Que comoveu a alma de Francesca de Rimini.
Fui monge, amei a virgem.
Fui marinheiro, estive no oriente.
Mais tarde, pertenci ao grupo dos poetas malditos
E escrevi o meu último poema para uma menina espanhola.
(Fernando Caldas)
‘A Mutuca', antigo jornalzinho idealizado por Demócritico Amorim (Teté) que circulou em Assu nos anos 1967, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74 e 78, durante os festejos do padroeiro do Assu, São João Batista, divulgava os acontecimentos da cidade durante nove dias, satirizando as pessoas, os relacionamentos amorosos, entre outros assuntos relacionado am município do Assu. Amores erram feitos e desfeitos. Os poetas da cidade como Maria Eugênia, Renato Caldas, Francisco Amorim, João Fonseca e Boanerges Wanderley, entre outros, davam as suas colaborações, publicando versos amorosos, além de crônicas e artigos sobre a festa do padroeiro. Enilda de Souza (Nildinha), Perpétua Wanderley, Osvaldo Amorim e Walter de Sá Leitão também colaboraram com aquele citado periódico..
Revendo meus guardados, o meu pequeno acervo sobre
as coisas da minha terra natal – o Assu, deparo-me com uma das edições de A Mutuca, edição de 17 de junho de 1969 que, na sua primeira página, diz assim:
"Bôa noite habitantes dos Bairros Sítios e
Capelas, patrocinadores dos festejos hoje consagrados ao glorioso São João
Batista”.
Elementos integrantes da comunidade açuense, vocês, sabemos, empregar o melhor
das suas energias, de seu esforço e da sua dedicação para testemunharem ao
Santo, nosso Padroeiro a nossa fé cristã e nosso apelo às coisas de Deus.
Na quietude de seu bairro, nas suas conversas amigas, na vivência de uma
cordialidade amistosa o seu pensamento e a sua imaginação, por muito tempo se
comoveu na contemplação emotiva e encantadora do rodopiar de um balão
sanjoanesco que, na crendice popular, indica de acordo com a sua direção,
inverno futuro ou seca calamitosa.
Também vocês, moradores dos sítios distantes, a esta hora, depois de um dia
afanoso, cuidando do amanho da terra e da assistência às fruteiras em formação,
vocês também estão com a alma e o coração voltados para o Patrono de nossa
terra, pedindo bençãos e solicitando favores na esperança fagueira de uma
colhêta abundante.
Como tenho muito de cristianismo, tem algo de profano o novenário de São João
Batista, vocês habitantes dos Bairros Sítios e Capelas, no saborear das
pamonhas, canjicas e milho assado ao calor das fogueiras, no São João disse São
Pedro confirmou, prestam também o seu culto de veneração e respeito ao santo
que veio abrir os caminhos aplainar as veredas para a vinda do Senhor.
Daí, por tudo que vocês fizerem para homenagear o precursor do Messias,
recebam, habitantes dos Bairros Sitios e Capelas o nosso cordial e sincero BÔA
NOITE."
Postado por Fernando Caldas
PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...