A revista Papangu que noticia a cultura, os fatos políticos, o cotidiano, editada por Túlio Ratto começou a circular em 2004. Após nove meses fora de circulação volta ás livrarias e Bancas. A edição de número 66 terá lançamento na próxima quinta feira, 13, amanhã às19 horas na Livraria Siciliano, no Miduay, Natal. Na capa, a chahge da governadora Rosalba Ciarline.
Postado por Fernando Caldas
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Missa de 7º dia
Acabamos de receber a informação de que uma "Missa de 7º dia" será celebrado neste sábado na Igreja de Pirangi em Natal, ato em que familiares e amigos estarão reunidos na fé cristã em sufrágio da alma de Rivadávia Alves Cabral. O ato religioso está previsto para ás 19.30 horas. Quem nos informou foi o odontólogo Osman Alves, irmão do falecido, adiantando ainda que outras missas estão sendo providenciadas pela familia, pra se realizar nas Igrejas de Carnaubais e Assu.
Do BlogdeAluízioLacerda
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Bar doce lar
Alguns bares de Natal ficaram famosos pelo que ofereciam. Outros, talvez a maioria, pelo comportamento e esquisitices dos seus donos. Quem não se lembra de Nazi, da esquina do Beco da Lama com a rua Coronel Cascudo, que preparava uma famosa “meladinha”, que consistia de uma mistura de cachaça com mel de abelha e limão?
Famoso por ser pão-duro, foi surpreendido por uma pedinte que entrou no seu bar intempestivamente gritando:
- Me dê uma esmola ai!
Calmo, ensinou demoradamente como ela deveria se dirigir às pessoas para conseguir esmolas e ressaltou a importância de tentar ser extremamente educada, de falar baixo, etc. Cheia de esperanças, ela refez o caminho de volta e entrando novamente no bar, dizendo baixinho, como havia aprendido:
- Seu Nazi, por favor, faça a gentileza de me dar uma esmolinha.
Aparentemente distraído, concentrado na lavagem de uns copos, ele respondeu:
- Perdoe...
Não sei se o maior cronista das histórias da Confeitaria Atheneu, o engenheiro Augusto Leal sabe desta, mas existe um grupo que não perde um último capítulo de novela das oito naquele bar. Durante todo o decorrer da novela, pedem tudo o que é possível a Odeman, que, novelista convicto, segundo a minha fonte, enfurece-se a cada cerveja ou tira-gosto pedido. Quando termina a novela eles pedem a conta e vão embora. Essa história acontece há anos...
O bar “Beleleu”, do músico Paulo Sarkis e da bela Simone Betoni, começa a colecionar algumas histórias engraçadas e o jeito invocado de Paulo, que no fundo é uma pessoa muito sensível, está começando a formar a “personalidade” do ambiente. Nas quartas e domingos, por exemplo, tem sempre um trio tocando blues. Baixista, ele geralmente compõe o grupo. Mas se alguém se arriscar a pedir uma música, a resposta é sempre um sonoro “não”. Ele termina tocando, mas sempre diz não antes. Na hora que quer fechar o bar, um acordo é quase impossível. E ele sempre anuncia:
- Aqui o cliente nunca tem razão.
Outro dia cheguei por lá e estava tocando o disco teste de uma CD que sua banda, Mad Dogs, irá lançar brevemente. Gostei muito e pedi:
- Paulinho coloque no inicio, pois o CD está muito bom...
Ele respondeu:
- Coloco não! Todo mundo chega aqui pedindo a mesma coisa.
Bruna Simone e Elione Medeiros, que atendem as mesas e o balcão já pegaram o jeito. Os clientes tradicionais, já entendem que o “não” delas quer dizer, na verdade, um sim.
Inventor de sanduíches criou somente para ele, um especial, com pão francês, que tem como ingredientes básicos, mortadela e vinagrete. A iguaria não consta do cardápio, mas um dia, abriu uma concessão para mim. Achei o sanduíche maravilhoso, mas ficou somente neste. Sempre que vou pergunto se não dá para sair “unzinho”. A resposta é sempre não. Perguntado por que não coloca no cardápio, recusa-se a dar muitas explicações e no máximo disse apenas uma vez que “ninguém iria gostar mesmo”. Eu gostei.
Louco por futebol, uma vez estava vendo um jogo sem futuro na televisão, de um campeonato de um país europeu. Alguém pediu para ver o Jornal Nacional. A resposta foi rápida:
- Somente depois do jogo, que ainda vai demorar um bocado. Leia os jornais amanhã...
A cerveja do Beleleu é impecável, os pratos são bons e variados e os banheiros estão sempre limpos. Ele vez por outra sustenta uns “preguinhos”. Talvez por isso ele use a máxima da razão unilateral.
Outro dia um cliente foi pagar uma continha de dezesseis reais. Para não ficar sem nenhum dinheiro na carteira, combinou que iria dar dez e que pagaria o restante no outro dia. Ele não perdeu tempo:
- Eu nunca ouvi falar que se pagasse prego de bar à prestação...
* Jornalista e escritor
Texto publicado no "O Jornal de Hoje" em julho de 2003.
POESIA ERÓTICA
Por Ednar Andrade
Meu corpo se aperta, quero teu beijo…
Faísca, lampejo, carne, tesão…
Quero, tua boca, teu cheiro, tudo de ti quero…
Adoro, venero, suplico e espero…
Vem, me diz que és meu,
Que meu corpo é teu…
Que tudo desperta…
Nosso amor, nossa festa… Diz:
Que sou o teu porre,
O teu lúdico e grande amor sublime…
O amor da tua vida… Vem com tua voz mansa, me agita, me alcança…
Me envolve, me encanta, vem…
Me canta…
Me deixa tonta, alerta, elétrica querendo-te em mim…
Ai… Me pega, me arrasta,
Não nega me farta com o teu prazer…
Hum… Que saudade de ti, de nós…
A sós… E de mais ninguém…
Nas noites, nos dias, nas horas vadias…
Quero-te cada vez mais… Bem mais…
Ser tua mulher,
Ser tua amante, de hoje de ontem…
E apenas ser, como quiseres,
Sem pudor, sem vergonha, na cama, no mato, onde puder ser…
Somente tua, Meu Sol, tua Lua…
No paraíso deste querer…
Me aperta, me abraça, com as tuas pernas me enlaça…
Com teu hálito me nina….
Me põe pra dormir…
Me farta, me aninha…
Me leva ao céu do nosso prazer…
Meu doce veneno, meu homem, menino…
Meu doce segredo,
Meu abismo, meu medo…
Meu amanhecer,
Meu Sol tão dourado…
Tem cor de pecado…
Não sou sem você.
(Ednar Andrade).
Fonte: Substantivo Plural
FURO DE REPORTAGEM!
Laélio Ferreira
"BIG BROTHER
O multifacetado Crispiniano Neto poderá ser o primeiro representante do Rio Grande do Norte a participar do programa Big Brother Brasil, da Rede Globo. Durante a passagem da equipe do programa Brava Gente, por Mossoró, o nome do velho Crispa foi sugerido e uma das coordenadoras do BBB conversou demoradamente com Crispiniano, que deverá dar a resposta em breve." (Fonte:http://www2.uol.com.br/omossoroense/240702/politica3.htm)
Postado por Fernando Caldas
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
CASCUDO, ONDE ESTÁ VOCÊ?
Públio José, jornalista
(publiojose@gmail.com)
Idealizar e por em prática a campanha “Escritor Potiguar: o Presente de Natal” me trouxe muitas alegrias, muitas felicitações, uma boa sensação de dever cumprido, o fortalecimento de várias convicções – e uma dolorosa constatação: por pior que se imagine o processo de desqualificação, de rejeição, de desconhecimento, de desvalorização de que é vítima a literatura local, tanto na esfera pública quanto na iniciativa privada; por mais que se veja a literatura potiguar como a indigente maior do planejamento estatal; por mais que se presuma negativamente sobre o tema, vê-se que a realidade é infinitamente pior. Tirando-se o apoio de algumas instituições ao lançamento de livros, normalmente de pessoas portadoras de acesso ao processo de produção pela fama que alcançaram, a pobreza geral continua a roer nossas entranhas literárias, sendo-lhe a eterna companheira de uma vida rica de tribulações.
Dos lançamentos, fora o momento do autógrafo, pouco fica de palpável, de concreto. O autor reúne a família, seu ciclo de amigos (o que às vezes totaliza pouco mais de uma centena de pessoas), tudo muito bonito, tudo muito bom... Vende alguns exemplares aos presentes, dos quais a grande maioria não lê o que adquire; o assunto sobre o qual pesquisou, sobre o qual se debruçou anos e anos é comentado uns poucos dias em rodas mais intelectualizadas – e tchau. Nesse período ocorrem alguns espasmos envolvendo o assunto, representado por algumas entrevistas, matérias e notas nos veículos de comunicação – e tchau. Sobre o conteúdo do trabalho que o autor transformou em obra literária nada se aproveita (com raras exceções); nenhuma instituição de ensino se permite analisá-lo mais profundamente; as redes oficiais de ensino se mantêm afastadas da questão – e tchau. Falei redes oficiais de ensino?
Nessa seara, o absurdo do pouco caso alcança níveis altamente danosos à produção literária local, culminando por auferir-lhe, por conseqüência, um status de ente incolor, inodoro, insulso, indolor, portanto, sem vida. Uma idéia do absurdo desse processo: Câmara Cascudo – reconhecidamente o maior nome das letras potiguares – é totalmente desconhecido da grade curricular das nossas escolas. Por conseqüência, das mentes dos estudantes dos ensinos fundamental, médio e superior. Essa constatação nos leva ao seguinte raciocínio: ou o conteúdo de tudo que Cascudo escreveu é gritantemente irrelevante ou a qualidade de nossa educação é tão elevada que prescinde de estudá-lo com profundidade. Tal raciocínio, todos sabem, é tosco, uma vez não ser nosso ensino nenhuma Brastemp, enquanto o folclorista é tema constante de centros de ensino superior da Bélgica, da França, da Itália, de Portugal...
Enfim, de searas acadêmicas de excelsa qualidade espalhadas por várias partes do mundo. E não só isso. Cascudo é incluído, analisado, estudado, em publicações as mais diversas, em todos os continentes, desde que a seriedade da obra exija a presença marcante e o raciocínio original de um estudioso persistente e devotado a assuntos que envolvem desde a Etnografia, a Etimologia, o Folclore, a Gastronomia, a Sociologia, o Direito, a Arqueologia, a Antropologia, até usos, hábitos e costumes de povos africanos. Como se observa, é de uma ignorância mastodôntica a esfera educacional que não inclui em sua grade de ensino um autor do porte de Luiz da Câmara Cascudo, potiguar que deu inúmeras demonstrações de amor à sua terra, publicou mais de 150 obras e foi premiado – entre inúmeras láureas que conquistou – pela Academia Brasileira de Letras com o prêmio João Ribeiro.
Na Europa, um estudante pesquisando um tema de um dos livros de Cascudo, ao se dirigir ao diretor da biblioteca, dele ouvirá, com certeza: “Procure na estante tal que Cascudo está lá”. Já por aqui, se um aluno tentar um negócio desses, ganhará, como resposta, um olhar estranho de um bibliotecário qualquer, para o qual o nome Cascudo está mais para o cocorote que se dá em menino teimoso, desobediente, do que para o homem que legou ao mundo o “Dicionário do Folclore Brasileiro”. Assim, enquanto, pelo mundo afora, a obra de Cascudo reverbera e repercute a essência de um saber único, original, por aqui o descaso para com o conteúdo do seu gigantesco trabalho é agressão ao bom senso, afronta à inteligência e insulto à ciência do ensino. “Cascudo, onde você está? Cascudo? Cascudo, onde lhe encontro? Cascudooo? Caaaascuuuuuudooooooooo???” Silêncio. Só o silêncio por resposta.
Postado por Fernando Caldas
Urgentes do blog
Nota Oficial
O prefeito Luizinho Cavalcante em virtude do falecimento do senhor Rivadávia Alves Cabral, ocorrido na capital do estado, sendo o falecido o 1º prefeito da história regimental do municipio, resolve, decretar luto oficial por tres (3) dias no âmbito do municipio de Carnaubais, sem alteração da normalidade administrativa. O prefeito aproveita o ensejo para elevar a familia enlutada, cumprimentos de profundo pesar, externando aos demais familiares suas condolências constitucionais e pessoal em nome da sua familia.
Rivadávia Alves Cabral está sendo velado no Centro de Velório São José em Natal, cujo sepultamento será as 16:00 horas de hoje no cemitério de Ponta Negra. A informação foi repassada pelo empresário Helder Cortês Alves, primo do falecido. Enviamos aos demais familiares Rivadávia nossa palavra de confortamento nesta hora de aflição, tristeza e dor.
Em 18 de setembro de 1963 a Vila de Carnaubais conquistou sua independência política através da Lei nº 2927, de autoria do deputado Olavo Lacerda Montenegro, sancionada pelo então governador Aluízio Alves. O município foi instalado em 16 de maio de 1963, que teve como primeiro prefeito o senhor Rivadávia Alves Cabral, nomeado pelo então governador Aluízio Alves, Rivadávia governou o municpio até 31 de Janeiro de 1965, data que transmitiu o poder ao senhor Valdemar Campielo Maresco, eleito 1º prefeito constitucional.
Nota Oficial
O prefeito Luizinho Cavalcante em virtude do falecimento do senhor Rivadávia Alves Cabral, ocorrido na capital do estado, sendo o falecido o 1º prefeito da história regimental do municipio, resolve, decretar luto oficial por tres (3) dias no âmbito do municipio de Carnaubais, sem alteração da normalidade administrativa. O prefeito aproveita o ensejo para elevar a familia enlutada, cumprimentos de profundo pesar, externando aos demais familiares suas condolências constitucionais e pessoal em nome da sua familia.
Velório
Rivadávia Alves Cabral está sendo velado no Centro de Velório São José em Natal, cujo sepultamento será as 16:00 horas de hoje no cemitério de Ponta Negra. A informação foi repassada pelo empresário Helder Cortês Alves, primo do falecido. Enviamos aos demais familiares Rivadávia nossa palavra de confortamento nesta hora de aflição, tristeza e dor.
Registro Histórico
Em 18 de setembro de 1963 a Vila de Carnaubais conquistou sua independência política através da Lei nº 2927, de autoria do deputado Olavo Lacerda Montenegro, sancionada pelo então governador Aluízio Alves. O município foi instalado em 16 de maio de 1963, que teve como primeiro prefeito o senhor Rivadávia Alves Cabral, nomeado pelo então governador Aluízio Alves, Rivadávia governou o municpio até 31 de Janeiro de 1965, data que transmitiu o poder ao senhor Valdemar Campielo Maresco, eleito 1º prefeito constitucional.
(Do Blog de AluízioLacerda)
sábado, 8 de janeiro de 2011
"PARALELO ENTRE O HOMEM E A MULHER"
Segundo Wanderley (1860-1909), poeta, dramaturgo natalense.
(Do arquivo de Renato de Melo Medeiros).
(Do arquivo de Renato de Melo Medeiros).
Alfenim em Natal via Assu
Ilustração do blog: Esquerda para direita: Escritor açuense Ivan Pinheiro e o pesquisador Fernando Caldas no ato de inauguração da loja "Delícias do Assu e do Vale, em finais de 2010.
Ausente das principais feiras da cidade, o alfenim só pode ser visto recentemente em Natal através da loja Delícias do Assu e do Vale, aberta ano passado no Potengi Flat. O proprietário Francisco das Chagas trouxe itens que até então precisava viajar ao interior para comprar. Além do doce de açúcar, a casa também oferece o biscoito ‘flor do Assu’ (com erva doce e pimenta), bolachas casquinha, queijo coalho, castanhas de caju, filés de curimatã e traíra, mel, pão Recife, entre outras iguarias do interior. Tel.: 3086-2726.
Texto: Tribuna do Norte, 7.1.011
Postado por Fernando Caldas
Ausente das principais feiras da cidade, o alfenim só pode ser visto recentemente em Natal através da loja Delícias do Assu e do Vale, aberta ano passado no Potengi Flat. O proprietário Francisco das Chagas trouxe itens que até então precisava viajar ao interior para comprar. Além do doce de açúcar, a casa também oferece o biscoito ‘flor do Assu’ (com erva doce e pimenta), bolachas casquinha, queijo coalho, castanhas de caju, filés de curimatã e traíra, mel, pão Recife, entre outras iguarias do interior. Tel.: 3086-2726.
Texto: Tribuna do Norte, 7.1.011
Postado por Fernando Caldas
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
CANTIGAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER
Laélio Ferreira
Enviado pelo autor
"As cantigas de escárnio e maldizer são um gênero de poesia da Idade Média. Fazem parte do período literário chamado Trovadorismo, que em Portugal encontrou expressão entre os anos de 1189 (ou 1198?) e 1350. Foram escritas, assim como todos os textos populares da época, em galego-português. A principal característica dessas cantigas é a crítica ou sátira dirigida a uma pessoa real, que era alguém próximo ou do mesmo círculo social do trovador. Apresentam grande interesse histórico, pois são verdadeiros relatos dos costumes e vícios, principalmente da corte, mas também dos próprios jograis e menestréis. " ( Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cantigas_de_esc%C3%A1rnio_e_maldizer)
MOTES E GLOSAS:
Bob Motta (*) dando o mote
garanto a glosa ser boa
garanto a glosa ser boa
Pra me livrar do chicote
dos pruridos das “donzelas”,
só farei estrofes belas,
Bob Mota dando o mote !
Espero ninguém mais bote
patrulha na minha loa…
Muito mais longe ela ecoa
chula, clara, fescenina,
alegre, justa, supina
- garanto a glosa ser boa !
dos pruridos das “donzelas”,
só farei estrofes belas,
Bob Mota dando o mote !
Espero ninguém mais bote
patrulha na minha loa…
Muito mais longe ela ecoa
chula, clara, fescenina,
alegre, justa, supina
- garanto a glosa ser boa !
* *
Vou lamber sabão em pó
para limpar minha língua
para limpar minha língua
Vão me metendo o cipó
por conta da putaria…
Mas, não ligo, qualquer dia
vou lamber sabão em pó !
Nas censuras dou um nó,
nessa estória de má-língua:
maneiro na cunilíngua,
vou ser fresco em João Pessoa
- lá consigo coisa boa
para limpar minha língua !
por conta da putaria…
Mas, não ligo, qualquer dia
vou lamber sabão em pó !
Nas censuras dou um nó,
nessa estória de má-língua:
maneiro na cunilíngua,
vou ser fresco em João Pessoa
- lá consigo coisa boa
para limpar minha língua !
* *
Renato Caldas, Limeira,
vão censurar nossas glosas !
vão censurar nossas glosas !
Meu gordo Celso Silveira
por aí faça um conclave
- cá por baixo a coisa é grave,
Renato Caldas, Limeira!
Sesiom, é brincadeira ?!
As novas são horrorosas,
por aqui quedam nervosas
as queixas, o preconceito
- já vi tudo, não tem jeito,
vão censurar nossas glosas !
por aí faça um conclave
- cá por baixo a coisa é grave,
Renato Caldas, Limeira!
Sesiom, é brincadeira ?!
As novas são horrorosas,
por aqui quedam nervosas
as queixas, o preconceito
- já vi tudo, não tem jeito,
vão censurar nossas glosas !
(*) A exceção de Bob Mota, poeta potiguar, vivinho da silva, todos os outros nominados - noves fora o finado bardo do Teixeira-PB, Zé Limeira - são menestréis potiguares, do Assu, falecidos.
Postado por Fernando Caldas
Governo Rosalba vai opinar pela suspensão da inspeção veicular
O Procurador Geral do Estado, Miguel Josino, vai sugerir em seu parecer que a licitação e o contrato para a inspeção veicular sejam suspensos, revistos e que a nova situação receba total e absoluta transparência para a sociedade.
A fonte que me passou essa informação pediu off, mas garantiu que essa é a tendência e percebeu um fortíssimo indício de que a Procuradoria Geral do Estado agirá assim.
Caso ocorra, será uma percepção correta que o Governo Rosalba Ciarlini e o Procurador Miguel Josino tem do clamor popular, uma grande vitória da sociedade potiguar e um exemplo para as atuais e futuras relações entre empresas, governos, contribuintes e sociedade.
Uma vitória da mídia, das redes sociais e da opinião pública.
O povo vencerá!
A fonte que me passou essa informação pediu off, mas garantiu que essa é a tendência e percebeu um fortíssimo indício de que a Procuradoria Geral do Estado agirá assim.
Caso ocorra, será uma percepção correta que o Governo Rosalba Ciarlini e o Procurador Miguel Josino tem do clamor popular, uma grande vitória da sociedade potiguar e um exemplo para as atuais e futuras relações entre empresas, governos, contribuintes e sociedade.
Uma vitória da mídia, das redes sociais e da opinião pública.
O povo vencerá!
Postado por RRH
Adendo: A inteligência é um suporte da sabedoria, a governadora com essa atitude vai marcar um gol de placa, o povão, a sociedade, precisa ser aliviada, num cenário de apertos e dificuldades, até que enfim se anuncia uma boa proposta pra coletividade, a carga tributária é insuportável e essa inspeção veicular, não passa de um abuso sem precedentes para o contribuinte.
Escrito por aluiziolacerda às 16h20
Memória prodígio, Bibia ainda lembra deste poema mais de 60 anos depois. Foi distribuindo esse bilhete-poema, que a professora Sinhazinha Wanderley [Maria Carolina Caldas Wanderley - Nasceu em 30 de janeiro de 1876, em Assu (RN), e faleceu em 20 de setembro de 1954 nesta mesma cidade.] pedia um empréstimo aos amigos;
I
Pelo Cristo, pela Virgem,
Senhora da Conceição,
Me acuda nesta agonia,
Me valha nesta aflição,
Em que na bolsa não tenho
O valor de um só tostão.
II
Falta-me em casa farinha,
açúcar, pão e café,
Nesta cruenta agonia
Me valho de São José,
Santo por todos bendito
No qual tenho muita fé.
III
Você é pobre e bondosa
lhe peço de coração,
pelas mercês que recebes
na mesa da comunhão,
que clemente e compassiva
para mim estenda a mão.
IV
Tenho pena de quem sofre
Medonhas crises cruéis,
É minha alma sofredora
Que vem cair aos teus pés,
Maria por caridade
Me empreste 10mil réis.
V
São poucos dias que marco
Para vir aqui pagar
Porque os meus vencimentos
Estão prestes à chegar,
E eu irei com presteza
À você reembolsar.
VI
Rogo à Santa Terezinha,
Santa das mais milagrosas,
Que sobre você desfolhe
A minha chuva de rosas,
E lhe dê por toda a vida
Sorte das mais venturosas.
A tapuia
(anônimo popular)
- Formosa tapuia
que fazes perdida
nas matas sombrias
de agreste sertão?
As matas são frias,
tão frias e tristes,
não temes tão moça
morrer de sezão?
- Não quero carinhos,
nas matas nasci,
se delas não gostas
não fiques aqui.
- Bem sabes que as matas
são próprias pra feras
te digo deveras
que saias daqui.
Eu tenho riquezas,
escravos, engenhos,
dinheiro eu tenho,
tudo para ti.
- Não quero carinhos,
não tenho ambição,
de nada preciso
aqui no sertão.
- Se fosses comigo
pra minha cidade
de certo tapuia
tu serias minha.
Vestidos de seda,
botinas de couro,
adereços de ouro
para dar-te tinha.
- Não quero carinhos
teus ouros são falsos,
meus pés não se estragam
andando descalços.
- Se queres tapuia
vestir uma saia
de fina cambraia
de um lindo balão.
Teu corpo tapuia
é lindo e bem feito
mas fica mal feito
vestindo algodão.
- Não quero carinhos,
sou pobre roceira,
só faço trabalhos
com roupa grosseira.
- Deveras tapuia,
não fiques zangada
tens cama de seda,
bordados de linho.
Vamos para o porto
tomar um conforto
um copo de doce,
um copo de vinho.
- Não quero carinhos,
sou pobre tapuia,
não bebo no copo,
só bebo de cuia.
- Deveras tapuia,
não fiques zangada,
passando trabalho
e necessidades.
Na roça, na mata,
podendo tão moça
seguindo comigo
morar na cidade.
- Não quero carinhos,
aonde se nasce
Deus manda que a vida
com gosto se passe.
Fonte: blog "As Meninas", org.: Renato Medeiros - Açu-RN
OVA DE CURIMATÃ , O CAVIAR DO NORDESTE
A ova de curimatã (peixe de água doce muito comum nos rios, açudes e barragens) é conhecida como o caviar do Nordeste ou do Sertão é facil encontrar nos bares de Natal. Vai bem tomando "umas e outras". Vejamos adiante, a receita de Adriana Lucena:
Obs: 1. você também pode colocar um galho de hortelã na metade do cozimento. 2) se quiser utilizar como recheio (tapiocas, torradinhas, tortinhas), deixe secar um pouquinho e use morna. 3) Ah! já ia esquecendo! uma pimentinha faz toda diferença - um bom molho ou umas rodelinhas de dedo-de-moça.
Bem, usei no total 1,5 litro de leite. O prato rendeu 1,8 kg, que vou usar para fazer farofas, frigideiras e o que me vier à cabeça, afinal é ova pra chuchu. Cozinhei até secar a água que realmente se formou. Cozinhei em fogo baixo durante 45 minutos. Usei hortelã picada só no final.
Postado por Fernando Caldas
Liquidificar 3 dentes de alho, uma cebola grande, um punhado de coentro, pimenta do reino moída na hora com 1 litro de leite de vaca e sal a gosto. Há quem coloque colorau e tomate, mas prefiro desse jeito aqui, mais simples. Levar ao fogo e, quando começar a ferver, colocar as ovas e ir mexendo para desmanchar os gruminhos que vão se formando. Você irá observar que a mistura vai secando e ao mesmo tempo aparecendo água. Acrescente mais leite sempre que necessário e não esqueça de mexer porque gruda na panela. Estará pronta quando não observar mais "água" e ficar um creme (uns 45 minutos). Desligue e acrescente duas a três colheres generosas de nata batida, corrija o sal e finalize com hortelã miudamente picada.
Obs: 1. você também pode colocar um galho de hortelã na metade do cozimento. 2) se quiser utilizar como recheio (tapiocas, torradinhas, tortinhas), deixe secar um pouquinho e use morna. 3) Ah! já ia esquecendo! uma pimentinha faz toda diferença - um bom molho ou umas rodelinhas de dedo-de-moça.
Bem, usei no total 1,5 litro de leite. O prato rendeu 1,8 kg, que vou usar para fazer farofas, frigideiras e o que me vier à cabeça, afinal é ova pra chuchu. Cozinhei até secar a água que realmente se formou. Cozinhei em fogo baixo durante 45 minutos. Usei hortelã picada só no final.
Postado por Fernando Caldas
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
MOISÉS SESIOM, POETA DO ASSU NO FILME", O HOMEM QUE DESAFIOU O DIABO"
"Poeta querido, de vida atribulada, de existência dura, de morte cruel. Vezes, horas e horas ouvi recitar versos de Sesiom, recordando a boemia, vivendo o anedotário, rico de episódios chistosos", escreveu o folclorista, escritor Câmara Cascudo.
Francisco Amorim biografo de Sesiom, escreveu o livro póstumo best-seller em segunda edição intitulado 'Eu conheci Sesiom'.
Sesiom imortalizou-se no filme intitulado "O Homem Que Desafiou o Diabo", 2007, baseado no romance intitulado de "As pelejas de Ojuara", do escritor potiguar Ney Leandro de Castro. O referenciado romance conta a história de Zé Araujo (Marcos Palmeira), um cacheiro viajante que foi obrigado a casar com um proprietário de uma mercearia/venda e trabalhar com o sogro, por quem foi muito humilhado. Zé, ao chegar num certo bar da cidade conheceu no balcão de um botequim do lugar, um senhor cujo nome é Sesiom. Aí, Zé fica sabendo que Sesiom é Moisés ao contrário. Logo teve a ideia de inverter o seu nome para Ojuara (Araujo ao contrário).
No vídeo acima podemos conferir o personagem Sesiom (o poeta), declamar para Zé Araújo (Ojuara), os versos conforme transcrito adiante:
Vida longa não alcanço
Na orgia ou no prazer,
Mas, enquanto eu não morrer,
Bebo, fumo, jogo e danço!
Brinco, farreio, não canso,
Me censure quem quizer!
Enquanto eu vida tiver,
Cumprindo essa sina venho,
E, além dos vícios que tenho,
Sou perdido por mulher!
Postado por Fernando Caldas
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Vicunha e Coteminas acenam para compra total de
produção algodoeira dos cooperados da Coaperval
O presidente da Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu (Coaperval), João Gregório Júnior, ficou satisfeito com o encontro promovido pela coordenação do ALP da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), já que os dois grandes grupos têxteis do RN, Vicunha e Coteminas, acenaram com a intenção de comprar toda produção de algodão dos cooperados da Coaperval que produz o algodão de sequeiro.
Além do presidente da Coaperval, João Gregório Júnior, participou ontem da reunião na Casa da Indústria em Natal, o secretário municipal de Agricultura Paulo Brito, representantes da Indústria texto da Vicunha e a Coteminas, o Dr João Lima. Ficou agendado um novo encontro para o próximo dia 20 de janeiro, novamente na sede da Federação.
O secretário municipal de Agricultura Paulo Brito disse que a expectativa é que o projeto de revitalização do algodão – que será executado em região de sequeiro do município – possa apresentar uma produção de 350 quilos do produto por hectares, numa área cultivada de 350 hectares.
Escrito por Valderi Tavares às 16:40:03
Gosto de Infância
Minha infância tem sabor do ciriguela tirado do pé antes do tempo para amadurecer mais rápido.
Tem sabor da manga verde com sal e melancia madura que vovô plantava no quintal.
Tem sabor da bolacha que vovó assava no leite, às vezes só na manteiga, meu café da manhã preferido.
Tem sabor da chuva que caia no fim da tarde.
Tem sabor da amarelinha que pulava no chão ainda ensopado em frente de casa depois do fim da chuva.
Minha infância tem sabor das reuniões familiares em volta da minha avó encima do pilão quebrando castanhas pra fazer a receita da família: doce de castanha de caju, hummm.
Tem sabor de acordar mais tarde no sábado e ir correndo pra frente da televisão preta e branca que só pegava a Globo, mas que era suficiente, pois a Xuxa me fazia viajar junto com ela.
Tem sabor das compras de fim de mês, onde vovó fazia a feira e me trazia balas, bolachas recheadas, um prazer a cada trinta dias.
Tem sabor das ventania que aparecia do nada quando mamãe terminava de varrer e passar o pano na casa de cimento grosso.
Tem sabor da água “doce” da barragem, única fonte que podíamos ter naquele momento.
Minha infância tem sabor das viagens com minha avó ao banco para tirar sua aposentadoria, onde eu ferozmente guardava seu lugar na fila, observava tudo e descobria o ambiente.
Tem sabor das férias de fim ano que logo dava saudades da escola e era tomado pela ansiedade de comprar o caderno novo na mercearia.
Tem sabor das brigas por motivos bobos de meu avô, que toda a rua de chão batido tomava conhecimento.
Tem sabor da minha primeira bicicleta (de adulto) roxa e nada moderna, mas que pra mim representava muito mais.
Tem sabor das fazendas, dos apartamentos, dos bares e restaurantes que minha imaginação criava no quarto da minha avó, quando todos dormiam depois do almoço.
Minha infância tem sabor do fim de tarde, quando ia pra casa da minha outra avó e pedia morrendo de vergonha um real ao meu avó que hoje não está mais comigo.
Tem sabor da roupa nova que essa mesma avó, na verdade bisavó, comprava pra mim no mês de outubro, mês das festas do padroeiro.
Tem sabor da rede estendida no meio da área ventilada, onde nos balançávamos sem compromisso.
Tem sabor do arco-íris que se formava na serra em frente de casa depois da chuva.
Tem sabor do barulho da água do rio que dava pra ouvir da calçada quando chovia forte no inverno.
Minha infância tem sabor da goteira que insistia em aparecer todos os anos.
Tem sabor do barulho fechado dos trovões e do medo de cair um raio pertinho dali.
Tem sabor da falta de luz, geralmente nos dias chuvosos, onde corríamos pra acender as velas e dormir mais cedo.
Tem sabor da novela da tarde do Vale Apena Ver de Novo, adorava assistir depois do Vídeo Show, eu não perdia.
Tem sabor das minhas caixas (literalmente) de livros, revistas e fotos de pessoas famosas que via na TV, guardadas comigo até hoje.
Minha infância tem sabor das fogueiras de são João que enchia a casa de fumaça e os olhos de vermelhidão.
Tem sabor do milho quente que nem sempre virava pipoca na panela de barro da vovó.
Tem sabor das manhãs onde plantávamos milho e feijão no roçado do quintal de casa, eu sempre quis participar.
Tem sabor da cadeira de balanço que era disputada por todos na calçada de ventilada.
Tem sabor de ir correndo pra o orelhão ver se os cartões que ganhara ainda tinham unidades – princípio de modernidade pra mim.
Tem sabor do bolo de aniversário feito em casa por minha mãe, com granulados coloridos e vela feita por mim mesmo.
Minha infância tem sabor das comemorações de domingo, com um refrigerante, um litro de pitu e um monte de copos na mesa – observava tudo, inclusive como se transformavam depois de beber umas e outras.
Tem sabor do molho do macarrão que eu sempre fazia e todos pareciam gostar, era o primeiro a “beliscar”.
Tem sabor da coalhada que era preparada desde à tardinha, e eu ainda acrescentava cuscuz de milho.
Minha infância não em sabores importados ou exóticos, tem sabor da infância de qualquer criança pobre do interior do nordeste brasileiro. Criança que sonha como todas as outras, vai a escola, brinca, arenga. Criança que cresceu e por força maior, hoje volta aos tempos de criança e descobre que era feliz.
Por Rômulo Gomes
(cesargomes_17@yahoo.com.br)
Nota: Rômulo Gomes é estudante da UERN/Açu, colaborador deste blog).
Nota: Rômulo Gomes é estudante da UERN/Açu, colaborador deste blog).
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