quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O que é o amor?

Quais os enigmas?
As rubricas marcando a pele...
Os estigmas tatuando a alma
Os desejos torturando a mente
A ansiedade te pedindo calma
Como fosse uma semente um rebento,
Um pão sagrado, um alimento
Uma euforia interior um tormento
Um broto afoito implorando para germinar
Para crescer e quebrar como o mar
Ou viver um eterno contos de fadas ou do vigário
Um rompante, um calmante um escapulário
Uma peça um teatro, um fato do imaginário
Um amor, um amante, sem dias sem brilho
Um diamante?
Em qual dia, em que hora...
Hoje, amanhã ou agora?
E o amor que faz chorar a alma?
O desejo que faz queimar a pureza...
E o beijo que faz selar os lábios...
E suas dúvidas inquisidoras e as certezas...
O que é o amor??

Sonia Gonçalves
Son Dos Poemas
 
De: Só Poesias

terça-feira, 13 de agosto de 2013

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Musicoterapia e Autismo - Lorenzo - parte 2 de 2

Chico Pedrosa - O Filosofo Zé Gogó

Encontro marcado com a literatura

Sem prazo de validade, o projeto Letras Potiguares entra na segunda etapa de seminários e debates sobre escritores – e personalidades do universo literário – com programação dedicada ao mês do folclore. A iniciativa ocupa desde ontem o auditório do Solar Bela Vista, na Cidade Alta, quando o jornalista Vicente Serejo abriu a série de encontros que acontece até a próxima quinta-feira (15) com bate-papo sobre o sertanista Oswaldo Lamartine (1919-2007). Hoje, às 19h30, será a vez do jornalista e cineasta Buca Dantas falar sobre a vida e a obra do poeta popular e cantador Fabião das Queimadas (1848-1928). O evento é aberto ao público e o acesso é gratuito.

Rogério Vital
Vida e obra de Oswaldo Lamartine foi o tema de abertura do Letras Potiguares

Vida e obra de Oswaldo Lamartine foi o tema de abertura do Letras Potiguares

O objetivo de Dodora Guedes, idealizadora do projeto e responsável pela gestão do Solar Bela Vista (Sesi/Fiern), é promover mensalmente novas rodadas de palestras seguidas de diálogo com o público. “O Letras Potiguares não tem data para terminar, vamos fazer enquanto tivermos assunto – e tem muito a ser dito!”, garantiu Dodora. Ela adiantou que não há restrição quanto ao perfil de autores: “Vamos manter a programação sempre renovada, abordando a vida e a obra de autores vivos ou já falecidos. O importante é aprofundar o conhecimento e dar visibilidade aos estudos na área da literatura potiguar, esse é o nosso foco”. 

Na quarta-feira (13) o público será convidado a conhecer um pouco mais sobre o folclorista e escritor Deífilo Gurgel (1926-2012), em palestra conduzida pelo jornalista, também escritor e irmão de Deífilo, Tarcísio Gurgel; já na quinta, dia 15, o professor e pesquisador Cláudio Galvão aborda o envolvimento de Câmara Cascudo (1898-1986) com a música. 

Para encerrar a semana dentro do contexto, o Cine Solar – parceria do Solar Bela Vista com o Cineclube Natal – exibe na sessão desta sexta-feira (16) o documentário “Fabião das Queimadas: Poeta da Liberdade” (DocTV/MinC/TV Cultura), realizado em 2004 por Buca Dantas.

Dodora disse que está estudando a viabilidade de disponibilizar uma versão impressa com o resumo dos seminários. “Será uma importante fonte de pesquisa e referência para estudantes, pois o Letras Potiguares surgiu e ganha força justamente pela ausência de eventos com esse perfil”, informa.

Dinâmica

Dodora Guedes esclarece que o formato do Letras Potiguares será mantido, a exemplo da edição do mês passado, em três dias – “Agora em agosto, mês do folclore, decidimos concentrar essas quatro nomes por terem relação com o tema”, destacou. Como não mediação, o tempo de duração de cada palestra/debate, informou a gestora, depende da dinâmica adotada pelo condutor do diálogo e do interesse do público. 

Em julho, ponta pé inicial do projeto, a programação recebeu a poetisa Diva Cunha, que abordou a obra de Zila Mamede (1928-1985); a professora Conceição Flores falou sobre Myriam Coeli (1926-1982); e Maria Lúcia Garcia conversou com a plateia sobre o poeta modernista Jorge Fernandes (1887-1953). A temporada 2013 do projeto segue até novembro e a pretensão é continuar em 2014. A palestra sobre Jorge Fernandes contou com a presença de familiares do poeta; e a de Zila Mamede foi acompanhada pela irmã Ivonete Mamede.

Serviço: Projeto Letras Potiguares, no auditório do Solar Bela Vista. A programação segue até quinta-feira (15), sempre às 19h30. O acesso é gratuito.

Fonte: Tribuna do Norte
 O sertanejo do Nordeste brasileiro, cheirando a sua cabocla amada.

Sertão Nordestino | Foto: Aldo Bernardis

segunda-feira, 12 de agosto de 2013


Ah! A Vida...

Essa imensa caixinha de surpresas que está o tempo inteiro aberta para nos presentear com momentos bons e, por vezes, com aqueles desafios que só nós conseguimos vencer. Essa belíssima colcha de retalhos, que recebe uma nova trama a cada novo dia que passamos nas nossas vidas. A Vida que é essa nossa amiga inseparável, nossa confidente especial e nossa única cúmplice fiel num mundo "improvisado"...

Tantas vezes duvidamos que a vida pode ser melhor que acabamos por esquecer de transformá-la em algo realmente mais fácil de lidar. Sim, porque não basta desejar que ela seja boa. É preciso prepará-la.

Você só vai se dar conta disso quando perceber que se sentir leve é o passo inicial para quem quer alçar vôos mais longos. Abrir os braços é o próximo passo para quem quer alcançar as prateleiras mais altas precisa tomar. Assim é com os nossos dias, a nossa Vida: transformá-la, sonhá-la com um gostinho a mais, ajuda a modificá-la.

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A face anémica da economia do Vale do Açu


O projeto do perímetro irrigado do Baixo-Açu ainda rasteja. Hoje, menos de 40% do terreno disponível para o projeto é utilizado. O restante da implementação aguarda, desde 2004, uma licitação.
Percorrendo algumas cidades na região tenho notado que são poucas as pessoas que estão interessadas em medidas efetivas. Se por falta de conhecimento, não sei. 
Políticos experientes têm dito que nossa região está longe do ideal. Pouco pede, nada recebe.

Não quero usar da ironia e culpar A ou B, fazer dramatismo ou coisa parecida, mas o fato é que o Vale do Açu precisa acabar com o complexo de região subdesenvolvida.

O que ainda resiste firme é o pólo cerâmico que possui mais de 40 indústrias, a maior parte produzindo tijolo e algumas produzindo telhas, que proporcionam ao RN um faturamento anual de mais de R$ 208 milhões.

Em rápida conversa com o ex-prefeito Ronaldo Soares, ele lamentou a falta de industrialização e de infraestrutura entre interior e litoral, desperdiçando a riqueza regional.

A ZPE do Sertão seria uma solução, mas para que saia do papel - depois de 22 anos de discussão - e se transforme na redenção do RN seria necessário alargar a fatia do mercado consumidor interno, reduzindo em contra-partida a meta de exportação, segundo o ex - alcaide.

O projeto englobaria empresas voltadas para a produção e comercialização de insumos como sal, barrilha, granito, mineração e produtos agropecuários e da agricultura irrigada, primeira vocação da região.

A zona de processamento beneficiaria mais de 50 municípios do RN, sendo todo o Vale do Açu e região salineira, parte do Seridó e parte da região Oeste.

Porém, a empresa foi escolhida para gerenciar o empreendimento, infelizmente, encontra retaliações políticas e até agora pouco avançou.

Isso contribui para a descrença geral da população!

Em tempo: Caso a ZPE se torne uma realidade, o Vale se tornará um pólo de processamento de matérias-primas e exportação. Embora boa parte dos empregos com maior poder aquisitivo não fiquem com pessoas da região, por conta da baixa escolaridade ainda existente, o setor de serviços e fornecimento de matéria-prima seriam beneficiadas.

Em tempo II: A implantação de um Projeto de Turismo Sustentável para o Vale do Açu seria uma maneira de manter a infraestrutura de pontos turísticos sem atitudes ofensivas ao meio ambiente, fazendo o necessário para a economia, a sociedade e o ambiente, sem desprezar a cultura regional, a diversidade biológica e os sistemas ecológicos!


Postado por Tony Martins

Do blog Assu na ponta da língua, de Ivan Pinheiro

domingo, 11 de agosto de 2013

CARNAUBAIS

LANÇADO BLOG CARNAUBAIS EM FOCO


EDITORIAL
A Carnaubais que temos e a Carnaubais que queremos
Situada bem no centro da região do Vale do Assú, Carnaubais é uma cidade hospitaleira, de povo simples e de uma bravura incontestável. Premiada por uma vegetação rica e verdejante traz em seu solo a riqueza da gentileza da mãe natureza, e abençoada sobre as mais pródigas bençãos da virgem Mártir de Siracusa: Santa Luzia. Vive entre a abundância das riquezas naturais e das desigualdades antrópicas, fruto de injustiças sociais, tão próprias de um sistema capitalista excludente. Há, contudo a esperança de conquistar dias melhores.
 
Berço de uma história invejável é também espaço de miséria e de uma pobreza que insiste em lograr vidas e ceifar esperanças.
 
De povo altaneiro, traz em si o desejo de ver sua terra crescer e se desenvolver. Esperançosos de que forças políticas e administrativas governem para todos e que suas ações sejam planejadas com responsabilidade e exequíveis com eficiência e eficácia.
 
O desenvolvimento que tanto desejamos e queremos só virá quando forças convergentes confluírem na mesma direção, pois pensar em um povo vai além de projetos faraônicos e pouco ou quase nada viáveis.
 
A exemplo de uma realidade nacional, precisa vencer o gigante do desemprego e oportunizar políticas públicas que contemplem em suas ações as garantias sociais mais fundamentais até àquelas mais complexas, responsáveis inevitavelmente pelo crescimento e garantia de um povo forte e pouco aptos a vulnerabilidade social.
 
Hoje dia 09 de agosto do ano de 2013, lançamos esta página online de encontro e de informação, onde você leitor poderá dispor de informações sobre nossa terra Carnaubais, com temáticas variadas que vão desde o cenário político local e regional, registrando também sobre os olhares atentos e inevitáveis da informação notícias, reportagens sobre o RN e também do âmbito nacional.
 
Nesta primeira edição do blogcarnaubaisemfoco, iniciaremos uma semeadura de esperança e de luz na vida do nosso povo. Este espaço não quer e nem será tribunal, ou instrumento de desentendimento com quem quer que seja, nem muito mesmo nos prestaremos a ataques frívolos e carregados de rancor. Não somos contra a Carnaubais, ao contrário, o nosso foco é a exposição da verdade, seja em fatos ou imagens.
 
Que o nosso encontro faça-se diário e profícuo. Boa leitura!
 
Por Fco. Antônio



Restaurante Cabrito do João, Lages-RN, BR 304;
 
Foto de Luiz Antônio Siqueira

Palavras de amor - CONTARDO CALLIGARIS
FOLHA DE SP - 08/08

A declaração de amor não serve para seduzir o objeto de amor, mas para apaixonar-se cada vez mais

Os sentimentos funcionam como picadas de mosquito, que coçamos e recoçamos até que se tornem feridas infectadas e, às vezes, septicemias generalizadas (quem sabe fatais). Salvo um exercício difícil de autocontrole, qualquer picada pode adquirir uma relevância desmedida: a gente tende a se coçar muito além da conta porque descobre que se coçar não é um alívio, mas um prazer autônomo em si.

Por isso mesmo, em geral, não confio nos sentimentos --nem nos meus, nem nos dos outros. Não é que eu supunha que os humanos mintam quando amam, odeiam ou se desesperam no luto. Nada disso.

Apenas verifico que os sentimentos, em geral, são condições autoinduzidas: transtornos ou desvios produzidos pelos próprios indivíduos, que, se não procuram sarnas para se coçar (como diz o ditado), no mínimo adoram coçar as sarnas que eles têm. Detalhe: coçando, aumenta o prurido, assim como aumentam a vontade e o prazer de se coçar.

Tomemos o exemplo do amor. Eu encontro, conheço ou vislumbro de longe alguém que preenche algumas condições básicas para que eu goste dela. Sussurrando entre quatro paredes ou gritando em praça pública, anotando no meu diário ou escrevendo para grandes editoras, passo a encher o ar ou as páginas com as descrições da beleza inigualável de minha amada e com as declarações hiperbólicas de meu sentimento.

Claro, minha prosa ou poesia poderão, quem sabe, conquistar meu objeto de amor, mas esse é um efeito colateral. O efeito mais importante (e esperado) de minhas palavras de amor não é tanto o de seduzir o objeto de meus sonhos, mas o de eu me apaixonar cada vez mais. Pois a intensidade do meu amor será diretamente proporcional à insistência e virulência de minhas declarações.

Em linguística, chamamos performativas aquelas expressões que, ao serem proferidas, constituem o fato do qual elas falam. Exemplo clássico: um chefe de Estado dizendo "Declaro a guerra" --essa frase é a própria declaração de guerra.

Dizer que sou apaixonado, que odeio ou que me desespero no luto talvez não sejam propriamente performativos. Mas se trata, no mínimo, de semiperformativos, ou seja, talvez os sentimentos existam antes de serem declarados, mas eles só crescem e tomam conta da gente na hora de serem ditos, descritos e contados --na hora de sua declaração, pública ou privada.

Há três razões pelas quais o amor é absolutamente indissociável da literatura amorosa. A primeira é que a gente aprende a amar e a declarar o amor pela literatura. A segunda é que o amor se tornou relevante em nossa vida à força de ser descrito e idealizado pela literatura. A terceira é que o amor, como sentimento, é um efeito das palavras que o expressam: a literatura nos instiga a amar tanto quanto nossas próprias declarações amorosas.

Acabo de terminar a prazerosa leitura de "Como os Franceses Inventaram o Amor" (editora Prumo). Nele, Marilyn Yalom percorre a literatura francesa e revela que ela é um repertório completo do amor.

A coisa começa com o triângulo amoroso, que não é um acidente ou um imprevisto do amor; ao contrário, o amor começa, mil anos atrás, com o triângulo amoroso. Tristão escolta Isolda, a futura esposa de seu tio, e se apaixona por ela. Lancelote venera seu rei Artur, mas se apaixona pela rainha. E, em geral, os poetas do amor cortês amam damas casadas (e frequentemente fiéis a seus senhores, aliás).

A França é, para Yalom, a pátria do amor. Não só pela riqueza de sua literatura, mas justamente porque, na cultura francesa, do amor cortês do século 12 até as conversas das preciosas nos salões parisienses do século 17 (que Molière ridicularizava, mas também admirava), amar é, antes de mais nada, uma arte de dizer, de ser efeito das próprias palavras que usamos ao declarar e descrever nosso sentimento.

Alguns acham que falta amor em sua vida. Como Emma Bovary ou Anna Kariênina (extraordinária a tradução de Rubens Figueiredo, pela Cosac Naify), temem que, sem amor, sua vida nunca chegue a ter a dignidade de um romance. A eles, recomendo paciência: os tempos mudam, e talvez se afirme hoje, aos poucos, uma retórica nova, menos sentimental, capaz de dar valor literário a uma vida sem amores e paixões.

Outros se queixam dos estragos que o excesso de amor faz em sua vida. Aqui a cura é simples: eles não vão acreditar, mas basta se calar um pouco, assim como é suficiente não se coçar para que as picadas de mosquito parem de incomodar.

sábado, 10 de agosto de 2013

VONTADES E SONHOS

Sento-me nos degraus dos minutos,
Agarro-me às escadas das horas,
Descanso no abraço do luar,
E deixo-me levar em sonhos quiméricos
De vontades esquecidas,
Pela corrosão dos anos!
Revivo no desejo do meu querer,
As emoções contidas em momentos,
De felicidade, que esmoreceram no tempo!
Reacendem-se paixões das ilusões inventadas
E o fogo da memória explode,
O vulcão na ânsia do sentir obstinado,
Do meu desejar ter-te em mim;
Voar-te no beijo alucinado,
Das nossas bocas escaldantes,
Acariciadas pela suavidade dos nossos lábios!
Vontades e sonhos…
Que o vento espalha pelos desertos,
De sentimentos perdidos;
Paixões e ilusões desfalecidas
Pelo retorno adiado.

José Carlos Moutinho.
In "Cantos da eternidade"

Mário Quintana - Ah! O Amor... - Texto Maravilhoso!

Casa de Caridade, uma Instituição do Assu



Casa de caridade, fundada pelo padre José Antônio de Maria Ibiapina. Aquele missionário era  formado pela Faculdade de Direito de Pernambuco, foi Juiz de direito, deputado geral pelo Ceará. “Decepcionado abandonou a vida civil para seguir o catolicismo. Aos 47 anos iniciou uma obra missionária visitando várias regiões do nordeste.”  

Gilberto Freire de Melo depõe que Ibiapina era a maior figura na igreja católica no Brasil.”  A Casa de Caridade, se não foi a primeira, pelo menos foi uma das primeiras instituições da terra assuense que para Câmara cascudo aquela casa fazia inveja a Natal porque não tinha uma igual. Foii instalada onde hoje funciona o Instituto que leva o nome daquele  missionário.

Conta-se que "Ibiapina foi chamado para pregar na cidade de Assu onde fez grande colheita com proveitos  maravilhosos (...) Achando o lugar próprio e conveniente, instituiu uma casa de caridade, que deixou em boa posição e bem dirigida. 

Sinhazinha Wanderley em depoimento a Walter Wandereley depõe (está transcrito no livro intitulado “Família Wanderley, 1965, que “no local do instituto existiu uma casa já muito antiga e que foi mandada edificar pelo padre Ibiapina. Contava-se deste padre que estivera a morrer num naufrágio e ao passar por Macau fizera voto de fundar uma Casa de Caridade no primeiro lugar a que chegasse. E foi o Assu Justamente esse lugar. Dita Casa de Caridade tinha como superiora Irmã Tereza e as Irmãs Leonarda, Dionízia, Felipa, etc. A casa recebia mocinhas pobres, órfãs, que ali ficavam até a idade do casamento. Ao atingirem a essa idade, o Procurador da Casa escolhia um rapaz honesto , bom cristão e trabalhador. Eram os dois levados à sala nas presenças do Procurador e da Superiora e, se os dois se agradavam, o casamento era feito às expensas da Casa... A Casa recebia doentes, cadáveres, que amortalhavam, deixando-os à noite na Capela, velados por duas recolhidas que o faziam com muito medo. A casa dava ensinamentos de flores, labirintos e bordados...”

(Ibiapina morreu no dia 19 de fevereiro de 1884 na cidade de Araras, Paraíba, onde está enterrado).

Fernando Caldas




Museu Café Filho - Rua da Conceiçaõ, Natal-RN

Imagem da Web.
Portalegre-RN
Imagem da Web.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Assu - De Freguesia a Vila Nova da Princesa



No século XVII criavam-se no Rio Grande dez Freguesias. A de São João Batista da Ribeira do Assu, no ano de 1726. Era vigário Manuel de Mesquita e Silva.

O povo criava gado, cultivava a lavoura e instalavam as Oficinas de Carne de Charque que, por sinal, foi ali, na Ribeira do Assu, produzida as primeiras charqueadas no Brasil.

No desenvolvimento da pecuária, foi pioneiro Manuel Filgueiras, nomeado capitão da Ribeira do Assu, chegando à região com um pequeno rebanho, tornando um fator comercial de muita importância.

Aquela freguesia “possuía em 1775, 90 fazendas de gado, 3 capelas, 571 fogos e 2.864 pessoas de desobriga”.

Em fins de 1775 para 1776, a freguesia segundo Nestor Lima: “Por esse tempo a freguesia tinha quarenta léguas de comprimento por vinte de largura e o seu padroeiro já era o glorioso São João Batista.”

“O movimento de carnes e couramas atraia as Oficinas três a quatro barcos, todos os anos, trazendo mercadorias”. (A República, n. 160, de 9 de abril de 1892).

João Inácio Pereira Neto depõe que “a região do Assu era extensa, abrangendo um terço do território da Capitania do então chamado Rio Grande, desde as terras de Santana para o norte, até Macau, e para o sul, às confinanças com o Seridó, para o poente, ao encontro com as terras do então chamado Ceará Grande, da Capitania do Ceará, e para o nascente, além do chamado Rio Grande do Assu, até onde o próprio índio houvera atingido.”

De freguesia elevou-se a município com a denominação de Vila Nova da Princesa, conforme Ordem Régia de 22 de julho de 1776, deu-se instalado a vila precisamente a 3 de julho de 1788. Foram, portanto, 57 anos de vila que tinha o seu próprio patrimônio: terrenos e fazendas, doados segundo Celso da Silveira em depoimento a Ferreira Nobre, no seu livro intitulado Breve Notícia Sobre a Província do Rio Grande do Norte que “o patrimônio de São João Batista foi feito de três vezes: A primeira em 1712, por Sebastião de Souza Jorge, que deu o terreno estritamente necessário a construção da Matriz e da Paróquia; a segunda, em 12 de outubro de 1774, por dona Clara de Macêdo, que doou 75 braças menos dois palmos. A terceira, finalmente, pela mesma dona Clara de Macêdo, que doou a maior parte dos terrenos ao patrimônio no dia 6 de outubro de 1777.”

Por fim, aquela região teve também as denominações de Julgado de São João Batista, Povoação de São João Batista da Ribeira do Assu e Vila Nova do Príncipe em homenagem a D. João VI, primeiro e último Rei do Brasil.

Criou-se então em 1786, a Câmara Municipal, primeira organização de um governo local instalada a 11 de agosto de 1788, cuja data denomina-se uma das ruas do Centro da cidade de Assu, sob a presidência do Juiz Ouvidor e Corregedor da Paraíba, Antônio Phillipe de Andrade Brederodes. Foram membros daquela cama da recém criada Vila Nova da Princesa, os senhores Francisco Da Silva Bastos, Francisco Dantas Barcelar, João Mendes Monteiro e Antônio Correia de Araújo Furtado.

Fernando Caldas








Ao companheiro Fernando "Fanfa" Caldas

 Por Aluízio Lacerda, professor, jornalista, blogueiro

Amanheci sentindo saudades das coisas do Assu, infância boa, bem vivida, ladeado de uma turma inesquecível  alguns vivinhos da silva pra acompanhar essas saudáveis recordações, outros já dormem na cidade de pés juntos, cumprindo a sina da vida, levado pela morte.

Pra começar devo lembrar ao amigo Fanfa algumas esquisitices da sua amada urbe: O homem mais pesado de Assu era chamado de "Maneiro" (saudosa memória), no finalzinho da cidade, periferia, havia uma padaria com o nome de Central, isso sem se falar em algumas preciosidades poéticas feita pelo consagrado bardo, Renato Caldas.


Certa vez um feirante com sua mercadoria encalhada, o bamburro de batatas era grande pediu ao poeta uma luz, um comercial rimado, afim de chamar atenção da freguesia: O poeta deu de garra de uma enorme batata e tascou essa de improviso: Batata, batata doce, batata que o povo gosta, um quilo dessa batata, dá mais de 10 quilos de bosta!

Seu Amaro Sena, em 1945, com o incêndio havido na usina fornecedora de energia da cidade (Intendência), ficando o Assu às escuras por um certo tempo, comprou ao poeta uma "Lâmpada Cóleman" para pagamento posterior, tinha uma bodega nas 4 bocas, passado algum tempo, esquecido de saldar o débito, pediu ao poeta uma rima em tom de cobrança para o fiado bastante acumulado em suas cadernetas - Renato não se fez de rogado, fez o seguinte verso: Amigo Amaro Sena. vejo e tenho pena, da sua situação, você é amigo raro, fiz você ficar no claro e fiquei na escuridão. Moral da história a cobrança foi eminente, Amaro meteu a mão no bolso e liquidou a conta com o poeta... 
 
Certa vez, campanha eleitoral, bastante acirrada em Assu, disputavam a prefeitura Edgard Montenegro e Costa Leitão, estando o poeta de cara cheia, como gostava de viver seu cotidiano, ouviu num comício, Costa Leitão pronunciar uma palavra de cunho erudito de forma literalmente errada, bateu palmas ao orador, nisso o palanque inteiro viu que as palmas tinha sido do poeta, convidaram pra subir ao púlpito de seu Costa, deram-lhe o microfone e acharam que o poeta iria anunciar sua adesão, veja no que deu: Somente sendo o maldito que mandou você falar, aqui na praça bradar, São João Batista o inclíto, um erro desse admito , no orador Abraão, mais você "Costa Leitão" orador de nomeada, dá semelhante cagada, na praça da redenção!
 
Sendo Renato um Edgarzista apaixonado, acabou a noitada de seu rival... Depois conto mais... 
Segue essa singela contribuição para o seu imenso repertório de causos varzeanos... Um abraço e até mais vê!!!

Assu

"Herois, poetas, escritores,
Boêmios e trovadores
Ilustrarão tradições
Que não serão sepultadas
Para serem proclamadas
Pelas novas gerações."
 
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PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...