"Bonzinho" era uma figura (que não girava bem da cabeça) natural de Assu-RN, que bebia, fumava e, às vezes jogava cartas (baralho) quando tinha algum dinheiro. Ele gostava também de observar o jogo dos outros. Certa vez, observando Walter de Sá Leitão jogar numa certa casa de jogo da cidade, foi convidado por ele, Walter, que ao sentir-se encomodado com a sua presença, disse de tal modo: "Bonzinho, vá até a esquina e veja se eu estou lá!" Bonzinho retrucou: "Walter, me dê o cabresto, se você estiver lá eu trago logo!"
Certa vez, embriagado num certo bar de Assu, foi convidado por seu pai chamado Joca Marreiro, para ir dormir em casa. Bonzinho aceitou o convite paterno, mas foi taxativo e solene: "Papai, vá na frente que o mundo tá cheio de gente ruir!"
De outra feita, foi convidado por um certo cacheiro viajante (vendedor de tecidos que fazia a praça de Assu) para ir comprar uma caixa de charuto numa charutaria mais próxima. No que aceitou fazer o mandado, gastou todo o dinheiro com cachaça no primeiro botequim que chegou. O viajante foi embora da cidade e, quando retornou tempos depois, deparou-se com Bonzinho e foi logo perguntando-lhe: "Você é aquela pessoa que mandei comprar uma cacha de charuto?" Bonzinho sem temor, respondeu: "Sou, sim senhor, quer mandar comprar outra?"
É assim o velho Assu de tantas figuras.