quarta-feira, 27 de julho de 2011

ALUGUEL IRRISÓRIO


Theodorico Bezerra [1903-1994] foi um político potiguar influente durante décadas, no Rio Grande do Norte. Figura espirituosa. As suas citações sábias, as suas estórias pitorescas são incontáveis, estão catalogadas no dicionário folclórico da política potiguar. Por sinal, a TV Globo, no início dos anos setenta, produziu um documentário [O Imperador do Sertão] em 1978 sobre a sua trajetória que foi um sucesso no país inteiro. Ele foi deputado estadual por várias legislaturas, desde os tempos do PSD, além de fazendeiro, hoteleiro. Amigo íntimo de Juscelino Kubitschek chegou a lançar sua candidatura ao governo do seu estado em 1965 [Theodorico 65] era a sua logomarca de campanha. Pois bem, em Natal, era o locatário do imóvel de propriedade do Governo do Estado, onde ele explorava uma hospedaria denominada Grande Hotel que chegou a ser o melhor hotel, salvo engano, nos anos quarenta e cinquenta. Amado e odiado também. Seus ferrenhos adversários diziam que ele pagava ao governo apenas uma quantia irrisória, pela locação daquele prédio [hoje servindo ao Juizado de Pequenas causas, no bairro da Ribeira] que ele explorou durante décadas. Certo dia, alguém lhe perguntou o valor que ele pagava pelo aluguel daquele imóvel. Matreiro que era, respondeu: "Eu pago o que o Governo do Estado me cobra". E papo encerrado.

Em tempo: Certa vez, Theodorico mesmo com aquela toda sua sabedoria, fora infeliz quando o poeta matuto do Assu [que o Brasil consagrou] chamado Renato Caldas ofereceu a ele, Theodrico, um livro de sua autoria intitulado "Fulô do Mato", ao chamá-lo de "vagabundo". Renato não guardou ressentimento, porém não esqueceu. Dias depois daquele fato, escreveu a seguinte sextilha conforme adiante:

Eu conheci Theodorico,
Quando lavava penico
No hotel de dona Danona.
Hoje é rico, é potentado.
É major, é deputado.
Oh sorte velha sacana!


Postado por Fernando Caldas

BUMBUM DE IVETE


Ivete Vargas [São Borja, 17 de julho de 1927 - São Paulo, 3 de janeiro de 1984] era sobrinha-neta do ex-presidente Getúlio Vargas. Durante o seu primeiro mandato [ela foi eleita pela primeira vez em 1950] de deputada federal [PTB] por São Paulo, visitou a cidade de Mossoró, importante município Norte-rio-grandense. Pois bem, Epifânio Barbosa [ele era entusiasta de Vargas] grande fazendeiro nos Sertões do Assu, figura espirituosa, influente nos meus políticos, com relações amistosas com o ex-governador Dix-Sept Rosado, dentre outros do seu tempo, resolveu ir até a terra mossoroense conhecer aquela parlamentar. Ao chegar no aeroporto, Ivete já se encontrava arrodeada por uma multidão de admiradores. Não deu outra. Epifânio despachado, desinibido que era, meteu-se no meio daquela gente toda e, com facilidade se aproximou daquela ilustre visitante, batendo forte com a mão, no 'bumbum' de Ivete, se auto apresentando com aquele seu jeitão sertanejo que lhe era peculiar: "Muito prazer, deputada. Epifânio Barbosa, do Assu. Nunca bati na bunda de uma mulher, pra ela não olhar pra trás."

Postado por Fernando Caldas

terça-feira, 26 de julho de 2011

O POETA E CONSTRUTOR PAULO VARELA

O poeta dos causos matutos potiguar do Assu chamado Paulo Varela, é também construtor de casa de taipa, uma construção rústica de pau-a-pique, barro e madeira,  é originária das várzeas, das regiões ribeirinhas dos sertões e das periferias das cidades também, do interior nordestino. A sua cobertura além da madeira e da telha, no vale do Assu ainda é coberta com palha da carnaubeira [uma arvore nativa então abundante naquela região].






Postado por Fernando Caldas

DO JORNAL BESTA FUBANA




 Ivanildo Villanova e Raimundo Caetano improvisando em Sextilhas sobre o tema “O que a natureza fez
* * *
Inês Gomes glosando o mote:
A coruja agourenta é inquilina
Dos escombros da casa abandonada
Nem a sombra do velho juazeiro
Tem a mesma extensão e quietude,
Acabou-se o barreiro de açude
Que ficava nas margens do terreiro.
No curral só tem pé de marmeleiro,
Mata-pasto nascido na calçada,
A casinha dos pintos desmanchada,
Que era feita de cerca de faxina.
A coruja agourenta é inquilina
Dos escombros da casa abandonada
* * *
Josa Rabelo glosando o mote:
Quem nasce no Pajeú
Tem o “gen” da poesia.


Quem nasce aqui nesta terra
Já nasce um abençoado
Tudo que fala é rimado
Vendo o dia que se encerra
As flores no pé da serra
Versejam de noite e dia
Trazendo mais alegria
Pra um vaqueiro sem lundu
Quem nasce no Pajeú
Tem o “gen” da poesia.
Temos vaqueiro valente
Com o cheiro no gibão
Das madeiras do sertão
Quando passa a gente sente
Canta um aboio dolente
Quem escuta se arrepia
Causando uma nostalgia
Pr’àqueles que tão no sul
Quem nasce no Pajéu
Tem o “gen” da poesia.
De Diomedes Mariano
A um José Marcolino
Qu’a sua canção é hino
Cantada de ano a ano
Dedé que o mais humano
Lembra Elizeu Ventania
Dos versos que se fazia
Com a inspiração de Xudu
Quem nasce no Pajeú
Tem o “gen” da poesia.
A tríade dos Patriota
Que a todos nós encantou
Antonio Marinho imperou
Louro foi trocadilhota
Nos versos de Jô se nota
Seu lirismo que iradia
O reco-reco da jia
As marcas de um tatu
Quem nasce no Pajeú
Tem o “gen” da poesia.
* * *
Geraldo Amâncio glosando o mote:
O cordel completou um centenário
Viajando nas asas do pavão.
Quem foi pai do folheto nordestino
Foi Agostinho Nunes do Teixeira,
Escreveu a história pioneira
Com os filhos Nicandro e Ugolino.
Prosseguiu com Germano e com Silvino,
Eis aí a primeira geração.
O romance no estado de embrião
Fervilhou no poder imaginário,
O cordel completou um centenário
Viajando nas asas do pavão.

Teve berço no chão paraibano,
Da cultura do povo um grande guia,
Registrou a primeira cantoria
Na peleja de Inácio com Romano.
A memória do padre Otaviano
Levou luz  onde havia escuridão,
O veículo maior de informação
E o primeiro jornal do proletário
O cordel completou um centenário
Viajando nas asas do pavão.
O cordel memoriza a cantoria
Na peleja de Pinto com Marinho,
Com o Cego Aderaldo e Zé Pretinho,
O que via apanhou do que não via.
Zé Gustavo e Roxinha da Bahia,
Nisso tudo aparece até o cão,
Na peleja do Diabo e Riachão
Foi Assu testemunha do cenário,
O cordel completou um centenário
Viajando nas asas do pavão.
A maior expressão do menestrel
Não há força que atinja o seu alcance
O campônio conhece por romance
Ou então por folheto de papel.
Só  depois veio o nome de cordel,
Que em feira era exposto num cordão
Ou então numa lona pelo chão
E um poeta a cantar feito um canário.
O cordel completou um centenário
Viajando nas asas do pavão.
Registrando o passado e o presente,
Para tudo o cordel tem sempre espaço:
Pra amor; pra política, pra cangaço,
Romaria, promessa e penitente.
Retirante, romeiro, presidente,
Seca, fome, fartura, inundação,
Nele encontra o melhor documentário,
O cordel completou um centenário
Viajando nas asas do pavão.
Dos cordéis elegeu-se o mais famoso,
Entre métrica, oração, rima e estilo
O segundo lugar é de João Grilo
E o primeiro o Pavão Misterioso,
A história de um pássaro formoso
Misturando o real com ficção.
O enredo imortal de uma paixão
Imprimiu-se no nosso imaginário,
O cordel completou um centenário
Viajando nas asas do pavão.
O cordel é valente e denuncia
O que esconde o poder que nos domina,
Conceição do Araguaia uma chacina
Que revolta, entristece e arrepia.
A tragédia em Canudos da Bahia,
O massacre no Sítio Caldeirão
Tem um rastro de morte e opressão
De um governo despótico e arbitrário,
O cordel completou um centenário
Viajando nas asas do pavão.
O cordel atestou que Conselheiro
Ainda exige pesquisa e mais estudos
E que o santo profeta de Canudos
Quis salvar o Nordeste brasileiro.
Padre Cícero Romão em Juazeiro
Construiu um caminho do perdão,
O quarteto maior da salvação:
Penitência, jejum, fé e rosário,
O cordel completou um centenário
Viajando nas asas do pavão
Luminares da arte e da cultura,
O Cascudo e Ariano Suassuna.
Pedestais do saber; têm por tribuna
O cordel de onde emana a iluminura.
Toda saga de um povo se emoldura
Nas histórias da sua tradição,
Se encontra o registro da nação
Na memória do acervo literário,
O cordel completou um centenário
Viajando nas asas do pavão.
No futuro, a famosa Academia
Brasileira de Letras, com seus mitos
Vai saber que nem só os eruditos
Têm direito a medalha e honraria.
Os que fazem cordel e cantoria
Fazem parte da lista da exclusão.
Sem diploma, troféu, sem medalhão,
Tem no mundo da idéia um santuário,
O cordel completou um centenário
Viajando nas asas do pavão.
O cordel continua sempre forte
Sem temer novidades nem impasse;
Como fênix, da cinza ele renasce,
Desmentindo os que pregam sua morte.
Por um lance de Deus, pra nossa sorte,
Do cordel temos nova geração,
Sepultando na cova da ilusão
Os profetas do seu obituário.
O cordel completou um centenário
Viajando nas asas do pavão.
Postado por Fernando Caldas

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Natal - Encruzilhada do mundo - Parte 3













FLOR ALADA


A lua irrompe a convite da noite
Resta ainda uma rosa acordada
O vento sopra e a estremece inteira
Transfigurando-a em uma flor alada

Ao som de sussurros bailam ao luar
Não há testemunhas, dorme o jardim
Aurora anuncia a necessária despedida
Beijam-se no fim ao som de um bandolim

O sol inflige o podar das asas
A flor silente respira o ar da solidão
Na lembrança o aroma da cumplicidade
Nenhuma dança de amor é em vão...

Luciana Dimarzio








sábado, 23 de julho de 2011

Curso de Artesanato: Como trabalhar a fibra da Banana



Está sendo realizado na comunidade de Picada, o curso de Artesanato sobre como trabalhar a fibra da banana. 25 mulheres, agricultoras familiares estão participando do curso que tem como objetivo, qualificação profissional, gera emprego e renda, inclusão e fixação das pessoas no campo.

O curso tem duração de 15 dias com a carga horaria de 60 horas e é ministrado pela VALER (Assú), a realização é da secretaria de assistência social e o apoio da Prefeitura Municipal de Ipanguaçu.

Veja os belos trabalhos feitos por estas artesãs:

[Do Blog de Juscelino França]




Texto de Pedro Simões [transcrito do seu Facebook]

POR QUE SE FORAM DE REPENTE?
Já estertores do dia comemorativo do amigo, ofereço para deguste sensível da comunidade fraterna do FB, a "Pavana para um amigo ausente", composta por Augusto Severo Neto em louvor de outro destacado acadêmico da Confraria Boêmia e Literária Natalense, Berilo Wanderley, o grande cronista, que dividiu com Wanflan de Queiroz e Sanderson Negreiros o laurel de os inexcedíveis cronistas dessas plagas do Potenvi. Os dois - poeta e cronista homenageado - estão encantados nos mais altos planos astrais. Que o bom Deus os tenha sob seus cuidados como menestréis celestes.  

PAVANA PARA UM AMIGO AUSENTE

Poeta, meu bom poeta,
de outras plagas agora
bebendo vinho de nuvem
comendo queijo de aurora
tira-gosto de ambrosia
numa bodega celeste
bandeja de estrela d'alva
som de sino, rosa alpestre
largo balcão de arco-íris
lareira de sarça ardente
Poeta, meu bom poeta
por que foste de repente?

Ainda havia tanta coisa
a fazer, meu bom poeta,
tanta taça ainda cheia
tanta poesia incompleta
tanta noite moça ainda
querendo ser conquistada
tanta rota de navio
sem ter sido navegada
tantas esquinas da vida
tanta estrada, tanta trilha
tanto samba a ser cantado
só uma Maria Emilia
mulher, companheira, amante
namorada, colombina
parceira multiplicante
fêmea madura, menina
sabendo ser madrugada
gargalhada, riso quente
que teve o riso partido
quando te sentiu ausente
Poeta, meu bom poeta,
por que foste de repente?

Poeta, meu bom poeta,
amigo de muita vida
te recordo, luminoso
voz macia, taça erguida
pierrot chapliniano
mestre-sala, companheiro
bigode parnasiano
coração de mundo inteiro
cantor de terra de Espanha
andaluz e Iorqueano
navegador de serestas
navegando a todo pano
ergo a taça dolorida
à tua presença ausente
Poeta, meu bom poeta,
por que foste de repente?





sexta-feira, 22 de julho de 2011

POESIA



Quantas injustiças
podem ser esquecidas
num abraço de um amigo.

Abraça-me.
Toma-me para perto do teu corpo
com um abraço eterno.
Daqueles que fazem parar o tempo.
Dos puros.

Dos abraços que amam.
Que choram.
Que confidenciam.
Que transmitem força e segurança.

Dos abraços que nos mimam
e nos fazem sentir melhor.
Dos abraços que só nós conhecemos.
Dos secretos.
E dos mágicos.

Dos perfeitos.
Dos que nos fazem sorrir a alma.
Dos que nos aconchegam.
Dos abraços suaves e doces.
Dos abraços que riem.

Dos nossos abraços.
Só nossos.



Por Cristina Costa

O MAIS NOVO LIVRO DE AGNELO ALVES



Clique na imagem.

quinta-feira, 21 de julho de 2011



HORAS

Por Virgínia Vitorino, poeta portuguesa [1895-1967]

Tem cada hora uma decifração.
As horas falam e têm gestos, côres,
Na hora da manhã - vê que esplendores! -
É diferente a sua vibração.


Repara bem na hora dos amores,
É um coração com outro coração,
Tem a hora maior palpitação.
Tem vida, movimentos e langores.


É cada hora um livro, e cada qual
da sua forma o lê: Ou bem ou mal.
- Horas que vão e que não voltam mais!


Para mim há só duas. Males... bens,,,
É a hora dourada em que tu vens,
e a hora dolorosa em que te vais.


Postado por Fernando Caldas

CITAÇÃO

"A única vantagem da solidão é poder entrar no banheiro e deixar a porta aberta".

Por Antônio Maria, cronista [n. Recife, 1921- m. Rio de Janeiro 1964]

Postado por Fernando Caldas

Natal - Encruzilhada do mundo - Parte 2

Imagem do Mural/Facebook de Pedro Simões

HUMORISTA CEARENSE SE APRESENTA EM ASSU NO PRÓXIMO DIA 28

AINDA É TEMPO, PARTICIPE DO CONCURSO ASSUENSE DE LITERATURA

quarta-feira, 20 de julho de 2011

ASSU NA ARTE DE UM FILHO SEU


ARTE DE WAGNER OLIVEIRA

Postado por Fernando Caldas



Quando a tristeza se fizer maior, silencie.
Quando for magoado e estiver doendo, silencie.
Quando as palavras ouvidas forem ásperas e intolerantes, silencie.
Quando te julgarem sem haver sinceridade, silencie.
Deus tudo sabe, tudo vê.
Ele sonda o coração do bom e do mal.
Nada escapa ao Seu olhar.



De MC

Programa de Revitalização do Algodão realiza “Dias de Campo”, em Assú



A Prefeitura de Assú, a Embrapa Algodão e parceiros realizam nesta quarta e quinta-feira, 20 e 21, “Dias de Campo”, programação integrante do Projeto de Revitalização do Algodão, que vem sendo trabalhado no município.

De acordo com o coordenador do projeto, o secretário Adjunto de Meio Ambiente do Assú, Reci de Oliveira, várias palestras serão realizadas durante esses dois dias nas comunidades de Baviera e no Assentamento Palheiros.

“Vamos debater o sistema de cultivo do algodão, manejo de pragas e doenças, comercialização e sobre a revitalização do algodão no Vale do Açu, como sustentabilidade para a agricultura familiar”, esclareceu Reci de Oliveira. (LS).

Mais um Monumento Cultural Vai Surgir na Cidade Histórica




Com espirito dinamizador o prefeito Luizinho Cavalcante é um dos grandes incentivadores da história cultural do municipio, sempre determinado a implantar algo que simbolize os nossos valores, primeiro criou o Museu Zulmira Bezerra de Siqueira, aparelhou o ambiente com peças que representam o acervo antiquado das mais remotas produções existente na região.
Procurou, mas por pura incompreensão de pessoas que não se alinhavam com o seu desejo, não concretizou, sacrificando  a idéia de transformar o antigo Castelo de Abel Fonseca em um espaço que pudesse glorficar a memória do Barão da Carnaúba, como assim ficou conhecido por seus contemporâneos o grande incentivador da Vila dos Carnaubais.
Deputado Olavo Lacerda Montenegro - O Emancipador de Carnaubais.
Retoma seus olhares para a cidade histórica que teve a satisfação de preservar em sua primeira gestão, dando continuidade de conservação até o presente momento.
É pensamento de Luizinho implantar na localidade, um substancial reforço cultural, atraindo mais visitantes e reconhecendo o heroismo  do deputado Olavo Lacerda Montenegro, nosso emancipador, fundando um centro cultural denominado " Memorial Olavo Lacerda Montenegro - O Emancipador".

Escrito por Aluiziolacerda

terça-feira, 19 de julho de 2011

Empresa comemora 30 anos no Vale do Açu


Nesta quarta-feira (20/07), a Petrobras realiza cerimônia em comemoração aos 30 anos de produção de petróleo no Vale do Açu. O poço pioneiro - ARG-01 - está localizado no campo de Alto do Rodrigues e continua em atividade até hoje. A área de Exploração e Produção da Petrobras na região é representada pelo Ativo de Produção Alto do Rodrigues, que tem em sua abrangência oito municípios produtores de petróleo e outras fontes de energia - Afonso Bezerra, Alto do Rodrigues, Assu, Carnaubais, Macau, Pendências, Porto do Mangue e Serra do Mel. São 12 campos de produção terrestres e um marítimo, mais de dois mil poços de petróleo, 22 estações coletoras de óleo, 21 geradores de vapor e 350 quilômetros de dutos. A presença da Petrobras tem contribuído para mudar o cenário econômico da região. Atualmente, cerca de duas mil pessoas, entre empregados próprios e contratados, trabalham para a Companhia no Vale do Açu.

Tribuna do Norte

Escrito por aluiziolacerda

Governadora sanciona a lei do dia do blogueiro

Publicado por Robson Pires

A edição do Diário oficial do Estado (DOE) desta terça(19) informa que foi publicado a lei nº 9.507/2011 que formaliza o dia 2 de setembro, como o dia Norte-Rio grandense do Blogueiro.
A medida foi decretada pela Assembléia Legislativa do RN, e sancionada pela governadora Rosalba ciarlini. A lei foi uma proposição do Deputado Estadual Fábio Dantas (PHS).

[Do Blog de Aluíziolacerda]


Caicó-RN, capital do Seridó. (www.caicocity.com)

Curso de artesanato com palha de Carnaúba já exibe resultados em Afonso Bezerra



A utilização da palha de Carnaúba na confecção de cestos e baús foi um dos destaques da última edição da Caprifeira de Afonso Bezerra, promovida durante os dias 15, 16 e 17 de julho.

Neste ano, os trabalhos realizados pelas artesãs Ivanice Costa Regis, Iara Vanessa e Aliete Florêncio, chamaram a atenção das pessoas que visitaram a exposição agropecuária e ficaram impressionadas com a diversidade do evento. Não somente destinado a compra e venda de animais, mas também a venda de produtos para o lar.

Na feira, as artesãs de Afonso Bezerra exibiram os seus produtos e falaram um pouco sobre o curso promovido pelo Sistema Faern/Senar na cidade. “O curso foi realizado em 2009 e foi ministrado pela educadora Antônia Pedro. De lá para cá, conseguimos produzir muito material com palha de Carnaúba e já vendemos para outras cidades, inclusive em Natal”, ressaltou Ivanice Costa.

O curso

De acordo com a artesã, o curso teve duração de 80 horas e levou muitos conhecimentos para as produtoras rurais do município. “Foi muito interessante as aulas. Bem práticas. E mostrou para todas as alunas a importância de valorizar as nossas raízes. E é por isso que temos o maior carinho na venda dos cestos e baús”, explicou Ivanice.

Na Caprifeira de Afonso Bezerra as artesãs pediram a direção do Senar para que novos cursos com a utilização de palha de Carnaúba fossem promovidos na cidade o mais breve possível. “Gostaria que o Senar começasse por aqui um curso de artesanato com palha de Carnaúba sem o talo. Já que esse último foi com ele. E também seria interessante um curso para confecção de bonecas”, pediu a artesã Ivanice Costa.

De acordo com o presidente do Sistema Faern/Senar, José Álvares Vieira, esses cursos e os resultados obtidos com as vendas são as provas incontestáveis do trabalho da instituição ao longo dos anos. “Fico muito feliz com toda essa disposição das artesãs de Afonso Bezerra. Produtoras que estão determinadas a complementar a sua renda familiar com a venda desses belos trabalhos em palha. Acredito que muito brevemente esses cursos solicitados serão ministrados na cidade”, finalizou José Vieira.

Paulo Correia / AEcoar.
-- 
 
ECOAR AGÊNCIA DE NOTÍCIAS
 
Leonardo Sodré                                 João Maria Medeiros

Editor Geral                                          Diretor de Redação
9431-5115                                                               9144-6632

 

www.ecoimprensanatal.blogspot.com

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Revisão pelo teto do INSS dará aumento médio de R$ 240

Folha.com - DE SÃO PAULO


Os segurados que têm direito à revisão que o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) vai pagar após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) irão receber, em média, um aumento de R$ 240.
Terão direito a esse aumento cerca de 117 mil aposentados e pensionistas que começaram a receber o benefício entre 5 de abril de 1991 e 1º de janeiro de 2004 e que tiveram o benefício limitado ao teto da época.
Os segurados também terão direito a, em média, R$ 11.586 de valores retroativos --nesse caso, o pagamento irá beneficiar 131 mil aposentados e pensionistas.
No vídeo acima, a repórter de Mercado Giuliana Vallone, o editor-assistente de Mercado Paulo Muzzolon e a editora do caderno Grana do jornal "Agora São Paulo" (do Grupo Folha) comentam quem tem direito à revisão, quando ela será paga e o que falta para a Previdência Social efetivar os pagamentos.
Postado por Fernando Caldas

sábado, 16 de julho de 2011

CONSIDERAÇÕES SOBRE O SONO



Por Antônio Maria


A pessoa que dorme está inteiramente só. Quando o homem dorme, o seu rosto se desmarca de todas as tramas e de todos os desgostos. Nada enternece mais uma mulher que o rosto do amante, dormindo. Ela se debruça sobre a face do amado e descobre que eram simples palavras todas as valentias que ele lhe vinha dizendo ou dando a entender. É quando a gente se parece menos com os mortos... é quando se está dormindo. Quanto mais pobre mais comovente o ser humano que dorme.  No sono, a imobilidade das pessoas boas e confiantes é sempre desarrumada.  Gente má dorme em posição de sentido. Cada travesseiro tem um lugar e uma importância definidos na vigência do sono. Não há nenhum abandono casual, nas pernas, nos braços ou na cabeça de quem dorme, porque o corpo realiza, desde que haja espaço, sua única posição realmente confortável. Experimente descobrir na mulher que dorme a seu lado, um ser infinitamente decente, muito além de sua capacidade de fazer-lhe uma razoável justiça. Quanta luz nos corpos despidos das mulheres claras! Seria uma demasia de requinte ou de louvação, fazê-las dormir sobre lençóis negros?  A mais leve carícia de sua mão sobre o corpo da amada que dorme poderá quebrar a solidão do sono e a tranqüilidade da carne já não seria completa (contente-se em enternecer-se, sem tocá-la). Se for preciso despertá-la, que seja com ruídos aparentemente casuais. Ah, que intensos ciúmes, no passado e no futuro, sobre a nudez da amada que dorme! Só você a viu, só você a verá assim tão bela! Nas mulheres que dormem vestidas há sempre, por menor que seja, um sentimento de desconfiança. A amada tem sob os cílios a sombra suave das nuvens.  Seu sossego é o de quem vai ser flor, após o último vício e a última esperança. Um homem e uma mulher jamais deveriam dormir ao mesmo tempo, embora invariavelmente juntos, para que não perdessem, um no outro, o primeiro carinho de que desperta.  Mas, já que é isso impossível, que ao menos chova, a noite inteira, sobre os telhados dos amantes.
io, 17/1/1956
Postado por Fernando Caldas

Ipanguaçu do bem: Veja!

Ipanguaçu do bem: Veja!: "Já caiu na rede: Apresentação do garoto Assuense no Programa Raul Gil."

Ipanguaçu do bem: Veja!

Ipanguaçu do bem: Veja!: "Já caiu na rede: Apresentação do garoto Assuense no Programa Raul Gil."

LAGOA DO PIATÓ, EM ASSÚ, É TEMA DE REPORTAGEM DA INTERTV CABUGI

O maior lago natural de água doce do Estado, a Lagoa do Piató, foi, na tarde desta sexta-feira (15), tema de reportagem sobre Turismo Rural da emissora de comunicação InterTV Cabugi.
 Por abrigar um dos maiores ecossistema da região, talvez o mais completo, a Lagoa possui também excelente potencial turístico no segmento do Ecoturismo. Seu entorno com 5 comunidades e cerca de 500 famílias, apresenta lindas enseadas e belas praias de água doce, reserva natural de mata nativa, fauna e flora, enfim, constituindo-se em um dos  maiores patrimônio turístico do município.

Além de todas essas riquezas naturais, a Lagoa contempla ainda a pequena comunidade de Malhada da Areia, onde nasceu a bem aventurada Irmã Lindalva, que poderá ser a primeira Santa brasileira, local que será construído o Santuário de Irmã Lindalva.

A reportagem completa será exibida entre segunda e terça-feira (18 ou 19) da próxima semana, durante os telejornais da emissora.

Secretaria de Comunicação/Nelson Dantas

Postado por REGIStrando
Escrito por aluiziolacerda às 14h08

ALGODÃO



















A cultura do cultivo do algodão voltou aos campos dos nossos agricultores. Um programa de parceria da Secretaria do Desenvolveminto Rural do Município juntamente com a Secretaria de Agricultura Estadual proporcionaram a volta desta produção em nosso município.
O bom resultado colhido pelos agricultores, acredito que será dado proseguimento da atividade aqui em nosso município, criando assim mais uma alternativa econômica ao homem do campo.

Escrito por Luizinho Cavalcante







Mãos que produzem maravilhas



Artesãs carnaubaenses vão expor seus produtos em Brasília, em agosto.
Fotos cedidas por toni Martins


[Do Blog de Aluíziolacerda]


Postado por Fernando Caldas

quinta-feira, 14 de julho de 2011



Amar!

Por Florbela Espanca


Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Natal - Encruzilhada do mundo - Parte 1

SÉRIE ESCULTURAS DO ASSU I


Imagem: DB City.com


OSVALDO DE OLIVEIRA AMORIM [n. Assu, 12 de Agosto de 1923 - m. Recife, 16 de Junho de 1971]. Era chamado carinhosamente como Osvaldinho. Estudou o primário no Colégio Nossa Senhora das Vitórias, de Assu, estudou também no Colégio 7 de Setembro, de Natal, bem como no Colégio Pedro Augusto, do Recife, chegando a fazer vestibular para o curso de Farmácia na capital pernambucana. Em Pernambuco prestou seus serviços militares na época da Segunda Grande Guerra. Como jornalista colaborou  em importantes jornais como O Mossoroense, de Mossoró [na década de 50 e 60], Advertência, Atualidade, A Mutuca, O Vaqueiro, dentre outros da sua terra natal, além do importante periódico Jornal do Commercio, do Recife. Em Assu, foi comerciante no ramo de farmácia denominada Farmácia dos Pobres [que herdara de seu pai Mário Amorim], conhecida popularmente como Farmácia de Osvaldinho, estabelecida à rua São João, Centro de Assu.

Figura influente, foi um dos fundadores de uma importante instituição regional de caráter consultivo e executivo denominada CODEVA - Comissão de Desenvolvimento do Vale do Açu, cuja instituição juntou aliados e desafetos políticos para a grande arrancada rumo ao desenvolvimento do Vale do Açu, no início da década de 60. Com a sua iniciativa [lembrar Dom Eliseu, então Bispo da Diocese de Mossoró], foram realizados os primeiros simpósios e cursos de aperfeiçoamentos agrícolas naquela região.Fundou na terra assuense o Lions Clube do Açu - Distrito L 14, no final da década de 60. Afinal, ele foi um dos precursores do desenvolvimento daquela região varzeana. Empresta o seu nome ao Projeto de Irrigação do Baixo-Açu. Muito tem ainda a se contar e dizer sobre ele, Osvaldo Amorim.Teve a honra de ter sido agraciado pelo Projeto Rondon, pelos "relevantes serviços prestados a Integração Nacional".

O seu busto, assentado na praça Pedro Velho [rua Frei Miguelinho] fora doado pela Prefeitura Municipal de Mossoró, uma justa homenagem de iniciativa do seu prefeito Dix-Huit Rosado, com quem Osvaldo tinha o prazer de gozar da amizade daquele grande político potiguar de Mossoró.

Postado por Fernando Caldas
Augusto Severo Neto é pouco conhecido entre os jovens. Mas é um dos maiores poetas e "causers" do Rio Grande do Norte. O seu lirismo nostálgico, com acentuado timbre hispânico (Machado, talvez), revela uma poética arrebatadora em que que o leitor é convocado à cumplicidade, como se revivesse ou compartilhasse as mesmas imagens e cená...rios desenvolvidos pelo autor. Selecionei um dos seus mais significativos poemas - Balada daquela casa. De fato, uma pavana.

Por Pedro Simões

"Era uma casa sozinha
Sem gritos, sem gargalhadas,
Sem vozes dentro da sala,
Sem louças batendo louças,
Sem passos pelas escadas.

Havia um cheiro abafado,
Um cheiro assim bolorento,
Talvez por falta de vento,
Talvez por falta de luz.
As janelas quando abertas
Gritavam tintas quebradas

E as portas estavam coladas
Mais ainda que as janelas,
Que para abrir uma delas
Fiquei com as mãos machucadas
Cheias de manchas azuis.

Mas a porta foi aberta
E uma janela também.
O vento entrou por elas
Eu entrei atrás do vento,
Olhei por todos os lados
Procurei quartos e salas
A casa estava deserta,
Lá não havia ninguém.

O vento que entrou comigo,
Decerto um vento menino,
Brincou com um jornal antigo,
Folheou velhas revistas
Atiradas nas cadeiras,
Soprou poeira dos móveis
Fez redemoinho no chão.

Talvez que por milagre
O relógio trabalhava
E o seu batido se ouvia
Por toda parte da casa.
A moldura de silêncio
Que circundava as pancadas
Uniformes, compassadas,
Despertou-me uma pergunta:
Como nós, aquela casa
Não teria um coração?

Não sei, porém eu sentia
Que qualquer coisa pulsava,
Qualquer coisa acompanhava
O sangue nas minhas veias.
Perguntei-me: o que seria?
Junto de mim não há nada,
A casa estava fechada,
Os lustres cheios de teias,
Os móveis empoeirados,
Há muito não vem ninguém.
E esse algo pulsando?
Talvez eu estivesse certo
Quando, há pouco, pensava
Que os batidos que escutava
Nasciam do coração
Que essa velha casa tem.

Era uma casa sozinha,
Sem gritos, sem gargalhadas,
Sem vozes dentro das salas,
Sem louças batendo louças,
Sem passos pelas escadas.
Era uma casa deserta,
lá não havia ninguém."

[Texto transcrito do Facebook de Pedro Simões]

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...