Tenho o prazer (não é para promoção pessoal, não) de informar que a propaganda política abaixo (do autor deste blog) serviu de comentário quando José Agripino esteve pela primeira vez na cidade de Assu, em campanha para o governo do Rio Grande do Norte, em 1982. Foi a primeira propaganda que circulou na terra potiguar com o JA (de José Agripino), segundo ele próprio informou a Raimundo pontes (da Sinwal) que recepcionava na sua casa o hoje senador José Agripino. E lá se vão 29 anos.
terça-feira, 7 de abril de 2009
segunda-feira, 6 de abril de 2009
"ASSUENSE PREMIADO NA NOVA ZELÂNDIA"
"Jean Lopes conquista prêmio internacional"
"O fotógrafo assuense Jean Lopes é finalista num concurso internacional de fotografia na Nova Zelândia. Promovido por uma editora e com temática voltada para a amizade, família, amor e risos, o concurso M.I.L.K. selecionou 150 trabalhos do mundo todo. Cada um dos finalistas receberá quinhentos dólares e disputará o prêmio de 5oS$ mil. O resultado final sai no dia 31 desse mês, e será escolhido por Elliatt Erwett, fotógrafo da lendária agência Magnum de fotografia, um dos organaizadores do prêmio.
As fotos premiadas serão impressas numa edição luxuosa e ainda farão parte de uma exposição itinerante.
Na primeira edição, realizada há dez anos, disputaram o concurso mais de 17 mil fotógrafos, incluindo 4 fotojornalistas consagrados com o Pulitzer Prize o mais importante da imprensa americana. Na ocasião, foram mais de 40 mil trabalhos, provenientes de 160 países. Os números desse ano ainda não foram divulgados.
Flagrante em dia de laser
Jean Lopes conta que estava na praia de Ponta do Mel, em Areia Branca. Percebeu que um grupo de crianças se divertiam brincando com um cachorro. Elas corriam, e o cacchoro coria atrás. "Uma hora, a garotinha se distanciou do grupo", conta o fotógrafo, "e acabou alcançada pelo animal". O flagrante lembra um antigo anúncio da Coopertone e é o resultado de um olhar apurado e a paixão pelo ofício. Era o último dia de 2005 e Jean ia passar o reveillon na praia. Encontrou o grupo e percebel alí uma foto em potencial. "E como já disseram: é preciso crer para ver", diz o fotógrafo, reforçando uma das características mais marcantes de todo bom fotojornalista, a capacidade de antever a situação."
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domingo, 5 de abril de 2009
LEMBRANÇAS DA POLÍTICA II
Fernando Caldas (Fanfa) cumprimentando o então governador da Bahia Antônio Carlos Magalhães (1927-2007)que era chamado pelos seus ferrenhos adversários como "Toninho Malvadeza" e pelos seus correligionários como "Toninho Ternura". A fotografia acima fora tirada no Centro de Convenções da Bahia, em 1985. Naquele instante disse-me aquele governante baiano: "Quando se encontrar com José Agripino dê um forte abraço nele." E eu tive o prazer de dar aquele abraço no governador José Agripino quando estive em seu gabinete no Palácio Potengi em companhia do prefeito Ronaldo Soares. Antônio Carlos era egresso da velha UDN, ARENA, PDS (partido pelo qual elegi-me vereador do Assu, 1983-88), PFL e Democratas, sua última agremiação partidária. É o Assu "em evidência", no dizer do meu conterrâneo Junior Soares.
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sábado, 4 de abril de 2009
UM POUCO MAIS DE CHICO TRAIRA
Francisco Agripino de Alcaniz era o nome de registro de um dos maiores cantadores de viola que o Nordeste já teve. Nasceu no sítio Pau de Jucá, distrito de Ipanguçu e considerava-se assuense de coração. Na fotografia acima (praça do Rosário, de Assu), data de 28 de junho de 1979, vejamos o poeta cordelista com o olhar distante, preocupado com os destinos do Vale do Assu, antes da Barragem Armando Ribeiro, também chamada Barragem do Assu. Desencantado com o seu vale, escreveu naquele ano:
O Vale do Baixo Açu:
Frase tão pronunciada...
De riqueza? não tem nada.
Existe o vale, no nome.
Gritam: terra dos poetas.
Dos verdes carnaubais,
Só há isso, e nada mais
E o povo passando fome.
O Vale possui riqueza?
O vale possui riqueza:
Mas usando de franqueza
Que o povo aos poucos descobre,
Pois se assim continuar
Uma coisa eu cientifico:
O rico fica mais rico.
E o pobre fica mais pobre
Por que quizeram entravar
Tão grande empreendimento?
Aqui só há sofrimento,
Nudez, desemprego e fome;
Pois com o nosso clima incerto
Fartura não se constroe:
Num ano, a seca destroi,
No outro, a enchente come.
Há tempos vem esta terra
Á tecnica desafiando;
Os anos vão se passando
E os dias ficam mais criticos.
E para que serve este Vale,
Sem trabalho, sem recursos?
Sóm para enfeitar descursos
Dos repetidos políticos?...
E agora como está o nosso decantado Vale do Assu?
O Vale do Baixo Açu:
Frase tão pronunciada...
De riqueza? não tem nada.
Existe o vale, no nome.
Gritam: terra dos poetas.
Dos verdes carnaubais,
Só há isso, e nada mais
E o povo passando fome.
O Vale possui riqueza?
O vale possui riqueza:
Mas usando de franqueza
Que o povo aos poucos descobre,
Pois se assim continuar
Uma coisa eu cientifico:
O rico fica mais rico.
E o pobre fica mais pobre
Por que quizeram entravar
Tão grande empreendimento?
Aqui só há sofrimento,
Nudez, desemprego e fome;
Pois com o nosso clima incerto
Fartura não se constroe:
Num ano, a seca destroi,
No outro, a enchente come.
Há tempos vem esta terra
Á tecnica desafiando;
Os anos vão se passando
E os dias ficam mais criticos.
E para que serve este Vale,
Sem trabalho, sem recursos?
Sóm para enfeitar descursos
Dos repetidos políticos?...
E agora como está o nosso decantado Vale do Assu?
sexta-feira, 3 de abril de 2009
POEMAS
A ESPERADA
A esperada não veio. A esperada na vida
é o belo sonho para me inflamar.
Que ela não chegue, a bela comovida...
Que teria eu depois para ainda esperar?...
POEMA
À vida pedí como quem pede um beijo na face,
Que ela, a vida, não me negasse...
Passou a vida, não me quis ver...
Ora morrer!
Morrer é a vida de que se nasce...
João Lins Caldas
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A esperada não veio. A esperada na vida
é o belo sonho para me inflamar.
Que ela não chegue, a bela comovida...
Que teria eu depois para ainda esperar?...
POEMA
À vida pedí como quem pede um beijo na face,
Que ela, a vida, não me negasse...
Passou a vida, não me quis ver...
Ora morrer!
Morrer é a vida de que se nasce...
João Lins Caldas
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PALMÉRIO FILHO
O assuense Palmério Filho (1874 - 1958) "sem nunca ter saído de sua cidade natal, fez-se um dos mais primorosos jornalistas provincianos daqueles tempos.Assim depõe Ezequiel Fonseca Filho sobre aquele jornalista. Palmério foi tipógrafo na cidade de Assu, manteve vários jornais, além de ter fundado os jornais como "A Semana" (que circulava aos domingos), 1897 e "A Cidade", 1901. Este último era dirigido por ele e seus irmãos Otávio e Francisco Augusto Caldas de Amorim redator e gerente respectivamente. O jornal A cidade, circulou durante vinte e cinco anos.
Palmério era brilhante orador, poeta. Começou a versejar ainda adolescente. Dirigia a "Farmácia Amorim" de propriedade de seu pai. Naquela estabelecimento reuniam-se os intelectuais da terra assuense para uma conversa amistosa e declamação de poesias. É preciso que Palmério Filho (que em Assu, já foi nome de um Parque Infantil (onde hoje está assentado o Banco do Detentor) e de Biblioteca Pública Municipal, não caia no esquecimento como tantos outros ilustres do Assu. Ele é digno de tantas homenagens que nunca pediu, mas que tanto merece.
E com saudade da filha que perdera na morte, Palmério escreveu:
Senhor, a Fé - suma bondade
Que ao pecador contrito purifica.
Fé que nos transporta à Eternidade
E que as almas eleitas glorifica.
Dai-me, Senhor Deus, por piedade,
Essa Fé que encoraja e fortifica.
Filha do Céu, Irmã da Caridade,
Dai-me a resignação que santifica.
Afastai de meu peito o desalento,
Atendei a minha súplica, Deus clemente,
Elevai para o além meu pensamento.
E lá na Glória onde a luz mais brilha
Dai-me a graça, Senhor Onipotente,
De ver ainda um dia a minha filha.
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Palmério era brilhante orador, poeta. Começou a versejar ainda adolescente. Dirigia a "Farmácia Amorim" de propriedade de seu pai. Naquela estabelecimento reuniam-se os intelectuais da terra assuense para uma conversa amistosa e declamação de poesias. É preciso que Palmério Filho (que em Assu, já foi nome de um Parque Infantil (onde hoje está assentado o Banco do Detentor) e de Biblioteca Pública Municipal, não caia no esquecimento como tantos outros ilustres do Assu. Ele é digno de tantas homenagens que nunca pediu, mas que tanto merece.
E com saudade da filha que perdera na morte, Palmério escreveu:
Senhor, a Fé - suma bondade
Que ao pecador contrito purifica.
Fé que nos transporta à Eternidade
E que as almas eleitas glorifica.
Dai-me, Senhor Deus, por piedade,
Essa Fé que encoraja e fortifica.
Filha do Céu, Irmã da Caridade,
Dai-me a resignação que santifica.
Afastai de meu peito o desalento,
Atendei a minha súplica, Deus clemente,
Elevai para o além meu pensamento.
E lá na Glória onde a luz mais brilha
Dai-me a graça, Senhor Onipotente,
De ver ainda um dia a minha filha.
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quinta-feira, 2 de abril de 2009
ASSU NA ÓTICA DE JEAN LOPES
A fotografia acima (de alguns casarões do Assu, no largo da Matriz de São João Batista, praça Getúlio Vargas), é de autoria do fotógrafo assuense (ganhador de muitos prêmios até internacional) Jean Lopes. No canto, a direita, vejamos o sobrado da Baroneza de Serra Branca onde atualmente funciona a Casa de Cultura daquela terra assuense, que a Fundação José Augusto reformou - governo Wilma de Faria.
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terça-feira, 31 de março de 2009
RENATO CALDAS NA HISTÓRIA DA MÚSICA POTIGUAR
Chico Elion (Francisco Elion Caldas Nobre) musicou e gravou no seu CD "Chico Elion e Vozes amigas, 1995, o poema de Renato intitulado "Saudes de Guarapari", outro músico potiguar chamado Guaracy Picado musicou e gravou um CD com o título "Guaracy Canta Renato Caldas e Outros", 2005. Leide Câmara no seu livro "Dicionário da Música do Rio Grande do Norte", diz que Jarlene Maria musicou e gravou os poemas de Renato como "Reboliço ("LP Reboliço") e em parceria com Mirabô o poema "Fulô do Mato" ("LP Ponta de Mel"), além de "Mulata" que segue adiante:
"Mulata da minha terra"
Qui nasceu num pé de serra
Desta nação brasileira,
A tua boca encarnada,
Só parece uma taiáda
De goiabada pesqueira.
Só quero qui você deixe,
Qui você deixe mulata:
Qui eu fique quinem o peixe
Qui enfeite as tampa da lata.
Me deixe pro dó, pru pena,
Pru desejo, ou compaixão,
Qui eu enfeite as tampa morena,
Qui cobre o seu coração.
O poema canção sob o título "Lua Cheia" (paródia) é uma das belas composições de Renato Caldas. Vejamos:
Logo de noite,
Quando vorto do trabáio,
Pego a viola e me espáio,
Coméço logo a cantá.
Enquanto a Lua
Tá no Céu dipindurada
Ouvindo a minha toáda
Com vontade de chorá.
Oh! Lua cheia, Oh! Lua cheia.
Não óie nas teia
Da casa de meu amô.
Pruquê se oiá,
Se espiá,
Cabô-se lua cheia
O teu furgor.
Eu tenho raiva
Quando vejo a lua cheia,
Espiando pelas teia
Da casinha do meu bem!
Eu penso inté
Qu'essa lua tão marvada,
Qué levá a minha amada
pra uma casa que ela tem.
Mas, se eu pegasse
A lua pelas guéla,
Dava tanta tapa nela
Qui nem é bom, se falá...
Qui me importava
Qui o mundão escurecesse,
Ou qui ela se escondesse,
Só com medo de apanhá.
Se Deus deixasse
Se Deus aconsentisse,
Qui pro céu assubisse
E fosse lua também...
Passava a moite,
Lá no céu dipindurado, oiando pulo teiádo
Da casinha do meu bem.
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segunda-feira, 30 de março de 2009
AINDA SOBRE RENATO CALDAS
Renato Caldas esse excepcional artífice da poesia matuta brasileira que um dia Doryan Jorge Freire o chamou de "monstro sagrado", fora no ano de 1964 convidado, salvo engano, por Francisco Alves de Athaíde quando governador do Estado do Espírito Santo, para que ele, Renato, fizesse uma temporada na cidade de Vitória, capital daquele estado. No que aceitou o convite (a sua estadia naquela cidade fora custeado pelo governo daquele estado), apresentou o seu trabalho, a sua arte e, dias depois, já estando no Rio Grande do Norte, escreve o poema em homenagem a uma das praias daquele litoral capixaba sob o título "Saudades de Guarapari", que o compositor potiguar assuense, sobrinho de Renato chamado artisticamente como "Chico Elion" (Francisco Elion Caldas Nobre autor da famosa canção "Ranchinho de Paia" interpretado por grandes músicos da Canção Popular Brasileira", como Reinaldo Calheiros, Trio Irakitan, Luiz Gonzaga, dentre outros) musicou e gravou no seu CD intitulado "Chico Elion e Vozes Amigas, 1995, bem como no CD também de sua autoria com o título "Chico Elion Canções e Amigos, 2007, volume II, interpretado por Guaracy Picado com arranjos de Franklin Novais. Vejamos o referido poema canção daquele bardo assunse, para o nosso deleite:
Guarapari é a pra da saudade
Onde a felicidade
Fez um ninho pra morar
À noite o eterno candeeiro
Ilumina seus coqueiros
Com alvos flocos de luar
Na praia branca o mar verde se dserrama
Tudo vive r tudo ama
Tudo nos fala de amor
Da triste lenda de um rancho no abondono
Que chora a falta do dono
Um valente pescador.
Guarapari, Guarapari, felicidade!
Quero lembrar com saudade
O bem que tive e perdi
Nas horas tristes que passar de ti distante
Eu direi a todo instante
Saudades Guarapari.
Fernando Caldas
Guarapari é a pra da saudade
Onde a felicidade
Fez um ninho pra morar
À noite o eterno candeeiro
Ilumina seus coqueiros
Com alvos flocos de luar
Na praia branca o mar verde se dserrama
Tudo vive r tudo ama
Tudo nos fala de amor
Da triste lenda de um rancho no abondono
Que chora a falta do dono
Um valente pescador.
Guarapari, Guarapari, felicidade!
Quero lembrar com saudade
O bem que tive e perdi
Nas horas tristes que passar de ti distante
Eu direi a todo instante
Saudades Guarapari.
Fernando Caldas
domingo, 29 de março de 2009
COMENTÁRIO DE JOÃO CELSO NETO
Recentemente recebi vários comentários (que estão "guardados no posta restante do meu coração", no dizer de Renato Caldas) de filhos do Assu, a respeito deste blog que comenta principalmente o passado da terra assuense e sua gente evidente. Alguns deles morando em terras distantes como o poeta e advogado em Brasília (que saiu do Assu ainda menino) João Celso Neto que, quando aperta a saudade da terrinha acessa este blog. Vamos ao seu comentário:
"Fernando Caldas, dez anos mais novo que eu, não pôde ser meu contemporâneo. Saí do Açu em junho de 1949. nem sei se Edmilson já casara com Gelza.
Mas lembro-me bem dele menino "buchudo", pois eu ia sempre à terrinha nas férias escolares, e ele morava na esquina próxima à casa de minha tia, onde eu me hospedava sempre.
De fato, nos reencontramos em Brasília, ele presidente da Câmara de Vereadores do Açu, e tive oportunidade de ciceroneá-lo (eram 3, não me lembro quem era o terceiro) para mostrar os principais pontos turísticos da Capítal Federal.
Anos depois, recebi dele um convite para conhecer seu blog (este), onde já deixei mensagens desde o primeiro instante.
Surpreendi-me ontem com a grata citação, aqui repetida, de um verso meu na abertura de sua página em Orkut.
Não sei como ele conseguiu os poemas e versos, pois estão em livro de 1966, que lancei no Açu em uma noite no Clube Municipal. Provavelmente, Edmilson o comprou e guardou.
Uniu-nos, também, a afeição e admiração por João Lins Caldas, de quem tenho alguns autógrafos (herança de meu pai). Recentemente abri meu blog com versos dele, Caldas (A vida, pedi como quem pede um beijo na face...").
Não perco a esperança de rever Fernando Caldas, não sei se em Natal ou Açu, podendo ser aqui também, Brasília.
Não se pode negar a importância de seus registros, que resgatam a história de nossa cidade natal e de seus habitantes de ontem e de sempre.
Grato e parabéns."
"Fernando Caldas, dez anos mais novo que eu, não pôde ser meu contemporâneo. Saí do Açu em junho de 1949. nem sei se Edmilson já casara com Gelza.
Mas lembro-me bem dele menino "buchudo", pois eu ia sempre à terrinha nas férias escolares, e ele morava na esquina próxima à casa de minha tia, onde eu me hospedava sempre.
De fato, nos reencontramos em Brasília, ele presidente da Câmara de Vereadores do Açu, e tive oportunidade de ciceroneá-lo (eram 3, não me lembro quem era o terceiro) para mostrar os principais pontos turísticos da Capítal Federal.
Anos depois, recebi dele um convite para conhecer seu blog (este), onde já deixei mensagens desde o primeiro instante.
Surpreendi-me ontem com a grata citação, aqui repetida, de um verso meu na abertura de sua página em Orkut.
Não sei como ele conseguiu os poemas e versos, pois estão em livro de 1966, que lancei no Açu em uma noite no Clube Municipal. Provavelmente, Edmilson o comprou e guardou.
Uniu-nos, também, a afeição e admiração por João Lins Caldas, de quem tenho alguns autógrafos (herança de meu pai). Recentemente abri meu blog com versos dele, Caldas (A vida, pedi como quem pede um beijo na face...").
Não perco a esperança de rever Fernando Caldas, não sei se em Natal ou Açu, podendo ser aqui também, Brasília.
Não se pode negar a importância de seus registros, que resgatam a história de nossa cidade natal e de seus habitantes de ontem e de sempre.
Grato e parabéns."
O MEU SÃO JOÃO
Para mim a festa do padroeiro do Assu, São João Batista era como se fazia antigamente com direito a quadrilha, leilão, alfinin, balões, vaquejada com relabucho, barraca do verde e encarnado, jornalzinho como "A Mutuca", "O Vaqueiro", entre outros que circulavam no período daqueles festejos (nove dias de quermesse). Naqueles periódicos os poetas colaboravam com suas produções literárias, os comerciantes divulgavam as suas lojas, as moças e os rapazes eram satirizados, fazia e desfazia namoro, os políticos e toda a sociedade escreviam seus artigos sobre aquela festa e os problemas da região. Lembro o parque de diversão ao lado da matriz com sua roda gigante, carrossel, divulgadora. Os rapazes aproveitavam aquele meio de divulgação para dedicar canções as suas amadas. O locutor do parque dizia antes de divulgar a canção, essa linda mensagem: "De alguém para um alguém com muito amor e carinho."
Ah! Que saudade da "Quadrilha de Vovó Zulmira", que era realizada em frente a casa dela, dona Zulmira, de saudosa memória.
Na foto acima (São João de 1982) vejamos Fernando Caldas - Fanfa (de batina), O irreverente e espirituoso Chico Dias (o noivo), Iza Caldas (a noiva), entre outros amigos assuenses.
sábado, 28 de março de 2009
CORTEZ PEREIRA NO ASSU II
Da esquerda: Adonias Araújo então coletor estadual, de Assu, Washington Araújo Araújo, o ex-prefeito do Assu Costa Leitão, superintendente da SUDENE general Evandro de Souza Lima, deputado Edgard Montenegro, governador Cortez Pereira e o estudante Fernando Caldas (Fanfa), quando da inauguração da uzina de beneficiamento de cera de carnaúba, da Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda - COAPEVAL que naquela época era gerenciada pelo senhor Edmilson Lins Caldas e presidida por Francisco Augusto Caldas de Amorim. A fotografia é data de 31 de julho de 1972, tirada pelo fotógrafo Demócrito Amorim - Teté. Vale a pena resgatar e registrar a memória do nosso Assu.
Clique na fotografia para uma melhos visualisação.
Clique na fotografia para uma melhos visualisação.
LEMBRANÇAS DA POLÍTICA I
Para registrar. Da esquerda para direita: Fernando Caldas que em data de 1984, era vereador do Assu, Gustavo Krause prefeito do Recife e que depois foi governador de Pernambuco, Domício Soares que também naquela época era vereador e presidia a câmara dos vereadores da terra assuense. Naquela tempo, participavamos de um Congresso Nacional de Vereadores, na capital Baiana.
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O POETA E SUAS POSSIBILIDADES
* Por Paulo Sérgio Martins
Em prosa e verso, duas sublimes invasões de Mário Quintana em nossas vidas:
SIMULTANEIDADE
- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta.
AMOR
Quando duas pessoas fazem amor
Não estão apenas fazendo amor
Estão dando corda ao relógio do mundo
Excelente homo perceptum, foi o próprio Quintana quem melhor definiu a natureza criadora de seu ofício: "A magia das palavras num poeta deve ser tão sutil que a gente esqueça que está usando palavras."
* Paulo Sérgio Martins é pesquisador e jornalista
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Em prosa e verso, duas sublimes invasões de Mário Quintana em nossas vidas:
SIMULTANEIDADE
- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta.
AMOR
Quando duas pessoas fazem amor
Não estão apenas fazendo amor
Estão dando corda ao relógio do mundo
Excelente homo perceptum, foi o próprio Quintana quem melhor definiu a natureza criadora de seu ofício: "A magia das palavras num poeta deve ser tão sutil que a gente esqueça que está usando palavras."
* Paulo Sérgio Martins é pesquisador e jornalista
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domingo, 22 de março de 2009
NOTA
Por informação a este BLOG, do assuense dentista Francisco das Chagas Pinheiro (Chaguinha), o jovem prefeito do Assu Ivan Júnior que tem como slogan de sua administração "trabalho e trabalho", se reúne dia 31 deste mês, as 19:OO horas, na sede da ABO (associação de odontologia), situada na rua Felipe Camarão, 514, Centro de Natal, com a comunidade assuense residentes naquela capital potiguar. Em pauta, a festa do padroeiro São João Batista, entre outros assuntos a serem discutidos. Contamos com a presença dos assuenses radicados em Natal, para apoiar o desejo daquele jovem prefeito de querer bem administrar a terra assuense. Fica o convite.
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ASSU SOCIAL
As festas sociais do Assu, eram realizadas (quando não existia clube social) nas residências das pessoas influentes da sociedade assuense. Tempos depois, começaram a realizarem bailes no salão de entrada do Cine Theatro Pedro Amorim e no auditório da escola Ten. Cel. José Correia (lembrar o músico João Chau que era clarinetista e saxofonista). Daí então surgiu a ARCA, uma associação cultural e recreativa, fundada em dezenbro de 1953, pelos funcionários do Banco do Brasil, agência daquele município, que funcionava nos altos da prefeitura daquele lugar. Com a radicalização política, Arcelino Costa Leitão recém eleito prefeito do Assu, desalojou a ARCA, para alí funcionar o Clube Municipal. Dai então a ARCA instalou-se provisoriamente nos altos do antigo casarão conhecido como sobrado de Manoel Cabral (onde hoje funciona a Betys Botique), que os correligionários do deputado Olavo Montenegro, inimigo político do também deputado Edgard Montenegro, denomiram pejorativamente de "Clube das Almas", para depois construirem a sua sede própria na avenida Bernardo Vieira que depois veio a ser ASSA (uma associação dos funcionários da fundação SESP), ACC e atual Molecão. Fundou-se então no início da década de sessenta, a AABB (dos funcionários do Banco do Brasil que muito ainda contribui para a realizão de grandes festas). No Municipal, sobre a direção de Costa e Maria Olímpia, foram realizadas grandiosas festa elitizadas com apresentação de grande orquestras internacionais como, por exemplo, Marinas Mexican Alma Latina, Cassino de Servilha, Violinos Italianos, que ainda estão na memória de muitos daquela época. A ARCA (que era dirigida pelos correligionários de Edgard (a sociedade assuense era dividida em dois clubes sociais, em razão da radicalização política que era tensa e intensa entre Olavo e Edgard), também realizou grandes festas com apresentação de grandes orquestras como Eder Mandarino, dentre outras. Fica o registro. Mais história a contar sobre esse assunto.
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ASSU ANTIGO
Praça Getúlio Vargas
Parabens Fanfa, muita saude , paz e harmonia em sua vida e dos seus. É muito prazeiroso acessar o seu blog e ver e reler coisas do nosso querido Torrão natal, se possível sempre coloque fotos antigas da nossa querida Assu ou simplesmente Açu.
Joselito da Silveira
Macaiba-Rn
Amigo e conterrâneo Fanfa: É muita satisfação que apresento a você os meus verdadeiros parabéns, pela passagem de mais um aniversário em sua vida. Aproveito, para lhe dizer, que estou sempre atento a todas as notícias divulgadas em seu bem elaborado BLOG, que deixa bem informado sobre as coisas do nosso Assu.
Um abraço.
Nilo Fonseca
Natal-Rn
Muito grato. Você hoje é uma referência em blog. Toda vida que quero algo sobre o Assu, logo vem seu blog na minha cabeça. Falei no programa do Regis que não tinha uma notícia sobre João Celso Filho na net, logo no outro dia me deparei com aquela biografia. Valeuu!!! Espero encontrar logo biografia do saudoso Sebastião Alves, acho que faz dez anos de sua morte, Obrigado amigo Fernando Caldas.
Júnior Soares
Assu-Rn
sábado, 21 de março de 2009
ASSU NA GUERRA DO PARAGUAI
No meu tempo de criança ouvia-se frequentemente uma referência hilariante usada para ridicularizar a figura autoritária do presidente paraguaio Francisco Solano Lopez, tão sanguinário que ordenou a execução de dois irmãos e submeteu a Conselho de Guerra a própria mãe, deixando que fosse seviciada pelos julgadores. A expressão era "a posição que Lopez perdeu a guerra".
A interpretação é de que o invasor do território brasileiro teria se avacalhado na hora da rendição que lhe foi imposta pelas forças nacionais. Dava a impressão de que teria se "borrado" todo, num "trono" sanitário. Ou que teria sido vítima de uma dessas diarreias líquidas provocadas pelo nervosismo da derrota e da perspectiva de humilhação. Mas, passado o tempo, sabemos hoje que Lopez era de topar parada e não se rendeu como um amedrontando. Repeliu enquanto pôde ao cerco do Exército Brasileiro e foi rendido gritando vivas ao seu paraguaio.
Enquanto isso, aqui no Nordeste brasileiro o "voluntariado" para combater o avanço das tropas de Lopez sobre o Brasil, não era tão "voluntário! e o pessoal encarregado do recrutamento procurava os alistados que se refugiavam no mato para evitar o alistamento. Um dos artifícios utilizados pelos recrutadores era exatamente "tocar chocalhos dentro dos cercados para se confundirem com animais soltos no campo e assim conseguiu que os trânsfugas viesses em defesa de suas lavouras supostamente ameaçadas e aí fossem presos e levados para os batalhões de "voluntários da Pátria".
Mas isto não acontecia com muitos patriotas na defesa da soberania brasileira. Aconteceram casos de patriotas genuínos, como os dos assuenses Ponciano Bisneto Ferreira Souto, Ulisses Olegário Lins Caldas, seu irmão Perceval Lins Caldas e José Correia Teles, entre dezenas de outros filhos do Assu, considerado "um dos municípios que mais denodadamente honraram o Rio Grande do Norte na campanha contra Solano Lopez". Como registrou o historiador Adauto Câmara, citando boletins e Ordens do Dia dos arquivos nacionais ("O Rio Grande do Norte na Guerra do Paraguai", edição do IHGRN - Natal - 1951 - Tip. Galhardo - Rua Chile, 161).
Por que o destaque para estes quatro heróis, apenas?
A história da participação de Ulisses Caldas e Pecerval Caldas na Guerra do Paraguai é a mesma conhecida, embora ainda perdure muita ignorância quanto ao fato de sua bravura no front e até quanto a datas. Ulisses era alferes, em comissão, da Guarda Nacional. Nasceu em 1845 (ano da emancipação política da cidade). "Faleceu em 7 de novembro de 1866, no acampamento do 2. C. do Exército em consequência do ferimento recebido em um reconhecimento feito sobre o campo inimigo", como foi descrito na O>D. - 29 - de 24?11?66 do Visconde de Porto Alegre, general em campanha. Ulisses lançara-se sobre as baterias inimigas "com uma intrepidez que a todos surpreendeu, tomando duas bocas de fogo e fazendo flutuar primeiro no Curuzu o estandarte do Brasil". Fora promovido e era tenete desde 4 de setembro de 1866.
Percerval Caldas, 2. sargento, após o combate de Curuzu foi nomeado Alferes do 36. V.P do Maranhão. "Ferido na 2. Batalha de Tuiuti, foi morto em ação a 19 de março, num ataque a Estabelecimento, lutando junto ao 16. Batalhão de Infantaria". As baixas brasileiras nesse ataque foram: 148 mortos. 339 feridos, 42 contusos.
E Ponciano Bisneto?
Era tenente, nomeado junto com Ulisses Caldas, em 4 de setembro de 1866. Em 3/9 participara do assalto a Curuzu, integrando o 47. V.P. Depois, nomeado capitão por alto de bravura, recebeu a Medalha do Mérito Militar pelos combates de 6. 11 e 21 de dezembro (a Desembrada) em 1868. Ferido em combate. Nasceu em 1845, irmão do jornalista Elias Souto e do escritor José Leão Ferreira Souto. Faleceu a 06/10/1886, depois de ter sido Deputado Provincial no RN (1874-75 e 1876-77) em substituição ao pai, Cel Luiz Antônio Ferreira Souto, que faleceu em 1874.
Alguém no Assu conhece um tal de Correia Teles? Foi general de brigada (1897), combatente na Guerra do Paraguai. Também é filho da terra, onde nasceu em 1835. Foi praça em 1856, começando daí a sua carreira militar. Faleceu em 4/11/1897, depois de reformado.
Participara de toda a Campanha do Paraguai, sendo condecorado pelos governos da Triplice Aliança - Brasil, Uruguai e Argentina, em vários graus. Foi membro da Junta Governativa de Alagoas em 1891. (História do R.G.N. - A. Tavares de Lira).
Mas não é só.
O Assu participou na Guerra do Paraguai com cerca de 60 voluntários. Nenhum recusou o recrutamento. Mas, estes, coitados, entraram para o rol do anônimos.
____________________Celso da Silveira. Em, Salvados do Assu, 1996.
MENSAGEM
O soneto transcrito abaixo, é uma das lindas mensagens (nos versos da poeta Célia de Lima) que uma amiga me enviou (através do orkut) pela passagem dos meus 54 anos de idade que, no dizer do poeta Renato Caldas "está guardado no posta restante do meu coração". Vejamos:
É tão somente mais um dia, eu sei,
Pra que eu possa dizer "seja feliz!!!
Mas se é em marco, que eu lhe diga em bis:
Meus parabéns! Parabéns, outra vez!!!
E acredite que é meu esse prazer
De poder lhe dizer, com o coração,
Que é cada vez maior a admiração
Por tudo de bom que vem de você!
Do que eu possa querer, é que sorria
O bom sorrizo que trouxer o dia
Florescido na razão mais urgente:
Estar aqui, e compreender que a vida,
Em magia e festa, ou em dor, ainda,
É o poema que Deus dá de presente!
blogdofernandocaldas.blogspot.com
É tão somente mais um dia, eu sei,
Pra que eu possa dizer "seja feliz!!!
Mas se é em marco, que eu lhe diga em bis:
Meus parabéns! Parabéns, outra vez!!!
E acredite que é meu esse prazer
De poder lhe dizer, com o coração,
Que é cada vez maior a admiração
Por tudo de bom que vem de você!
Do que eu possa querer, é que sorria
O bom sorrizo que trouxer o dia
Florescido na razão mais urgente:
Estar aqui, e compreender que a vida,
Em magia e festa, ou em dor, ainda,
É o poema que Deus dá de presente!
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NOTA CONVITE
HERVAL TAVARES e família, convidam amigos para se fazerem presentes a missa em ação de graça pelo seu restabelecimento, a ser celebrada às 18:00 horas do dia 21 de março de 2009, na igreja São Pedro.
Por oportuno, agradece a todos que em suas preces e promessas oraram pelo seu restabelecimento, e ainda, agradece aos amigos que residem em Natal, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Rio Grande do Sul e do interior do estado, telefonaram dando-lhe força e demonstração de solidariedade.
Por oportuno, agradece a todos que em suas preces e promessas oraram pelo seu restabelecimento, e ainda, agradece aos amigos que residem em Natal, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Rio Grande do Sul e do interior do estado, telefonaram dando-lhe força e demonstração de solidariedade.
domingo, 15 de março de 2009
CINQUENTA E QUATRO PONTO ZERO
Hoje aniversario na mais sublime existência. São cinquenta ponto quatro anos de idade, recheados de felicidades e de aversidades também. É a vida! E ela continua como assim Deus determinou! Já recebí com felicidade ao abrir o meu orkut, várias mensagens singelas, mas sinceras de familiares, de amigos, de conterrâneos meus, por esta data natalícia. Choro ao escrever este texto, mais choro primeiramente de alegria por ainda exitir, por aquilo de bom que Deus me deu, apesar também dos problemas que a vida me proporcionou. Mas, nas minhas reflexões eu me lembro de um poemeto de Jorge Fernandes, que diz assim: "Deus lembrou-se de mim, lembrou-se / ungindo-me de bondade e de amor! / Martirizou-me pra tornar-me santo / e deu-me azas pra fulgir da dor." Obrigado a todos vocês. Contem comigo.
Fernando Caldas
Fernando Caldas
sábado, 14 de março de 2009
NOTA
Vanessa Lima é minha conterrânea, assuense de boa cepa, interessada pela história, pelos costumes, pelas tradições, afinal, pela memória do velho Assu de antigas glória, de tantos poetas, de boas recordações. Não conheço ela pessoalmente, mas sei que é inteligente. Afinal de contas ela não é do Assu? Pois bem, mandou-me o seguinte comentário que muito me alegra e engrndece este blog: "Olá Fanfa, tudo bem? Olha eu fui fazer uma pesquisa do colégio de meu filho sobre o Assu antigo e não encontrei em lugar nenhum. Mas, graças ao seu amor por Assu e a sua divulgação pela história de nossa terra eu encontrei no seu blog. Parabéns e muito obrigado. Sucesso para você. Sim, lembrando que amanhã é o dia da poesia. Espero que seja lembrado os ilustres poetas da nossa cidade, pelo menos amanhã né? Um abraço".
Um depoimento como este faz aquele que gosta e que ama a sua terra, redobra o prazer de escrever sobre ela.
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domingo, 8 de março de 2009
LEMBRANDO ZÉ AREIA
Zé Areia era tipo gordo, popular, espirituoso, um boa vida para não chamá-lo de malandro. Vendia loterias, jogo do bicho, rifa, e era amigo de muitas figuras da sociedade natalense. Dele, Areia, conta-se que certa vez, ao chegar na penção de dona Zefinha, no bairro das Rocas, em Natal, pediu uma galinha. No que foi atendido no prato preferido, fez o convite: "Vamos comer a galinha dona Zefinha!" Aquela senhora bruscamente respondeu: "Eu não gosto de galinha." Zé Areia não perdeu a esportiva, respondendo desta forma: "Ou que classe desunida!"
Certa feita, passando pelas ruas de Natal, foi indagado (por certa pessoa que lhe conhecia) de tal modo: "Zé Areia quantos quilos você pesa?" Zé Areia respondeu: "Já te esqueceste!"
Certa feita, passando pelas ruas de Natal, foi indagado (por certa pessoa que lhe conhecia) de tal modo: "Zé Areia quantos quilos você pesa?" Zé Areia respondeu: "Já te esqueceste!"
ANEDOTÁRIO
O escritor Valério Mesquita conta que Zé Buchudo, de Macaiba (RN), "era um comerciante, proprietário de um pequeno açougue, nos fundos do mercado. Certa feita, numa dessas manhãs chatas da cidade, foi convidado pelo farmacêutico Manoel Guedes e patota, empreenderem uma viagem de circunavegação pelos bares da cidade. Guedes, capitão de longo curso, dirigiu logo a nau dos insensatos à cidade de Parnamirim, onde ancoraram no famoso cabaré de Tibinha. Desnecessário dizer das abluções profundas e repetidas até a hora vespertina, quando pressentiram, que o náufrago Zé buchudo havia mergulhado a estibordo, em abismal sono etílico. Retornaram a Macaíba e entregaram a domicílo o invólucro corpóreo do que restou do nosso herói. Estirado no sofá da sala, Zé Buchudo sobreviveu a tododos os exercícios de ressureição ministrados pela esposa e filhos. Findas algumas horas, aí então, veio a cena patética: Zé Buchudo abriu os olhos, viu de plano, a esposa inclinada sobre si, soltou a catastrófica exclamação denunciadora: Mas, fia, que é que você está fazendo aqui no cabaré de Tibinha?" Depois dessa Zé Buchudo era a imagem do próprio cristão trucidado".
sexta-feira, 6 de março de 2009
DE "POUCAS E BOAS"
Do livro sob o título "Poucas e Boas",2008, já em segunda edição, o autor Valério Mesquita conta que "o mestre Odilon Ribeiro Coutinho, usineiro, intelectual, homem de finesse, acabara de se eleger deputado federal em 1963, pelo Rio Grande do Norte. Estava no Rio Hospedado no Copacabana Palace. Lá fora fluía naturalmente uma linda manhã carioca. No hotel, mulheres exuberantes pintavam em cada metro quadrado. O nosso Odilon tal um finíssimo lorde inglês era atendido no saguão por uma bonita pedicure. Em meio aquele torvelinho de bom gosto e elegância, o deputado sorvia os primeiros goles matinais de uisque on the rocks, balançando o copo "softamente". De chofre, é reconhecido por um potiguar, empregado do hotel: "Deputado, o senhor por aqui? Eu sou do Rio Grande do Norte e votei no senhor! Como vai o senhor?" Odilon sem perder a postura nobre, mexendo suavemente o copo, após outro gole: "É luta, meu filho! A luta é grande".
Em tempo: Eu tive o prazer de ter partipado de uma farra na minha querida cidade de Assu, entrando pela madrugada e até ao amanhecer, com aquela figura de tantas histórias na política e na literatura brasieleira, chamada Odilon Ribeiro Coutinho, Por sinal, quando ele ia ao Assu, frequentava e era hospede do seu amigo Francisco Fonseca que era conhecida na ciade de Assu, como "Tururu", que tinha naquela terra assunse, uma afamada casa de jogo de cartas (baralho) na rua Frei Miguelinho, bem como de Costa Leitão que certa vez, promoveu uma festa no Clube Municipal (autos da prefeitura), nos idos de cinquenta, com a presença de misses dos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e pernambuco, que chegaram de avião (de aluguel) naquela terra assuense. Fica o registro para as futuras gerações.
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Em tempo: Eu tive o prazer de ter partipado de uma farra na minha querida cidade de Assu, entrando pela madrugada e até ao amanhecer, com aquela figura de tantas histórias na política e na literatura brasieleira, chamada Odilon Ribeiro Coutinho, Por sinal, quando ele ia ao Assu, frequentava e era hospede do seu amigo Francisco Fonseca que era conhecida na ciade de Assu, como "Tururu", que tinha naquela terra assunse, uma afamada casa de jogo de cartas (baralho) na rua Frei Miguelinho, bem como de Costa Leitão que certa vez, promoveu uma festa no Clube Municipal (autos da prefeitura), nos idos de cinquenta, com a presença de misses dos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e pernambuco, que chegaram de avião (de aluguel) naquela terra assuense. Fica o registro para as futuras gerações.
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segunda-feira, 2 de março de 2009
POESIA
PORQUE AMO A NATUREZA
Eu amo o mar,
O vento, as estrelas, o sol,
As noites de luar,
As serras, o arrebol!
Amo a torrente do rio,
Que, em louco desvariu
Se despeja no mar...
O gorgeio sutiu da passarada,
Deixa minh' alma
Em êxtase, pairada!
Eu amo a solidão,
O imprevisto, a incerteza,
A imensidão
Azul do firmamento,
As flores, as campinas verdejantes...
Eu adoro o lamento
Das vagas arquejantes,
O silêncio, a tristeza...
Enfim, eu amo a natureza!
Porque,
Tudo me traz uma lembrança,
Uma saudade louca de você.
Renato Caldas
Eu amo o mar,
O vento, as estrelas, o sol,
As noites de luar,
As serras, o arrebol!
Amo a torrente do rio,
Que, em louco desvariu
Se despeja no mar...
O gorgeio sutiu da passarada,
Deixa minh' alma
Em êxtase, pairada!
Eu amo a solidão,
O imprevisto, a incerteza,
A imensidão
Azul do firmamento,
As flores, as campinas verdejantes...
Eu adoro o lamento
Das vagas arquejantes,
O silêncio, a tristeza...
Enfim, eu amo a natureza!
Porque,
Tudo me traz uma lembrança,
Uma saudade louca de você.
Renato Caldas
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domingo, 1 de março de 2009
CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA
O Cemitério (público) São João Batista foi construído na administração do intendente Joaquim Antão de Sena. O cargo de intendente é o que hoje representa o prefeito municipal. Observa-se que o portão daquele cemitério fica de frente a porta principal da igreja Matriz de São João Batista. Foi o primeiro da cidade.
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LUIZ CAMPOS
Luiz Campos é um dos maiores poetas cordelistas do Nordeste, natural da oestana cidade de Mossoró (RN). Aquele imortal da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, escreveu:
Quando solteiro eu vivia
Era o maior aperreio
Devido eu ser muito feio
As muié não me queria
Quando prum forró eu ia
Com qualquer amigo meu
Ele confiava neu
Iam beber e brincar
No fim da festa arengar
Quem ia preso era eu.
De Luiz Campos há uma estória engraçada. Certa vez dirigiu-se ao açougue mais próximo da sua casa. Ao chegar naquele estabelecimento comercial, pediu ao açougueiro 900 gramas de carne. Aquele comerciante disse a ele: "Seu Luiz, por que o senhor não leva logo um quilo?" Luiz foi taxativo: "É que você não pesa".
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RARIDADE
Vasculhando a minha pobre biblioteca, deparo-me com mais outra raridade sobre o Assu. É o livro (capa acima) do escritor Rômulo Wandereley sob o título "Canção da Terra dos Carnaubais", 1965. Tem um pouco de poesia e história do Assu. Rômulo era membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e da Academia Norte-Riograndense de Letras. Por sinal, quem assumiu a cadeira deixada por ele, Rômulo, foi a escritora assuense Maria Eugênia Montenegro. No referenciado livro aquele ilustre assuense enaltece a sua terra dizendo asim:
Minha terra tem poetas
De inspirações magistrais,
Nascidos ao farfalhar
Dos verdes carnaubais.
Minha terra floresceu
Às margens do rio Assú,
E deu filhos que lutaram
Nos campos de Curuzu.
Minha gente provém
De indígenas e portugueses,
E traz, no sangue, também,
O sangue dos holandeses.
Se os seus filhos, quando nasceram,
Talento não denunciam,
Morrem na infância primeira,
Porque asnos lá não se criam.
Muitos deles, quando querem
Dar asas à inspiração,
Emigram para outras plagas,
Como aves de arribação.
E, mesmo sentindo nalma
Fundas saudades dalí,
Vêm cantar seus amores
Às margens do Potengí.
E OLHAR de perto a praieira
Da canção de Otoniel,
De olhos ternos, cismadores,
Lábios doces como mel,
Que ama escutar trovadores,
Que tenham vindo de lá,
Para dizer-lhe ao ouvido
Estrofes de Itajubá.
Minha terra tem história,
Poesia e tradição!
E em tempos idos, já foi
E em tempos idos, já foi
A Atenas do meu sertão.
Antigamente, a escola
lá era risonha e franca,
E o negro, banqueteado,
Nos salões do amplo sobrado
Do Barão de Serra Branca.
Teve seu berço no Assu,
Luiz Carlos Lins Wanderley,
Que, médicin, malgré tout,
Era poeta de lei.
E os Soares e Amorins,
Macedos, Caldas e Lins,
E outros mais, que ainda há,
- Os quais, logo que nasceram,
Inspiração receberam
Nas águas do Poassá.
Na poesia popular,
Houve Moisés Sesiom,
Que, semelhante a Bocage,
Glosava no melhor tom.
E não se deve esquecer
João Celso e Palmério Filho,
Que, na tribuna e na imprensa,
Pontificaram com brilho.
DEUS te salve, terra amada,
Berço dos meus ancestrais!
Eu morreria de mágua
Se não te revesse mais.
Se não pudesse beijar-te,
Nos meus dias outonais,
Escutando o farfalhar
Dos verdes carnaubais.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
MANOEL CALIXTO CHEIO DE GRAÇA
E quem não se lembra de Manoel Calixto Dantas também chamado de "Manoel do Lanche?" Era um dos nossos poetas tipo populares. Ele tinha um local (box) no Mercado Público do Assu. Pois bem, na década de setenta, Calixto candidatou-se disputando uma vaga no legislativo assuense, pelo MDB. Ele era natural de Carnaúba dos Dantas e assuense por opção e escolha, terra que viveu durante mais de cinquenta anos e fez boas amizades). Como não podia ser diferente, por ter convivido com os poetas do Assu, Manoel começou a escrever versos populares. Sua predileção para versejar era a glosa (décima) e a trova, a sua predileção para versejar. Tempos atrás, os poetas da terra assuense aproveitavam os momentos de campanhas políticas para satirizar os candidatos em forma de versos. E Manoel Calixto era um deles. Candidato a vereador, escreveu:
Negue o soldado ao Tenente,
Negue esmola ao aleijado,
Negue ao faminto o bocado,
Negue ao Major a patente,
Negue ao seu filho a benção,
Negue o direito ao patrão,
Negue tudo, isto eu suporto
Só não me negue o seu voto
No dia da eleição.
E essa outra:
Falte uma noite a seresta,
Falte ao garoto inocente,
Falte o remédio ao doente,
Falte uma noite de festa.
Numa fase como esta,
Falte tudo ao seu irmão,
Falte a festa de São João,
Todas as faltas suporto
Só não me falte esse voto
No dia da eleição.
Fernando Caldas
Negue o soldado ao Tenente,
Negue esmola ao aleijado,
Negue ao faminto o bocado,
Negue ao Major a patente,
Negue ao seu filho a benção,
Negue o direito ao patrão,
Negue tudo, isto eu suporto
Só não me negue o seu voto
No dia da eleição.
E essa outra:
Falte uma noite a seresta,
Falte ao garoto inocente,
Falte o remédio ao doente,
Falte uma noite de festa.
Numa fase como esta,
Falte tudo ao seu irmão,
Falte a festa de São João,
Todas as faltas suporto
Só não me falte esse voto
No dia da eleição.
Fernando Caldas
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
ASSU ONTEM E HOJE
LEMBRANDO NEWTON NAVARRO
Eu tive o prazer de ter conhecido o pintor, o cronista, o poeta, o boêmio chamado Newton Navarro (1928-1992), quando das suas idas em Assu para visitar João Meira Lima então juiz do Assu, e o poeta Renato Caldas ainda se encontrava no auge da sua boemia, nos idos de sessenta. Eu era menino ainda. Tempos depois, convivi com ele, Navarro, no bar "Postinho", na Praia do Meio, no início da década de setenta, através de Paulinho Montenegro, em Natal. Navarro sempre gostava de ouvir, o poema "Isabel" do grande poeta João Lins Caldas. Para Celso da Silveira, Navarro era o "poeta do desenho, da oratória, do conto e do poema". Será que é a toa que a segunda maior ponte do Nordeste leva o seu nome? A ele, Navarro, cabe um bom cronista e um grande biógrafo para traçar a sua fantástica trajetória
Fernando Caldas
Fernando Caldas
domingo, 22 de fevereiro de 2009
sábado, 21 de fevereiro de 2009
DONA MARIA EDITE
Do blog intitulado "Serra de Luiz Gomes" transcrevo um artigo de Cidinha Pascoal sob o título ("Conheça a Biografia de Maria Edite Martins") em homenagem a essa mulher que escolheu o Assu (RN), para viver ao lado do seu marido Sandoval Martins. Eu (autor deste blog) fui contemporâneo de Sande Martins, seu filho, estudando juntos no Colégio Nossa Senhora das Vitórias, de boas recordações. Por ele, Sande, Edival, Marival, Valdite e Valmar Martins e pela propria dona Maria Edite, é que transcrevo neste blog o já referenciado artigo (por sinal, somos ainda parentes distante, pelo lado de minha avô paterna chamada Odete Fernandes de Queiroz, também como dona Maria Edite natural da cidade serrana de Luiz Gomes, região do alto oeste do Rio Grande do Norte).Vejamos o citado texto, adiante:
"Maria Edite Germano Martins, filha do Coronel Antônio Germano da Silveira e Antônia Fernandes da Silveira - D. Tonheira, nasceu no dia 29 de novembro de 1918, em Luiz Gomes, Rio Grande do Norte, cuja padroeira é Senhora Santana, tornando-se sua devota e participando anualmente das celebrações do dia da Padroeira - 26 de junho.
Sua mãe - D. Tonheira - teve quatorze filhos dos quais atingiram a vida adulta apenas quatro: Paulo, Maria Edite, Ir. Salvadora (Sinésia) e Auta. Hoje, somente ela está entre nós, alcançando a graça de completar 90 anos de vida, lúcida, saudável e feliz. Maria Edite teve como "mãe de leite" a Sra. Antônia Batalha, por cuja alma reza diariamente e que também foi babá de sua primeira filha - Sanedite.
Foi alfabetizada na Escolas Reunidas Coronel Fernandes na segunda metade da década de 20.
Nos anos 30 foi matriculada interna do Colégio Nossa Senhora das Vitórias em Assú, aonde veio a concluir o Curso Normal no ano de 1940. Naquele educandário fortaleceu a sua formação cristã, através dos ensinamentos das "Filhas do Amor Divino" e gozou da convivência das primeiras, amigas internas e externas, das quais guarda boas e felizes recordações.
Aos 22 anos, em 26 de julho de 1941, casou-se com Sandoval Martins de Paiva, cuja celebração ocorreu na cidade de Luiz Gomes, passando a residir na cidade de Assú, onde lá nasceram todos os seus seis filhos.
A decisão pelo matrimônio foi expressa e justuficada por Sandoval Martins através de carta endereçada aos seus pais (Celso Martins e Abigail) em 26 de junho de 1940 cujo teor continha:
"A senhorita com a qual pretendo realizar tão sério compromisso é filha do Sr. Antônio Germano tendo por nome "MARIA EDITE GERMANO" aliás, já conhecida pela prezada mana "Mundica". Fui, sou e serei um admirador incansável, pois a parte que observo em uma senhorita não é exclusivamente a riqueza e beleza; com mais afinco procuro ver seu comportamento, a sua honestidade, e enfim a sua conduta, elementos esses que poderão dar imposição a uma senhorita que se destina tomar a responsabilidade de um lar."
O seu comportamento eminentemente doméstico cumulou de leldade e caráter a formação dos seus filhos. Na convivência com a comunidade assuense foi madrinha de um número incontável dos filhos e filhas do Vale do Assu. Participou da vida social e religiosa da cidade do Assú, em todas as fases de seu desenvolvimento.
Mantém dentro de sua vida familiar um hábito de lazer e descontração de jogar gamão em companhia de familiares e quase sempre dominando a prima Corália que torna-se adversária, mas passadas os momentos das disputas, tudo retorna ao convívio amigo e alegre de sempre.
A primeira filha de Maria Edite chamava-se Sanedite, nasceu no dia 04 de julho de 1942, em Assú, que vindo ao mundo com muito carinho foi chamada à casa do PAI antes de completar 1 ano de idade. Na sequência vieram: José Edival, Maria Valdite, José Marival, José Sande e José Valmar, cujos nomes trazem a fusão dos nomes de Sandoval e Maria Edite, prática bastante aceita nas famílias nordestinas, que se imagina, seja para dar maior firmeza à união matrimonial. Todos nascidos em Assú, com formação inicial do Educandário Nossa Senhora das Vitórias, tendo Maria Edite participado ativamente do encaminhamento de todos os filhos que procriou, apoiado na presença constante, no respeito e na responsabilidade do seu marido - Sandoval.
Dessa prole (5 filhos) vieram 8 netos, 8 netas, 2 bisnetos e 2 bisnetas. Certamente, Maria Edidte percebia a todos e a cada um deles como expressou sua amiga Cidinha: "Os filhos, os filhos dos filhos e logo depois os filhos dos netos... É um rosário de sentimentos"...
Um ano após a partida de seu fiel marido para a morada eterna, Maria Edite decidiu vir morar em Natal no ano de 1999, hoje residindo no bairro do Tirol e partipando da vida familiar e religiosa de toda a sua família. Ela é hoje uma referência familiar dos Germano, Martins, Paiva, Vieira e Fernandes, do Alto Oeste Potiguar, que aqui se encontram ou estão representados.
Por isso tudo, promoveu essa reunião, orgulhosa e infinitamente agradecida à misericórdia de DEUS, que possibilita uma existência simples e honrada, mas totalmente dedicada a seus filhos, seus familiares e amigos."
"Maria Edite Germano Martins, filha do Coronel Antônio Germano da Silveira e Antônia Fernandes da Silveira - D. Tonheira, nasceu no dia 29 de novembro de 1918, em Luiz Gomes, Rio Grande do Norte, cuja padroeira é Senhora Santana, tornando-se sua devota e participando anualmente das celebrações do dia da Padroeira - 26 de junho.
Sua mãe - D. Tonheira - teve quatorze filhos dos quais atingiram a vida adulta apenas quatro: Paulo, Maria Edite, Ir. Salvadora (Sinésia) e Auta. Hoje, somente ela está entre nós, alcançando a graça de completar 90 anos de vida, lúcida, saudável e feliz. Maria Edite teve como "mãe de leite" a Sra. Antônia Batalha, por cuja alma reza diariamente e que também foi babá de sua primeira filha - Sanedite.
Foi alfabetizada na Escolas Reunidas Coronel Fernandes na segunda metade da década de 20.
Nos anos 30 foi matriculada interna do Colégio Nossa Senhora das Vitórias em Assú, aonde veio a concluir o Curso Normal no ano de 1940. Naquele educandário fortaleceu a sua formação cristã, através dos ensinamentos das "Filhas do Amor Divino" e gozou da convivência das primeiras, amigas internas e externas, das quais guarda boas e felizes recordações.
Aos 22 anos, em 26 de julho de 1941, casou-se com Sandoval Martins de Paiva, cuja celebração ocorreu na cidade de Luiz Gomes, passando a residir na cidade de Assú, onde lá nasceram todos os seus seis filhos.
A decisão pelo matrimônio foi expressa e justuficada por Sandoval Martins através de carta endereçada aos seus pais (Celso Martins e Abigail) em 26 de junho de 1940 cujo teor continha:
"A senhorita com a qual pretendo realizar tão sério compromisso é filha do Sr. Antônio Germano tendo por nome "MARIA EDITE GERMANO" aliás, já conhecida pela prezada mana "Mundica". Fui, sou e serei um admirador incansável, pois a parte que observo em uma senhorita não é exclusivamente a riqueza e beleza; com mais afinco procuro ver seu comportamento, a sua honestidade, e enfim a sua conduta, elementos esses que poderão dar imposição a uma senhorita que se destina tomar a responsabilidade de um lar."
O seu comportamento eminentemente doméstico cumulou de leldade e caráter a formação dos seus filhos. Na convivência com a comunidade assuense foi madrinha de um número incontável dos filhos e filhas do Vale do Assu. Participou da vida social e religiosa da cidade do Assú, em todas as fases de seu desenvolvimento.
Mantém dentro de sua vida familiar um hábito de lazer e descontração de jogar gamão em companhia de familiares e quase sempre dominando a prima Corália que torna-se adversária, mas passadas os momentos das disputas, tudo retorna ao convívio amigo e alegre de sempre.
A primeira filha de Maria Edite chamava-se Sanedite, nasceu no dia 04 de julho de 1942, em Assú, que vindo ao mundo com muito carinho foi chamada à casa do PAI antes de completar 1 ano de idade. Na sequência vieram: José Edival, Maria Valdite, José Marival, José Sande e José Valmar, cujos nomes trazem a fusão dos nomes de Sandoval e Maria Edite, prática bastante aceita nas famílias nordestinas, que se imagina, seja para dar maior firmeza à união matrimonial. Todos nascidos em Assú, com formação inicial do Educandário Nossa Senhora das Vitórias, tendo Maria Edite participado ativamente do encaminhamento de todos os filhos que procriou, apoiado na presença constante, no respeito e na responsabilidade do seu marido - Sandoval.
Dessa prole (5 filhos) vieram 8 netos, 8 netas, 2 bisnetos e 2 bisnetas. Certamente, Maria Edidte percebia a todos e a cada um deles como expressou sua amiga Cidinha: "Os filhos, os filhos dos filhos e logo depois os filhos dos netos... É um rosário de sentimentos"...
Um ano após a partida de seu fiel marido para a morada eterna, Maria Edite decidiu vir morar em Natal no ano de 1999, hoje residindo no bairro do Tirol e partipando da vida familiar e religiosa de toda a sua família. Ela é hoje uma referência familiar dos Germano, Martins, Paiva, Vieira e Fernandes, do Alto Oeste Potiguar, que aqui se encontram ou estão representados.
Por isso tudo, promoveu essa reunião, orgulhosa e infinitamente agradecida à misericórdia de DEUS, que possibilita uma existência simples e honrada, mas totalmente dedicada a seus filhos, seus familiares e amigos."
QUADRINHAS MATUTAS DE RENATO CALDAS
I
Num existe maió pená,
E nem dô mais renitente:
Do que a gente gostá
De quem num gosta da gente
II
Eu tenho tanta vontade
De sê dono de você...
Deus prumita qui num fique,
Somente no meu querê.
III
Quem me dêra ser piano,
Vivê de bôca pru á...
Só pra sinti nos meus dente,
Os seus dedinhos roça.
IV
Cuma o tempo tá mudado!
Quem fui eu, quem hoje sô?!
Cuma tô dispilorádo...
Tô qui nem carro quebrado.
Sem boiáda e tangedô.
V
Na cara de sinha dona,
Tem duas coisa ingraçada!
Nos óio, vejo um Só posto,
Na bôca, vejo uma arvorada.
VI
O tóque dessa vióla,
Tem tanta macunaíma;
Que é mais triste q'um um sino
Tocando as Ave-Maria.
VII
Acabôse as inlusão,
Qui tive no meu passado!
O meu póbe coração,
Tá cuma inxuí largado.
blogdofernandocaldas.blogsapot.com
Renato Caldas (um dos maiores poetas matuto do Brasil de todos os tempos).
Num existe maió pená,
E nem dô mais renitente:
Do que a gente gostá
De quem num gosta da gente
II
Eu tenho tanta vontade
De sê dono de você...
Deus prumita qui num fique,
Somente no meu querê.
III
Quem me dêra ser piano,
Vivê de bôca pru á...
Só pra sinti nos meus dente,
Os seus dedinhos roça.
IV
Cuma o tempo tá mudado!
Quem fui eu, quem hoje sô?!
Cuma tô dispilorádo...
Tô qui nem carro quebrado.
Sem boiáda e tangedô.
V
Na cara de sinha dona,
Tem duas coisa ingraçada!
Nos óio, vejo um Só posto,
Na bôca, vejo uma arvorada.
VI
O tóque dessa vióla,
Tem tanta macunaíma;
Que é mais triste q'um um sino
Tocando as Ave-Maria.
VII
Acabôse as inlusão,
Qui tive no meu passado!
O meu póbe coração,
Tá cuma inxuí largado.
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Renato Caldas (um dos maiores poetas matuto do Brasil de todos os tempos).
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
ZÉ FREDERICO
Zé Frederico era um certo cidadão espirituoso da cidade do Alto do Rodrigues (RN). Quando ele bebia odiava ouvir falar a palavra burro, jumento, jegue ou qualquer outra denominação dada a aquele animal. Pois bem, certo dia de cessão na Câmara Municipal daquele município, um certo vereador que seguia em direção a câmara, econtrou-se com Zé Frederico embriagado, montado em seu jerico, perguntando assim: "Seu Zé como se chama esse burro?" Ao que respondeu repentinamente: "Vereador!"
Em tempo: Apesar de ser o vereador que está mais proximo aos anseios do povo, é a classe política mais atingida pela sátira ainda hoje. Penso eu, que somente acabaria com as gosações com o edil se voltasse a tramitar na Câmara dos Deputados, um projeto de lei (que não me recordo de quem era a autoria) mudando a nomenclatura de vereador para deputado municipal. E por que não? Fica o registro.
Em tempo: Apesar de ser o vereador que está mais proximo aos anseios do povo, é a classe política mais atingida pela sátira ainda hoje. Penso eu, que somente acabaria com as gosações com o edil se voltasse a tramitar na Câmara dos Deputados, um projeto de lei (que não me recordo de quem era a autoria) mudando a nomenclatura de vereador para deputado municipal. E por que não? Fica o registro.
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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
QUANDO A POLÍTICA VALE A PENA
1 - Conta-se que o ex-prefeito do Alto do Rodrigues (hoje importante município do Vale do Assu), chamado João Tereza, detestava discursar em público. Numa certa concentração pública naquele município, presente no palanque diversas autoridades municipais e estaduais, foi insentivado por alguns amigos para que falasse um pouco ao povo daquele lugar. Dito e feito. Pegou no microfone nervoso e desajeitado, soltando as seguintes palavras: "Trabalhadores do campo e trabalhadores rural". (sic) E papo encerrado. Padre Zé Luiz (que foi páraco em Pendências), presente no palanque, indagou-lhe: "Ô João Tereza, porque no seu discurso você disse "trabalhadores do campo e trabalhadores rural?" "Ora padre Zé Luiz, trabalhador do campo é quem trabalha no roçado, e trabalhador rural é quem trabalha na rua".
2 - Um certo senhor conhecedor da política do Alto do Rodrigues, ouvia atentamente Padre Zé Luiz combater a compra de votos naquele município, no tempo em que ele, Zé Luiz, candidatou-se a deputado federal. Não resistindo a contestação do amigo, interrompeu aquele senhor, dizendo: "Padre Zé Luiz, o que pesou mesmo não foi a compra de votos, não! Foi a recompra no dia da eleição!"
2 - Um certo senhor conhecedor da política do Alto do Rodrigues, ouvia atentamente Padre Zé Luiz combater a compra de votos naquele município, no tempo em que ele, Zé Luiz, candidatou-se a deputado federal. Não resistindo a contestação do amigo, interrompeu aquele senhor, dizendo: "Padre Zé Luiz, o que pesou mesmo não foi a compra de votos, não! Foi a recompra no dia da eleição!"
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
POESIA MATUTA
Capa do livro organizado por Ivan Pinheiro e Gilvan Lopes.
Comprei na venda um caixote,
Já fiz a matalotagem,
Já vasei minha peixeira,
Num tem nada, vô e vórto.
Adeus moçal desta terra,
Renato Caldas
.
VIAGE BÊSTA
.
Os terém, tão arrumado.
Já engraxei o carçado,
Qui ganhei nas inleição,
E, fui comprá na polista*
Duas camisa de lista
E uma carça de azulão.
Comprei na venda um caixote,
Eu mesmo fiz um malóte
E botei um cadeádo.
Tenho medo do sabido,
Pra eles, tô prevenido
E vivo sempre acordado.
.
Pra mostrá minha cachóla:
Encordoei a vióla
E enfeitei o maracá.
Quero mostrá as polista
O tutano do nortista
E cuma nós sabe amá.
Já fiz a matalotagem,
Já acertei a passagem
Em riaba do caminhão.
A boléia é muito cára
Tenho que sê "pau de arára..."
O pió é a mangação.
Já vasei minha peixeira,
Se essa cambáda instrangeira,
Intendê de me xingá...
Pois dizem que o taliano
In S. Paulo dá de cana
E gostam de matratá.
Num tem nada, vô e vórto.
Se num prestá me revórto,
Ou vô falá com Ademá.
Confio nesse badejo...
Mesmo proque, eu desejo
Lá in S, Paulo, o encontrá.
Adeus moçal desta terra,
"Morenas véia de guerra",
Que eu levo no coração!...
Agora digo um relacho:
Num me despeço de macho,
- Macho num dá produção.
Renato Caldas
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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
DITADOS POPULARES
"Qem é desconfiado, mora na ponta da rua".
"Quem nasceu pra relar coco, morre de cóca".
"Farinha pouca, meu pirão primeiro"
"Mulher, cachaça e bolacha, em toda parte se acha".
"Ferida pequena é que dói".
"Quem não sabe resar, xinga Deus".
"Pra quem está perdido, toda vereda é caminho".
"Água fria não escalda pirão".
"Sogra, sogro, milho e feijão, só dão lucro debaixo do chão".
"Pobre quando acha um ovo é goro".
"Mula estrela, mulher faceira e tubiba de aroeira, o diabo que queira."
"Quem não acha o que caça, pega no que acha".
"Quem come tudo num dia, no outro assobia".
"C- de bêbado, não tem dono".
"Parente é quem faz mal a gente".
"Pote velho é quem esfria a água".
"Queda de velho não levanta poeira".
"Velho nãO se senta sem "UI, nem se levanta sem "AI".
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"Quem nasceu pra relar coco, morre de cóca".
"Farinha pouca, meu pirão primeiro"
"Mulher, cachaça e bolacha, em toda parte se acha".
"Ferida pequena é que dói".
"Quem não sabe resar, xinga Deus".
"Pra quem está perdido, toda vereda é caminho".
"Água fria não escalda pirão".
"Sogra, sogro, milho e feijão, só dão lucro debaixo do chão".
"Pobre quando acha um ovo é goro".
"Mula estrela, mulher faceira e tubiba de aroeira, o diabo que queira."
"Quem não acha o que caça, pega no que acha".
"Quem come tudo num dia, no outro assobia".
"C- de bêbado, não tem dono".
"Parente é quem faz mal a gente".
"Pote velho é quem esfria a água".
"Queda de velho não levanta poeira".
"Velho nãO se senta sem "UI, nem se levanta sem "AI".
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domingo, 8 de fevereiro de 2009
ENCHENTE DO VALE DO ASSU, 2008
O assuense Nilo Fonseca, é formado em contabilidade, filho de Ezequiel Fonseca, que foi médico, prefeito do Assu e deputado estadual, presidente da Assembléia Legislativa. Nilo é um pesquisador atento das coisas do Vale do Assu, principalmente do seu Assu. Ele colabora com este blog e remeteu 43 fotografias aéreas, um belo trabalho de Getúlio Moura "sobre o efeito das chuvas no rio e nas cidades do Vale do Açu, da Barragem Armando Ribeiro até o litoral". Vamos conferir adiante. Clique na fotografia para uma melhor visulisação.
ZÉ AREIA
1 - Zé Areia era uma figura boêmia, folclórica, presepeira e espirituosa de Natal. Alguns autores potiguares como Veríssimo de Melo, já publicaram livros sobre as suas tiradas. Nasceu em Natal, morador do bairro das Rocas, daquela capital potiguar. Na Ribeira velha de guerra, viveu os melhores momentos da sua vida. Foi barbeiro de profissão, vendedor de loteria, jogo do bicho, rifa. Ele já virou até samba canção por um dos seus admiradores como o compositor natalense Gomes de Melo que versejou assim "Zé Areia nas Rocas você nasceu / era poeta e trovador / foi na Ribeira que viveu / No seu cotidiano vendia jogo do bicho, rifa, loteria / quem na sua rifa ganhava / uma desculpa ele dava /o prêmio foi adiado para o outro dia". Pois bem, certa vez, Zé Areia, na época da Segunda Grande Guerra, vendeu um papagaio cego a um certo soldado americano. Um amigo ao tomar conhecimento do ocorrido, disse: "Rapaz, você não tem vergonha, não! Vender um papagaio cego ao americano?" Zé Areia não se deu por calado: "Ele não vai levar o bicho pro cinema".
2 - De outra feita procurava vender uma sela (acolchoado para cavalos). O primeiro conhecido que encontrou, ofereceu a mercadoria: "Seu Mário eu tenho uma cela pra vender". "Eu não sou cavalo, pra que eu quero cela?" Zé Areia fuzilou na hora: "Ela serve também pra burro".
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sábado, 7 de fevereiro de 2009
ALUÍZIO ALVES
A cassação de Aluízio Alves, completa 40 anos. Era uma sexta-feira, como hoje, próximo ao carnaval. O clima político atingia o auge com as ações, cada vez mais violentas, especialmente, no que se prendia à cassação dos direitos políticos e o clima de incerteza aterrorizava. Aluízio, deputado da Arena, que apoiava o governo militar, não foi poupado, mesmo com a garantia do Marechal Castelo Branco, quando comandava o regime, que "Dr. Aluízio Alves, só será cassado com a conclusão de um inquérito militar..."
Era visível pelo que se publicava em todos os órgãos da imprensa, a guerrida TRIBUNA DO NORTE, sob o comando editorial e operacional do redator Cassiano Arruda e Francisco Macedo, colunista/jornalista Woden Madruga (supervisor de produção) fazendo com que o jornal não deixasse de circular. Faltava a TRIBUNA papel, tinta, pessoal (linotipista, principalmente) e mais ainda, o principal, que eram os anunciantes.
Manchetes "audaciosas", como a que causou rebuliço ("Mengo quer derrubar Presidente"...), mas depois de minucioso "estudo dos censores", verificou-se que torcedores do Flamengo queriam a cabeça do "presidente Veiga Brito... O voo orbital americano ocupava grandes espaços: a possível falta de "cerveja e gelo" para o carnaval/69. Chegada de navio State of Mane; a vinda de Garincha para jogar em Natal e Woden em sua coluna deu destaque à festa dos 13 anos do cartão Diners Clube, comandado pelo empresário Expedito Rezende, do Piaui, e o restante, em todas as folhas, eram noticiadas as "amenidades".
Além do clima político, a temperatura ambiente, na Cova da Onça, registrava em 32* até 38* Celsius, haja calor... na Ribeira.
Desde que Aluízio Alves participou, aos 11 anos, da instalação do Partido Popular de Dr. José Augusto, muitas coincidências marcaram sua passagem em todas as atividades desenvolvidas. Voltemos ao negro 7 de fevereiro de 1969. Os cinemas locais exibiam naquela data, os seguintes filmes no cinema Poti, "O caçador de Aventuras", no Nordeste, "A baia da Emboscada"; no Rex, "Assim Morreu os Bravos; no São Luiz; "Audácia dos Homens Sem Lei"; no Rio Grande; "O Colt Assassino"; no Panorama, "Arizona Colt".
A agência Transpress, que atendia à TRIBUNA, insistia em noticiar "Cassações Poderão chegar a 100" (04.02.1969). O ambiente devidamente preparado para a edição de 08.02.69, que, sem nenhum destaque, a TN cumpriu o dever de divulgar: "Governo Cassou Ontem 34"... dentre eles Aluízio Alves, Erivan França, Bernardo Cabral, Ney Maranhão, Pedro Gondim, Senador Arthur Virgílio, e outros. No mesmo ato do Conselho de Segurança Nacional, ocorreu o "recesso" das Assembléias Legislativas da Guanabara, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe.
Tudo isso sob a égide acusatória contrariaram os princípios éticos fundamentais...
Esta vigorosa Tribuna do Norte não cerrou suas portas e máquinas pela coragem de José Gobat e Agnelo (não podiam "constar no expediente" do jornal) enfrentaram os momentos dificílimos quando contaram com amigos e empresários como Geraldo Santos, Wober Lopes, que deram suporte contra ás restrições oficiais. O corpo de funcionários da redação e da impressão, tendo à frente o chefe Baltazar Pereira, Nezinho, José Meira (ainda hoje no batente), João Petro, Helder, Ivanildo.
Para finalizar: mais coincidências na vida de Aluízio Alves hoje, 40 anos de cassação, Bodas de Esmeralda, que vem a ser uma pedra verde e altamente valorizada...
Por Luiz Antônio Porpino
(Transcrito da Tribuna do Norte, 07.2.2009)
Era visível pelo que se publicava em todos os órgãos da imprensa, a guerrida TRIBUNA DO NORTE, sob o comando editorial e operacional do redator Cassiano Arruda e Francisco Macedo, colunista/jornalista Woden Madruga (supervisor de produção) fazendo com que o jornal não deixasse de circular. Faltava a TRIBUNA papel, tinta, pessoal (linotipista, principalmente) e mais ainda, o principal, que eram os anunciantes.
Manchetes "audaciosas", como a que causou rebuliço ("Mengo quer derrubar Presidente"...), mas depois de minucioso "estudo dos censores", verificou-se que torcedores do Flamengo queriam a cabeça do "presidente Veiga Brito... O voo orbital americano ocupava grandes espaços: a possível falta de "cerveja e gelo" para o carnaval/69. Chegada de navio State of Mane; a vinda de Garincha para jogar em Natal e Woden em sua coluna deu destaque à festa dos 13 anos do cartão Diners Clube, comandado pelo empresário Expedito Rezende, do Piaui, e o restante, em todas as folhas, eram noticiadas as "amenidades".
Além do clima político, a temperatura ambiente, na Cova da Onça, registrava em 32* até 38* Celsius, haja calor... na Ribeira.
Desde que Aluízio Alves participou, aos 11 anos, da instalação do Partido Popular de Dr. José Augusto, muitas coincidências marcaram sua passagem em todas as atividades desenvolvidas. Voltemos ao negro 7 de fevereiro de 1969. Os cinemas locais exibiam naquela data, os seguintes filmes no cinema Poti, "O caçador de Aventuras", no Nordeste, "A baia da Emboscada"; no Rex, "Assim Morreu os Bravos; no São Luiz; "Audácia dos Homens Sem Lei"; no Rio Grande; "O Colt Assassino"; no Panorama, "Arizona Colt".
A agência Transpress, que atendia à TRIBUNA, insistia em noticiar "Cassações Poderão chegar a 100" (04.02.1969). O ambiente devidamente preparado para a edição de 08.02.69, que, sem nenhum destaque, a TN cumpriu o dever de divulgar: "Governo Cassou Ontem 34"... dentre eles Aluízio Alves, Erivan França, Bernardo Cabral, Ney Maranhão, Pedro Gondim, Senador Arthur Virgílio, e outros. No mesmo ato do Conselho de Segurança Nacional, ocorreu o "recesso" das Assembléias Legislativas da Guanabara, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe.
Tudo isso sob a égide acusatória contrariaram os princípios éticos fundamentais...
Esta vigorosa Tribuna do Norte não cerrou suas portas e máquinas pela coragem de José Gobat e Agnelo (não podiam "constar no expediente" do jornal) enfrentaram os momentos dificílimos quando contaram com amigos e empresários como Geraldo Santos, Wober Lopes, que deram suporte contra ás restrições oficiais. O corpo de funcionários da redação e da impressão, tendo à frente o chefe Baltazar Pereira, Nezinho, José Meira (ainda hoje no batente), João Petro, Helder, Ivanildo.
Para finalizar: mais coincidências na vida de Aluízio Alves hoje, 40 anos de cassação, Bodas de Esmeralda, que vem a ser uma pedra verde e altamente valorizada...
Por Luiz Antônio Porpino
(Transcrito da Tribuna do Norte, 07.2.2009)
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
O OLHO PENETRANTE DE CALDAS
João Lins Caldas quando jovem
O poeta João Lins Caldas odiava a política, porém conviveu com grandes nomes da política brasileira (nos seus tempos de Rio de Janeiro), e chegou a fazer militância política no Estado de Minas Gerais. Desejava fundar um partido que teria a denominação de Partido Seletivo ou União Seletiva Nacional, ao qual somente poderia fazer parte, intelectuais, "homens de espírito". Caldas defenia o seu partido em dez mandamentos. Ei-los adiante:
1 - De dez em dez anos mudar a capital do pais, para levar a todas as regiões do país, o progresso, 2 - Nenhum Estado da federação poderá ter população a 3 milhões de habitantes, 3 - As dívidas não prescrevem, 4 - Os direitos não caducam, 5 - Os assassinos considerados culpados, seriam condenados também as idenizações das famílias das vítimas, 6 - Pena de morte para os ladrôes do erário (público), 7 - Criação do Ministério da Cultura ou das Artes, 8 - Construção às margens da estrada e no meio da mata, de légua em légua, de poços tubulares, a fim de resolver os problemas da seca no Nordeste, 9 - Voto de categoria, federal, estadual e municipal, 10 - No julgamento julgar vítimas e assassinos.
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COISAS DA POLÍTICA
Padre Zé Luiz candidatou-se a deputado federal, nos idos de setenta e, em Pendência (RN), onde foi páraco, decidiu ir buscar o voto. Chegando naquela terra pendencense, encontrou-se com um velho amigo chamado Cícero que, ao tomar conhecimento da sua candidatura, prometeu-lhe arranjar uns dez votos num certo destrito daquele lugar. Cicero durante a campanha teria doado a um certo senhor chamado Zé, que se comprometeu com ele, Cícero, arranjar os dez votos prometidos a Zé Luiz. Pois bem, aberto as urnas Zé Luiz não obteve nenhum voto na localidade onde seu Zé prometeu aqueles votos. Não deu outra, indgnado com o fracasso do amigo, ao vê-lo na porta do Mercado Pública daquela cidade, não pensou duas vezes: "Compadre Zé, abra a boca que eu quero ver se a dentadura ficou boa. Espere agora filho da puta quatro anos para sorrir outra vez". São coisas da política.
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DE JARBAS, SOBRE AGENOR E DINARTE
Jarbas Passarinho foi governador do Pará nomeado pelo regime militar (1964-1966), senador da República por aquele Estado maranhense por várias vezes, milistro de Estado nos governos Costa e Silva, Garrastazu Médice, João Figuerêdo e Fernando Collor. Intelectual, presidiu o senado Federal entre 1981 a 1983. Jarbas alé de ter si9do colega do senador potiguar de caicó, Dinarte Mariz, era amigo íntimo. Conta-se que ele ao se encontrar em Brasilia com um certo potiguar, teria dito que precisa fazer um reparo na fraze do senador também norte-riograndense, do seridó Agenor Maria que em pronunciamento teria dito certa vez num pronunciamento que "melhor do que o senado só o céu". Para Jarbas Dinarte teria dito melhor: "O senado é melhor do que o céu porque para alcançá-lo não é preciso morrer."
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