
(publiojose@gmail.com)

Misericórdia é um termo composto em sua raiz pela soma das palavras “miseri”, relacionada a miséria, pobreza, aflição, desespero, e “córdia”, relacionada a coração no sentido de matriz geradora de nossos sentimentos. A junção, então, compôs o termo misericórdia que, em última análise, representa o domínio, a prevalência dos bons sentimentos em relação aos sentimentos negativos. É também lastro para a compreensão das situações aflitivas vividas pelos outros. A misericórdia ainda significa o ato de tratar um ofensor, um transgressor com menor rigor do que este merece. Atualmente, muitos conceitos existem em torno do termo, mas, indiscutivelmente, nenhum deles se afasta desse eixo central que trata a misericórdia como um sentimento nobre, desprovido da presença do egoísmo, do individualismo, e forte aliado da bondade, da benignidade, da compaixão, da paciência – do amor enfim, de onde sobrevêm todos os outros sentimentos.

Segundo os dicionários atuais, misericórdia significa compaixão suscitada pela miséria, pela dor alheia. Trata-se do ato de não aplicar um castigo merecido, mas também envolve a idéia de dar a alguém algo que este não merece. Aponta ainda para o ato de aliviar o sofrimento de outrem, inteiramente à parte da questão do mérito pessoal de quem recebe. A misericórdia, enfim, é um gesto que parte de alguém em estado de amor para com outra pessoa, com a particularidade de que o favorecido encontra-se, naquele momento, desprovido da condição de exigir, de propor uma troca – já que nada tem a oferecer. O misericordioso tem o que o outro precisa, enquanto o necessitado nada tem para justificar o bem recebido. A misericórdia se resume, portanto, a um sentimento altamente valioso do ponto de vista cristão, qualidade espiritual que procura aliviar o sofrimento humano e retém, por conta disso, a vingança e os atos de retaliação.

E é precisamente esse ponto que gostaríamos de ressaltar. Pois a falta de misericórdia no coração dos homens gera todo tipo de sentimento de revolta, de revanche, de sanha vingativa naquele que busca no outro um gesto compassivo e recebe, de volta, a moeda firme, crua, dura da insensibilidade. O mundo de hoje, com a obrigatoriedade do ganhar, do ter, realidade que coloca as pessoas na trilha da exaltação ao individualismo, tem contribuído para a eclosão constante de situações de conflito, de injustiças. Estas, por sua vez, têm originado, de um lado, uma geração de pessoas marcadas pela dor, pela desesperança, pela desilusão, e, de outro, uma geração árida de sentimentos, seca, desconectada e alheia às necessidades e carências dos mais necessitados. É indiscutível, então, a conclusão de que misericórdia é sentimento a se cultivar incessantemente como forma de ajuda aos outros, mas também para preservação de nossa qualidade de vida.

Segundo Bultmann, estudioso cristão, “tem razão quem conceitua a misericórdia como a qualidade da fidelidade na ajuda”. É a postura, enfim, de quem se mantém fiel aos seus princípios, independente do ganho que, porventura, possa auferir. Nesse sentido, ninguém é mais misericordioso do que Deus. Ele, através de Jesus, ministra sobre nós, a todo instante, a sua capacidade infinita de nos entender, de nos compreender, de nos perdoar. E isso é misericórdia pura. Ah, se o homem entendesse os propósitos de Deus e estivesse de coração sempre aberto para receber – e agir a favor do outro em misericórdia! Com certeza o mundo não seria o mesmo. Pois, se houvesse misericórdia em nossas ações, o dinheiro público não seria desviado para outros fins e o leite das crianças jamais serviria a outros objetivos que não o de alimentá-las. Ah, pobres crianças! Aliás, para estes que agem assim, só mesmo a misericórdia. A de Deus. Bem entendido?

Postado por Fernando Caldas





















Novos conceitos para vender bem e fidelizar o cliente


Com a dinamização do mercado de equipamentos de informática os conceitos de técnica de vendas e a facilidade de manuseio dos produtos tendem a ficar cada vez mais acessíveis aos compradores. Isso implica diretamente em vários aspectos mercadológicos, entre eles, a diminuição dos tamanhos dos PCs. Entretanto, em meio à enxurrada de ofertas, muitos consumidores não se preocupam com a assistência técnica fornecida pela empresa na hora da compra. Estão voltados para os preços e as facilidades de pagamento.

Reclamações feitas ao sistema de pós venda de produtos é um dos maiores problemas para quem não observou bem como a assistência técnica era considerada importante pelo vendedor. “É comum o cliente comprar um produto baratíssimo num magazine e na hora de recorrer a garantia a loja mandar o produto para técnicos de um fornecedor, que, na maioria das vezes, se encontra em outro estado e o cliente chega á ficar mais de 30 dias sem o equipamento”, informou Derossi Mariz, diretor da Rede ID (Inteligência Digital).

E, é justamente essa empresa que promete inovar, mais uma vez, nessa área. Neste mês de fevereiro, ocorrerá o lançamento no Notebook ID, nos estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, onde a rede já possui lojas. A máquina possui tela de 14 polegadas, HD de 320 e dois GB de memória. Além de um preço acessível, dividido em até 10 meses, a empresa oferece também garantia de um ano – com direito a garantia estendida com 10% do valor do produto para mais um ano, e 20% para dois anos.

Diferencial

O diferencial do produto é a assistência pós venda. “A vantagem do Notebook ID é que todo o suporte é oferecido na loja onde o cliente comprou o aparelho. Com isso, o cliente vai ter seu equipamento em mãos – devidamente reparado - em menos de 48 horas”, garantiu Derossi, acrescentando que, por causa disso, a ID é um exemplo de bom atendimento aos seus clientes.

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Postado por Fernando Caldas

sábado, 12 de fevereiro de 2011

PUPÚCA

Arte de Wagner, artista plastico açuense

Meu patrão, sô sertanejo.
Eu nasci neste torrão!
Fui tarvez o mais andêjo
Dos cantadô do sertão...
Fui cachaceiro chapado
Fui cantadô macriado
No martelo e no rojão.

Conheço o Brasí, todinho: -
Agreste, mata e sertão.
Arrastei pelos caminho
Muita alegria e afrição!
Eu tive a felicidade:
De quage in toda cidade
Causá admiração.

Eu era desempenado,
No braço do violão.
Fazia um tarrabufado
Da prima para o bordão.
E naquele remeleixo,
A nega caía o queixo,
E eu, entrava de cão.

Tive umas mi namorada
De todo tipo e padrão.
Céga, muda e aleijada
Tudo entrava no arrastão
Toda muié me servia...
E a todas eu prometia
Um lugá no coração.

Namorei uma maluca
No Estado do Maranhão
Chamavam ela, Pupúca
A doida era um peixão.
- Por essa fui enbeiçado -
Se não fosse o Delegado
Tinha feito a arrumação.

...Porém, o tempo marchando
Sem dó, nem contempração
Foi pouco, a pouco matando
A minha reputação...
Hôje tô veio, cançado
Tristeza e rescordação.

Num tenho mais alegria,
Morreu minha inspiração!
Num faço mais poesia
Num tóco mais violão,
Só uma coisa me cutúca
É a sodade da maluca
Que deixei no Maranhão.

Por Renato Caldas, poeta matuto (um dos maires do Brasil) potiguar do Açu, falecido em 1991

Postado por Fernando Caldas 

PESSOAS DO BEM

PANORAMA DO VALE (RÁDIO PRINCESA)
Sou ouvinte assíduo do panorama do vale, admiro a forma como ele é conduzido, programa aberto as vozes do vale do Assú que desejam e querem falar através de suas idéias o que possa contribuir para o crescimento do nosso vale, seja na política, religião, educação e etc. Este programa está contribuindo para o desenvolvimento do nosso vale, do nosso estado e por que não dizer do nosso país através da Net. Parabéns Nelson Dantas e Rodrigo Medeiros apesar de vocês não serem Ipanguaçuense, temos muito admiração por vocês. Tenho certeza que nesse horário o seu programa é o dos mais ouvidos do vale do Assú, é bom ter vocês como amigos.

Postado por IPANGUAÇU DO BEM

Escrito por juscelinofranca





CHARGE DO DIA



Do BlogdeAluiziolacerda

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Iº ENCONTRO DA COLÔNIA CARNAUBAENSE RESIDENTE EM MOSSORÓ

O Governo FAZENDO O FUTURO, realizará no dia 27 do corrente mês um encontro dos carnaubaenses residentes em Mossoró. O mesmo acontecerá nas dependências do Club AABB, bem no centro da cidade, das 11:00h às 16:00h.

Uma vasta programação cultural está sendo preparada. Está sendo feito um levantamento das famílias, para que todos possam participar.

Blog: Luizinho Cavalcante
Postao por Fernando Caldas




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