O Mercado visto da prça Pedro velho, onde se pode ver o Sobarado da Barones (em segundo plano) atual Casa de Cultura. O sobrado a esquerda com três janelas funcionou o Hotel Pátria.
O Mercado já quando existia apraça Pedro Velho, onde hoje está assentado o Banco do Nordeste,onde funcionou o Parque Infantil Palmério Filho.
Postado por Fernando Caldas
domingo, 14 de novembro de 2010
AÇUENSES NA POLÍTICA POTIGUAR, 1916
Neste importante documento (imagem abaixo), podemos conferir alguns açuenses que fizeram parte da disputa (eleição) ao Congresso Legislativo do Estado e Intendentes Municipías, em 916 como, por exemplo, João Lins Caldas, dr, Ernesto da Fonseca, Minervino Wanderley, Justiniano Lins Caldas Filho, Moisés Soases, dentre outos.
MEMÓRIA VIVA DE UM RONDONISTA
Foto/arquivo/divulgação
Fiz o projeto Rondon em 1979 em Belém do Pará. Oriundo da zona rural de Santana do Matos tive a oportunidade de avaliar, comparar e dissertar uma das mais importantes experiências que tive na minha formação cultural. Realidade contextualizada por milhares de mãos de universitários em todo o país. Na época o Projeto proporcionava aos voluntários universitários o choque direto entre teoria e prática, anseios e dificuldades a serem enfrentadas por futuros profissionais.
Criado em julho de 1967, durante o governo militar, o Projeto tinha como objetivo promover o contato de estudantes universitários voluntários com o interior do país, através da realização de atividades assistenciais em comunidades carentes e isoladas. Entre 1967 e 1989, quando foi extinto, o projeto motivou mais de 350 mil estudantes de todas as regiões do País.
Foram valiosas experiências vivenciadas por nós, os estudantes da época. Naquele momento, foram depositados e creditados àquela geração, conceitos de nacionalidade e responsabilidade, oportunizando a expressão e análise de cada um, pelo próprio punho, sem indicações, direção ou influências sobre os potenciais do país, quase pronto para decolar. Certamente essa liberdade de pensamento aflorou aspirações políticas, o que canalizou posicionamentos e a formação de novas gerações, determinadas e conscientes das mudanças alcançadas.
Dutra Assunção/ redator-chefe do Jornal Cajarana
Escrito por aluiziolacerda às 06h24
Fiz o projeto Rondon em 1979 em Belém do Pará. Oriundo da zona rural de Santana do Matos tive a oportunidade de avaliar, comparar e dissertar uma das mais importantes experiências que tive na minha formação cultural. Realidade contextualizada por milhares de mãos de universitários em todo o país. Na época o Projeto proporcionava aos voluntários universitários o choque direto entre teoria e prática, anseios e dificuldades a serem enfrentadas por futuros profissionais.
Criado em julho de 1967, durante o governo militar, o Projeto tinha como objetivo promover o contato de estudantes universitários voluntários com o interior do país, através da realização de atividades assistenciais em comunidades carentes e isoladas. Entre 1967 e 1989, quando foi extinto, o projeto motivou mais de 350 mil estudantes de todas as regiões do País.
Foram valiosas experiências vivenciadas por nós, os estudantes da época. Naquele momento, foram depositados e creditados àquela geração, conceitos de nacionalidade e responsabilidade, oportunizando a expressão e análise de cada um, pelo próprio punho, sem indicações, direção ou influências sobre os potenciais do país, quase pronto para decolar. Certamente essa liberdade de pensamento aflorou aspirações políticas, o que canalizou posicionamentos e a formação de novas gerações, determinadas e conscientes das mudanças alcançadas.
Por pressão da União Nacional dos Estudantes (UNE), o projeto Rondon foi reativado pelo governo federal em 2005 com uma nova roupagem, reformulado como um programa de governo. Agora os estudantes são quase programados, motivados a pesquisar assuntos predefinidos. Evidentemente o programa alcança objetivos importantes, localizados, não isentando a observação e opiniões pessoais dos jovens universitários quanto aos outros segmentos carentes e preteridos pelo atual sistema, como também conceitos pessoais de política são enrequecidos com concepções atuais politizadas.
Naquela década, precisamente quando fiz o projeto, ferviam e afloravam aspirações políticas, girando em ciclo por necessárias mudanças, e nesses momentos, sempre chegam as respostas do sistema. A democracia retomada, hoje padece pela mancha permanente da corrupção oficializada. Mesmo assim, a nação está esperançosa de novos pensamentos sintetizados pelas análises dos conceitos universitários e de todo o povo rondonista. Outras respostas virão com o tempo, e assim, permanecem as opções mutáveis e definidas por todos os cidadãos brasileiros.
Santana do Matos, orgulhosa da divulgação e projeção que tomou nos seus últimos três anos, recebe com carinho os professores e universitários rondonistas. Que sintam eles a desigualdade, as dificuldades e diferenças de um país continental, que marquem em suas vidas como futuros profissionais, as histórias, conhecimentos adquiridos e façam citações como analogias para futuros ensinamentos. Lembrança viva e permanente, assim como fiz no conteúdo redigido na área social sobre a população carente de Belém do Pará em 1979, assim como lembram muitos brasileiros, as histórias, as experiências vividas como rondonistas. Rondonistas, esses agora multiplicados geometricamente por cada cidadão, pelas facilidades, pela modernização e oportunidade de alcance dos métodos e de novos processos de Ensino X Aprndizagem.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
FANFA SEMPRE FANFA
Por Aluizio Lacerda, BlogdeAluízioLacerda
Não poderia ser diferente ter no sangue tão profunda vertente, sua genealogia transcende vultos memoráveis da mais pura linhagem do saber, cultura poética das mais aguçadas da ribeirnha fertilizadora do ubérrimo vale do Açu, tradições que se evidenciam no presente, através do belissimo trabalho, feito abnegadamente por Fernando Caldas (Fanfa), cotidianamente um apaixonado dos causos e causas dos costumes regionalistas.
Fanfa tem sido um perfeito tradutor das grandes sabedorias que a eternidade consumiu com o passar do tempo, mas todos continuam revigorados no presente, graças ao timoneiro contemporâneo, usando o máximo da sua inteligência para fazer fluir as memórias das gerações passadas, no universo intelectual das gerações do presente.
Fanfa é na verdade um canal aberto, uma via direta para os caminhos do futuro dos que desejam cultuar momentos de prazeirosas leitura, amantes da arte e seguidores dos talentosos vates antepassados.
Faço uma santa devoção, diuturnamente dou uma acessada no blog do companheiro Fanfa, cada dia, cada noite, sinto o feliz prazer de rever fatos e fotos, informações e relatos de um tempo que se foi, que se não tiver outros Fanfas, preocupados com a sua propagação, certamente deixarão de aparecer, nunca de existir.
Parabéns, amigo Fanfa, continue sua prodigiosa labuta, resgate historicamente o legado deixado pelos grandes menestréis do nosso amado rincão.
"Fanfa sempre Fanfa" esse é o Fernando Caldas que bem conheço, guardião das estrofes bem produzidas, sempre alerta as rimas, repentes, toadas ou loas da exuberante poesia, cantada em vento e prosa nas alpendradas rústicas, choupana do pobre ou sobrado do rico, ilustradas pelo farfalhar das abundantes carnaubeiras do nosso torrão.
Escrito por aluiziolacerda às 17h03
PATAXÓ: UM LUGAR TRANQUILO E CHEIO DE RARA BELEZA
Com acesso pavimentado desde 2004, a comunidade de Pataxó, na zona rural de Ipanguaçu, tornou um lugar mais atrativo. O povoado que fica a 2,6 km da BR 304, conta com um belo açude que enche o lugar de beleza. E mais do que isso, gera reflexo na vida social da comunidade e também possibilidade econômica através da pesca, principal atividade da população e do turismo, que por enquanto ainda é tímido.
Faz parte dos planos do prefeito Leonardo Oliveira (PT), construir um balneário para servir de atração turística no povoado. No momento, o gestor busca conseguir recursos para concretizar tão importante obra. Pataxó tem aproximadamente 500 famílias residentes e conserva até hoje sua identidade cultural.
Escrito por Toni Martins
Nota do blog: Depõe Padre Zé Luiz que na igreja de Pataxó está assentado a pia batismal mais bela e original do estado. Foi por lá também que começou as primeiras discursões sobre o desenvolvimento do Vale do Açu.
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Postado por fernando Caldas
Faz parte dos planos do prefeito Leonardo Oliveira (PT), construir um balneário para servir de atração turística no povoado. No momento, o gestor busca conseguir recursos para concretizar tão importante obra. Pataxó tem aproximadamente 500 famílias residentes e conserva até hoje sua identidade cultural.
Escrito por Toni Martins
Nota do blog: Depõe Padre Zé Luiz que na igreja de Pataxó está assentado a pia batismal mais bela e original do estado. Foi por lá também que começou as primeiras discursões sobre o desenvolvimento do Vale do Açu.
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Postado por fernando Caldas
POETAS E BOÊMIOS DO AÇU
Com este livro antológico, publicado em 1984, Ezequiel Fonseca Filho - doutor Ezequiel (que foi prefeito do Açu na década de trinta, deputado estadual, presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte nos anos cinquenta),aos 88 anos de idade, estreou nas letras potiguares. Tem prefácio do escritor da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras Manuel Rodrigues de Melo, que transcrevo adiante:
Ezequiel Fonseca Filho é o Historiador da Inteligência do Açu. Natural da "Terra dos Verdes Carnaubais", o autor por exceção não é poeta. As suas preferências intelectuais se fixam mais no rumo da história, da biografia, da pesquisa histórica, sem falar na tendência natural e incoercível que o transformou em médico da sua cidade e da sua gente ao longo de toda a sua vida. Querem uma prova do que afirmo? Aqui está o livro - Poetas e Boêmios do Açu - com que estréia nas letras da Província aos 88 anos de idade. Estréia, não é bem a expressão exata, porque antes já o fizera em trabalhos de merecimento sobre medicina e jornalismo. O que me cabe salientar nessa altura é o que o escritor propriamente dito, preferiu aparecer depois de maduro, em pleno apogeu das suas capacidades mentais. E o livro revela justamente esse traço: nitidez, segurança, conhecimento, sem faltar ali, acolá, um toque de doce humorismo, que anima e vivifica as suas páginas. Na moderna critica brasileira há uma forte tendência no sentido de descobrir até arbitrariamente o gênero das obras que aparecem no mercado livreiro. Não é que já classificaram Os Sertões, de Euclides da Cunha, de romance? O livro de Ezequiel Fonseca Filho não exigirá sem dúvida tanto esforço para saber-se a que gênero pertence, pois é patente o cunho histórico e biográfico que condiciona o seu feitio. São 132 bografias de poetas do Açu, carinhosamente escritas pelo autor, contando episódios da vida e da obra dos biografados, ao lado da citação de versos e poemas de cada poeta estudado.
Paassei vários dias lendo o livro de Ezequiel e confesso que ao virar cada capítulo o fazia sempre tocado de surpresa e curiosidade, tais as nuances que encontrava, quer de estilo, quer de saber por experiência feito, nas suas páginas.
Fiquemos por aqui, e deixemos que o leitor, pondo em uso os dons de inteligêencia e raciocínio que Deus lhe deu, descubra as primícias deste livro, dando-lhe o lugar que merece no contexto da biografia norte-rio-grandense. (Natal, 20 de maio de 1984).
Postado por Fernando Caldas
Ezequiel Fonseca Filho é o Historiador da Inteligência do Açu. Natural da "Terra dos Verdes Carnaubais", o autor por exceção não é poeta. As suas preferências intelectuais se fixam mais no rumo da história, da biografia, da pesquisa histórica, sem falar na tendência natural e incoercível que o transformou em médico da sua cidade e da sua gente ao longo de toda a sua vida. Querem uma prova do que afirmo? Aqui está o livro - Poetas e Boêmios do Açu - com que estréia nas letras da Província aos 88 anos de idade. Estréia, não é bem a expressão exata, porque antes já o fizera em trabalhos de merecimento sobre medicina e jornalismo. O que me cabe salientar nessa altura é o que o escritor propriamente dito, preferiu aparecer depois de maduro, em pleno apogeu das suas capacidades mentais. E o livro revela justamente esse traço: nitidez, segurança, conhecimento, sem faltar ali, acolá, um toque de doce humorismo, que anima e vivifica as suas páginas. Na moderna critica brasileira há uma forte tendência no sentido de descobrir até arbitrariamente o gênero das obras que aparecem no mercado livreiro. Não é que já classificaram Os Sertões, de Euclides da Cunha, de romance? O livro de Ezequiel Fonseca Filho não exigirá sem dúvida tanto esforço para saber-se a que gênero pertence, pois é patente o cunho histórico e biográfico que condiciona o seu feitio. São 132 bografias de poetas do Açu, carinhosamente escritas pelo autor, contando episódios da vida e da obra dos biografados, ao lado da citação de versos e poemas de cada poeta estudado.
Paassei vários dias lendo o livro de Ezequiel e confesso que ao virar cada capítulo o fazia sempre tocado de surpresa e curiosidade, tais as nuances que encontrava, quer de estilo, quer de saber por experiência feito, nas suas páginas.
Fiquemos por aqui, e deixemos que o leitor, pondo em uso os dons de inteligêencia e raciocínio que Deus lhe deu, descubra as primícias deste livro, dando-lhe o lugar que merece no contexto da biografia norte-rio-grandense. (Natal, 20 de maio de 1984).
Postado por Fernando Caldas
UM POUCO DO POETA JOÃO PARAIBANO
João Paraibano é poeta repentista (cantador de viola) dos melhores do Nordeste. Certa vez, numa festa na casa de um amigo, fora agredido por sua mulher enciumada. Ofendido, revidou na hora. Por este fato sofreu uma prisão. Pois bem, já trancafiado e arrependido da agreção a sua amada, solicitou do carcereiro que o delegado ouvisse as suas alegações. No que foi atendido por aquela autoridade policial, disse de improviso os versos que seguem:
Doutor eu sei que errei
Por dois fatos: Dama e porre.
Por amor se mata e morre.
Eu nem morri, nem matei,
Apenas prejudiquei
Um ambiente de classe.
Depois de apanhar na face
Bati na flor do meu ramo.
Me prenderam porque amo
Quanto mais se eu odiasse.
Poeta mesmo ofendido
Sabe oferecer afeto.
Faz pena dormir no teto
Da morada de um bandido,
Se humilha, faz pedido
Ninguém escuta a voz sua,
Não vê o sol, nem a lua
Deixar o espaço aceso.
Porque um poeta preso
Com tantos ladrões na rua?
Sei que não sou marginal,
Mas por ciúmes de alguém,
Bebi pra fazer o bem,
Terminei fazendo o mal.
Eu tendo casa, quintal,
Portão, cortina, janela
Deixei pra dormir na cela
Com a minha cabeça lesa,
Só sabe a cruz quanto pesa
Quem está carregando ela.
Poeta é um passarinho
Que quando está na cadeia
Sua pena fica feia,
Sente saudade do ninho,
Do calor do filhotinho,
Da fonte da imensidade.
Se come deixa a metade
Da ração que o dono bota,
Se canta esquece da nota
Da canção da liberdade.
Doutor, se eu perder meu nome
Não acho mais quem o empreste,
A minha mulher não veste,
Minha filhinha não come
E a minha fame se some
Para nunca mais voltar.
Não querendo lhe comprar,
Mas humildemente peço:
Se puder, rasgue o processo
E deixe o poeta cantar.
Postado por Fernando Caldas
Doutor eu sei que errei
Por dois fatos: Dama e porre.
Por amor se mata e morre.
Eu nem morri, nem matei,
Apenas prejudiquei
Um ambiente de classe.
Depois de apanhar na face
Bati na flor do meu ramo.
Me prenderam porque amo
Quanto mais se eu odiasse.
Poeta mesmo ofendido
Sabe oferecer afeto.
Faz pena dormir no teto
Da morada de um bandido,
Se humilha, faz pedido
Ninguém escuta a voz sua,
Não vê o sol, nem a lua
Deixar o espaço aceso.
Porque um poeta preso
Com tantos ladrões na rua?
Sei que não sou marginal,
Mas por ciúmes de alguém,
Bebi pra fazer o bem,
Terminei fazendo o mal.
Eu tendo casa, quintal,
Portão, cortina, janela
Deixei pra dormir na cela
Com a minha cabeça lesa,
Só sabe a cruz quanto pesa
Quem está carregando ela.
Poeta é um passarinho
Que quando está na cadeia
Sua pena fica feia,
Sente saudade do ninho,
Do calor do filhotinho,
Da fonte da imensidade.
Se come deixa a metade
Da ração que o dono bota,
Se canta esquece da nota
Da canção da liberdade.
Doutor, se eu perder meu nome
Não acho mais quem o empreste,
A minha mulher não veste,
Minha filhinha não come
E a minha fame se some
Para nunca mais voltar.
Não querendo lhe comprar,
Mas humildemente peço:
Se puder, rasgue o processo
E deixe o poeta cantar.
Postado por Fernando Caldas
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
ROSALBA VAI PRESENTEAR SENADORES COM CACHAÇA PRODUZIDA EM CAICÓ
A senadora Rosalba Ciarline, governadora eleita do Rio Grande do Norte, vai se despedir do Senado
E, num gesto de cortesia, vai dar a cada colega senador uma lembrança, que serve também como um mimo natalino: uma garrafa da legítima Cachaça Samanaú de Caicó.
A informação é do empresário e ex-deputado Dadá Costa, proprietário do alambique Samanaú, que viajou a Brasília transportando a encomenda.
“Além de ser um gesto extremamente simpático da parte da governadora Rosalba com os colegas senadores, ela também dará publicidade a um produto potiguar puro de origem”, disse Dadá, que terá publicidade gratuita em todos os gabinetes do Senado.
Bar de Ferreirinha
(Do Blog de Robson Pires)
JOÃO FONSECA E OTHONIEL MENEZES
João Fonseca (1920-1989) além de contador, foi funcionário público da Prefeitura Muncipal do Açu, sua terra natal. Na época da Segunda Grande Guerra trabalhou na Base de Parnamirim. Lembro-me dele pelos bares e botequins do Açu, acompanhado muitas vezes, do bardo açuense - que o Brasil consagrou - Renato Caldas, bem como João Marcolino de Vasconcelos - Lou, Walter de Sá Leitão, entre outras figuras do velho Açú. tomando uma "geladinha", claro.
Naquele base de Parnamirim, na época da Segunda Grande Guerra, onde conheceu e conviveu na intimidade com o grande poeta natalense autor da famosa canção intitulada "Serenata do Pescador", também conhecida popularmente como "Praieira dos meus amores" que para muitos natalenses é considerado como o Hino da cidade do Natal. Othoniel como também João Fonseca, dava-se o gosto (além de produzir versos de qualidade) de produzir versos populares como quadrinhas, sextilhas, décimas de diversos temas. Pois bem, joão certo dia, escreveu:
Amor é ver mordedura
De aranha caranguejeira
Se não mata a criatura
Aleja pra vida inteira.
Tomando conhecimento da trovinha acima, que o seu colega João Fonseca escreveu, Othoniel respondeu posteriormente:
Diz Fonseca - a Terra inteira
Não, é tu Deus que governas
- É a aranha caranguejeira
Que a mulher tem entre as pernas.
E esta outra também de autoria de Othoniel. Vamos conferir:
A verdade que isto encerra
Nada tem de ímpia ou estranha
O sol, que domina a Terra
Tem a forma de uma aranha.
Postado por Fernando Caldas
Naquele base de Parnamirim, na época da Segunda Grande Guerra, onde conheceu e conviveu na intimidade com o grande poeta natalense autor da famosa canção intitulada "Serenata do Pescador", também conhecida popularmente como "Praieira dos meus amores" que para muitos natalenses é considerado como o Hino da cidade do Natal. Othoniel como também João Fonseca, dava-se o gosto (além de produzir versos de qualidade) de produzir versos populares como quadrinhas, sextilhas, décimas de diversos temas. Pois bem, joão certo dia, escreveu:
Amor é ver mordedura
De aranha caranguejeira
Se não mata a criatura
Aleja pra vida inteira.
Tomando conhecimento da trovinha acima, que o seu colega João Fonseca escreveu, Othoniel respondeu posteriormente:
Diz Fonseca - a Terra inteira
Não, é tu Deus que governas
- É a aranha caranguejeira
Que a mulher tem entre as pernas.
E esta outra também de autoria de Othoniel. Vamos conferir:
A verdade que isto encerra
Nada tem de ímpia ou estranha
O sol, que domina a Terra
Tem a forma de uma aranha.
Postado por Fernando Caldas
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
CAMPEÃO CEARENSE VEM PRO ASSU 0PEN DE FUTSAL
A Seleção de Limoeiro do Norte(CE) irá participar do Assu Open de Futsal; A confirmação foi dada pelo empresário do ramo da construção civil em Assu Jarbas Rabelo, que é natural de Limoeiro; Jarbas fez uma parceria com a direção da Sel. Limoeirense de Futsal através dos seu dirigentes que ficaram entusiasmados com a grandeza do evento e pela premiação oferecida. Limoeiro foi destaque no Estadual Cearense de Futsal e recentemente com uma vitória por 2 a 0 sobre Camocim, conquistou o título do 38º Intermunicipal de Futsal 2010, Com gols de Fernando Moleza e Domar. No Assu Open a parceria vai usar o nome Casa do Cimento/Limoeiro; A presença de uma equipe com o nível de Limoeiro só engrandece o Assu Open de Futsal.
(Do blog Tatuton Sports)
(Do blog Tatuton Sports)
IVAN JÚNIOR DEFENDE UNIÃO DE TODOS OS POLÍITICOS DO ESTADO EM TORNO DE HENRIQUE ALVES PARA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA
O Prefeito de Assu, Ivan Lopes júnior (PP), defendeu hoje, em Brasília, a união da bancada federal na câmara, dos prefeitos e de todos os políticos do Rio Grande do Norte em torno do nome do deputado federal Henrique Alves (PMDB) para presidir a Câmara dos deputados. Para Ivan Júnior, como presidente da alta corte do País, Henrique tem condições de trabalhar ainda mais pelos municípios, fortalecendo o nosso Estado.
“Acho fundamental o nome do deputado Henrique para fortalecer a nossa luta em Brasília. O deputado tem trabalhado pelos municípios de forma intensiva e a sua presença como presidente da Câmara é muito mais do que um orgulho para o Estado. É a certeza de que nós, prefeitos, teremos sempre as portas abertas para nossas reivindicações”, enfatizou Ivan Júnior.
Ivan Júnior, que se encontra em Brasília participando da marcha dos prefeitos, se reuniu com alguns deputados do RN buscando essa união. Vice-presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), o prefeito de Assu também conclamou seus colegas prefeitos a se integrarem nessa luta.
Aliança
“É importante que os prefeitos também conversem com os seus deputados e mostrem a importância para os municípios e para o Rio Grande do Norte da eleição de Henrique presidente da Câmara dos Deputados”, completou.
Foto: Prefeito Ivan Júnior
Crédito: LeoSodré
AGÊNCIA ECO DE NOTÍCIAS
Leonardo Sodré João Maria Medeiros
Editor Geral Diretor de Redação
9986-2453 9144-6632
Nosso blog
http://www.ecoimprensanatal.blogspot.com/
Nosso e-mail
ecoimprensamarketing@gmail.com
“Acho fundamental o nome do deputado Henrique para fortalecer a nossa luta em Brasília. O deputado tem trabalhado pelos municípios de forma intensiva e a sua presença como presidente da Câmara é muito mais do que um orgulho para o Estado. É a certeza de que nós, prefeitos, teremos sempre as portas abertas para nossas reivindicações”, enfatizou Ivan Júnior.
Ivan Júnior, que se encontra em Brasília participando da marcha dos prefeitos, se reuniu com alguns deputados do RN buscando essa união. Vice-presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), o prefeito de Assu também conclamou seus colegas prefeitos a se integrarem nessa luta.
Aliança
“É importante que os prefeitos também conversem com os seus deputados e mostrem a importância para os municípios e para o Rio Grande do Norte da eleição de Henrique presidente da Câmara dos Deputados”, completou.
Foto: Prefeito Ivan Júnior
Crédito: LeoSodré
AGÊNCIA ECO DE NOTÍCIAS
Leonardo Sodré João Maria Medeiros
Editor Geral Diretor de Redação
9986-2453 9144-6632
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"REBULIÇO" NA TV GLOBO
"Rebuliço" é o título de um dos mais notórios poemas do consagrado poeta potiguar do Açu, Renato Caldas, de linguagem genuinamente matuta. Inclusive o deputado federal pelo Rio Grande do Norte, Ney Lopes declamou aqueles versos no plenário da Câmara Federal, a propósito do falecimento do poeta açuense, em 1991, bem como o poeta vaqueiro Zé Praxedes recitou o referenciado poema nas apresentações artísticas que fazia na década de cinquenta e sessenta, país a fora.
Afinal, para surpresa de quem conhece a poesia renatocaldiana, quem assistiu o capítulo do dia 8 deste mês, da Novela "Araguya" (da TV Globo), logo observou que parte daquele poema ou seja as quatro últimas estrofes, foi declamado por um certo personagem (numa das cenas) daquela novela que vai ao ar âs 18 horas. Vamos conferir o irreverente poema para o nosso bem estar, que diz assim:
Menina me arresponda,
Sem se ri e sem chorá:
Priquê você se remexe,
Quando vê home passá?
Fica toda balançando,
Remexendo, remexendo,
Penso tarvez qui nós véio,
Num tem oio e nem tá vendo?
Mas se eu fosso arturidade,
Se eu tivesse argum valô,
Eu botava na cadeia,
Esse teu remexedô.
Adepois dele tá preso,
Num lugá bem amarrado,
Eu pedia minha nêga,
Remexe pro delegado.
Postado por Fernando Caldas
Afinal, para surpresa de quem conhece a poesia renatocaldiana, quem assistiu o capítulo do dia 8 deste mês, da Novela "Araguya" (da TV Globo), logo observou que parte daquele poema ou seja as quatro últimas estrofes, foi declamado por um certo personagem (numa das cenas) daquela novela que vai ao ar âs 18 horas. Vamos conferir o irreverente poema para o nosso bem estar, que diz assim:
Menina me arresponda,
Sem se ri e sem chorá:
Priquê você se remexe,
Quando vê home passá?
Fica toda balançando,
Remexendo, remexendo,
Penso tarvez qui nós véio,
Num tem oio e nem tá vendo?
Mas se eu fosso arturidade,
Se eu tivesse argum valô,
Eu botava na cadeia,
Esse teu remexedô.
Adepois dele tá preso,
Num lugá bem amarrado,
Eu pedia minha nêga,
Remexe pro delegado.
Postado por Fernando Caldas
terça-feira, 9 de novembro de 2010
O AMOR E OUTROS SENTIMENTOS POÉTICOS
O oficial da Marinha, Mestre em Meteorologia e Doutor em Ciências Navais, Lucimar Luciano de Oliveira não faz do mar o seu alento. Longe da incerteza das águas é no papel que compõe os seus versos. Eles falam sobre o nascimento, o amor sem fim, o perdão. Esses e outros temas estão reunidos no livro “Estado de Poesia – sonetos, redondilhas e desafios”. O livro será lançado hoje, a partir das 19h, na livraria Siciliano, do Midway Mall.
Como revela o autor, em versos: “Estado de poesia/ É como estado de coração/ Em êxtase fala/ Com a alma em contrição/ O peito em dor/ De coração/ Estado de poesia/ É como ver sem olhar/ Viver sem respirar/ Um modo de ser/ Um momento de estar/ Nascer/ Estado de poesia/ É como estado de amar/ Ou de ficar/ Instante de crescer/ Em silêncio no altar/ Do ser”.
O livro reúne 57 sonetos, alguns deles em versos alexandrinos, a maioria em decassílabos heroicos. Aos sonetos, acrescentou 16 redondilhas, uma no sentido original do termo – versos curtos, tetrassílabos, métricas que aprecio desde menino. O livro também traz 20 peças, escritas para um grupo da Internet, chamado “Poenautas”. Além delas, foi acrescentada uma ode inédita, de quartetos em decassílabos. Ao todo são 94 poesias ritmadas e metrificadas.
No prefácio do livro, Diógenes da Cunha Lima diz que Lucimar configura a poesia em seu estado mais puro. Hábil, pega o leme para conduzir com segurança a métrica e o ritmo. Sensível, liberta das amarras a alma, permitindo-lhe navegar em mares de substantivos escassos de adjetivos, pois estes se manifestam em espontâneo sentimento.
(Fonte: Tribuna do Norte)
Como revela o autor, em versos: “Estado de poesia/ É como estado de coração/ Em êxtase fala/ Com a alma em contrição/ O peito em dor/ De coração/ Estado de poesia/ É como ver sem olhar/ Viver sem respirar/ Um modo de ser/ Um momento de estar/ Nascer/ Estado de poesia/ É como estado de amar/ Ou de ficar/ Instante de crescer/ Em silêncio no altar/ Do ser”.
O livro reúne 57 sonetos, alguns deles em versos alexandrinos, a maioria em decassílabos heroicos. Aos sonetos, acrescentou 16 redondilhas, uma no sentido original do termo – versos curtos, tetrassílabos, métricas que aprecio desde menino. O livro também traz 20 peças, escritas para um grupo da Internet, chamado “Poenautas”. Além delas, foi acrescentada uma ode inédita, de quartetos em decassílabos. Ao todo são 94 poesias ritmadas e metrificadas.
No prefácio do livro, Diógenes da Cunha Lima diz que Lucimar configura a poesia em seu estado mais puro. Hábil, pega o leme para conduzir com segurança a métrica e o ritmo. Sensível, liberta das amarras a alma, permitindo-lhe navegar em mares de substantivos escassos de adjetivos, pois estes se manifestam em espontâneo sentimento.
(Fonte: Tribuna do Norte)
"BALÕES DE ENSAIO - EZEQUIEL WANDERLEY
"Obra: Balões de Ensaio; autor: Ezequiel Wanderley[1872-1933] do Centro Polymathico; 1919, Typografia Commercial – J. Pinto & Cia – Natal – 1919 – edição fac-similar; Sebo Vermelho – Natal, 2009 - Orelha do livro por Abimael Silva, sebista e editor - A volta dos Balões de Ensaio - Há noventa anos o jornalista, teatrólogo, cronista, poeta, agitador cultural e dandi Ezequiel Wanderley lançava Balões de Ensaio, reunindo crônicas, pequenos ensaios e depoimentos sobre o Rio Grande do Norte e algumas personalidades da época: Antonio Marinho, Gothardo Neto, Pedro Velho, Nísia Floresta, Natal, Macau e a origem da palavra papa-jerimum justificaria sua reedição, mas este livro tem muitas outras qualidades. Balões de Ensaio é o primeiro livro de Ezequiel Wanderley, publicado em 1919. Está entre as grandes raridades da bibliografia norte-rio-grandense, reeditadas pelo Sebo Vermelho, em edição fac-similar e limitada, de trezentos exemplares, para estudiosos e pesquisadores de nossa história. Filho de Luiz Carlos Lins Wanderley, primeiro médico e romancista do Rio Grande do Norte, autor de O Mistério de um Homem Rico, publicado em 1875, Ezequiel Lins Wanderley nasceu em Assu, dia 27/10/1872. Depois de Balões de Ensaio, publicou Poetas do Rio Grande do Norte, em 1922 e Meu Teatro, em 1927. Faleceu em Natal, dia 26/11/1933, aos 61 anos, deixando excelente produção literária nos jornais de sua época, à espera de um pesquisador com faro apurado e sensibilidade poética."
(Do blog Baú de Macau)
Postado por Fernando Caldas
(Do blog Baú de Macau)
Postado por Fernando Caldas
"PRESENÇA DE OSVALDO CRUZ NO RIO GRANDE DO NORTE"
"Autor: Frank Tavares Correa; Obra: Presença de Oswaldo Cruz no Rio Grande do Norte; Carta de 22 de outubro de 1905 de Oswaldo Cruz para sua esposa: “Chegamos à barra do Assu, rio a qual está Macau, às 11 h. da manhã. Já aguardava nossa chegada o prático da barra que levou-me dois telegramas do Leão, pelos quais tive o prazer de receber notícias de vocês. A nosso encontro vieram 3 ou 4 escaleres á vela mandados pela população para receber-nos, caso o navio não pudesse transpor a barra. Não foi necessário, embora arrastando na lama, conseguimos transpor o baixio e subirmos o rio, fundeando bem defronte da cidade. Ancorados, recebemos as primeiras visitas: o médico da localidade Dr. Pedro Amorim, o Juiz de Direito Dr. Câmara, o Promotor Público, o Presidente da Intendência, o vigário, o encarregado da mesa de rendas, deputados estaduais, os mais importantes salineiros da terra, etc. ...Em terra disse-nos um dos magnatas que conheceu-me pelas caricaturas de “Malho”! jornal conhecidíssimo em todo norte. Disse-me que a cabeleira estava perfeita, faltando apenas ter presos nela alguns mosquitos! Vê que santa ingenuidade!”
(Do blog Baú de Macau)
Postado por Fernando Caldas
(Do blog Baú de Macau)
Postado por Fernando Caldas
FAERN-SENAR PROMOVE CURSO DE COOPERATIVISMO EM JAÇANÃ
A produção de maracujá na região de Jaçanã está em torno de cinco milhões de toneladas por ano
Com o objetivo de incentivar o trabalho cooperativo entre produtores rurais, o Sistema Faern/Senar promoveu entre os dias 28 e 29 de outubro, na cidade de Jaçanã, na região Agreste do Estado, curso de cooperativismo para fruticultores.
Com aulas ministradas pelo educador do Senar Manoel Barbosa de Lucena, 15 produtores rurais do município puderam, através de exposições e grupos de trabalho, observar como é a realidade atual do cultivo de frutas e como é a nova metodologia que poderá ser aplicada na região.
De acordo com o educador Manoel Lucena, o que os fruticultores da cidade trabalhavam bastante e lucro era menor. “Esses produtores, na sua maioria de maracujá, estão atualmente nas mãos de atravessadores que sabem da carência de Jaçanã e que se utilizam da desordem na comercialização do produto para pagar menos aos fruticultores. Outro ponto citado pelos produtores foi a questão da falta de união. A falta de uma política de cooperativa. E foi isso que fui mostrar para eles: o valor do cooperativismo”, ressaltou Lucena.
Maracujá
Atualmente a produção de maracujá na região de Jaçanã está em torno de cinco milhões de toneladas por ano. Um valor bem alto, mas que não retorna em valores para os pequenos produtores da região, que estão atrelados aos chamados atravessadores. Muitos dos fruticultores que participaram do curso achavam normal esse ciclo vicioso.
Desenvolvendo novas idéias
Com as aulas, os fruticultores de Jaçanã descobriram que podem aproveitar muito mais de sua produção, e que o lucro só vai depender do bom empenho deles na busca por novos mercados. Na cidade existem pequenas indústrias beneficiadoras, construídas com recursos do Governo Federal e que estão a espera dessa nova classe que saiu do curso do Senar. “Passamos todos os pontos para se desenvolver uma cooperativa. De movimento financeiro, passando por organização interna e legislação, até a formação de uma comissão organizadora para colocar esse plano para frente”, Informou Manoel Lucena.
Com o fim do curso, os produtores rurais ficaram de se reunir no dia 06, na Emater, para traçar os futuros passos da Cooperativa de Jaçanã. “Fiquei muito grato com esse curso. A vida desses fruticultores será outra. Essa comissão que irá se reunir na Emater para organizar a cooperativa está com todo o gás. E eu tenho certeza que ela irá dar conta do recado. Novos dias surgirão para todos eles”, finalizou Lucena.
Paulo Correia
Agência ECO de Notícias
de Jaçanã RN
AGÊNCIA ECO DE NOTÍCIAS
Leonardo Sodré João Maria Medeiros
Editor Geral Diretor de Redação
9986-2453 9144-6632
Nosso blog
http://www.ecoimprensanatal.blogspot.com/
Nosso e-mail
ecoimprensamarketing@gmail.com
Com o objetivo de incentivar o trabalho cooperativo entre produtores rurais, o Sistema Faern/Senar promoveu entre os dias 28 e 29 de outubro, na cidade de Jaçanã, na região Agreste do Estado, curso de cooperativismo para fruticultores.
Com aulas ministradas pelo educador do Senar Manoel Barbosa de Lucena, 15 produtores rurais do município puderam, através de exposições e grupos de trabalho, observar como é a realidade atual do cultivo de frutas e como é a nova metodologia que poderá ser aplicada na região.
De acordo com o educador Manoel Lucena, o que os fruticultores da cidade trabalhavam bastante e lucro era menor. “Esses produtores, na sua maioria de maracujá, estão atualmente nas mãos de atravessadores que sabem da carência de Jaçanã e que se utilizam da desordem na comercialização do produto para pagar menos aos fruticultores. Outro ponto citado pelos produtores foi a questão da falta de união. A falta de uma política de cooperativa. E foi isso que fui mostrar para eles: o valor do cooperativismo”, ressaltou Lucena.
Maracujá
Atualmente a produção de maracujá na região de Jaçanã está em torno de cinco milhões de toneladas por ano. Um valor bem alto, mas que não retorna em valores para os pequenos produtores da região, que estão atrelados aos chamados atravessadores. Muitos dos fruticultores que participaram do curso achavam normal esse ciclo vicioso.
Desenvolvendo novas idéias
Com as aulas, os fruticultores de Jaçanã descobriram que podem aproveitar muito mais de sua produção, e que o lucro só vai depender do bom empenho deles na busca por novos mercados. Na cidade existem pequenas indústrias beneficiadoras, construídas com recursos do Governo Federal e que estão a espera dessa nova classe que saiu do curso do Senar. “Passamos todos os pontos para se desenvolver uma cooperativa. De movimento financeiro, passando por organização interna e legislação, até a formação de uma comissão organizadora para colocar esse plano para frente”, Informou Manoel Lucena.
Com o fim do curso, os produtores rurais ficaram de se reunir no dia 06, na Emater, para traçar os futuros passos da Cooperativa de Jaçanã. “Fiquei muito grato com esse curso. A vida desses fruticultores será outra. Essa comissão que irá se reunir na Emater para organizar a cooperativa está com todo o gás. E eu tenho certeza que ela irá dar conta do recado. Novos dias surgirão para todos eles”, finalizou Lucena.
Paulo Correia
Agência ECO de Notícias
de Jaçanã RN
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Leonardo Sodré João Maria Medeiros
Editor Geral Diretor de Redação
9986-2453 9144-6632
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domingo, 7 de novembro de 2010
SOBRE O POETA WALFLAN DE QUEIROZ
Eu tive o privilégio de ter conhecido ainda no começo da minha juventude, o grande bardo potiguar chamado Walflan Furtado de Queiroz (1930-1995), na calçada do Café São Luiz, em Natal, em 1974, apresentado pelo meu pai. Ele nos cumprimentou com certa distância que logo entendi. Walflan nasceu na cidade de São Miguel, região do alto oeste potiguar. Ele era meu primo próximo por ter sido sobrinho de minha avó paterna chamada Odete Fernandes de Queiroz Caldas, natural de Luiz Gomes, então residente na cidade de Açu (RN), irmã de seu pai Letício Fernandes de Queiroz (dr. Letício), que foi farmacêutico em Natal.Sua mãe chamava-se Raimunda Furtado de Queiroz.
Walflan de Queiroz era tipo baixo, testa franzida, aparentemente tímido,solitário, fumante compulsivo, boêmio nos seus tempos de juventude. Intelectual, escrevia e falava latim fluentemente, bem como inglês e francês. Formou-se em direito pela famosa Faculdade de Direito do Recife, mas nunca exerceu a profissão de advogado que certamente teria exercido com brilhantismo.
A produção literária de Walflan engrandece as letras norte-riograndenses. Nunca o vi e ouvi (apesar de não ter convivido com ele) declamando suas poesias, mas vi e ouvi, muitas vezes, na calçada do Café São Luiz, exaltando Rimbaud, em voz alta. Publicou oito livros intitulados de "O Tempo da Salvação", 1960, "O Livro de Tânia", 1963, "O Testamento de Jó", 1967, "A Colina de Deus", 1968, "Nas Fontes da Salvação", 1970, "Aos Pés do Senhor", 1972 e "A Porta de Zeus", 1974.
Do "Livro de Tânia", sua segunda obra, vamos encontrar o seguinte poema:
Eu venho de uma montanha, Tânia.
De uma montanha de fogo e de sombras,
De fogo como o sol e de sombras como a noite.
Venho de um vale, Tânia.
Um vale com mil flores brilhantes.
E toda essas flores eram tuas.
Venho de uma floresta, Tânia.
Uma floresta com apenas um pássaro.
Um pássaro azul como as águas do rio
Venho de um lago também azul, Tânia.
Um lago tranquilo e sem rumores,
Com cisnes brancos, cisnes selvagens,
Selvagens como o meu amor.
Eu venho do mar, Tânia.
Um mar sem prais e sem gaivotas,
Com uma ilha de carne,
E com o sangue de uma estrela.
Venho do deserto com ventos de areia
E com monumentos que são sepulcros,
Onde enterro a minha solidão.
Geraldo Melo (que foi governador e senador da república pelo RGNorte), amigo de Walflan, depõe que ele "amou algumas mulheres, mas com tal desespero e tal entrega, que terminou perdendo uma a uma". Ainda jovem, Walflan foi lecionar no interior do Paraná, onde apaixonou-se por uma normalista chamada Irene Porcel, como afirmam alguns dos seus contemporâneos. A Irene referenciada acima, o poeta faz referência no poema transcrito adiante. Vamos conferir para o nosso deleite:
Tres amores
E uma solidão
Irene, Tânea
E Herna
Vi Abraão
No Monte Muriá
Tres amores
E uma solidão
Irene azul
Tânia amarga
E Herna Triste.
Walflan conheceu o mundo quando servia a Marinha Mercante. O poeta e produtor cultural Eduardo Gosson depõe que Walflan nas suas andanças país a fora "apaixonou-se por uma bailarina cubana, gostou das noites da Martinica e quase casou-se com uma colegial de Buenos Aires".
Afinal, vamos conferir o seu "Auto Retrato", que diz assim:
Não tenho a beleza de Rimbaud
Nem o rosto torturado de Baudelaire
Tenho sim, olhos negros
Como os olhos de Poe.
Meus cabelos são soutos, em desalinhos como os de algum Anjo ou demônio
Minha pele, queimada eternamente pelo sol, tem sal de mar e a cor morena dos que são náufragos
Minhas mãos são pequenas, tristes embora como mãos de alguém que só as estendeu para o Adeus.
A última vez que eu vi Walflan, foi numa clínica de tratamento psiquiatrico (ele era acometido de esquizofrenia) em Natal, onde estava internado e onde veio a falecer, vítima de insuficiência respiratória.
Postado por Fernando Caldas
Walflan de Queiroz era tipo baixo, testa franzida, aparentemente tímido,solitário, fumante compulsivo, boêmio nos seus tempos de juventude. Intelectual, escrevia e falava latim fluentemente, bem como inglês e francês. Formou-se em direito pela famosa Faculdade de Direito do Recife, mas nunca exerceu a profissão de advogado que certamente teria exercido com brilhantismo.
A produção literária de Walflan engrandece as letras norte-riograndenses. Nunca o vi e ouvi (apesar de não ter convivido com ele) declamando suas poesias, mas vi e ouvi, muitas vezes, na calçada do Café São Luiz, exaltando Rimbaud, em voz alta. Publicou oito livros intitulados de "O Tempo da Salvação", 1960, "O Livro de Tânia", 1963, "O Testamento de Jó", 1967, "A Colina de Deus", 1968, "Nas Fontes da Salvação", 1970, "Aos Pés do Senhor", 1972 e "A Porta de Zeus", 1974.
Do "Livro de Tânia", sua segunda obra, vamos encontrar o seguinte poema:
Eu venho de uma montanha, Tânia.
De uma montanha de fogo e de sombras,
De fogo como o sol e de sombras como a noite.
Venho de um vale, Tânia.
Um vale com mil flores brilhantes.
E toda essas flores eram tuas.
Venho de uma floresta, Tânia.
Uma floresta com apenas um pássaro.
Um pássaro azul como as águas do rio
Venho de um lago também azul, Tânia.
Um lago tranquilo e sem rumores,
Com cisnes brancos, cisnes selvagens,
Selvagens como o meu amor.
Eu venho do mar, Tânia.
Um mar sem prais e sem gaivotas,
Com uma ilha de carne,
E com o sangue de uma estrela.
Venho do deserto com ventos de areia
E com monumentos que são sepulcros,
Onde enterro a minha solidão.
Geraldo Melo (que foi governador e senador da república pelo RGNorte), amigo de Walflan, depõe que ele "amou algumas mulheres, mas com tal desespero e tal entrega, que terminou perdendo uma a uma". Ainda jovem, Walflan foi lecionar no interior do Paraná, onde apaixonou-se por uma normalista chamada Irene Porcel, como afirmam alguns dos seus contemporâneos. A Irene referenciada acima, o poeta faz referência no poema transcrito adiante. Vamos conferir para o nosso deleite:
Tres amores
E uma solidão
Irene, Tânea
E Herna
Vi Abraão
No Monte Muriá
Tres amores
E uma solidão
Irene azul
Tânia amarga
E Herna Triste.
Walflan conheceu o mundo quando servia a Marinha Mercante. O poeta e produtor cultural Eduardo Gosson depõe que Walflan nas suas andanças país a fora "apaixonou-se por uma bailarina cubana, gostou das noites da Martinica e quase casou-se com uma colegial de Buenos Aires".
Afinal, vamos conferir o seu "Auto Retrato", que diz assim:
Não tenho a beleza de Rimbaud
Nem o rosto torturado de Baudelaire
Tenho sim, olhos negros
Como os olhos de Poe.
Meus cabelos são soutos, em desalinhos como os de algum Anjo ou demônio
Minha pele, queimada eternamente pelo sol, tem sal de mar e a cor morena dos que são náufragos
Minhas mãos são pequenas, tristes embora como mãos de alguém que só as estendeu para o Adeus.
A última vez que eu vi Walflan, foi numa clínica de tratamento psiquiatrico (ele era acometido de esquizofrenia) em Natal, onde estava internado e onde veio a falecer, vítima de insuficiência respiratória.
Postado por Fernando Caldas
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