quarta-feira, 24 de junho de 2009

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"A Mutuca" era um periódico que circulou nos festejos do Padroeiro do Assu São João Batista, na década de sessenta e setenta. Já postei um artigo aqui neste blog, sobre aquele jornalzinho que satirizava a rapazeada e a moçada da época, além dos políticos locais. Naquele jornal era escrito pelos estudantes inteligentes da terra assuense, os poetas e jornalistas daquela cidade então provinciana. Aquela edição é data de 17 de junho de 1969, que guardo com muito amor e carinho, entre meus alfarrábios, que servirá como peça de museu, quando o poder público local, instalar o Museu do Assu. Fica o registro e a lembrança.

ALMOÇO DE SÃO JOÃO BATISTA

Esquerda para direita: dr. Edgard Montenegro, deputada federal Fátima Bezerra e o prefeito Ivan Júnior.

Durante o Almoço do Reencontro das famílias assuenses, o jovem prefeito Ivan Lopes Júnior saudou o ex-prefeito e ex-deputado Edgard Montenegro, pela passagem dos seus 89 anos de idade.
Esquerda para direita: Nelson Dantas (que foi empresário no Rio de Janeiro, onde também trabalhou numa das mais importantes agências de publicidades deste pais, que é a JMM Publicidade, nos tempos do assuense João Moacir de Medeiros (pioneiro em marketing político no Brasil, falecido recentemente), o ex-vereador e presidente da Câmara dos Vereadores do Assu Fernando Caldas - Fanfa (1985-86) e o blogueiro Juscelino França, no dia do Almoço do Reencontro, realizado no último domingo, em Assu. Nelson foi também auxiliar do então prefeito Zé Maria, salvo engano, na sua segunda administração frente a preitura da terra asuense.

AINDA SOBRE O SÃO JOÃO EM ASSU


Esquerda para direita: Fernando Caldas (Fanfa), o blgueiro de fatos políticos Juscelino França, o deputado federal Betinho Rosado, o ex prefeito do Assu Zé Maria Medeiros e o vereador Carlos Alberto Bezerra (carlinhos).

Estive na minha querida cidade de Assu, neste último domingo (dia e noite). Durante o dia realizou-se o tradicional "Almoço de São João", no Largo da praça da Matriz. Milhares de pessoas da sociedade assuense (ricos e pobres) compareceram aquela confraternização. A noite, deu-se início a novena e o grande shoow da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano. Pena que não pude ficar para o encerramento daquela festa religiosa que alí se realiza desde 1726. Parbenizo, portanto, o prefeito da terra assuense Ivan Lopes Júnior, pela grande festa, que termina amanhã com apresentação do músico de nome nacional, Leonardo.

terça-feira, 23 de junho de 2009

MAIS UM POUCO DE JOÃO LINS CALDAS

Seu Caldas, o "poeta da solidão e da dor" como define Maria Eugênia, em data de 1909 residia no povoado de Sacramento (fundado pelo meu bisavô paterno Luiz Lucas Lins Caldas) atual município de Ipanguaçu. Naquele ano ao ver um touro passar para o matadouro daquela localidade, levado por certo marchante (negociante de carne) escreveu o soneto intitulado Um Touro, cujos versos fora divulgado no Brasil e no exterior. Vamos conferir o célebre soneto:

Vais morrer, vais morrer... O cepo do marchante
Breve te pesará sobre a cabeça rude...
E tu, pobre animal, sem crime e sem virtude,
Nunca mais hás de ver o teu curral distante.

Jamais hás de provar, num mourejar constante,
Entre vacas e bois, a revelar saúde
Das águas de cristal do mais sereno açude
Ou do verde capim do campo mais fartante.

A tua pobre carne há de servir de pasto...
E quando fores nada, quando fores gasto,
Te resta esse consolo, o consolo dos mortos:

Morreste por servir, alimentando vidas,
Muito franco pesar, muitas dores compridas,
Muitos cegos que vão pelos caminhos tortos...

TRÊS SERTANEJOS

Fotografia: Arquivo de Valderi Tavares. Zezé di Camargo, Luciano e o prefeito do Assu (RN) Ivan Lopes Júnior.

Dentro da programação dos festejos do padroeiro do Assu São João Batista, Zezé di Camargo e Luciano (ícones da canção brasileira), se apresentaram naquela cidade festeira, neste último domingo. Naquela ocasião, aquela dupla de cantores sertanejos foram visitados no camarim pelo senador Garibaldi Alves Filho, deputado presidente da Assembléia Legislativa Robson Faria, deputado federal Fábio Faria, prefeito Ivan Lopes Júnior, vice-prefeito Alberto Luiz e demais autoridades locais. Das mãos daquele jovem prefeito, Zezé e Luciano receberam a camisa do Assu (time campeão do Estado potiguar, 2009), também denominado de "Camaleão do Vale." Fica o registro.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

VEREADOR ÁS DE COPA

O ex-vereador Carlos Barromeu da Silva (Carmelito) de saudosa memória, gostava de jogar cartas (baralho). Numa certa cessão legislativa na Câmara dos Vereadores do Assu, presidida por minha pessoa (1985-86), ele, Carmelito, cochilava. Lembrei-me de fazer com ele uma brincadeira, dizendo assim: "Carmelito, ás de copa!" - O vereador assustado e ainda sonolente, gritou: "Bati, presidente!"

VERDE E VERMELHO

A cor verde no Rio Grande do Norte representava o bloco político do governador Aluísio Alves, e a vermelha o do senador Dinarte Mariz. Pois bem, Antônio Benevides quando fazia política no então distrito de Santa Luzia, atual e próspero município de Carnaubais, em razão do insucesso que tivera numa certa eleição naquela localidade, externou insatisfeito: "Eu não entendo os meus eleitores! Quando eu vou pro verde eles vão pro vermelho! Quando eu vou pro vermelho, eles vão pro verde!" - É que em política acontece de tude.

NOTA

Há 89 anos atrás, nascia (casa número 19 do Largo da Matriz de São João Batista, de Assu) um menino filho do casal Cândida Borges Montenegro e Manuel de Melo Montenegro - majó Montenegro), que mais tarde se tornaria um dos maiores líderes políticos que o Vale do Assu já teve, chamado Edgard Borges Montenegro.
O autor deste blog, que tem a honra de tê-lo como primo e amigo, parabeniza aquela ilustre figura que dignifica o Assu e engrandece a política do Rio Grande do Norte.

Fernando Caldas

sábado, 20 de junho de 2009


Ao comandante Edgard Montenegro (engenheiro agrônomo), que teve o privilégio de ter nascido numa noite dos festejos juninos de São João Batista, o Padroeiro do Assu, sua terra natal (ele é veterano da política potiguar e, se não o é mais antigo é, pelo menos, um dos mais ainda militando na política da terra potiguar, que durante quase quarenta anos liderou a política do Assu, como prefeito -1948-53, deputado estadual por várias legislaturas e chefe político, com vasta folha de serviços prestados ao Rio Grande do Norte, principalmente ao seu decantado Vale do Assu. Ele foi também auxiliar do governo Cortez Pereira, na década de setenta, além de diretor regional do DNOCS - RN), dedico no dia do seu aniversário, ou melhor dizendo, dos seus bons 89 anos de idade, com uma lucidez invejável) ,o poema de produção do consagrado bardo assuense Renato Caldas, intitulado "Meu São João", que diz assim:

Seis horas da tarde...
arde
em mim, a fogueira da ausência...
noltalgia!
A noite se debruça
nos escombros do dia.
- Evocação -
O sol vermelho cor de brasa,
desce, e a porta de sua casa,
acende uma fogueira a São João.

Fernando Caldas

quarta-feira, 17 de junho de 2009

AINDA SOBRE JOÃO MACAÍBA

O assuense Chagas Matias colabora com este blog com mais uma glosa do poeta do Assu, chamado Macaíba. Ele conta que "certa vez numa bebedeira nas barracas do Rio Açu, ao olhar aquelas garotas deitadas só de biquine nas areias, se bronzeando, o grande Barrinho deu este mote a Macaíba: Tanto tabaco no rio e eu com o nariz entupido. Macaíba glosou:

Ninguém aquece o meu frio,
Ninguém mata o meu desejo,
E meio desesperado vejo,
Tanto tabaco no Rio.
Um homem sendo vadio,
Fica logo enfurecido.
Eu mesmo já dei gemido
Que estou me sentindo fraco
De olhar tanto tabaco
Eu eu com o nariz entupido.

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terça-feira, 16 de junho de 2009

TROVINHAS DE ZÉ AREIA

Zé Areia (José Antônio Areia Filho, seu nome de registro) era uma figura por demais conhecida na cidade de Natal, onde nasceu em 1901, e faleceu em 1974. Ele foi barbeiro e vendedor de loterias. Naquela capital então provinciana. Já comentei aqui neste Blog, um pouco sobre as suas tiradas de espíritos, suas presepadas praticadas principalmente com os americanos que se aportaram naquela terra natalense na época da segunda grande guerra. Além das suas estórias jocosas, Areia dava-se o luxo de escrever trovinhas engraçadas, sacanas, amorosas, religiosas. Vejamos alguns versos que ele produziu para o nosso bem estar:

I

A lua tão branca e bela,
A mandado de Jesus,
Debruçou-se na janela
E pulverizou-nos de luz.

II

Ó milagroso Jesus!
A vós só peço justiça,
Fazei com que minha cruz
Seja feita de cortiça.

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segunda-feira, 15 de junho de 2009

LEMBRANDO JOÃO MACAÍBA

Macaíba era soldador de profissão, tocador de cavaquinho e dava-se o gosto de fazer versos. Lembro-me dele (ele faleceu, salvo engano, há uns quinze anos atrás) nos anos sessenta tocando nas serestas realizadas no bar Beira Sesp , que marcou uma época no Assu. Pois bem, recebi de Chagas Matias (que é declamador e admirador dos poetas assuenses, irmão do poeta Ynamá Matias), uns versos do poeta Macaíba, que diz assim:

Chegando ao cemitério,
Bem triste fiquei pensando,
Fui também observando
Que a vida é um mistério.

Quem tinha tanto império,
Tem sua vida acabada,
Pisei numa cruz quebrada
Bem em cima de uma cova,
Aquilo serviu de prova,
Que o pecador não é nada.

Ao chegar ao corpo santo,
eu vi a cada jasigo,
Nome de poetas amigos,
A quem pude lembrar tanto.

Não pude enchugar meu pranto,
De lágrimas sentimentais,
São momentos naturais,
E coisas que são concretas,
Ir a cova dos poetas,
Que foram e não voltam mais.

Quando eu for esta viagem,
Meu povo, não seja ingrato,
Me botem junto a Renato
Ou a manoel de Bobagem,

Me prestem esta homenagem,
Já que fui um João Ninguém
E na cruz o nome que tem
Só um "P" aparecendo,
Pra alguém sair dizendo,
João foi poeta também.

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domingo, 14 de junho de 2009

SÃO JOÃO, O PADROEIRO DO ASSU

Entre os dias 14 e 24 deste mês, é muita festa na cidade de Assu, um dos municípios da maior importância para o Rio Grande do Norte e para o Brasil, por que não dizer assim? Dia 20, será a "Noite da Colônia Assuense em Natal, Celebração da sexta novena e apresentação no palco (que fica instalado na praça Getúlio Vargas, entre a igreja Matriz e a Casa Paroquial) da cantora assuense Fadja Lorena, bem como será apresentado o terceiro Arraiá do Reencontro, ainda mais um shoow com apresentado pelo Os Nonatos, animando a galera. Lá pelas 22 horas, será realizado a Festa do Reencontro, no salão da Associação Atlética Banco do Brasil - AABB (que há décadas, vem emprestando o seu clube a sociedade assuense), que vai até o raiar do dia, ao som da orquestra Losmanos. Ainda terá na praça apresentação do cantor José Orlando, e Inala. Dia seguinte (21), começando pelas 11 horas, será realizado o tradicional Almoço de São João. Reencontro da sociedade assuense (ricos e pobres), no Largo Maria Eugênia (praça da matriz). A animação será dos músicos assuenses Carlos Bem e Nelsinho (meus grandes amigos), durante todo o dia. Lá pelas 20 horas, após a cerimônia religiosa, a Orquestra Filarmônica Maestro Cristóvão Dantas se apresentará para o povo em geral, seguido do shoow do asuense cantor sertanejo Bebeto, bem como apresentação dos músicos (um dos maiores ícones da canção brasileira) Zezé de Camargo e Luciano, além da banda Balanço de Menina.
Para participar daquela festa não precisa convite, nem pagar ingresso, não. Ela é nossa, do povo!
O Assu é uma cidade acolhedora, recebe seus visitantes com prazer e de braços abertos. Quem lá chegar não quer mais sair. Logo se casa, fica enraizado como a carnaubeira (uma espécie de palmeira então abundante no Vale do Assu), no dizer do poeta Renato Caldas. A cidade oferece estrutura para receber bem os turistas, têm o que motrar aos seus visitantes, como seus casarões centenários, seus balneários, seus belos açudes, sem esquecer seus Baobás da Lagoa do Piató. Afinal, o "Assu é +", é uma cidade plurarista, onde acontece de tudo. É a Terra dos Poetas, jornalistas, escritores, têm tradição de pioneirismo. É a terra norte-riograndense que depois de Natal, mais poeta teve, alguns deles de fama nacional como o poeta matuto Renato Caldas. Pois bem, Assú é uma cidade festeira, mesmo. É como disse certa vez, o ex governador do Estado potiguar Geraldo Melo, em resposta a uma pessoa que lhe pedira uma ajuda financeira para realizar uma festa na sua cidade: "Quer festa, minha senhora? Vá pro Assu que lá tem todo dia!"
Estarei lá, na minha querida cidade do Assu, nos próximos dias 20 e 21, para abraçar velhos amigos, recordar, comer uma galinha caipira torradinha, um filé de peixe no Restaurante do Dida Bola, acompanhado de uma geladinha "que ninguém é de ferro."'

EM TEMPO: O Assu, por volta de 1700, já fora denominado (antes de Vila Nova da Princesa) de Freguesia de São João Batista, Julgado de São João Batista, povoação de São João Batista da Ribeira do Assu. E o seu padroeiro já era o glorioso São João, que tinha o seu próprio patrimônio, como terrenos e fazendas. Celso da Silveira, em depoimento a Ferreira Nobre, transcrito no seu livro intitulado "Breve Notícias Sobre a Província do Rio Grande do Norte", diz que "o patrimônio de São João Batista foi feito de três Vezes: A primeira em 1712, por Sebastião de Souza Jorge, que deu o terreno estritamente necessário a construção da Matriz e da Paróquia; a segunda, em 12 de outubro de 1774, por dona Clara de Macedo, que doou 75 braças menos dois palmos. A terceira, finalmente, pela mesma dona Clara de Macedo, que doou a maior parte dos terrenos ao patrimônio no dia 6 de outubro de 1777."

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sexta-feira, 12 de junho de 2009

É DIA DOS NAMORADOS

ROSA

Rosa era preta. A lânguida mocinha
A pobre Rosa, a filha de africanos.
De braços lisos, de minguados anos
Todas as tardes ao ribeiro vinha...

Era, na primavera, uma andorinha
Desconhecendo a língua dos profanos,
Desconhecendo os saturnais enganos...
Era faceira, a lânguida negrinha.

Amou, porém. Um dia indo ao ribeiro,
(passava um branco moço cavaleiro)
Seu pobre coração pulsou baixinho...

Vozes de amor seu coração falava...
E quando longe o cavaleiro errava
Lembrava a moça um rouxinou sem ninho.

João Lins Caldas

quinta-feira, 11 de junho de 2009

POEMA

Alguém me chamou de feliz criatura
Sem conhecer meu padecer profundo
Mas tem razão: como há de ver o mundo
Se eu mostro um riso que só diz ventura?
Falo, por toda parte carregando
O riso domador e venturoso,
Eu mostro a forma do primeiro gozo
Mil vezes tendo o coração chorando.

Porque na vida o necessário pranto
Veste de luto a lágrima do riso?
Porque na festa o meu tormento aviso
Com a festa negra do meu rubro canto?
E de tantas misérias a delícia,
De tanta dor o coração se forma
Que eu julgo ver a lânguida reforma
De cada dor no seio da carícia.

João Lins Caldas
Assu, 1909.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A CAMPANHA ABOLICIONISTA, O BARÃO E A BARONESA DE SERRA BRANCA

Baronesa de Serra Branca Belizária Lins Wanderley de Carvalho e Silva.

Decreto que agraciou Felipe Néry de Carvalho e Silva Barão de Serra Branca.

A Campanha Abolicionista em Assu foi feita com muita euforia. Criaram a "Libertadora Assuense", presidida pelo vigário Antônio Germano de Barbalho Bezerra que obteve vitória, libertando a 30 de março de 1880, os 54 escravos existentes em Assu. Movimento este comemorado com muita festa. O Barão de Serra Branca Felipe Néry de Carvalho e Silva, ofereceu um banquete no sobrado (atual Casa de Cultura) onde ele residia com sua mulher Belizária Lins Wanderley de Carvalho e Silva (Baroneza de Serra Branca por casamento com Felipe Néry), servido por ela, Belizária, a todos os escravos libertados, existentes em Assu. A Felipe, foi decretado o título de Barão de Serra Branca, a 19 de agosto de 1888, pela Princesa Isabel quando governava o Brasil.

Depõe Lauro Antônio Bezerra (história contada por seu avô Antônio Bezerra) que Felipe Néry "costumava reunir os escravinhos pequenos para que eles tocassem e cantassem." Felipe nasceu em Santana do Matos e faleceu próximo a Caicó (RN), quando retornava de uma viagem que fizera a Juazeiro do Norte (CE), para visitar padre Cícero Romão Batista..

Felipe Néry (1829-1893) foi político, deputado provincial de 1878-79 e 1880-81, além de tenente-coronel da Guarda Nacional. O casal Belizária e Felipe Néry não deixou descendência. Alba Fonseca de Sá Leitão, salva engano, prima ou sobrinha segunda de Belizária, casada com José Wanderley de Sá Leitão (ambos assuenses e atualmente residindo em Natal), herdaram parte do patrimônio daquele ilustre casal que engrandece a História do Assu.

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terça-feira, 9 de junho de 2009

CONFRATERNIZAÇÃO DA COLÔNIA ASSUENSE EM NATAL

Da direita para esquerda: Cristóvão Ramalho, Souza Junior (Juninho), Mário Amorim e Fernando Caldas.
Na manhã deste último sábado, realizou-se na Igreja de São João Batista, de Natal, a tradicional missa (dos assuenses radicados naquela capital), promovida pelo Centro Assuense em Natal - CAN, entidade presidida pelo advogado Francisco de Souza Junior (Juninho). Após aquele ato religioso, deu-se início o café da manhã, no salão de recepção daquela igreja, seguido mais tarde, de uma festa dançante no salão da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB de Natal). Compareceram centenas de assuenses, como Cristóvão Ramalho (funcionário do INSS), Souza Junior (Juninho), dr. Mário Amorim (diretor na EMATER), Fernando "Fanfa" Caldas (autor deste Blog), Vice-prefeito do Assu Alberto Luiz, além do presidente da Funasa Zeca Abreu, dr. Anóbio Junior, empresário Gustavo Montenegro Soares, dr. Francisco Das Chagas Pinheiro (Chaguinha), além do jovem e dinâmico prefeito da terra assuense Ivan Junior que fez presença na AABB, onde cumprimentou todos os assuenses ali presentes, bem como Francisco das Chagas Azevedo (Secretário de Agricultura do Rio Grande do Norte), entre outros conterrâneos e amigos por demais conhecidos.

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sexta-feira, 5 de junho de 2009

ÍNTIMAS DE JOÃO LINS CALDAS

O grande bardo potiguar João Lins Caldas, era extremamente contrário ao casamento. Certa vez, recebera uma carta de seu único irmão chamado José Lins Caldas, que lhe pedira a sua opinião para se casar. E aquele vate solitário, solteiro convicto, respondeu conforme transcrito adiante:
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"(...) Mas que posso eu dizer quando mamãe aprova o teu ato, quando parentes o aprovam? Que vais bem encaminhado e... que fazes muito bem. Agora, se queres minha opinião a respeito do casamento... esse laço de moral que prende a humanidade - eu vou darte-a: Tolstoi, o gtrande Tolstoi da Russia, diz que, para o homem se casar, deve pensar vinte anos... Eu, porém, não posso deixar de, em parte, ser contrário a essa opinião. Quando o homem é, como tu, sem aspirações superiores às do sertanejo obscuro e trabalhador, o casamento deve ser o supremo ideal, o laço que o lace, a alma que o prenda... O primeiro caso, o juízo de Tolstoi, que aproveitem os loucos... Os iludidos das ilusões... Eu estou no caso. O casamento para mim mim seria a paralisação dos trabalhos com que sonho rendilhar o meu futuro distanciado e oculto... No teu caso, a mulher é o objeto principal, no meu é o segundo.

Casa... casa mas pensa... Mede os passos do passo que vais dar. Eu quase que não conheço a menina a quem amas, contudo a casa em que se acha é para mim uma recomendação suficiente. São regulares ou, mesmo boas, as informações que tenho tido a respeito da mulher que me queres dar por cunhada. Felecito-te por isto, me felicitando. Eu aceito-a como a uma irmã, de braços abertos. É preciso que mamãe veja nela uma filha e que essa nossa mãe ela veja uma mãe. Isto é necessário para que haja harmonia e na harmonia felicidade. Será assim? É só como serve. Essa mulher que aí tens a despejar-te carinhos e a renovar-me preces, vale a nossa preocupação mais constante. Ela continuará em tua companhia, não é assim? Ha de ser. Deve ser assim. Todo carinho para ela. Algum dia, quando eu, o louco de há muito tempo e o louco de muito sonho, realizar o velho ideal que o destino me emprestou no berço, hei de mostrar o muito que me vale essa mulher coberta de luto, carcomida de lágrimas. Beija-lhe as mãos todos os dias, todos os dias que te lembrares de mim. Por ora, vai cumprindo o teu dever. Reza o evangelho do teu amor, realiza o teu sonho no dia em que poderes e, sê feliz, se a minha bençam vale.
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(E Caldas desenganado de um amor desfeito, fracassado, escreveu ainda em Assu, estes versos datado de 24 (11 da noite) fevereiro de 1910, dizendo assim):
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Doente por não te ver, ver não te quero,
Dispenso-te a visita de saúde.
Dê-me Deus, que me vê, sempre a virtude
De, calado, sofrer meu desengano.

Infeliz que por ti meu sonho altero,
Tenho a crença feliz que não me ilude
De, perdido este amor profundo e rude,
Ser mais forte na vida e mais severo.

O amor que nos maltrata e às vezes mata
(É crença que agasalho, crença ingrata,
Crença que as asas levemente solta.)

Se, crescendo, não mata o que padece,
Morre no peito onde a desdita cresce
E o amor que morre para amar não volta.
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quarta-feira, 3 de junho de 2009

ELEICÃO PARA PREFEITO, 1972

Concentracão pública da campanha política de Walter Leitão e José André - Zezinho, em 1972, pela Aliança Renovadora Nacional - ARENA, contra Sebastião Alves e Elias Moreira - Lico, pelo Movimento Democrático Brasileiro - MDB, para prefeito do Assu. Em cima do carro de som (Rural), a escritora Maria Eugênia Montenegro (discursando) e, próximo a porta daquele veúculo), podemos ver o estudante José de Deus Alves dos Santos - Zé de Deus, hoje advogado. Era uma concetracão, salvo engano, das mulheres assuenses, em frente a prefeitura municipal. Walter e Zezinho, contavam com o apoio político do deputado Edgard Montenegro, e Sebastião e Lico, com o apoio do deputado Olavo Montenegro. Edgard e Olavo eram ferrenhos adversários na política local e Esrtadual. Fica, portanto, mais um registro sobre as campanhas políticas do passado, da terra de São João Batista.

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PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...