ARTIGO - MONSENHOR HONÓRIO - O SANTO DE MACAU
ARTIGO - MONSENHOR HONÓRIO - O SANTO DE MACAU
Hoje o sonho realizado fruto de audiência pública
Por Luan Jessan
Por fora aluviões, batem paixões contra o peito.
Paixões por versos, pinturas, filosofia amigos sem despeito.
Por dentro sei me cuidar, vivo a brincar, meio sem jeito.
Não me derrota a tristeza; não me oprime a saudade;
Não me demoro padecente.
E é por viver contente que concluo sem demora:é a menina que vive por dentro, que alegra a mulher de fora !
A NUTRITIVA COALHADA
Sou carne assada e cuscuz
Sou a gostosa coalhada,
Sou o leite da vaquinha
Sou a chuva abençoada,
Contente com relampejo
Sustança pro sertanejo
Na minha terra abastada.
Na Rural de Mossoró
Tinha 'A Hora da Coalhada',
No comando 'Seu Mané'
Audiência disparada,
Um programa sertanejo
Para o matuto um ensejo
Uma lembrança adubada.
Marcos Calaça é poeta matuto.
ARTIGO – ALÍPIO TAVARES – POETA POPULAR
Poeta popular e violeiro Alípio Tavares de Souza, nasceu no dia
14/08/1913 no sitio Pau de Jucá município de Ipanguaçu.
Foi um dos mais espirituosos poeta da região. Radicou-se em Assu durante
muitos anos e tornou-se famoso por sua verve espontânea. Seu livro de ABC, foi
a literatura cordel, através da qual enriqueceu seu vocabulário de exímio
repentista e cantador. Desde moço fez parelhas com célebre cantadores, entrando
em pelejas sem temer o mote nem o companheiro.
Certo da foi chamado para cantar com Chico Melquíades em uma fazenda em
Ipanguaçu.
A festa estava muito animada, viola em punho entre martelos e galopes,
cantavam os grande repentistas quando lá pras tantas caiu uma lagartixa. Alípio
saiu-se com esses versos:
Valha-me Nossa Senhora!
Caiu uma lagartixa,
Senhora dona da casa,
Pegue um pau, mate esta bicha
É carne que não se come,
É couro que não se espicha
Chico Melquíades, que não lhe ficava atrás em verve e ousadia, acrescentou com aplausos:
Caiu uma lagartixa,
Ligeira como uma flecha.
Subiu na perna da moça
A procura de uma brecha.
Alípio Tavares, foi um dos valores culturais que o Assu e região não se preocupou em valorizar. Coisa de cidades possuidoras de muitas potencialidades de quem tem muito e termina com pouco, muitas vezes sem nada.
Chico Torquato
MATOLENGO
Matolengo
O autor de caçadas
De tiros em antas, em onças em
garças...
Lá vai Matolengo
O livro que leva
Das selvas, dos bosques
Das matas espessas
Lagoas nas bordas
Tem bichos nas bordas...
Tem amplas caçadas
Meu Deus, Matolengo...
Amigos que teve
Piratas de livros
Piratas de cousas
Que cousa...
Ouvi Matolengo
Seu gosto é desgosto
Seu modo é de fardo
Que fardo o seu corpo.
Eu sei do seu corpo
Que o bom Matolengo
Disperso nas águas
Disperso nas matas
É folha com o vento...
Lá vai Matolengo...
um verso nas folhas
Um verso nas rochas
Estrofes nas nuvens
Estrofes nas pedras
Seu canto não pára...
Dispara...
Um canto na treva
Um trilo
Sigilo...
É ele quem leva
O fardo espingarda...
Parado
Tranquilo
A face de pedra
Caminho de rochas
E tochas
Pesadas
As mãos desvairadas
Que abraçam nas rochas.
Ouvi Matolengo
Sombrio, cansado
Fardado de rochas
Fardado de pedras
Passando os extremos...
Matolengo...
Se roça nas pedras
Se roça as escarpas
Os astros que roça...
João Lins Caldas)
PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...