CARLOS GOMES - UM PEQUENO GRANDE HOMEM
Óleo sobre tela de Alice Brandão
“Quem acende uma luz é o primeiro a se beneficiar da claridade”. (G.K. Chesterton)
Ele me diz, com voz muito grave e pousada nas palavras (como o pássaro no fio do telégrafo), que está cansado e desanimado e que agora quer descansar. Escrever suas memórias, talvez, realizar, quem sabe, um velho projeto de gravar um disco com as músicas prediletas, coisas da juventude, recolhidas nos programas da Rádio Poti...
Mas a voz sugestivamente musical que se vale da pauta no imaginário fio, é sem propósito, cavilosa, um lamento, um instante de distração do viés alinhavado da idade. Porque, percebe-se o brilho nos olhos, a firmeza da voz, a severidade com que trata a si mesmo. Até quando pede arrego, esgrima com uma retórica que nada mais é que o repositório das muitas decepções e indignações recolhidas no seu longo caminho de aprendizagem existencial.
Ele está com os braços apoiados no birô do seu escritório e olha, distraidamente, como um cacoete ou uma fuga para divagação, o retrato do seu velho pai. Percebo que desvia o olhar, certamente, permito-me a ilação, para não encarar a expressão de censura, somente captada por sua imaginação, desse notável jurista e homem público que nunca transigiu em questões de princípio, nem fugiu da liça dos bons combates.
Como se dissesse: “Que é isso, meu filho?” Ou não dissesse absolutamente nada e o olhar de censura pesasse mais que as palavras. Sei do que estou dizendo, porque era a maneira como o meu próprio pai me punia – com um olhar de doce censura, tristonho, frustrado, magoado.
No retrato, o desembargador José Gomes confronta a máquina fotográfica com serenidade, com um destemor natural, sem afetações. Talvez quisesse registrar a própria personalidade de homem simples que se conduzia segundo a sua própria essência, não quisesse aparentar algo diferente, distante daquele moço de Taipu, criado para ser um “homem de bem” segundo a cartilha dos antigamentes , especialmente do velho João Gomes.
Seu filho, Carlos Roberto de Miranda Gomes, Carlos Gomes, (Carlinhos para meia dúzia de amigos mais chegados) segue-lhe as pisadas na areia movediça da contemporaneidade, em que os valores se subvertem e a filosofia moderna se alicerça no propósito de “ter” ao invés do “ser”. Mesmo assim, ou talvez por isso, acompanha os passos do pai, evitando justapor às dele, as marcas do seu caminhar, porque embora seguindo as pisadas, marcadas indelévelmente no solo imemorial da mesma cidade onde viveram, com o mesmo norte magnético esmo balizado por Themis, a deusa da justiça, o filho forjou o própria molde, usando a mesma têmpera do pai.
Carlos Gomes é um pequeno grande homem – vou brindá-lo com o mesmo epíteto com que designei o meu pai, porque ele não comporta outra qualificação. De altura modesta, é um transcendente no seu íntimo, fato que compensa a baixa estatura, ou talvez a estatura seja um artifício, um engodo, ou um ato de humildade para não fazê-lo vaidoso por ser quem é.
Não temos uma biografia conjunta de longas jornadas. De fato, demos um com o outro na velha faculdade da Ribeira, quando cursávamos direito. Quando ele ingressou, eu estava no segundo ano. Alguém o apontou e me disse tratar-se do filho do desembargador José Gomes, um dos nossos professores de Direito Civil. E que o novo colega era um rapaz muito estudioso e esforçado. O “esforçado” ficava por conta do encargo adicional de uma ocupação formal no mercado de trabalho e de uma vida planejada para compromissos mais duradouros e efetivos.
Sinceramente, deu-me a impressão de um tipo que chamávamos de “Caxias”, equivalente, hoje, guardadas as proporções de tempo, espaço e recursos tecnológicos, a CDF ou NERD. Talvez tenha sido uma avaliação apressada e algo antipática da minha parte, que, áquela época me ocupava com coisas tão diferentes entre si e tão fascinantes quanto a filosofia existencialista, a literatura, a prática de esportes e as atividades sociais. Como me levei muito a sério na infância e na adolescência, descobrindo quem era e o que pretendia ser, realizava então a minha temporada adolescente, na contramão do meu amigo, um engajado nos batalhões da responsabilidade precoce. Alguém enredado nas malhas do exercício da maturidade enquanto os iguais viviam sonhos infanto-juvenis
Cruzávamos um pelo outro e nos cumprimentávamos formalmente. Éramos diferentes, saídos de mundos diferentes emoldurados, entretanto, pelos mesmos valores morais e intelectuais. Derivávamos. Ele, de criação rígida, disciplinada, cartesiana e positivista. Eu, oscilando entre o autoritarismo compensatório de minha mãe e o liberalismo arroubado do meu pai. Sobretudo no tocante à liberdade de pensamento, no descompromisso com doutrinas e dogmas, não apenas permitido, mas sugerido pelo meu pai, que se admitia materialista e ateu.
Mas, confesso, fascinava-me a postura de uma rigidez sem sossego do meu futuro grande amigo Carlinhos. A sua austeridade, o modo como pontificava entre os seus colegas de turma, sempre senhor de uma opinião ponderada, honesta e clarividente. Ele era estimado e respeitado, embora não cultivasse qualquer estratégia para conquistar uma ou outra posição. Nele essas qualificações eram tão espontâneas como o ato de respirar.
Destacava-se, na sua aparência, uns olhos vivos que pareciam captar tudo numa perspectiva de grande angular; o aprumo formal das suas roupas e uns bigodes negros e bem aparados. Pisava firme e decidido. Notei que tinha o hábito de falar, perscrutando ao seu redor, embora concentrado no interlocutor, como quisesse estar certo das suas possibilidades de defesa contra o imponderável, ou buscasse no vácuo uma linha de raciocínio adequada à argumentação.
Soube que trabalhava no Tribunal Regional Eleitoral, era exímio datilógrafo e dono de uma memória prodigiosa, capaz, por exemplo, de referir qualquer lei, decreto, regulamento ou ato normativo, sem consulta a qualquer texto ou repositório. E também que era casado e pai de uma filha. Já assentado no mundo, embora começasse a planejar a sua carreira.
Depois, os anos de chumbo nos afastaram. Perdi-me na voragem do desencanto e do medo, tolhendo-me, por vontade própria, a ânsia de explorar horizontes e de voar livre por espaços inexplorados. Vi-me, em 1965, no Rio de Janeiro, na Fundação Getúlio Vargas , e, retornando, fui contratado pela Prefeitura Municipal de Natal, no governo de Agnelo Alves, como Técnico em Organização e Orçamento, mercê do curso que fizera na FGV.
Em 1967 graduei-me, abandonando a velha faculdade e a convivência à distância com o meu notável colega.
(Nesse meio tempo, entre o pós-golpe militar e a ida ao Rio de Janeiro, apaixonei-me por uma colega de turma de Carlinhos com quem quase me casei, e ela reforçava a versão corrente que dava conta da inteligência, da aplicação aos estudos jurídicos e da integridade do meu amigo.)
Faço uma pausa providencial e necessária, para confessar que o cansaço existencial que atribuo como cavilação necessária ao meu dinâmico e tenaz amigo, é de fato, meu, genuinamente meu. Talvez tenha havido uma transposição motivada por uma sub-reptícia inveja do denodo e da persistência de Carlos Gomes. Cansei-me, porque me dei conta que o ser humano claudica pelo hábito de perseguir as mesmas imperfeições, e de cometer os mesmos erros. Fataliza-se à danação por conta própria.
Eis que, às vezes falta-me alento para animar os meus filhos, como muitas vezes careci de argumentos convincentes para estimular os meus alunos. Nunca Rui de Haia foi tão citado e o desalento tão incorporado ao leguleio dos desesperançados. O crime e os igualmente importantes e temerários pecados veniais das transgressões são composições triviais, empobrecendo as leituras do jornais e as audiências dos rádios e televisões. As tragédias são banalizadas. Os humanos parecem alimentar-se, como os urubus e os vampiros, da carniça e do sangue. E parecem não se importar com a corrupção e o declínio da moral.
Por isso tive a urgência de publicar uma série de perfis de criaturas que reputo comumente extraordinárias, porque conseguem permanecer pessoas comuns, alçando-se sobre os seus pares por praticarem conduta regularmente exigida pela ética, mas desprezada pela maioria.
É necessário essa amostra de modelagem para asseptizar os monturos de lixo, tonificar as mentes em crescimento e formação com exemplos dos que valem a pena, daqueles que, mesmo em minoria, valem por uma multidão.
Carlos Roberto de Miranda Gomes é um desses, dos mais destacados. Íntegro, no sentido de ser um feixe de fibras morais de incrível resistência, capaz de repelir as agressões fisiológicas dos corruptos e corruptores. Correto, na justa medida em que é capaz de aplicar a dosagem certa para cada uma das patologias sociais enfermiças e o justo incentivo à sanidade cívica.
É leal. Os que o conhecem, sabem da sua natureza solidária, fraterna, e, sobremodo combativa, quando se ombreia a alguém na veemente defesa das injustas ofensas e agressões. Eis porque a sua mediação é sempre solicitada nos conflitos corporativos e porque as suas opiniões são respeitadas como editos de sapiente jurisconsulto.
Casado há quase cinqüenta anos com a sua vizinha de ascendência italiana, Therezinha Rosso, mantém com a sua consorte uma relação de amor e de amizade, de um companheirismo bem sucedido. Pai de Rosa Lígia (de quem tive a honra de ser professor na UFRN), Teresa Raquel, Carlinhos (que é colega e amigo do meu filho mais velho, Marcos Frederico) e Rocco – todos graduados em Direito - deles recebeu outros filhos, tornando-se pai duas vezes, feito de açúcar candy, com cobertura de caramelo: Raphael, Gabriela, Lucas e Carlos Víctor, Carlos Neto e Maria Clara, que são as suas alegrias.
Família numerosa e unida, coesa, como aquele feixe de varas que o patriarca mandou os filhos quebrarem, sem sucesso, para amostrar o valor da união. Assim também o fizeram o pai, José Gomes e a mãe, Dona Lígia. Seis irmãos solidários: Moacyr, Fernando (falecido), Leda e Elza (que foram colegas de minha mãe no TRE), Socorro e José Gomes Filho (Zézinho).
Que ampliaram o patrimônio familiar com dezoito sobrinhos: José Neto, Flávio, Eduardo, Maria da Graça, Lúcia Maria, Renato, Maria Lígia, Fernando Filho, Clemente José, Gracia Maria, Tereza Cristina, José Júnior, José Henrique, Patrícia, Isaac Bruno, Flávia Luciana, Greenfell Filho, Rodrigo e Daniel.
Quem poderia aspirar uma riqueza maior?
Mantém-se como uma espécie de patriarca da família, menos por tradição e mais pelo espírito de clã, solidário, disponível, bom ouvinte e conselheiro, é também aquele cujo socorro é solicitado antes do recurso médico-hospitalar. É o enfermeiro experiente, o curandeiro milagroso que às vezes com a simples presença é capaz de afastar as idiossincrasias da saúde e do infortúnio.
É um ser Intelectual que, aproveitando a carona, como eu, segue a orientação de Chesterton quando esse nos adverte que a idéia sem a expressão, é idéia ociosa e a expressão, sem a ação é uma expressão inócua. Somos, permitam-me aproveitar novamente essa circunstância, homens de ação, executivos, embora criadores, contemplativos, líricos – numa definição, operários intelectuais.
Foi assim quando fizemos parceria para a criação do IBTJ, realizando o primeiro curso de direito para os cidadãos leigos; quando promovemos a edição de livros didáticos com metodologia inovadora, para circulação nas nossas turmas de direito da UnP; e foi assim na campanha pelas eleições diretas na OAB, já referida nos perfis de Adilson Gurgel e Paulo Lopo Saraiva.
Filiei-me a ele, a Adilson, o seu maior parceiro, e a Jales Costa. Enriqueci-me com essa adesão. Fortaleci-me porque pude dar vazão às convicções que mantinha reservadas na minha própria individualidade e encontrei identidade e ressonância nos propósitos que perseguia.
Posso, com essa série de perfis, e com o revigorante exemplo de Carlinhos, vivificar o legado de esperanças no futuro da minha terra, esmaecido e débil pelo campear das nulidades e das indignidades impunes. Porque esses modelos são contemporâneos, graças a Deus não integram ainda o “Era uma vez...” para que um cético não se refira aos exemplos como coisa passadista, sem viabilidade para sobreviver no “front” do contemporâneo.
É tão assustadora a conjuntura político-sócio-fiosófica que alguém já me disse que de nada adiantaria o retorno de Cristo, pois ele seria desprezado como visionário e inútil porque não traria teres e haveres, mas apenas palavras...
O tempo embarcou numa espaçonave no então Cabo Canaveral e, vencendo a gravidade e as distâncias, nos pôs frente a frente no Campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no final dos anos setenta, já amanhecendo os oitenta. Éramos, ambos, professores do curso de direito. Ele, vinculado ao Departamento de Direito Público e eu, ao de Direito Privado.
Até chegar ao magistério universitário, ele palmilhou muito chão de barro. O pai, juiz, fez a circunavegância no interior do estado - Angicos, Canguaretama e Macaíba - carregando na carroceria dos caminhões a mobília familiar, pois os magistrados de carreira, vocacionados para a função como o Dr. José Gomes da Costa, residiam nas suas comarcas para melhor atenderem aos jurisdicionados.
Por esta circunstância, atrasou-se nos estudos, embora os pais hajam feito fibras do coração, distribuindo-os entre casas de familiares para que pudessem estudar, já que a itinerância interiorana do pai tolhia tal iniciativa, já que cursavam o segundo grau e não existiam colégios desse nível nas cidades da judicatura paterna.
Fez o primário no Instituto Batista de Natal; o segundo grau no Ginásio Natal e o colegial no Atheneu. Graduou-se em Direito em 1968.
Teve um longo e proveitoso aprendizado no trabalho, realizado desde cedo, por decisão pessoal, consciente das dificuldades financeiras familiares, sem que tal empenho fosse solicitado pelo pai. Determinou-se a coadjuvá-lo na provisão de recursos, pela limitação financeira do ganho paterno – juiz daquela época ganhava pouco, e, se não aceitasse o subsídio dos governos municipais para manter-se independente, o salário acabava mal fosse recebido.
Tornou-se radialista, comerciário e comerciante e depois servidor do Tribunal Regional Eleitoral. De posse do título de graduação, foi Auditor do Tribunal de Contas e integrou o quadro de Procuradores do Ministério Público Especial junto ao mesmo órgão.
Foi o primeiro diretor da Escola de Contas Professor Severino Lopes de Oliveira e primeiro Controlador Geral do Estado do Rio Grande do Norte. Juiz do Tribunal Regional Eleitoral.
Por onde passou, deixou a marca do dinamismo, da correção e da eficiência. Por isso, foi tão requisitado para o provimento de outros cargos, não necessariamente remunerados, mas de suma importância para algum segmento do mister profissional a que se dedicava, a exemplo da Presidência do Núcleo de Estudos Jurídicos da UFRN (NEJUR) e do Instituto Brasileiro de Tecnologia Jurídica (IBTJ), além de integrante de diversas comissões e grupos de trabalho.
Foi Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil e membro do Instituto dos Advogados do Rio Grande do Norte. Integra o Instituto Histórico e Geográfico do RN, União Brasileira de Escritores do RN e a Academia de Letras Jurídicas do RN. Foi agraciado com inúmeras honrarias, dentre as quais destacam-se o título de Professor Emérito e Doutor Honoris Causa concedido pela UnP e a Medalha do Mérito Universitário, concedida pela UFRN.
No entanto, confidenciou-me que, a despeito da gratidão e da honra por haver sido agraciado por homenagens tão significativas e importantes, teria sido a exposição de motivos elaborada pelo então Procurador Geral do Ministério Público Especial, professor Múcio Ribeiro Dantas, encaminhada ao governador Geraldo Melo, para concessão da sua aposentadoria, a distinção que mais o sensibilizou.
Foi Professor do Curso de Direito de quase todas as instituições de ensino superior do nosso estado (UFRN, UnP, FARN, FAL, FACEX, ESA, FESMP e ESMARN). É pós-graduado em Direito Civil e Comercial e em Direito Constitucional.
É convidado como consultor e palestrante para assuntos relacionados com a Gestão Pública e se mantém como colaborador de jornais e revistas, além de coordenar um dos endereços eletrônicos mais acessados do nosso Estado, o “Blog do Miranda Gomes”.
É autor dos seguintes livros: Da remuneração dos vereadores, Oração de despedida, A proteção das minorias nas sociedades anônimas, Cadernos de Direito Tributário* (2 vols.), Lei Orgânica dos municípios do Estado do Rio Grande do Norte*, Licitação – teoria, prática e legislação, Curso de Direito tributário*, Cartilha ABC do consumidor, Da imunidade tributária dos aposentados e pensionistas, Manual de direito financeiro e finanças, Licitação – noções elementares, Testemunhos, Cartilha de gestão fiscal e Traços e Perfis da OAB/Rn.
Primeira inconfidência – Pouca gente sabe, mas Carlinhos é dono de uma voz belíssima, que o tempo não descurou. Desde criança era requisitado para se apresentar em festas e nas rádios natalenses. A primeira vez que cantou em público foi no próprio Instituto Batista de Natal e depois no “Domingo Alegre” de Genar Wanderley.
Em 1950 ganhou o concurso da mais bela voz infantil, conquistando o título de “Campeão Vic-Maltema” e com esse galardão, foi contratado pela Rádio Poti, nela permanecendo até 1954. Integrou o elenco de cantores da Sociedade Artística Estudantil e, gravou duas faixas num disco coletivo com os artistas da Rádio Poti e um disco solo na PRE-9, Rádio Clube do Ceará, onde em certa ocasião foi acompanhado por ninguém menos que Evaldo Gouveia.
Gravou também com o Trio Irakitan. Teve um programa semanal na mesma Rádio Poti, denominado “Almanaquinho Seta”, onde também se apresentavam Agnaldo e Selma Rayol. Prosseguiu com entusiasmo a sua trajetória artística até que o Desembargador José Gomes decidisse realinhá-lo para projetos mais concretos e duradouros, exatamente quando a jovem revelação musical se preparava para vôos mais ambiciosos: havia sido convidado para integrar, como profissional, o “cast” da Rádio Tamandaré de Recife, com a promessa de gravar um disco na indústria Rozemblit, dona do famoso selo “Mocambo”
Mas esta é outra estória, e tão fascinante, que não quero roubá-la do meu amigo, que fica nos devendo um livro cujo título sugiro tomar de empréstimo do cancioneiro Luiz Vieira: “O Menino Passarinho”.
Segunda inconfidência – É de índole pacífica. Conciliador e homem contido pela educação, é daqueles que conta até mil para não perder a paciência, porque antes de tudo respeita a dignidade e a compostura alheia. Mas, depois que excede a milésima contagem, que me perdoem o despropósito da referência, mas não resisto ao meu ímpeto nordestino: é igual a um siri numa lata.
Querem ver um homem valente e destemperado, que se pise no calo de estimação: a sua honra, a sua dignidade pessoal.
Terceira Inconfidência – Há uma passagem de muita singeleza da vida do meu amigo que ele recorda com muito orgulho. Foi quando serviu ao Exército (1959) no 16º R.I, na Companhia de Comando e Serviços - CCS. O comandante do Regimento era Dióscoro Gonçalves Vale, conterrâneo do Seridó, que depois chegou ao generalato; o comandante da Companhia era Milton Freire de Andrade que muitos anos depois comandou a Polícia Militar do nosso estado.
Disse-me Carlos Gomes que no serviço militar aprendeu muito civismo e a idéia de igualdade. R quer, com muita honra foi distinguido com a Medalha Marechal Hermes, de aplicação e estudo, exatamente no dia da inauguração de Brasília."
Sinto-me lisonjeado e honrado por ser seu amigo. A ligação pessoal me engrandece, é referência curricular e certamente afiançará os seus herdeiros que se valerão dos laços co-sanguíneos para atestar a pureza e a excelência da linhagem.
(*) Vic-Maltema era a marca de um achocolatado dos anos cinquenta que concorria com o Toddy e o Nescau.
PEDRO SIMÕES – Professor de Direito (Aposentado) Escritor e Advogado.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
II SEMANA DA CULTURA DE PARNAMIRIM
Durante a II Semana Cultural de Parnamirim que acontecerá entre os dias 18, 19 e 20, a partir das 15:30 até às 21:00 horas na Praça da Matriz em Parnamirim, os artistas pláticos açuenses radicados naquela cidade Edmilson Antîno da Silva, Cecília Barbalho e Iure Barbalho (esposa e filho) de Edmilson (Didio), estarão fazendo exposições de suas produções artísticas (artes plásticas). Edmilson é meu contemporâneo, fomos companheiro de quarto nos tempos de estudante em Natal, no início da década de setenta. Sucesso ao trio artístico. Irei abraçá-los durante aquele evento cultural.
Fernando Caldas Fanfa
Fernando Caldas Fanfa
PODEROSA DO VALE
O bicheiro Francisco Minervino, proprietário da banca de jogo do bicho Poderosa do Vale, foi assassinado hoje, na cidade de Açu. Ele era pai do 1. suplente de vereador do Açu pelo PHS Romildo Queiroz, atual secretário de turismo do município açuense. Ao amigo Romildo o meu abraço solidário pela perda do seu genitor.
Fernando Caldas Fanfa
Fernando Caldas Fanfa
terça-feira, 17 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
NOTAS HISTÓRICAS
(Nota sobre a postagen intitulada "NOTAS BIOGRÁFICAS DE EZEQUIEL FONSECA FILHO").
A Assembléia Estadual, como mandava a Constituição.
EZEQUIEL FONSECA FILHO, como primeiro Vice-presidente do Legislativo Estadual, foi convocado a assunir a Presidência que na época, correspondia ao cargo de Vice-governador e, consequentemente, substituto legal e imediato do Governador, conforme entendimento dado pelo Tribunal de Justiça do Estado. Tanto isto, ocorreu, que foi declarada VAGA do seu mandato de deputado, em consequencia, foi convocado de imediato, para assumir a mesma, o primeiro suplente FERNANDO ABBOT GALVÃO, do PSP (Partido Social Progressista), que mais tarde, fez parte do quadro do Itamaratí como Diplomata.
Aos que negam reconhecer em EZEQUIEL FONSECA FILHO, que o mesmo tenha ocupado o cargo de VICE-GOVERNADOR do Estado, faço o seguinte esclarecimento:
Quando o então Governador DIX-SEPT ROSADO, faleceu em trágico acidente de avião, assumiu a Governadoria do Estado, o seu substituto legal SILVIO PEDROZA, eleito Vice-governador, que, pela Constituição Estadual da época, presidia a Assemléia do Estado.
Um abraço fraterno, do amigo NILO FONSECA
Do blog: Amigo e conterrâneo Nilo: Está feito o registro de muita importância para a História Política do Rio Grande do Norte.
Fernando Caldas Fanfa
A Assembléia Estadual, como mandava a Constituição.
EZEQUIEL FONSECA FILHO, como primeiro Vice-presidente do Legislativo Estadual, foi convocado a assunir a Presidência que na época, correspondia ao cargo de Vice-governador e, consequentemente, substituto legal e imediato do Governador, conforme entendimento dado pelo Tribunal de Justiça do Estado. Tanto isto, ocorreu, que foi declarada VAGA do seu mandato de deputado, em consequencia, foi convocado de imediato, para assumir a mesma, o primeiro suplente FERNANDO ABBOT GALVÃO, do PSP (Partido Social Progressista), que mais tarde, fez parte do quadro do Itamaratí como Diplomata.
Aos que negam reconhecer em EZEQUIEL FONSECA FILHO, que o mesmo tenha ocupado o cargo de VICE-GOVERNADOR do Estado, faço o seguinte esclarecimento:
Quando o então Governador DIX-SEPT ROSADO, faleceu em trágico acidente de avião, assumiu a Governadoria do Estado, o seu substituto legal SILVIO PEDROZA, eleito Vice-governador, que, pela Constituição Estadual da época, presidia a Assemléia do Estado.
Um abraço fraterno, do amigo NILO FONSECA
Do blog: Amigo e conterrâneo Nilo: Está feito o registro de muita importância para a História Política do Rio Grande do Norte.
Fernando Caldas Fanfa
POR ONDE ANDA ROQUE?
Nunca mais soube notícias dele.Será que ele morreu? Se não, deve está bem velhinho! A cegueira lhe acometeu ainda adolescente quando ele foi caçar no mato. Uma cobra cobra de cipó lhe teria atacado,se enrolando no seu corpo e lhe dado um arrôcho, assim contavam os mais antigos do Açu, a meninada da cidade. Tipo franzino, alto, afobado quando se sentia ofendido em certas brincadeiras que alguém tirasse com ele. Se vestia de calça e camisa branca de mangas compridas. Sandálias tipo Franciscana. Que horas são, Roque? Ele respondia com precisão! Andava sem guia pelas ruas do velho Açu. Saia de seu bairro Vertentes de manhã cedinho, onde morava numa casinha de taipa, em direção ao Centro da cidade, voltando as onze horas, todo santo dia. Não tenho certeza, mais parece que o seu nome de registro é Roque Teodoro da Silva.
domingo, 15 de agosto de 2010
QUAL A POLÍTICA CULTURAL?
Os três candidatos à frente nas pesquisas respondem qual seria o prjeto de sei governo para o setor cultural
Sérgio Vilar. sergiovilar@.rn@dabr.com.br
O período de estiagem do setor cultural potiguar clama por chuvas torrenciais. Após período de relativa pujança com a criação de autos natalinos, da Revista Preá, da publicação de livros, premiações literárias, construção do Teatro de Cultura Popular e dezenas de Casas de Cultura, o Rio Grande do Norte mergulhou em um deserto cultural nos últimos anos. A Fundação José Augusto se tornou a última instância do orçamento governamental. Foram palavras do titular da instituição, Crispiniano Neto, ao Diário de Natal: "Quando o orçamento aperta, o primeiro lugar de onde se retira recurso para compensar perdas é a cultura".
O orçamento anual da FJA, previsto no Orçamento Geral do Estado, soma aproximadamente R$ 22 milhões. Mais de R$ 18 milhões são gastos com pagamento de pessoal. São 500 funcionários lotados na instituição. A título de comparação, na Fundação municipal - cujo orçamento é de R$ 11 milhões, fixado no Plano Plurianual - são menos de 5. E a máquina obesa da cultura estadual padece a espera da dieta necessária à saúde do setor, à celeridade buscada nos processos travados pelo monstro burocrático ou pela falta de recurso.
Diferente da saúde e educação, a cultura desconhece percentuais fixos de investimento previstos em Lei Federal. Permanece o 'pires na mão' à mercê da boa vontade dos governantes. Para informar o cidadão e a classe artística, o DN enviou aos três candidatos ao Governo do Estado mais bem posicionados nas pesquisas de opinião a pergunta: "Qual a política cultural adotada pelo seu governo caso vença a eleição?". Ficou estabelecido tamanho máximo de dez linhas. Nenhum comentou a respeito da política de editais, adotada na atual gestão e tendência no país. As respostas seguem por ordem de envio.
Carlos Eduardo Alves, PDT
"É lastimável a forma como a Cultura vem sendo tratada pelos gestores de nosso estado. Eu, quando prefeito de Natal, dei prioridade a essa área. A minha administração foi a que mais editou livros. Promovi shows gratuitos com artistas de renome nacional, valorizei os artistas locais, criei a Escola de Teatro, incentivei a produção audiovisual, construí o Museu Djalma Maranhão, realizei o maior evento de literatura dos últimos tempos. Como governador, eu vou planejar a cultura através da criação do Plano Estadual de Cultura elaborado com participação popular. Vou resgatar a Fundação José Augusto, retirando-a da atual paralisia, ampliar o orçamento para a Cultura, garantir a plena atividade das Casas de Cultura, promover eventos gratuitos, construir bibliotecas, museus e criar uma rede estadual de cinema, entre muitos outros pontos"
Rosalba Ciarlini, DEM
"Estabelecer um Fundo de Apoio à Cultura para financiamento das atividades culturais. Vamos ampliar, consolidar e reconhecer como profissionalizante cursos de música, teatro e artes visuais. Promover a interiorização de escolas de arte em cidades pólo abrindo campo de trabalho para profissionais já formados na capital e criando uma "cultura" de produção e consumo de arte. Serão apoiadas realizações de eventos, festivais, autos, estabelecendo um calendário anual de eventos. A cultura terá papel fundamental na construção do plano turístico do RN. Vamos implementar o programa Natal - Capital Internacional do Folclore e transformar a capital num pólo de cultura popular. O governo terá programa permanente de valorização de espaços culturais como museus, bibliotecas, casas de cultura e espaços a serem criados, tornando-os ambiente de convivência cultural"
Iberê Ferreira de Souza, PSB
"Vamos estruturar um sistema estadual de Cultura que promova a valorização dos bens culturais, históricos e arquitetônicos com a implantação de espaços sócio-culturais para a população, promovendo a valorização da cultura potiguar, com a participação progressiva dos municípios, estimulando práticas participativas na sua gestão e fomentando a programação permanente nas Casas de Cultura com cursos, exposições e apresentações artísticas. Vamos otimizar os recursos que temos para promover ações articuladas entre Educação e Cultura, utilizando toda a rede de que dispomos hoje (escolas, bibliotecas, auditórios, teatros, espaços de convivência) como canal para levar arte, entretenimento e conhecimento para todos os recantos do Rio Grande do Norte"
(Diário de Natal, edição de 15 de julho de 010)
Se eleito deputado estadual a cultura potiguar (sem quem for o governador) terá o meu irrestrito apóio.
Sérgio Vilar. sergiovilar@.rn@dabr.com.br
O período de estiagem do setor cultural potiguar clama por chuvas torrenciais. Após período de relativa pujança com a criação de autos natalinos, da Revista Preá, da publicação de livros, premiações literárias, construção do Teatro de Cultura Popular e dezenas de Casas de Cultura, o Rio Grande do Norte mergulhou em um deserto cultural nos últimos anos. A Fundação José Augusto se tornou a última instância do orçamento governamental. Foram palavras do titular da instituição, Crispiniano Neto, ao Diário de Natal: "Quando o orçamento aperta, o primeiro lugar de onde se retira recurso para compensar perdas é a cultura".
O orçamento anual da FJA, previsto no Orçamento Geral do Estado, soma aproximadamente R$ 22 milhões. Mais de R$ 18 milhões são gastos com pagamento de pessoal. São 500 funcionários lotados na instituição. A título de comparação, na Fundação municipal - cujo orçamento é de R$ 11 milhões, fixado no Plano Plurianual - são menos de 5. E a máquina obesa da cultura estadual padece a espera da dieta necessária à saúde do setor, à celeridade buscada nos processos travados pelo monstro burocrático ou pela falta de recurso.
Diferente da saúde e educação, a cultura desconhece percentuais fixos de investimento previstos em Lei Federal. Permanece o 'pires na mão' à mercê da boa vontade dos governantes. Para informar o cidadão e a classe artística, o DN enviou aos três candidatos ao Governo do Estado mais bem posicionados nas pesquisas de opinião a pergunta: "Qual a política cultural adotada pelo seu governo caso vença a eleição?". Ficou estabelecido tamanho máximo de dez linhas. Nenhum comentou a respeito da política de editais, adotada na atual gestão e tendência no país. As respostas seguem por ordem de envio.
Carlos Eduardo Alves, PDT
"É lastimável a forma como a Cultura vem sendo tratada pelos gestores de nosso estado. Eu, quando prefeito de Natal, dei prioridade a essa área. A minha administração foi a que mais editou livros. Promovi shows gratuitos com artistas de renome nacional, valorizei os artistas locais, criei a Escola de Teatro, incentivei a produção audiovisual, construí o Museu Djalma Maranhão, realizei o maior evento de literatura dos últimos tempos. Como governador, eu vou planejar a cultura através da criação do Plano Estadual de Cultura elaborado com participação popular. Vou resgatar a Fundação José Augusto, retirando-a da atual paralisia, ampliar o orçamento para a Cultura, garantir a plena atividade das Casas de Cultura, promover eventos gratuitos, construir bibliotecas, museus e criar uma rede estadual de cinema, entre muitos outros pontos"
Rosalba Ciarlini, DEM
"Estabelecer um Fundo de Apoio à Cultura para financiamento das atividades culturais. Vamos ampliar, consolidar e reconhecer como profissionalizante cursos de música, teatro e artes visuais. Promover a interiorização de escolas de arte em cidades pólo abrindo campo de trabalho para profissionais já formados na capital e criando uma "cultura" de produção e consumo de arte. Serão apoiadas realizações de eventos, festivais, autos, estabelecendo um calendário anual de eventos. A cultura terá papel fundamental na construção do plano turístico do RN. Vamos implementar o programa Natal - Capital Internacional do Folclore e transformar a capital num pólo de cultura popular. O governo terá programa permanente de valorização de espaços culturais como museus, bibliotecas, casas de cultura e espaços a serem criados, tornando-os ambiente de convivência cultural"
Iberê Ferreira de Souza, PSB
"Vamos estruturar um sistema estadual de Cultura que promova a valorização dos bens culturais, históricos e arquitetônicos com a implantação de espaços sócio-culturais para a população, promovendo a valorização da cultura potiguar, com a participação progressiva dos municípios, estimulando práticas participativas na sua gestão e fomentando a programação permanente nas Casas de Cultura com cursos, exposições e apresentações artísticas. Vamos otimizar os recursos que temos para promover ações articuladas entre Educação e Cultura, utilizando toda a rede de que dispomos hoje (escolas, bibliotecas, auditórios, teatros, espaços de convivência) como canal para levar arte, entretenimento e conhecimento para todos os recantos do Rio Grande do Norte"
(Diário de Natal, edição de 15 de julho de 010)
Se eleito deputado estadual a cultura potiguar (sem quem for o governador) terá o meu irrestrito apóio.
Notícias
TSE libera primeira candidatura de ficha suja para candidato de MG
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) liberou o primeiro registro de uma candidatura que havia sido indeferida com base na Lei da Ficha Limpa. O ministro Arnaldo Versiani autorizou o candidato Wellington Gonçalves de Magalhães a concorrer a deputado estadual em Minas Gerais.
A decisão contraria decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). O tribunal mineiro havia impedido a candidatura de Magalhães com base na Lei da Ficha Limpa. Isso porque ele foi cassado por órgão colegiado da Justiça Eleitoral pela prática de abuso de poder econômico.
“No caso, porém, a condenação do candidato por abuso de poder econômico, em segunda instância, ocorreu em sede de ação de impugnação de mandato eletivo[...], e não de representação”, afirmou o Versiani, para quem somente o segundo caso levaria ao impedimento da candidatura. Com a liberação, o ministro reforçou a tese de que o tribunal deve analisar cada caso de forma específica. Ainda cabe recurso contra a decisão, e o caso também pode ser levado para análise da corte.
Em sessão plenária na noite de quinta-feira (12), o ministro Marcelo Ribeiro já havia se mostrado favorável à liberação de outro ficha suja, o candidato cearense Francisco da Chagas Rodrigues Alves, que também concorre a uma vaga de deputado estadual. Ribeiro preferiu levar o caso direto para o plenário, em vez de decidir sozinho.
Diferentemente de Versiani, o argumento usado por Ribeiro nada tinha a ver com o caso específico do candidato. O ministro atacou a lei de forma geral usando o artigo 16 da Constituição, que afirma que qualquer mudança no processo eleitoral deve demorar um ano para entrar em vigor. A Lei da Ficha Limpa foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em junho deste ano, e, segundo entendimento do próprio TSE, começou a valer já nestas eleições.
Ribeiro estava pronto para votar a favor do deferimento do registro de Alves quando o ministro Ricardo Lewandowski, presidente da corte, pediu vista dos autos e suspendeu o julgamento.
TSE libera primeira candidatura de ficha suja para candidato de MG
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) liberou o primeiro registro de uma candidatura que havia sido indeferida com base na Lei da Ficha Limpa. O ministro Arnaldo Versiani autorizou o candidato Wellington Gonçalves de Magalhães a concorrer a deputado estadual em Minas Gerais.
A decisão contraria decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). O tribunal mineiro havia impedido a candidatura de Magalhães com base na Lei da Ficha Limpa. Isso porque ele foi cassado por órgão colegiado da Justiça Eleitoral pela prática de abuso de poder econômico.
“No caso, porém, a condenação do candidato por abuso de poder econômico, em segunda instância, ocorreu em sede de ação de impugnação de mandato eletivo[...], e não de representação”, afirmou o Versiani, para quem somente o segundo caso levaria ao impedimento da candidatura. Com a liberação, o ministro reforçou a tese de que o tribunal deve analisar cada caso de forma específica. Ainda cabe recurso contra a decisão, e o caso também pode ser levado para análise da corte.
Em sessão plenária na noite de quinta-feira (12), o ministro Marcelo Ribeiro já havia se mostrado favorável à liberação de outro ficha suja, o candidato cearense Francisco da Chagas Rodrigues Alves, que também concorre a uma vaga de deputado estadual. Ribeiro preferiu levar o caso direto para o plenário, em vez de decidir sozinho.
Diferentemente de Versiani, o argumento usado por Ribeiro nada tinha a ver com o caso específico do candidato. O ministro atacou a lei de forma geral usando o artigo 16 da Constituição, que afirma que qualquer mudança no processo eleitoral deve demorar um ano para entrar em vigor. A Lei da Ficha Limpa foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em junho deste ano, e, segundo entendimento do próprio TSE, começou a valer já nestas eleições.
Ribeiro estava pronto para votar a favor do deferimento do registro de Alves quando o ministro Ricardo Lewandowski, presidente da corte, pediu vista dos autos e suspendeu o julgamento.
sábado, 14 de agosto de 2010
O POEMA QUE CONSAGROU RENATO CALDAS
FULÔ DO MATO
Sá dona, vossa mecê,
A fulô mais cheirosa,
A fulô mais prefumosa
Qui o meu sertão já botô!
Podem fazê um cardume,
De tudo qui fô prefume
De tudo qui fô fulô,
Qui nem uma, nem uma só,
Tem o cheiro do suó
Qui seu corpinho suô.
- Tem cheiro de madrugada,
Fartum de arei muiáda,
Qui o uruváio inxombriô.
É um cheiro bom, déferente,
Qui a gente sintindo, sente,
Das outa coisa o fedô.
Sá dona, vossa mecê,
A fulô mais cheirosa,
A fulô mais prefumosa
Qui o meu sertão já botô!
Podem fazê um cardume,
De tudo qui fô prefume
De tudo qui fô fulô,
Qui nem uma, nem uma só,
Tem o cheiro do suó
Qui seu corpinho suô.
- Tem cheiro de madrugada,
Fartum de arei muiáda,
Qui o uruváio inxombriô.
É um cheiro bom, déferente,
Qui a gente sintindo, sente,
Das outa coisa o fedô.
ROSALBA, IVAN JUNIOR, GARIBALDI E AGRIPINO, FAZ CARREATA EM TODO VALE DO AÇU
O prefeito de Assu, Ivan Júnior, recebeu na manhã deste sábado, 14, os candidatos ao Governo do Estado e ao Senado Federal, a senadora Rosalba Ciarlini (DEM), e os senadores Garibaldi Filho (PMDB) e José Agripino (DEM), além de vários candidatos à Assembleia Legislativa e candidato a Câmara Federal, deputado Fábio Faria (PMN) e lideranças de todo o Vale do Assu, que formaram uma grande carreata que está percorrendo todos os municípios daquela região.
Uma verdadeira multidão está dando uma resposta à liderança do prefeito do Assu e a carreata vai “engrossando” a cada cidade por onde passa. O jovem prefeito vem se notabilizando pelo dinamismo que vem impondo a sua gestão à frente da Prefeitura do Assu.
A movimentação política será encerrada na cidade de Macau, com um grande comício que reunirá todas as lideranças políticas do Vale do Assu e Região Central do Estado. “Eu quero ressaltar que a senadora Rosalba Ciarlini foi a autora do projeto de Lei que possibilitou a criação da ZPE do Sertão, que está em fase de instalação a partir do edital para escolha da empresa que irá gerir este importante empreendimento que trará riquezas, emprego e renda para toda região do Vale do Assu”, disse o prefeito Ivan Júnior, lembrando que os senadores Garibaldi Filho e José Agripino são grandes defensores do Assu.
Foto: blog Rodrigo Loureiro
--
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Leonardo Sodré
9986-2453
João Maria Medeiros
9144-6632
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Uma verdadeira multidão está dando uma resposta à liderança do prefeito do Assu e a carreata vai “engrossando” a cada cidade por onde passa. O jovem prefeito vem se notabilizando pelo dinamismo que vem impondo a sua gestão à frente da Prefeitura do Assu.
A movimentação política será encerrada na cidade de Macau, com um grande comício que reunirá todas as lideranças políticas do Vale do Assu e Região Central do Estado. “Eu quero ressaltar que a senadora Rosalba Ciarlini foi a autora do projeto de Lei que possibilitou a criação da ZPE do Sertão, que está em fase de instalação a partir do edital para escolha da empresa que irá gerir este importante empreendimento que trará riquezas, emprego e renda para toda região do Vale do Assu”, disse o prefeito Ivan Júnior, lembrando que os senadores Garibaldi Filho e José Agripino são grandes defensores do Assu.
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sexta-feira, 13 de agosto de 2010
NOTAS BIOGRÁFICAS DE EZEQUIEL FONSECA FILHO
(O texto adiante está publicado no livro sob o título "Arca de Noé", do antologista e poeta açuense Rômulo Wandereley. A data daquela publicação deve ser do início da década de cinquenta. Vamos conferir).
I
Nasceu na cidade do Açu, a 02 de julho de 1895. Ezequiel Epaminondas da Fonseca Filho. Não pretendia ingressar em política. Depois da revolução de 30, porém, tomou gosto pela coisa principalmente em virtude da possibilidade de fazer frente ao seu parente e colega Pedro Amorim, que era então o tucháu daquele famoso município de famosos carnaubais.
II
Estudou no antigo colégio Santo Antônio e no Aires Gama, do Recife. Fez preparatórios no Ateneu, ao lado de Kerginaldo cavalcante, José Ferreira de Souza, Anfilóquio e Adauto Câmara. Cursou o 1. ano da Escola de Farmácia do Recife e a seguir transferiu-se para o Rio formando em Medicina em 1925. Quando terminou o curso médico, estava habilitado também para o matrimônio. Especializou-se em vias urinárias, porém, indo clinicar em sua terra natal, teve teve que fazer clínica geral para hobter a devida média orçamentária. Em 1983, sendo ainda prefeito (fora nomeado em 1930), recepcionou o presidente Vargas e ao saudá-lo desejou a S. Excelência. um governo longo e proveitoso. Acertou: ao menos na primeira parte.
III
Entregou a S. Excelência. Um memorial solicitando a construção de uma ponte sobre o rio Açu, centenária aspiração daquela ilustre gente. A obra foi mandada construir e inaugurada antes de terminar o 2. Reinado.
IV
Muito benquisto na sua terra, depois foi eleito deputado estadual. Antes disso, figurou na chapa de deputado federal, tendo ficado como 1. suplente. Mas, não, exigiu nunca um gesto de "renúncia rara" de Café |Filho. Preferiu "continuar no posto em que a revolução o colocou".
V
Na última campanha estava pendidndo para a corrente do governador José Varela e terminou definindo-se pela Aliança Democrática, atitude de que hoje se arrepende amargamente.
VI
Como parlamentar ninca fez grandes discursos. Mas, tem apresentado muitos requerimentos e um deles se referiu à construção de um canal para à lagoa Piató. Contudo escrevendo diz o que pensa e com muita precisão. Por último fez uma aliança com Manelzinho Montenegro, ex-prefeito do Açu, aliança que foi uma tremenda frente única contraa`Pedro Amorim.
VII
Os seus correligionários reconhecem nele o Vice-Governador do Estado, qualidade que hoje é negada pelos adversários e até mesmo pelos aliados de ontem.
VIII
É um homem muito experiente, reconhece a necesidade de estar convivendo com os seus eleitores, simplesmente porque, em política, é comno o amor, quem não é visto não é lembrado...
(Do blog: Ezequiel faleceu na dpecada de oitenta, pouco tempo depois de ter publicado aos 90 anos de idade, o livro intitulado "Poetas e Boêmios do Açu, 1984).
I
Nasceu na cidade do Açu, a 02 de julho de 1895. Ezequiel Epaminondas da Fonseca Filho. Não pretendia ingressar em política. Depois da revolução de 30, porém, tomou gosto pela coisa principalmente em virtude da possibilidade de fazer frente ao seu parente e colega Pedro Amorim, que era então o tucháu daquele famoso município de famosos carnaubais.
II
Estudou no antigo colégio Santo Antônio e no Aires Gama, do Recife. Fez preparatórios no Ateneu, ao lado de Kerginaldo cavalcante, José Ferreira de Souza, Anfilóquio e Adauto Câmara. Cursou o 1. ano da Escola de Farmácia do Recife e a seguir transferiu-se para o Rio formando em Medicina em 1925. Quando terminou o curso médico, estava habilitado também para o matrimônio. Especializou-se em vias urinárias, porém, indo clinicar em sua terra natal, teve teve que fazer clínica geral para hobter a devida média orçamentária. Em 1983, sendo ainda prefeito (fora nomeado em 1930), recepcionou o presidente Vargas e ao saudá-lo desejou a S. Excelência. um governo longo e proveitoso. Acertou: ao menos na primeira parte.
III
Entregou a S. Excelência. Um memorial solicitando a construção de uma ponte sobre o rio Açu, centenária aspiração daquela ilustre gente. A obra foi mandada construir e inaugurada antes de terminar o 2. Reinado.
IV
Muito benquisto na sua terra, depois foi eleito deputado estadual. Antes disso, figurou na chapa de deputado federal, tendo ficado como 1. suplente. Mas, não, exigiu nunca um gesto de "renúncia rara" de Café |Filho. Preferiu "continuar no posto em que a revolução o colocou".
V
Na última campanha estava pendidndo para a corrente do governador José Varela e terminou definindo-se pela Aliança Democrática, atitude de que hoje se arrepende amargamente.
VI
Como parlamentar ninca fez grandes discursos. Mas, tem apresentado muitos requerimentos e um deles se referiu à construção de um canal para à lagoa Piató. Contudo escrevendo diz o que pensa e com muita precisão. Por último fez uma aliança com Manelzinho Montenegro, ex-prefeito do Açu, aliança que foi uma tremenda frente única contraa`Pedro Amorim.
VII
Os seus correligionários reconhecem nele o Vice-Governador do Estado, qualidade que hoje é negada pelos adversários e até mesmo pelos aliados de ontem.
VIII
É um homem muito experiente, reconhece a necesidade de estar convivendo com os seus eleitores, simplesmente porque, em política, é comno o amor, quem não é visto não é lembrado...
(Do blog: Ezequiel faleceu na dpecada de oitenta, pouco tempo depois de ter publicado aos 90 anos de idade, o livro intitulado "Poetas e Boêmios do Açu, 1984).
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
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MISSA PRESTA HOMENAGEMA A MEMÓRIA DE ALUÍZIO ALVES
Familiares e amigos do ex-ministro Aluízio Alves participaram ontem, na igreja de Nossa Senhora da Esperança, na Cidade da Esperança, da missa em celebração aos 89 anos de nascimento do líder político. “A saudade é um sentimento teimoso e que me abastece a alma e o coração”, afirmou Agnelo Alves, que participou da celebração com os outros irmãos do ex-ministro, Garibaldi Alves, Diúda Alves e Madre Alves. Três dos filhos de Aluízio – o deputado Henrique Alves, Ana Catarina e Aluízio Filho – participaram do ofertório da missa.
Igreja Nossa Senhora da Esperança fica lotada na celebração em homenagem a Aluízio Alves“É inexplicável porque parece que o tempo não passa. É sempre uma saudade renovada”, disse Ana Catarina. Aluízio Filho assinalou que a data remete aos velhos tempos. “Com muita força, amizade e saudade, passamos mais esta data sem os nossos pais”, destacou ele.
O pároco Agustin Calatayud y Salom lembrou que, por cerca de 20 anos, o ex-governador comemorou o seu aniversário na mesma capela, com as mesmas pessoas, o que mobiliza até hoje uma grande número de pessoas a participarem da celebração. Entre os presentes, populares com camisetas, lenços e adereços verdes, que relembram a trajetória de vida do ex-ministro peemedebista. É o caso do aposentado Luiz Arcanjo, que afirmou acompanhar a trajetória política dos familiares do ex-governador desde os 15 anos de idade. Ele hoje tem 63. “Não perco nenhuma oportunidade de homenagear Aluízio. Muitas vezes, quando lembro das campanhas do passado até choro. Tenho saudade de ver aquele mundão de gente com os galhos de coqueiros nos comícios. Hoje é outra história”, lamentou.
O senador Garibaldi Filho e o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, sobrinhos de Aluízio Alves, enfatizaram a importância de manter acesa a memória do tio. “Aluízio estará sempre presente em nossa memória e no nosso coração. Nesta campanha estou encontrando por onde ando os sinais comovedores de sua presença. Estou sempre sendo recebido pelas pessoas com as suas fotografias, algumas amareladas pelo tempo, mas a recordação é uma só”, disse Garibaldi. “Pela grandeza da obra que deixou ao Rio Grande do Norte é um político imortal. Foi a maior liderança política e popular do Estado e hoje estou aqui para homenagear a memória dele”, completou Carlos Eduardo.
Há quatro anos, o ex-ministro, ex-governador e ex-deputado federal Aluízio Alves estava em casa, no início da tarde do dia 3 de maio de 2006, quando sentiu-se mal. O jornalista e político, então com 84 anos e recuperado de um câncer, sofreu uma parada respiratória seguida de parada cardíaca e veio a falecer na tarde do dia 6, um sábado. Desde então, amigos e familiares continuam celebrando na mesma igreja, com o mesmo pároco a data em homenagem ao seu natalício.
Tribuna do Norte, 12.8.010
Igreja Nossa Senhora da Esperança fica lotada na celebração em homenagem a Aluízio Alves“É inexplicável porque parece que o tempo não passa. É sempre uma saudade renovada”, disse Ana Catarina. Aluízio Filho assinalou que a data remete aos velhos tempos. “Com muita força, amizade e saudade, passamos mais esta data sem os nossos pais”, destacou ele.
O pároco Agustin Calatayud y Salom lembrou que, por cerca de 20 anos, o ex-governador comemorou o seu aniversário na mesma capela, com as mesmas pessoas, o que mobiliza até hoje uma grande número de pessoas a participarem da celebração. Entre os presentes, populares com camisetas, lenços e adereços verdes, que relembram a trajetória de vida do ex-ministro peemedebista. É o caso do aposentado Luiz Arcanjo, que afirmou acompanhar a trajetória política dos familiares do ex-governador desde os 15 anos de idade. Ele hoje tem 63. “Não perco nenhuma oportunidade de homenagear Aluízio. Muitas vezes, quando lembro das campanhas do passado até choro. Tenho saudade de ver aquele mundão de gente com os galhos de coqueiros nos comícios. Hoje é outra história”, lamentou.
O senador Garibaldi Filho e o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, sobrinhos de Aluízio Alves, enfatizaram a importância de manter acesa a memória do tio. “Aluízio estará sempre presente em nossa memória e no nosso coração. Nesta campanha estou encontrando por onde ando os sinais comovedores de sua presença. Estou sempre sendo recebido pelas pessoas com as suas fotografias, algumas amareladas pelo tempo, mas a recordação é uma só”, disse Garibaldi. “Pela grandeza da obra que deixou ao Rio Grande do Norte é um político imortal. Foi a maior liderança política e popular do Estado e hoje estou aqui para homenagear a memória dele”, completou Carlos Eduardo.
Há quatro anos, o ex-ministro, ex-governador e ex-deputado federal Aluízio Alves estava em casa, no início da tarde do dia 3 de maio de 2006, quando sentiu-se mal. O jornalista e político, então com 84 anos e recuperado de um câncer, sofreu uma parada respiratória seguida de parada cardíaca e veio a falecer na tarde do dia 6, um sábado. Desde então, amigos e familiares continuam celebrando na mesma igreja, com o mesmo pároco a data em homenagem ao seu natalício.
Tribuna do Norte, 12.8.010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
LANÇAMENTO DO LIVRO "FICCIONISTAS POTIGRES" DE MANOEL ONOFRE JR
Caro(a) Amigo(a)s:
Associo-me ao Presidente da Academia Norte-RioGrandense de Letras, valendo-me da generosa delegação conferida por ele, para convidá-lo(a) para o lancamento do livro desse notável escritor potiguar, Manoel Onofre Jr., "Ficcionistas Potiguares", no dia 16 de agosto, segunda-feira próxima, a partir das 18 horas ás 21 horas, na sede da ANRL á rua Mipibu 443.
Manoel Onofre é dos mais importantes escritores do nosso estado, incursionando com talento e competência nos gêneros do conto, do ensaio literário e da história. É da Academia Norte-Riograndensede Letras, do Instituto Hostórico e Geográfico do Rn, da União Brasileira de Escritores e escreveu cerca de uma vintena de livros, destacados entre os melhores do gênero.
O convite formal segue em arquivo anexo.
Estarei lá para recepcioná-lo(a).
Abraços
Pedro Simões
Associo-me ao Presidente da Academia Norte-RioGrandense de Letras, valendo-me da generosa delegação conferida por ele, para convidá-lo(a) para o lancamento do livro desse notável escritor potiguar, Manoel Onofre Jr., "Ficcionistas Potiguares", no dia 16 de agosto, segunda-feira próxima, a partir das 18 horas ás 21 horas, na sede da ANRL á rua Mipibu 443.
Manoel Onofre é dos mais importantes escritores do nosso estado, incursionando com talento e competência nos gêneros do conto, do ensaio literário e da história. É da Academia Norte-Riograndensede Letras, do Instituto Hostórico e Geográfico do Rn, da União Brasileira de Escritores e escreveu cerca de uma vintena de livros, destacados entre os melhores do gênero.
O convite formal segue em arquivo anexo.
Estarei lá para recepcioná-lo(a).
Abraços
Pedro Simões
terça-feira, 10 de agosto de 2010
SUCESSO NO TORNEIO LEITEIRO DA FESTA DO BODE 2010
Dentro dos vários eventos promovidos na 12ª edição da Festa do Bode, em Mossoró, o torneio leiteiro foi um dos maiores atrativos. Na lista dos campeões do torneio, se destacam o 1º lugar na categoria jovem, que foi para a cabra Duvidosa, com 8, 370 kg em 3 ordenhas, de propriedade do produtor rural Haroldo Bezerra. Em outra categoria, a cabrita, a campeã foi Helena, com 6, 290 kg em 3 ordenhas, de propriedade do produtor Bruno Bezerra. Os dois produtores são da cidade de Afonso Bezerra, na região Central do estado. Em outra categoria do torneio, a adulta, a vencedora foi à cabra Mimosa, com 10, 675 kg em 3 ordenhas, de propriedade do senhor Molico, de Currais Novos.
Com uma média de 2 mil animais, entre caprinos, ovinos, bovinos e eqüinos, a Festa do Bode foi um sucesso. Os organizadores esperam que seja superada a marca atingida no Leilão de 2009, onde 200 mil reais em animais foram comercializados. Em 2010 foram oferecidos cerca de 50 lotes de animais da melhor genética do RN.
Considerado o principal evento do segmento no Oeste do Rio Grande do Norte, a Festa do Bode, atrai criadores e produtores rurais de cidades da região Oeste potiguar e de outros estados do Nordeste. A Festa neste ano comercializou também gado bovino, por isso, a expectativa é que o volume de negócios chegue a R$ 3 milhões. No evento, o Governo do Estado investiu aproximadamente R$ 120 mil e cerca de dois mil animais foram expostos.
Com Paulo Correia
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Com uma média de 2 mil animais, entre caprinos, ovinos, bovinos e eqüinos, a Festa do Bode foi um sucesso. Os organizadores esperam que seja superada a marca atingida no Leilão de 2009, onde 200 mil reais em animais foram comercializados. Em 2010 foram oferecidos cerca de 50 lotes de animais da melhor genética do RN.
Considerado o principal evento do segmento no Oeste do Rio Grande do Norte, a Festa do Bode, atrai criadores e produtores rurais de cidades da região Oeste potiguar e de outros estados do Nordeste. A Festa neste ano comercializou também gado bovino, por isso, a expectativa é que o volume de negócios chegue a R$ 3 milhões. No evento, o Governo do Estado investiu aproximadamente R$ 120 mil e cerca de dois mil animais foram expostos.
Com Paulo Correia
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domingo, 8 de agosto de 2010
NÃO SE PODE COMETER INJUSTIÇA COM UM CIDADÃO DE BEM.
Fernando Caldas (FANFA) Também é Candidato.
É candidato a deputado estadual N. 23456. Já foi vereador, secretário e presidente da Câmara Municipal do Açu-RN (sua terra Natal), estudou no Colégio Nossa Senhora das Vitórias, Externato São José (de d. Glorinha), Ginásio Pedro Amorim, IPI, de Açu, e no Atheneu Norte-Rio-Grandense, de Natal. É pesquisador, já foi candidato a vereador por Natal duas vezes (eleições de 1991 e 2008), exerceu cargos de coordenador na Assembléia Legistiva, no Governo do RN e na prefeitura da terra açuense. Escreveu várias plaquetes sobre o Assu e sua gente. Tem artigos publicados nos jornais como "O Assuense","Jornal da Colônia Açuense" e "Tribuna do Norte", de Natal.
Escrito por agendapolitica2010@yahoo.com às 09h20
Do Blog de Romildo Queiroz
É candidato a deputado estadual N. 23456. Já foi vereador, secretário e presidente da Câmara Municipal do Açu-RN (sua terra Natal), estudou no Colégio Nossa Senhora das Vitórias, Externato São José (de d. Glorinha), Ginásio Pedro Amorim, IPI, de Açu, e no Atheneu Norte-Rio-Grandense, de Natal. É pesquisador, já foi candidato a vereador por Natal duas vezes (eleições de 1991 e 2008), exerceu cargos de coordenador na Assembléia Legistiva, no Governo do RN e na prefeitura da terra açuense. Escreveu várias plaquetes sobre o Assu e sua gente. Tem artigos publicados nos jornais como "O Assuense","Jornal da Colônia Açuense" e "Tribuna do Norte", de Natal.
Escrito por agendapolitica2010@yahoo.com às 09h20
Do Blog de Romildo Queiroz
POEMETO
Por João Lins Caldas*
Deus deu-me tudo. Deus deu-me tudo do que a mim amargurado Deus me devia dar.
Deus deu-me tudo. Si amargurado, porque a mim as razões de me amargurar.
*João Lins Caldas é considerado por alguns conhecedores e críticos de arte moderna, o pai do modernismo brasileiro porque em 1917, muito antes antes da Semana de Arte Moderna no Brasil já escrevia versos brancos, emancipados de métricas, no seu tempo de Rio de Janeiro (1912 e 33).
sábado, 7 de agosto de 2010
"RECEITINHA PRA SER FELIZ!"
"Deus: Sem ele nada podemos fazer...
Família: Nunca deixe faltar...
Desespero: Pra que?
Paciência: O máximo possível...
Lágrimas: Enxugue todas...
Sorrisos: Os mais variados...
Paz: Em grande quantidade...
Perdão: A vontade...
Esperança: Nunca perca jamais...
Coração: Quanto maior melhor...
Amor: Pode abusar...
Carinho: Essencial...
Abraços: O máximo possível..
Modo de preparo:
Reúna sua Família e seus Amigos, esqueça as Mágoas...
Tenha Paciência, Sorriso, Paz, Esperança e o Perdão...
Muito Amor e Carinho no seu Coração!!!
Rendimento:
Uma Vida Maravilhosa e Feliz com Deus!!!"
Família: Nunca deixe faltar...
Desespero: Pra que?
Paciência: O máximo possível...
Lágrimas: Enxugue todas...
Sorrisos: Os mais variados...
Paz: Em grande quantidade...
Perdão: A vontade...
Esperança: Nunca perca jamais...
Coração: Quanto maior melhor...
Amor: Pode abusar...
Carinho: Essencial...
Abraços: O máximo possível..
Modo de preparo:
Reúna sua Família e seus Amigos, esqueça as Mágoas...
Tenha Paciência, Sorriso, Paz, Esperança e o Perdão...
Muito Amor e Carinho no seu Coração!!!
Rendimento:
Uma Vida Maravilhosa e Feliz com Deus!!!"
CADERNOS DE CALIGRAFIA: CALDAS
João Lins Caldas é, foi, um desses poucos poetas potyguares com alguma estofa a mais que o comezinho e usual muito barulho por nada. Nasceu em Goianinha, 1o de agosto de 1888, mas passou a infância, a adolescência e a velhice em Açu, onde morreu, meio pobre, meio esquecido, meio frustrado, como sói acontecer.
Aos 24 anos bateu asas na direção do Sul Maravilha, Rio, Sampa, Geraes.
O escritor José Geraldo Vieira transformou João Lins em personagem do romance Território humano.
A descrição, não-ficcional, de Caldas por Vieira:
Trabalhava como revisor de jornais à noite; vivia na Biblioteca Nacional, de tarde; almoçava e jantava sanduíches de mortadela e caldo de cana, na Galeria Cruzeiro; perpetrava vinte a trinta sonetos por dia em abas de carteiras de cigarros, ou beiradas de jornais. [...] Riscou na vida um triângulo cujos lados eram Dante, Shakespeare e Nietzsche; dentro se encravou como um tigre assanhado contra a estupidez e a corrupção humana. Não admitia emprego público; odiava a política; tinha um caráter sem jaça e uma susceptibilidade incrível. Naquele tempo seria classificado sumariamente como louco.
No início da década de 30, o poeta voltou a Açu, onde comprou um sítio – a “Frutilândia” – e se isolou completamente. Em 1958, por iniciativa de Celso da Silveira, veio a Natal, onde e quando foi saudado, festejado, hosanado pela jovem intelectualidade da época – além de Celso, Berilo Wanderley, Myriam Coeli, Newton Navarro, entre outros.
Oito anos depois de morrer, a Fundação Zé Augusto publica uma antologia poética, livrinho fino mas consistente, e que ainda pode ser comprado na “livraria” da Fundação.
A carta não lida é a que segue. Para ser relida:
A CARTA NÃO LIDA
Estou em que não lerás mais nunca a doçura expressiva dessa minha carta.
Perdoa. A doçura expressiva dessa minha carta.
Estou em que não lerás mais nunca.
Mas lerás sem dúvida uma outra carta.
Uma carta sem nunca a tonalidade da minha doçura.
Uma carta sem nunca a tonalidade expressiva dessa minha carta.
João Lins Caldas
Este texto foi publicado em domingo, 1 de agosto de 2010 às 21h57 e arquivado como Blog. Você pode seguir qualquer comentário deixado neste texto através do feed de RSS 2.0. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback de seu site.
Mário Ivo
(Crônica publicada no site MárioIvo, em 1. de agosto de 2010)
Aos 24 anos bateu asas na direção do Sul Maravilha, Rio, Sampa, Geraes.
O escritor José Geraldo Vieira transformou João Lins em personagem do romance Território humano.
A descrição, não-ficcional, de Caldas por Vieira:
Trabalhava como revisor de jornais à noite; vivia na Biblioteca Nacional, de tarde; almoçava e jantava sanduíches de mortadela e caldo de cana, na Galeria Cruzeiro; perpetrava vinte a trinta sonetos por dia em abas de carteiras de cigarros, ou beiradas de jornais. [...] Riscou na vida um triângulo cujos lados eram Dante, Shakespeare e Nietzsche; dentro se encravou como um tigre assanhado contra a estupidez e a corrupção humana. Não admitia emprego público; odiava a política; tinha um caráter sem jaça e uma susceptibilidade incrível. Naquele tempo seria classificado sumariamente como louco.
No início da década de 30, o poeta voltou a Açu, onde comprou um sítio – a “Frutilândia” – e se isolou completamente. Em 1958, por iniciativa de Celso da Silveira, veio a Natal, onde e quando foi saudado, festejado, hosanado pela jovem intelectualidade da época – além de Celso, Berilo Wanderley, Myriam Coeli, Newton Navarro, entre outros.
Oito anos depois de morrer, a Fundação Zé Augusto publica uma antologia poética, livrinho fino mas consistente, e que ainda pode ser comprado na “livraria” da Fundação.
A carta não lida é a que segue. Para ser relida:
A CARTA NÃO LIDA
Estou em que não lerás mais nunca a doçura expressiva dessa minha carta.
Perdoa. A doçura expressiva dessa minha carta.
Estou em que não lerás mais nunca.
Mas lerás sem dúvida uma outra carta.
Uma carta sem nunca a tonalidade da minha doçura.
Uma carta sem nunca a tonalidade expressiva dessa minha carta.
João Lins Caldas
Este texto foi publicado em domingo, 1 de agosto de 2010 às 21h57 e arquivado como Blog. Você pode seguir qualquer comentário deixado neste texto através do feed de RSS 2.0. Você pode deixar um comentário, ou fazer um trackback de seu site.
Mário Ivo
(Crônica publicada no site MárioIvo, em 1. de agosto de 2010)
À memória de:
Luiz de Galdino
Zé Piolho
Camila Olegário Freire
Absalão Pinheiro Maia
Manoel Antônio da Fonseca
Joaninha de Pipiu
Varzeanos antológicos que respeitavam a pureza e a liberdade do linguajar sem preconceitos, mantendo, apesar da censura, um clima que aceitava o vocabulário do beradeiro tal como se apresentasse.
O autor
APRESENTAÇÃO
O cantador - é bom deixar bem claro - não é cantor, aquele que apenas canta, chamado de intérprete. Há conotações e peculiaridades próprias que identificam o CANTADOR, que, além de cantar, faz de improviso os versos com que trabalha. Canta, compõe, cria e produz. Quando aparece nas recomendações gramaticais, cantador é adjetivo: O pássaro cantador, o carro-de-bois cantador, etc. No caso de poeta repentista, violeiro, se diz CANTADOR e se usa como substantivo - o cantador. É o poeta da viola, o repentista, uma arte que só se concilia com o cantador. E são cantadores todos os poetas violeiros, improvisadores, repentistas, produzidos por este Nordeste que, através deles, viu nascer e morrer cantando as dores e as alegrias suas e de seu povo.
Encontramos em Guerra Junqueiro, um dos mais nobres poetas portugueses, contemporâneo de Camões, no prefácio que fez a um trabalho de um de seus confrades, intitulado O Cantador de Setúbal - uma referência que glorifica esse profissional. Ele diz: "Que título augusto, que nome ideal para um vivente - O Cantador! Que nome ideal para um destino! Cantar o riso, o beijo, o olhar, a dor e a lágrima. Como eu te invejo, cantador!"
Em Orlando Tejo, autor de Zé Limeira - O Poeta do Absurdo, vemos o que constitui a glorificação do poeta improvisador: "Os cantadores constituem imensa legião de homens que cantam, sonham, sofrem e brincam de viver no mundo, pescando estrelas, caçando ilusões, plantando tardes, colhendo manhãs, levando a sua mensagem sutil e profunda, tímida e vigorosa, ao povo ávido de poesia que os ouve embevecido".
Perpetuaram-se, na literatura do Nordeste, como cantadores, nomes que honram a nossa cultura, cantando e escrevendo, como: Fabião das Queimadas, Romano da Mãe Dágua, os irmãos Dimas, Otacílio e Lourival Batista, Zé Pretinho do Piauí, Cego Aderaldo, Oliveira de Panelas, Manoel Calixto, Eliseu Ventania, Chico Traíra, os irmãos João, José e Sebastião Zacarias, Alípio Tavares, José Alves Sobrinho, Inácio da Catingueira, Severino Ferreira, Zé Limeira, Cândio Cambão, e tantos que o tempo levou, mas deixaram sucessores que honram a sua memória. E estão ainda por aí: Ivanildo Vilanova, Antônio Francisco, Crispiniano Neto, Antônio Sobrinho, Joaci Zacarias, Alípio Tavares Filho, Paulo Varela, os mais próximos de nós, e uma legião de outros que transmitem literatura tradicional, consagram a nossa cultura e dão ao Nordeste brasileiro a sua roupagem para acesso aos centros culturais, às academias hoje existentes no Brasil e alhures. Está aí Antônio Francisco, membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com muita honra para o Rio Grande do Norte e para o Nordeste brasileiro.
E o ritmo, o estilo não é um só. Há os tipos de conjunto de versos, nomeados de acordo com a técnica, o ritmo, o diapasão, o tema, o número de versos, o número de sílabas, que têm padrões, características e melodias próprias, porém tudo sem fugir ao referencial que é CANTORIA e seus artistas são CANTADORES. Cantador ou cantoria se refere exclusivamente ao produtor e ao produto da improvisação em versos rimados, cantados sob diversas formas: desafios, chamados pelejas, como a do Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Piauí, Riachão com o Diabo, na cidade de Açu, epopéias históricas, trágicas ou cômicas, como Os Doze Pares de França; romances e amores locais ou de outros horizontes, como a história do Pavão Misterioso; e uma antologia de louvações ou de críticas ao cotidiano. São apresentados, geralmente, em duplas de cantadores ou em unidades isoladas, que se esmeram no ritmo, na rima, na métrica e no palavreado, um linguajar próprio, tudo dentro dos padrões da cultura local.
O tipo de versos, de acordo com a formação e a melodia é que identificam o sistema que pode ser baião, martelo, galope, quadrão, sextilha, sete-linhas, mourão, mourão-em-sete, você cai, mourão voltado, quadrão em oito, quadrão em dez, quadrão à beira mar, martelo alagoano, gabinete, toada alagoana, oitava rebatida, nove palavras por seis, gemedeira, galope à beira-mar, martelo agalopado e glosa. São as principais formas como se apresenta a cantoria no Nordeste, onde nasceu, e se espalhou hoje pelo Brasil inteiro.
Manoel Bandeira, o grande autor de VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA, certa vez, em Pernambuco, depois de ouvir um festival em que se apresentavam, dentre outros não menos famosos, Dimas e Otacílio Batista, confessou, contrito, a sua incompetência, diante daqueles gênios, e publicou, em 1937:
"Vi cantar Dimas Batista,
Otacílio, seu irmão.
Quer a rima fosse em inha,
Quer a rima fosse em ão,
Caíam rimas do céu,
Saltavam rimas do chão.
Tudo muito bem medido
No galope do sertão.
Saí dali convencido
Que não sou poeta não".
CÂNDIO CAMBÃO - Irreverente, porém poeta
Quem conhece a literatura hoje chamada de cordel sabe que os versos não se limitam a quadras, a sextilhas, ou a alguns outros padrões isolados da poesia universal. O Cantador, como é chamado o poeta repentista, pode fazer seus versos de acordo com as circunstâncias e exigências do momento. O seu universo se restringe ao Nordeste brasileiro. Antigamente, quando se falava em versos ou estilo alexandrino, não havia dúvida. Tratava-se do soneto - aquele poema inconfundível, de 14 versos, alinhados em dois quartetos e dois tercetos. Ainda hoje, quando se fala em trova, todos sabemos que são estrofes de quatro versos, de sete sílabas cada verso e todos os quatro com rimas do primeiro com o terceiro e do segundo com o quarto.
CÂNDIO CAMBÃO, nunca se soube se teve, de batismo ou de registro, outro nome ou sobrenome. Também nunca foi obrigado a exibir documento de identidade. Sua identidade era a viola que representava o grande poeta repentista da Várzea do Açu. Era um tipo especial. Apresentava-se nas funções com uma viola maltratada, porém super afinada. Vestia um paletó, que não tinha mais cor original, mas que, pelas dobras de baixo da gola dava a impressão de haver sido branco. Estava sempre de pés descalços.
Abraçava carinhosamente a sua viola, com veemente apreço, por quem demonstrava raríssima e incondicional afeição. Impunha-se pela personalidade, pela altivez de seus versos, mesmo irreverentes; pela liberalidade de sua poesia; pela intimidade com a população; pela auto-suficiência dos temas e dos motes que glosava num improviso sem titubeios; enfim era um beradeiro autêntico, um poeta sem fronteiras e sem preocupações com os estilos ou com a censura.
Nas memoráveis cantorias que estrelou, sozinho ou acompanhado, tinha por hábito abrir os trabalhos com estes versos:
Eu aqui me chamo Cândio
Por apelido Cambão,
Moradô no Logradô,
Manicípo do Alemão
Se não tem com que me pague
Eu recebo inté feijão.
Sabe-se que tinha dois filhos. Um, chamado Pascoal que às vezes aparecia cantando com ele e um outro, chamado Juvenal, que vivia de fazer recados, e de entregar encomendas a troco de um pão doce que recebia como recompensa. Quando era solicitado para uma empreitada dessas, perguntava ao empreiteiro como queria que fosse: de avião, de motocicleta, de caminhão ou de cavalo. Conforme a preferência do mandante, ele saía de Porto do Mangue para a Redonda, uma distância aproximada de 20 quilômetros, exibindo a posição do transporte em que imaginava estar viajando. Se fosse de avião, ele iria de "asas abertas" desde a origem até o destino. Às vezes, o dono da encomenda perguntava a viajantes que o encontravam no percurso e recebia informações de que o haviam encontrado na mesma posição usada ao iniciar a jornada.
Andarilho, nômade, sem origem e sem destino, pernoitando onde lhe permitissem arranchar-se, Cândio Cambão, tendo por companhia apenas a sua viola, aceitava desafios e convites para cantorias, sem preferência de temas que podiam ser história, geografia, política, religião, as asperezas e as ternuras do varzeano, enrolava tudo no seu linguajar. Às vezes, até debates conhecidos por PELEJAS, em que se discutiam em versos rimados e metrificados, discorrendo sobre a conduta, os atributos e o currículo pessoal, em que os desaforos de parte a parte tinha a preferência da platéia.
Não costumava ser chamado duas vezes para cantar na mesma residência, vez que os padrões de sua linguagem não se conciliavam com as exigências e com os conceitos de moral das famílias da várzea do Açu. A ele pouco interessava se fosse acolhido até o final da função ou se fosse expulso pelos donos da casa. Alguns varzeanos, porém, como Manoel Antônio da Fonseca, faziam questão de reunir familiares e vizinhos que convidava para um festival de poesia, estrelado por Cândio Cambão. Dava imensas risadas e incentivava os assistentes a aplaudir o vate, o gênio, o poeta e seus versos esplendorosos. Quem não concordasse que saísse.
Certa vez, no Guaxinim, uma praia perto de Logradouro e de Porto do Mangue, era época de eleição e os candidatos contrataram o tabelião de Pendências, Absalão Pinheiro Maia, para fazer, de uma só vez, 25 casamentos naquele lugarejo. Reuniram-se, no Grupo Escolar, os noivos, os convidados, as testemunhas, os parentes e os curiosos, sob a liderança de Joaquim Maria, um funcionário graduado da salina Matarazzo, que mantinha considerável liderança no povoado. Presentes também os candidatos, Dr. Limeira, a vereador, no município de Macau, e Dr. Gerôncio Queiroz, a deputado estadual. Não se falava ainda em compra de votos, corrupção eleitoral, nem coisa parecida. O pecado desses eventos com finalidade de angariar sufrágios, se chamava "voto de cabresto" que não era tão grave como querem mostrar os "puristas" de hoje. Não se anulava eleição nem se cassava mandato. O negócio corria mais frouxo.
E os cinqüenta noivos reunidos, seus parentes e os habitantes da comunidade se comprometiam a votar, e votavam mesmo, com os candidatos que patrocinavam eventos dessa natureza.
Dentre os 25 pares de noivos ali reunidos, estava Manteiga, um cidadão que na sua mocidade havia sofrido um castigo de "castração no cepo", por questões de enxerimento com a filha dum fazendeiro, na Várzea do Açu. Como não se perdoavam pecados dessa natureza, a pena imposta ao inditoso Manteiga foi a mutilação de seus testículos no macete, uma cirurgia em que se punham os ovos do condenado sobre um toro de madeira e, com outro, se batia até inutilizar os órgãos reprodutores do infeliz. Assim mesmo. Sem qualquer anestesia, Não há necessidades de se nomear os verdugos de Manteiga, pois em qualquer esquina do universo varzeano se conhece a história e se sabe quais foram os seus autores. É só assobiar.
No ato de celebração das bodas, tomando conhecimento de que dentre os nubentes se encontrava Manteiga, o antológico Absalão chamou-o pelo nome, mandou levantar-se e perguntou à noiva :
- Mulher, tu vais casar com Manteiga, mesmo sabendo que ele foi capado?
Não houve necessidade da resposta da noiva que, se foi dada, não foi ouvida, em virtude da estrondosa gargalhada da platéia. Mesmo assim, não deixou Manteiga de se casar. Só que, acabada a solenidade, por obra e graça de Joaquim Maria, apareceu no recinto, com sua inseparável viola, o poeta da região que não fazia falta em ajuntamentos comunitários. Para abrilhantar a consumação das bodas, foram os presentes convidados a tomar umas talagadas na bodega de Zé de Joaninha, ali na praia, para o que não poderia faltar Cândio Cambão, o mais afamado repentista, o cantador mais liberal, de improvisos mais coerentes com a linguagem dos beradeiros, com os costumes e com os padrões de vida de toda a ribeira do Açu, até as margens do Oceano Atlântico, ou para além se tivessem como divulgar. Que não precisava de concorrente, de companheiro ou de colega para fazer brilhar os seus versos, os seus temas, as suas rimas, os seus galopes, tudo ao sabor da população que o assimilava, embora fosse censurado nas casas de família, onde os costumes, os hábitos, a moral não se conciliavam com a liberalidade irreverente do artista que não se apresentava uma segunda vez, dada a prosaica e peculiar qualidade de seu linguajar e de suas rimas.
Se Zé Limeira, descoberto por Orlando Tejo, lá na Paraíba, foi considerado o Poeta do Absurdo, por tiradas dessa natureza, não era favor nenhum nomear Cândio Cambão O ABSURDO DOS POETAS.
Naquele dia memorável, o tema era o casamento de Manteiga. Acomodaram Cândio Cambão num canto do alpendre, abriram-se as garrafas e tome versos. E tome cachaça. Sem companheiro que não lhe fazia falta, Seu Cândio, trajado tipicamente: chapéu de palha de abas não muito pequenas, calça de mescla azul bem surrada, camisa de peito aberto e paletó igualmente meio envelhecido pelo uso e pela falta de sabão e de quaradô, sem calçados nos pés, desde que não era comum esse uso nas areias da praia, começou e seu vozeirão passou a ser ouvido além da costa, das ondas e dos manguezais, mais ou menos assim:
Eu aqui me chamo Cândio,
Por Apelido Cambão,
Nascido no Logradô,
Manicípio de Alemão
Manteiga casou capado,
Só milagre de eleição.
Já vi milagre de santo,
De Padre Ciço Romão
Mas casá home capado
Na véspa de eleição,
Ou é astuça do demo
Ou coisa de Absalão.
Já vi a Mãe-de-Pantanha
Revirá o meu sertão,
Preto Ruívo de noite
Mascarar um barbatão.
Mas casá home capado,
Só milagre de São João.
Já vi coisa nesse mundo
De cortar meu coração,
Vi couro de lobisome,
Rasto de alma no chão.
Só não tinha visto ainda
Home casá sem cunhão.
Valei-me meu São Francisco
Ou Padre Ciço Romão.
Se me fartá um dos dois
Me serve Frei Damião.
Como vai tirá cabaço
Home qui não tem cunhão?
Ao noivo amigo Manteiga
Eu dou um conselho assim.
Em dia de casamento
Não se pensa em coisa ruim.
Se não tem mastro pra vela
Dê um cheiro no xinim.
Saudando os noivos, na hora da saída, Seu Cândio, em voz alta, disse:
Viva a noiva, viva o noivo
E o seu acumpanhamento,
Viva a boceta da noiva
De noite com o pau dento.
E prosseguia nesse diapasão. Não há necessidade de dizer que a platéia se embriagava mais com os versos do poeta do que com a bebida patrocinada pelos candidatos. Essas bodas foram mais comentadas, na Várzea de Açu e na ribeira de Macau, do que aquelas outras de Caná de que o vate também não se descuida e aborda através de referências ao Novo Testamento.
Embora a sua fidelidade aos padrões de linguagem usados na região, hajam sido mais para os ranchos das salinas, os cortes de palha, os terreiros nas noites de festa de Santa Luzia, do que nos alpendres familiares, Cândio Cambão não deixava de ser convidado para algumas casas de família, cujos chefes aceitavam os padrões de linguagem exibidos, vez que eram os mesmos do cotidiano e da vida dos varzeanos. O resto era falsa moral. Seu Manoel Antônio da Fonseca, já nosso conhecido, mantinha, afastado da casa onde morava com os familiares, um alpendre de um armazém desocupado, que reservava para as apresentações de Cândio Cambão, transformadas em verdadeiros festivais de rimas e de poesia que embalavam as noites e quebrava a rotina da comunidade. Convidava os amigos e quem quisesse assistir, levando ou não os seus familiares. E quase morria de rir com os improvisos, com a maestria das rimas, com a métrica impecável dos versos e especialmente com o padrão de linguagem que não considerava falta de respeito, mas coerência, intimidade com um vocabulário que a hipocrisia batizava de imoral. E nem por isso, Seu Manoel Fonseca deixou de produzir uma das mais nobres e castas famílias que ainda honra a sua procedência.
Os "fracos de espírito", os preconceituosos têm medo do tipo de linguagem de Cândio Cambão, de Zé Limeira, de Moysés Sesyom ou Jorge Amado e chamam de imoral. Por isso são desaconselhados a ler, não apenas este, mas diversos e célebres tratados da literatura universal, como:
- Zé Limeira, o Poeta do Absurdo, de Orlando Tejo;
- Eu conheci Sesyom, de Francisco Amorim;
- Os Capitães da Areia e quase toda a obra de Jorge Amado, ainda não superado, no Brasil, que triunfou na mídia universal com a clarividência de seus relatos, descrevendo, em linguagem nua e crua, as ações de seus personagens;
- Michaut e sua História da Comédia Romana;
- William Falkner, Prêmio Nobel de Literatura que publicou Réquiem para uma Prostituta, Santuário, Enquanto Agonizo e outros trabalhos que o celebrizaram, mesmo considerados, pela fraqueza dos preconceituosos, absurdos e até imorais para a sua época.
Existia, na época, em Porto do Mangue, um comerciante chamado João Abreu, de origem paraibana. Entendia de tudo um pouco, vez que era dado à leitura de tudo quanto fosse escrito que passasse por suas mãos. Há colaboradores deste trabalho que afirmam haver Seu Cândio aprendido alguns lances de história e de geografia, nas conversas mantidas com Seu João Abreu, quando, sem ter o que fazer, sentava-se à calçada da bodega e ficava ouvindo leituras e informações que Seu João divulgava com prazer. Gostava dos versos de Seu Cândio e o acolhia em sua bodega para cantar sem qualquer tipo de censura. E fiava seus produtos aos conhecidos, inclusive a Cândio Cambão que, certa vez, sem ter esperança de faturar qualquer trocado que lhe cortasse a corda do pescoço, apelou para João Abreu, oferecendo-lhe versos como aval de uma cuia de farinha que pagaria depois. Obtendo a concordância do comerciante, Cândio Cambão, que já conduzia afinada a sua viola, mandou a seguinte glosa.
Este é Seu João Abreu
Home de ação e de paz,
Apaga fogo com gás,
Sabe onde Jesus se perdeu..
É como o errante judeu
Parente e mulher sem ter
Dá o cu não tem pra quê,
Empresta grana a ladrão
Vende farinha a Cambão
Pra nunca mais receber.
Numa certa noite, Seu Cândio apareceu em Lagoa de Bestas, acompanhado de um filho, chamado Pascoal, já nosso conhecido, igualmente cantador, que foi apresentado à platéia e, embora fossem pai e filho, não estariam livres de se enfrentar em desafios de versos quentes, apimentados, em que predominassem os ataques pessoais, a linguagem habitualmente utilizada e o padrão de rimas livres, sem censura, e sem limites de conceito, de moral ou de outras "machavelices", como dizia Engrácia de Lula, lá no Alemão.
Depois de farto jantar, refogado com umas birinaites, acomodaram-se os poetas no alpendre de um prédio onde, durante o dia funcionava a escola local, e, sob o prestígio de numerosa e selecionada platéia, iniciarem o debate à boca da noite que se prolongou até o quebrar da barra, em que as gargalhadas e os aplausos ecoavam por entre as carnaubeiras e se perdiam por onde o sabão não lava.
Comentando os disparates do evento, alguns dos assistentes, no dia seguinte, repetiam, nas bodegas e nas estradas, versos assim:
Me chamo Cândio Cambão
Nágua doce e na maré,
Negro da barba de bode,
Pescoço de Jacaré,
Vou passar na tua casa
Vou comer tua mulé.
Respondendo, no mesmo diapasão, o filho cantou:
Deixe de cantar lorota
Que comigo ninguém pode,
Pescoço de jacaré,
Véio da barba de bode,
Vou cortar os teus cunhão,
Cuma é que você fode?
Cândio Cambão, de todos os naturais da Várzea do Açu, foi o que mais se identificou com os costumes, com as paisagens, com a linguagem dos beradeiros, vez que não conheceu outros horizontes. Nunca foi além das cidades de Açu e de Macau, os limites geográficos da várzea que percorria a pé, sem necessidade de outras referências a não ser a sua viola e a sua fama de cantador.
E, se gabando, glosava o seguinte mote:
Minha casa é meu chapéu,
Meu currico é a viola.
Fui falá cum a secretára
No tempo do impaludismo,
Sem entendê dos modismo,
Pra me impregá na malára.
A mulé de dura cara
Me pediu meio gabola:
- Documento, meu pachola?
Respondi no meu cordel:
- Minha casa é meu chapéu
Meu currico é a viola
E, quando era convidado a uma apresentação, sempre aceitava sem se fazer de rogado, consciente de seu talento e de seu poder de versejador, de glosador dos mais variados temas, enfim auto-suficiente como cantador e dono de uma linguagem, por alguns considerada imprópria, censurada, por outros, porém, digna de aplausos e de repetidos comentários nos diversos ajuntamentos comunitários e que hoje, apesar da censura da época, ilustram comentários e narrativas dos mais variados e ilustres autores.
Nos assistentes, havia sempre alguns que davam motes para ser glosados. E não faltava, dentre esses, uns mais inconvenientes que provocavam a irreverência do poeta, só pra ver a confusão. Seu Cândio tinha como lema não deixar pergunta sem resposta e mote sem glosar. Achava que o mote era um desafio a sua capacidade. Mais aguçado do que os outros, brincalhão e debochado, Parrudo, lá em Porto do Mangue, um dos assistentes, escolhia motes para provocar a censura, a confusão e o entusiasmo da maioria. Numa certa noite, deu ao cantador o seguinte mote:
O dono da casa é corno
E a dona foi feme minha.
Cândio Cambão que não deixava mote sem resposta, disparou:
Discurpe o dono da festa
Mas o mote eu vou rimá
Eu conheço o meu lugá
E sei inté quem não presta
Marco no couro da testa
Pra mostrá que a posse eu tinha
Ando uma légua todinha
Pra comê mulé no torno.
O dono da casa é corno
E a dona foi feme minha.
Outras vezes, era solicitado para louvar as moças da platéia e os versos pulavam como pipoca no tacho.
Morena dos ói azul
Dos beiço munto incarnado
Vou fazê o meu reinado.
Lá na cidade do Açu.
Vou comê o teu angu
Nem que precise casá
Mesmo assim eu vou botá
Teu retrato num espeio,
Vou fazê dos teus penteio
Uma corda de laçá.
Tinha, raras vezes, crises de decoro e fazia versos assim:
Na ponta daquele sítio
Tem quatro classe de gente
Qui só anda de magote:
Batata com Catapirra,
Cambão, Pandoca e Timote.
Duravam pouco essas crises.
Na praia de Pedra Grande, perto do Rosado, atual município de Porto do Mangue, cantava na casa de Antônio Carreiro, quando uma lagartixa caiu do teto no meio da sala e, apavorada com o burburinho que criou, correu subiu pelas pernas de uma moça que fez uma zoada medonha, pulando e gritando, sem se livrar da lagartixa que, quanto mais fechava mais prendia a bicha entre as pernas. Seu Cândio aproveitou o momento e o motivo e fez uns versos que terminavam assim:
A Lagatixa caiu
E levantou-se depressa,
Subiu nas pernas da moça.
Quanto mais ela pulava
Mais se escondia na brecha.
Os parentes e amigos da moça ficaram ressentidos e não aceitaram a referência. CândioO Cambão quis correr, mas era tarde. Acabou apanhando, dessa vez.
Cantando, doutra feita, na casa de um novato chamado Antero, recém chegado na Várzea e pouco conhecedor das pessoas, dos hábitos e da conduta de Cândio Cambão, aceitou a proposta de uma cantoria, para o que convidou os vizinhos e a comunidade. Lá para as tantas, já meio "chulado", Cândio Cambão começou a cantar loas aos presentes e se saiu com esta:
No dia qui eu amanheço
Cum três quente e dois queimando,
Cum o cabelo fumaçando,
Os amigo eu discunheço.
Pego do fim pro começo
Desprezo o qui Deus mi deu
Esqueço inté quem sou eu,
Mas vou lhe falá sincero:
Eu como o cu de Antero
E Antero num come o meu.
Foi suficiente para ser decretado o encerramento da cantoria e a expulsão do cantador.
Outra noite, não ficou bem esclarecido se na casa de Manoel Fonseca (hein, Tibúrcio? foi lá?), Cândio Cambão, desinibido, cantava assim:
Eu cantei no Juazeiro
Do Pade Ciço Romão
Me pagaro cum feijão,
Mas cantei um mês inteiro.
Me atraquei cum violeiro
Do cariri, do sertão,
Cantei martelo e quadrão
Cum um tá de Zé Limeiro
Deixei prenha num puteiro
A mulé de Lampião.
Inda sou bom nesse prato,
Me censure quem quisé,
Pra comê uma mulé
Corro, brigo, morro e mato
Topo quarqué desacato,
Enfrento inté bataião.
Eu faço qui nem Adão
Como Eva, a maçã, e a cobra.
Sou pau para toda obra
E tenho munta tesão.
Não se escusava de fazer seus versos sobre qualquer tema e se gabava de haver aprendido história, especialmente a sagrada. Vibrava quando lhe pediam para glosar motes do Novo Testamento, sobre o que discorria com relativa sabedoria adquirida em palestras com Seu João Abreu, um comerciante ali instalado, sem familiares, que lia muito e fazia questão de dividir com o poeta a cultura adquirida. E são a Cândio Cambão atribuídas, por colaboradores de fé, as seguintes produções:
Para ele, Jesus Cristo e os seus pares que citava eram seres humanos como ele, como os demais que conhecia. Usava sua irreverência sem problemas com heresia, com blasfêmia, com sacrilégio, que não constavam de seu vocabulário. E os personagens da história religiosa se apresentavam mais humanizados, sem a auréola de divindade, que ele exibia assim:
Jesus quando veio ao mundo
Foi na Barca de Noé,
Se casou cum Salomé,
Sobrinha de São Raimundo.
Correu o mundo e o fundo
Amuntado num jumento.
Fez um grande movimento,
Tocando uma concertina.
Se arranchou na Palestrina
Diz o Novo Testamento.
Não tendo mais qui fazê
Jesus foi pra Galiléia,
Armuçando na Judéia
Comeu siri cum dendê,
Depois passou a dizê
Suas missa em pé quebrado
Batizô improvisado
São João e Santo Expedito
Assim é que tá escrito
No testamento sagrado.
São José desconfiado
Da gravidez de Maria,
Mandô fazê na Bahia
Exame balanceado.
Não gostou do risultado
Que apareceu no momento
E já menos ciumento
Disse: deixa isso pra lá.
Assumiu sem recramá,
Diz o Novo Testamento
De barro Adão foi formado
E Eva duma costela,
Ele deitado mais ela
Fez o primeiro pecado.
E quando tava escanchado
Qui parecia um jumento,
Cum o pauzão todo dento,
Lembrou-se qui tava nu.
Deu-lhe uma câimbra no cu
Diz o Novo Testamento.
Se a história é verdadeira
E não me falha a memóra,
Adão não contou históra
Passou Eva na madeira
Numa grande bebedeira,
Sem esperá casamento
Tarado qui nem jumento,
Comeu maçã, cobra e tudo.
Quem duvidar fica mudo,
Diz o novo testamento.
Jesus curava ferida
De toda espécie da terra.
Desde a febre berra-berra
A espinhela caída
Ressuscitou e deu vida
A branco, preto e amarelo.
Curou até um sunguelo
Qui tinha mal de travage,
Só não curou a fogage
Qui deu no cu do guachelo.
Tinha também seus rasgos de patriotismo, de amor à terra. Não aceitava que ninguém destratasse as pessoas nem a localidade onde morava. O vigário de Açu, Mons. Júlio Alves Bezerra, se indignou, certa vez, com a negativa dos pescadores locais em contribuir com recursos para recuperação do telhado da capela. Os pescadores alegavam que todo o dinheiro arrecadado em Porto do Mangue, era levado para o Açu. O vigário, ameaçando, disse que o dinheiro dos pescadores, utilizado em bebedeira, jogo e prostituição, em vez de recuperar o telhado da capela, iria servir aos moradores para a compra de medicamento e luto para seus familiares, numa autêntica ameaça de tragédia e de praga rogada para cair sobre a localidade.. Realmente, em seguida a essa premonição, ocorreu a epidemia do impaludismo que matou a maioria dos habitantes do vilarejo..
Cândio Cambão, inconformado e sem outra forma de resistência, divulgou, numa cantoria, os seguintes versos:
Padre Júlio do Açu,
Se veste cumo urubu,
Pra benzer e excomungar
Anda com um ajudante,
De andar mei rebolante,
Seu fresco particular.
São poucos os varzeanos ainda existentes, admiradores da velocidade, da segurança e da espontaneidade das glosas de Cândio Cambão, aliadas a uma criatividade somente nos gênios identificada. Se fosse vivo ainda, poderíamos, com muita justiça, batizá-lo de Sabiá das Carnaubeiras
Não se enfadava. Estava sempre inspirado e, a troco de uma bicada de cana, em qualquer bodega, atendendo aos pedidos dos amigos mais curiosos e desafiadores de seu talento, rimava de improviso loas, críticas ou elogios. Tanto fazia louvar as qualidades quanto descrever os defeitos. Seguem algumas localizadas na memória dos admiradores, sem origem ou identificação:
Foi poucas vezes à cidade de Macau. Numa delas, lhe mostraram um rapaz alegre, desses que hoje chamam boiola, e Seu Cândio, sem gaguejar, emendou:
Os frescos de hoje em dia
Têm mania de Polu(*)
De coçar a própria tripa
Quando a coceira é no cu.
(*) Polu era um veado velho, seu conhecido.
E não lhe faltava inspiração. Estava pronto e fazia, de improviso, com ou sem censura, versos críticos ou elogiosos. Suas loas saíam bem rimadas, rigorosamente metrificadas, sem obediência a métodos, estilos, ética ou moral. As rimas lhe saltavam da mente, sobre qualquer assunto, sem obrigação de escolher outro linguajar que não fosse o seu habitual.
Vejo mocinhas bacana
Procurá lugá escuro
Com os noivo em toda festa
Agarrada no pau duro,
Diz arriando a calcinha:
- Bote essa porra todinha,
Encoste testa com testa.
Pressas mocinhas vadias
Que andam de corpo nu
Eu queria ter a pomba
Do tamanho de um muçu,
Pra empurrá na buceta
E sair atrás do cu.
Indo de Açu pra Macau
E de Macau para o Açu,
Eu tanto como buceta
Cumo também como cu.
Já diz um ditado nobre.
Toda roupa serve um nu.
Não, mas você de colete
E de gravata não cobre
A cabeça do cacete
Nem a regada do cu.
Eu gosto munto de vinho
Mas só me dão aguardente
Mesmo assim desce macia
Cumo pica em cu de gente.
Eu já fui e já vortei
E agora não vorto mais
Qui eu num sou coro de pica
Pra tá pra frente e pra trás.
Glosas
Já tive pica afiada
Mais dura do que macete,
Às vezes era um cacete
De quebrar castanha assada
Hoje não vale mais nada
Não há força que descole,
Se a boceta for um fole,
Eu empurro com o dedo.
Já fodi de fazer medo
Hoje tô de pica mole.
Já fudi uma tabaca
Cum mei palmo de pinguelo
Fiquei azul, amarelo,
Cum a catinga de suvaca.
Fazendo vez de macaca
Me encosntei num pé de muro.
Era uma noite de escuro.
Chegou uma mulé preta,
Fudi cu, fudi boceta
Inda saí de pau duro.
(*) Agradecendo a valiosíssima colaboração de Álvaro Fernandes Freire, Nelson Borges, José Lopes, Francisco Almeida, Tibúrcio Fonseca, o autor reconhece que não seria possível o resgate e o registro das facetas poéticas de Cândio Cambão, sem o incentivo e sem as informações aqui catalogadas.
CULTURA REGIONAL
CÂNDIO CAMBÃO
Resgate de Valores Culturais
GILBERTO FREIRE DE MELO
CULTURA REGIONAL
Postado por Falando de Saberes
Se eleito deputado estadual vou apoiar intransigentemente a cultura popular potiguar!
Fernando Caldas
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
DO AMOR QUE PASSA
Por Bartolomeu Correia de Melo
(Transcrito do blog de Gibson Machado)
Receba, nesta flor, minha proposta
que, parecendo tímida, é insistente.
Daquelas fantasias que mais gosta,
pretendo partilhar, discretamente...
Mais que sorriso, espero por resposta,
aquele suspirar que, então, pressente
cada arrepio, quando alguém lhe encosta,
na morna flor do corpo, um beijo ardente.
Mas, além da paixão, não queira laços
de saudade ou remorso e, sem dilema,
esqueça a flor, os versos, os abraços...
E aceite, assim sem juras, este amor
que apenas dura, intenso qual poema,
enquanto passa, frágil como flor.
(Transcrito do blog de Gibson Machado)
Receba, nesta flor, minha proposta
que, parecendo tímida, é insistente.
Daquelas fantasias que mais gosta,
pretendo partilhar, discretamente...
Mais que sorriso, espero por resposta,
aquele suspirar que, então, pressente
cada arrepio, quando alguém lhe encosta,
na morna flor do corpo, um beijo ardente.
Mas, além da paixão, não queira laços
de saudade ou remorso e, sem dilema,
esqueça a flor, os versos, os abraços...
E aceite, assim sem juras, este amor
que apenas dura, intenso qual poema,
enquanto passa, frágil como flor.
RICA GEO HISTÓRIA DO VALE DO AÇU - BRASIL COLONIAL
Por Eugênio Fonseca Pimentel, historiador, pesquisador, geólogo potiguar do Açu
.1 - HISTÓRICO DA REOCUPAÇÃO DO VALE DO AÇU – RN (1ª parte - Em andamento).
Os verdadeiros donos da terra
As glebas de terras que hoje compõem os municípios do Vale do Açu, no início da colonização do Brasil, eram habitadas por índios da tribo Janduís, nome derivado do grande chefe Janduí, que de um modo natural e por tradição, também, se estendeu à tribo.
Os índios Janduís eram nômades e pertenciam à grande nação dos Tapuias, também, chamada de Cariri. O nome Cariri ou Kiriri, segundo o etnógrafo Luis da Câmara Cascudo1, provinha de um apelido dado pelos indígenas da tribo Potiguar vizinha pertencente à grande nação Tupi e significava calado, silencioso e taciturno. Quando falavam, articulavam mal as palavras, sendo, por isso chamado de Gentios da Língua Travada ou genericamente de Bárbaros.
A palavra Tapuia segundo explica o jesuíta Simão de Vasconcelos1 no livro do pesquisador Abdias Moura2 não corresponde a uma designação dada a si próprio pelos índios refugiados no sertão. Trata-se de uma expressão pejorativa, a eles atribuída pelos que viviam no litoral e falavam a língua tupi. O historiador Varnhagen3 haveria de insistir na inexistência de uma nação tapuia. Escreve, todavia, que esta palavra quer dizer contrario e os indígenas a aplicavam até aos franceses, contrario dos nossos, chamando-lhes de tapuy-tinga, isto é tapuia branco.
O nome Janduí ou Nhandui quer dizer na língua tupi ema pequena. Corresponde a uma ave de pequeno porte, de pernas longas e corredeira, muito comum nos largos campos cheio de lagoas e olhos d’água do atual estado do Rio Grande do Norte.
Viviam na ribeira do Açu e outras regiões do interior do nordeste setentrional do Brasil, em plena harmonia com o meio ambiente, só retirando da natureza aquilo necessário para a sua sobrevivência. Alimentava-se da caça, da pesca e da coleta de frutos, raízes, ervas e mel silvestre. Cultivavam a lavoura de subsistência, onde plantavam principalmente o milho, o jerimum e a mandioca.
O grande chefe Janduí, segundo antigos cronistas europeus viveu nesta região por mais de cem anos. Ele, juntamente com seu irmão Caracará, e três de seus filhos, o Canindé, Oquenaçu, Taya Açu e o cruel Jerereca foram importantes ícones da civilização indígena brasileira, na época da colonização do Brasil e Guerra dos Bárbaros ou Guerra do Açu, de uma maneira não correta conhecida nacionalmente como Confederação dos Cariris.
O historiador potiguar Olavo de Medeiros Filho com base em relatos de cronistas flamengos, da região de Flandres, norte da Europa, discorda da concepção de que a tribo Janduís pertencia à nação Cariri. Defende que os índios tapuias Janduís pertenceram à nação dos Tairurús (Janduís e Aparentados) na qual habitavam principalmente as ribeiras do Açu e Mossoró. Advoga, inclusive que na Guerra dos Bárbaros ou Levante dos Gentios Tapuias, que na época recebeu por parte de escritores mais românticos, a denominação de Confederação dos Cariris, que os índios Cariris, em grande número, foram inclusive utilizados como combatentes, na repressão ao levante dos Gentios Tapuias, em que tinha predominância do elemento Tairurús, cuja tribo mais famosa e temida do Brasil colonial era a tribo dos Janduís.
Contudo, o que é de consenso entre os diversos historiadores da civilização indígena do Brasil, seja os mais antigos, seja os historiadores contemporâneos é que os índios da tribo Janduís habitavam o território em que hoje corresponde a bacia hidrográfica do rio Açu. Tal fato pode ser confirmado inclusive por experientes cientistas europeus que por aqui estiveram.
Jorge Marcgrave, famoso naturalista e astrônomo alemão, que veio ao Brasil em 1638 em missão científica a convite do conde holandês Mauricio de Nassau, com a colaboração de Guilherme Piso produziram a importante obra Historia Natural do Brasil, Amsterdã 1648, na qual teceu considerações importantes sobre os costumes e habitat dos Janduís. Confeccionou o mais antigo desenho da nossa carnaubeira, palmeira nativa, genuinamente brasileira e abundante nos municípios do Vale do Açu. Neste importante documento histórico e geográfico Marcgrave escreveu este aspecto curioso e interessante a respeito desta decente e histórica região brasileira:
“Este rio também chamado de Otshunogh, penetra, no continente , em direção ao Austro numa distância de mais de 100 milhas. A uma distancia de mais de vinte e cinco milhas do litoral, acha-se o grande lago Bajatagh, com grande quantidade de peixes. À esquerda deste, em direção ao nascente, acha-se outro chamado de Igtug, pelos indígenas, mas ninguém penetra nele, por causa dos peixes que mordem e são muito inimigos dos homem. A este fica adjacente ao vale Kuniangeya, tendo comprimento de 20 milhas e a largura de duas. Atravessa-o rio Otshunogh, abundante de peixes: aí se encontra grande abundancia de animais silvestre.”
Correlacionando com a geografia da região podemos concluir que o vale Kuniangeya mencionada pelo cronista flamengo corresponde ao atual Vale do Açu. O rio Otshunogh é o rio Açu ou Piranhas-Açu. O grande lago Bajatagh é a lagoa do Piató no município do Assu. O outro lago Igtu é a Lagoa Ponta Grande no município de Ipanguaçu no Rio Grande do Norte. Os peixes que mordem e são inimigos do homem é a espécie Piranha que com certeza influenciou na denominação do grande rio Piranhas ou Açu.
Postado por FERNANDO CALDAS - DEPUTADO ESTADUAL 23456
.1 - HISTÓRICO DA REOCUPAÇÃO DO VALE DO AÇU – RN (1ª parte - Em andamento).
Os verdadeiros donos da terra
As glebas de terras que hoje compõem os municípios do Vale do Açu, no início da colonização do Brasil, eram habitadas por índios da tribo Janduís, nome derivado do grande chefe Janduí, que de um modo natural e por tradição, também, se estendeu à tribo.
Os índios Janduís eram nômades e pertenciam à grande nação dos Tapuias, também, chamada de Cariri. O nome Cariri ou Kiriri, segundo o etnógrafo Luis da Câmara Cascudo1, provinha de um apelido dado pelos indígenas da tribo Potiguar vizinha pertencente à grande nação Tupi e significava calado, silencioso e taciturno. Quando falavam, articulavam mal as palavras, sendo, por isso chamado de Gentios da Língua Travada ou genericamente de Bárbaros.
A palavra Tapuia segundo explica o jesuíta Simão de Vasconcelos1 no livro do pesquisador Abdias Moura2 não corresponde a uma designação dada a si próprio pelos índios refugiados no sertão. Trata-se de uma expressão pejorativa, a eles atribuída pelos que viviam no litoral e falavam a língua tupi. O historiador Varnhagen3 haveria de insistir na inexistência de uma nação tapuia. Escreve, todavia, que esta palavra quer dizer contrario e os indígenas a aplicavam até aos franceses, contrario dos nossos, chamando-lhes de tapuy-tinga, isto é tapuia branco.
O nome Janduí ou Nhandui quer dizer na língua tupi ema pequena. Corresponde a uma ave de pequeno porte, de pernas longas e corredeira, muito comum nos largos campos cheio de lagoas e olhos d’água do atual estado do Rio Grande do Norte.
Viviam na ribeira do Açu e outras regiões do interior do nordeste setentrional do Brasil, em plena harmonia com o meio ambiente, só retirando da natureza aquilo necessário para a sua sobrevivência. Alimentava-se da caça, da pesca e da coleta de frutos, raízes, ervas e mel silvestre. Cultivavam a lavoura de subsistência, onde plantavam principalmente o milho, o jerimum e a mandioca.
O grande chefe Janduí, segundo antigos cronistas europeus viveu nesta região por mais de cem anos. Ele, juntamente com seu irmão Caracará, e três de seus filhos, o Canindé, Oquenaçu, Taya Açu e o cruel Jerereca foram importantes ícones da civilização indígena brasileira, na época da colonização do Brasil e Guerra dos Bárbaros ou Guerra do Açu, de uma maneira não correta conhecida nacionalmente como Confederação dos Cariris.
O historiador potiguar Olavo de Medeiros Filho com base em relatos de cronistas flamengos, da região de Flandres, norte da Europa, discorda da concepção de que a tribo Janduís pertencia à nação Cariri. Defende que os índios tapuias Janduís pertenceram à nação dos Tairurús (Janduís e Aparentados) na qual habitavam principalmente as ribeiras do Açu e Mossoró. Advoga, inclusive que na Guerra dos Bárbaros ou Levante dos Gentios Tapuias, que na época recebeu por parte de escritores mais românticos, a denominação de Confederação dos Cariris, que os índios Cariris, em grande número, foram inclusive utilizados como combatentes, na repressão ao levante dos Gentios Tapuias, em que tinha predominância do elemento Tairurús, cuja tribo mais famosa e temida do Brasil colonial era a tribo dos Janduís.
Contudo, o que é de consenso entre os diversos historiadores da civilização indígena do Brasil, seja os mais antigos, seja os historiadores contemporâneos é que os índios da tribo Janduís habitavam o território em que hoje corresponde a bacia hidrográfica do rio Açu. Tal fato pode ser confirmado inclusive por experientes cientistas europeus que por aqui estiveram.
Jorge Marcgrave, famoso naturalista e astrônomo alemão, que veio ao Brasil em 1638 em missão científica a convite do conde holandês Mauricio de Nassau, com a colaboração de Guilherme Piso produziram a importante obra Historia Natural do Brasil, Amsterdã 1648, na qual teceu considerações importantes sobre os costumes e habitat dos Janduís. Confeccionou o mais antigo desenho da nossa carnaubeira, palmeira nativa, genuinamente brasileira e abundante nos municípios do Vale do Açu. Neste importante documento histórico e geográfico Marcgrave escreveu este aspecto curioso e interessante a respeito desta decente e histórica região brasileira:
“Este rio também chamado de Otshunogh, penetra, no continente , em direção ao Austro numa distância de mais de 100 milhas. A uma distancia de mais de vinte e cinco milhas do litoral, acha-se o grande lago Bajatagh, com grande quantidade de peixes. À esquerda deste, em direção ao nascente, acha-se outro chamado de Igtug, pelos indígenas, mas ninguém penetra nele, por causa dos peixes que mordem e são muito inimigos dos homem. A este fica adjacente ao vale Kuniangeya, tendo comprimento de 20 milhas e a largura de duas. Atravessa-o rio Otshunogh, abundante de peixes: aí se encontra grande abundancia de animais silvestre.”
Correlacionando com a geografia da região podemos concluir que o vale Kuniangeya mencionada pelo cronista flamengo corresponde ao atual Vale do Açu. O rio Otshunogh é o rio Açu ou Piranhas-Açu. O grande lago Bajatagh é a lagoa do Piató no município do Assu. O outro lago Igtu é a Lagoa Ponta Grande no município de Ipanguaçu no Rio Grande do Norte. Os peixes que mordem e são inimigos do homem é a espécie Piranha que com certeza influenciou na denominação do grande rio Piranhas ou Açu.
Postado por FERNANDO CALDAS - DEPUTADO ESTADUAL 23456
PERFIL DE VALÉRIO MESQUITA
Querido(a)s amigo(a)s:
Falar de Valério é uma empreitada difícil, não porque ele seja complexo, mas porque é multifacetado.
Homem versátil, esbanja talento e competência em tudo que faz. Atualmente, é Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Mas já foi Prefeito de Macaíba, Deputado Estadual em muitas legislaturas, Presidente da Fundação José Augusto. Integra os quadros da Academia Norte-Riograndense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, da União Brasileira de Escritores. É advogado e ex-aluno Marista, condições que nos fixaram no tempo como amigos.
Sei que alguns poucos poderão julgar exageradas as minhas exortações em favor do amigo, mas são justas e merecidas. Os perfis que elaboro não pretendem ser imparciais, porque as minhas opiniões sobre os perfilados não mantêm a equidistância ensaística, nem a avaliação crítica isenta. São relatos emocionais que se mantêm fiéis à minha valoração pessoal, à minha ótica pessoal.
Assim entendido, espero que vocês possam ter acesso à personalidade desse extraordinário norte-rio-grandense e valorosíssimo amigo.
Gostaria de receber comentários e opiniões sobre o perfilado, por ciência própria ou do que foi dado a conhecer nesta crônica.
Um bom fim de semana.
Abraços fraternos
Pedro Simões
Postado por FERNANDO CALDAS DEPUTADO ESTADUAL 23456
Falar de Valério é uma empreitada difícil, não porque ele seja complexo, mas porque é multifacetado.
Homem versátil, esbanja talento e competência em tudo que faz. Atualmente, é Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Mas já foi Prefeito de Macaíba, Deputado Estadual em muitas legislaturas, Presidente da Fundação José Augusto. Integra os quadros da Academia Norte-Riograndense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, da União Brasileira de Escritores. É advogado e ex-aluno Marista, condições que nos fixaram no tempo como amigos.
Sei que alguns poucos poderão julgar exageradas as minhas exortações em favor do amigo, mas são justas e merecidas. Os perfis que elaboro não pretendem ser imparciais, porque as minhas opiniões sobre os perfilados não mantêm a equidistância ensaística, nem a avaliação crítica isenta. São relatos emocionais que se mantêm fiéis à minha valoração pessoal, à minha ótica pessoal.
Assim entendido, espero que vocês possam ter acesso à personalidade desse extraordinário norte-rio-grandense e valorosíssimo amigo.
Gostaria de receber comentários e opiniões sobre o perfilado, por ciência própria ou do que foi dado a conhecer nesta crônica.
Um bom fim de semana.
Abraços fraternos
Pedro Simões
Postado por FERNANDO CALDAS DEPUTADO ESTADUAL 23456
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
AGRONEGÓCIOS
Sistema Faern/Senar na Festa do Bode 2010
O evento, que é destaque no cenário regional, faz parte do calendário de eventos de Mossoró
O presidente do Sistema Faern/Senar, José Álvares Vieira, juntamente com o Gerente de Aprendizagem Rural do Senar, Ubirajara de Araújo, participam nesta quinta-feira (05), da abertura da 12ª edição da Festa do Bode, na cidade de Mossoró, na região Oeste do estado.
O evento é promovido pela Prefeitura de Mossoró em parceria com o Governo do Estado, Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), a Associação dos Criadores de Caprinos de Mossoró (Asscom) e a Associação Nacional dos Criadores de Caprinos (Ancoc).
Durante os três dias da Festa do Bode, os organizadores esperam atrair um público diversificado, desde o visitante comum a criadores interessados em ampliar seus rebanhos.
Seminários
Os seminários tecnológicos realizados pela prefeitura, em parceria com a Ufersa e associações de criadores, repassará aos participantes informações sobre melhoria genética dos rebanhos, novos métodos de criação, inseminação artificial, entre outras orientações.
“A Festa do Bode é um evento consolidado para o agronegócio potiguar. Uma oportunidade de se fazer bons contatos e ampliar a técnica de nossos produtores rurais”, disse o presidente do Sistema Faern/Senar, José Vieira.
A Festa do Bode 2010 terá ainda cursos técnicos, festival de gastronomia, leilão de equinos e shows artístico-culturais, valorizando, sobretudo, o artista da terra.
Força do agronegócio
O evento, que é destaque no cenário regional, faz parte do calendário de eventos de Mossoró e integra o roteiro de feiras de animais da região Nordeste. “Essas feiras agropecuárias são uma mostra da força dos produtores do estado. Uma força que impulsiona muito a economia do Rio Grande do Norte. E uma força que deseja a parceria dos governantes para continuar crescendo e gerando emprego e renda”, finalizou Vieira.
Paulo Correia
Eco Imprensa
Leonardo Sodré
9986-2453
João Maria Medeiros
9144-6632
www.ecoimprensanatal.blogspot.com
ecoimprensamarketing@gmail.com
Postado por FERNANDO CALDAS - DEPUTADO ESTADUAL 23456
O evento, que é destaque no cenário regional, faz parte do calendário de eventos de Mossoró
O presidente do Sistema Faern/Senar, José Álvares Vieira, juntamente com o Gerente de Aprendizagem Rural do Senar, Ubirajara de Araújo, participam nesta quinta-feira (05), da abertura da 12ª edição da Festa do Bode, na cidade de Mossoró, na região Oeste do estado.
O evento é promovido pela Prefeitura de Mossoró em parceria com o Governo do Estado, Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), a Associação dos Criadores de Caprinos de Mossoró (Asscom) e a Associação Nacional dos Criadores de Caprinos (Ancoc).
Durante os três dias da Festa do Bode, os organizadores esperam atrair um público diversificado, desde o visitante comum a criadores interessados em ampliar seus rebanhos.
Seminários
Os seminários tecnológicos realizados pela prefeitura, em parceria com a Ufersa e associações de criadores, repassará aos participantes informações sobre melhoria genética dos rebanhos, novos métodos de criação, inseminação artificial, entre outras orientações.
“A Festa do Bode é um evento consolidado para o agronegócio potiguar. Uma oportunidade de se fazer bons contatos e ampliar a técnica de nossos produtores rurais”, disse o presidente do Sistema Faern/Senar, José Vieira.
A Festa do Bode 2010 terá ainda cursos técnicos, festival de gastronomia, leilão de equinos e shows artístico-culturais, valorizando, sobretudo, o artista da terra.
Força do agronegócio
O evento, que é destaque no cenário regional, faz parte do calendário de eventos de Mossoró e integra o roteiro de feiras de animais da região Nordeste. “Essas feiras agropecuárias são uma mostra da força dos produtores do estado. Uma força que impulsiona muito a economia do Rio Grande do Norte. E uma força que deseja a parceria dos governantes para continuar crescendo e gerando emprego e renda”, finalizou Vieira.
Paulo Correia
Eco Imprensa
Leonardo Sodré
9986-2453
João Maria Medeiros
9144-6632
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Postado por FERNANDO CALDAS - DEPUTADO ESTADUAL 23456
domingo, 1 de agosto de 2010
UM RIO FEDERAL
Zelito Coringa (*)
Ele nasce na serra do Bongá divisa da Paraíba com o Ceará, percorre grande parte do torrão paraibano, sendo conhecido por Piranhas-Açu. Porém, quando atravessa o Estado Potiguar, passa a ser chamado simplesmente de Rio Açu. Após a construção da "Barragem Armando Ribeiro Gonçalves" - Inaugurada oficialmente em 1984, tornou-se totalmente perene. Ouviu-se de olhos apitombados as promessas fabulosas do desenvolvimento que chegaria a esta região riquissima. Dado pelo corte da fita inaugural das autoridades e estudiosos proféticos da época. Sob o controle das sangrias haveria financiamentos: Eletrificação com baixos custos, implementos agrícolas, capacitação e direito a muita pabulagem nas pontas de calçadas do puxaquismo, e até amedrontamentos de baleias destruidoras de altares. Fui menino que pinotava de barreira à barreira no leito do rio Olho D'água, mergulhava feito piaba tonta, este um de seus afluentes. Naquela meninice não imaginava que as águas ficassem presas por comportas gigantes e acabasse a diversão dos pobres inocentes como eu. O vírus causador da sua morte lenta, pode ser batizado pelo povo de apoderamento do que é nosso, que migra de terra em terra, principalmente se o solo for rico em nutrientes e as leis ambientais forem dissimuladas. Configura-se nocivo aos que forem defensores desta causa. Num tempo não muito distante atribuiam-se toda a maldade aos justiceiros, bandoleiros e aos cidadãos conscientes. Agora parece tudo invisível aos olhos de muitas autoridades. Não há mais Manoel Torquato com seu sindicato do Garranho, Lampião com o seu bando de saquedores, nem fanatismo, tabus e pudores, nem a ilusão ou razão de nem um idealismo. Tudo é questão de sobrevivência e solidariedade aos que já quebraram seus potes de água ao beberem seus agrotóxicos. E quem daqui pra frente pagará a conta do consumo potável das irrigações gigantes? Será que é somente a população ao escovar os dentes na pia? De quem é o dever de cuidar das nossas fontes? O presidente, o governador, o prefeito, o vereador do povo, o deputado doido, o senador afoito, e os mais defensores do povo? E os meninotes do presente que lavam suas motos e carros no leito do rio, mijando o álcool do último porre? - Não digam que é inverdade, nem atirem a primeira pedra. Isso tudo quem disse foi um cabra metido a doido das bandas dos carnaubais, e eu na escutação da conversa esqueci de gravar seu nome. Façamos valer um novo gesto educativo, reafirmando que somos varzeanos da mesma nascente.
O autor é músico e poeta, natural da Cidade de Carnaubais-RN.
Postado por Gilberto Freire de Melo
Ele nasce na serra do Bongá divisa da Paraíba com o Ceará, percorre grande parte do torrão paraibano, sendo conhecido por Piranhas-Açu. Porém, quando atravessa o Estado Potiguar, passa a ser chamado simplesmente de Rio Açu. Após a construção da "Barragem Armando Ribeiro Gonçalves" - Inaugurada oficialmente em 1984, tornou-se totalmente perene. Ouviu-se de olhos apitombados as promessas fabulosas do desenvolvimento que chegaria a esta região riquissima. Dado pelo corte da fita inaugural das autoridades e estudiosos proféticos da época. Sob o controle das sangrias haveria financiamentos: Eletrificação com baixos custos, implementos agrícolas, capacitação e direito a muita pabulagem nas pontas de calçadas do puxaquismo, e até amedrontamentos de baleias destruidoras de altares. Fui menino que pinotava de barreira à barreira no leito do rio Olho D'água, mergulhava feito piaba tonta, este um de seus afluentes. Naquela meninice não imaginava que as águas ficassem presas por comportas gigantes e acabasse a diversão dos pobres inocentes como eu. O vírus causador da sua morte lenta, pode ser batizado pelo povo de apoderamento do que é nosso, que migra de terra em terra, principalmente se o solo for rico em nutrientes e as leis ambientais forem dissimuladas. Configura-se nocivo aos que forem defensores desta causa. Num tempo não muito distante atribuiam-se toda a maldade aos justiceiros, bandoleiros e aos cidadãos conscientes. Agora parece tudo invisível aos olhos de muitas autoridades. Não há mais Manoel Torquato com seu sindicato do Garranho, Lampião com o seu bando de saquedores, nem fanatismo, tabus e pudores, nem a ilusão ou razão de nem um idealismo. Tudo é questão de sobrevivência e solidariedade aos que já quebraram seus potes de água ao beberem seus agrotóxicos. E quem daqui pra frente pagará a conta do consumo potável das irrigações gigantes? Será que é somente a população ao escovar os dentes na pia? De quem é o dever de cuidar das nossas fontes? O presidente, o governador, o prefeito, o vereador do povo, o deputado doido, o senador afoito, e os mais defensores do povo? E os meninotes do presente que lavam suas motos e carros no leito do rio, mijando o álcool do último porre? - Não digam que é inverdade, nem atirem a primeira pedra. Isso tudo quem disse foi um cabra metido a doido das bandas dos carnaubais, e eu na escutação da conversa esqueci de gravar seu nome. Façamos valer um novo gesto educativo, reafirmando que somos varzeanos da mesma nascente.
O autor é músico e poeta, natural da Cidade de Carnaubais-RN.
Postado por Gilberto Freire de Melo
PRINCIPAIS ATRAÇÕES DE ASSU
Prédio da Igreja Matriz: É o mais imponente da cidade. Não é um templo rico, mas nem por isso deixa de inspirar confiança e fé no assuense e em milhares de pessoas que todos os anos, durante o mês de junho, chegam para visitar parentes e comemorar o nascimento do Santo Padroeiro, São João Batista.
Barragem Armando Ribeiro Gonçalves: A Barragem do Assu, como também é conhecida na Região, tem capacidade de armazenamento de 2 bilhões e 400 milhões de metros cúbicos de água. Banha parte dos territórios dos municípios de Assu, Itajá, São Rafael e Jucurutu. O melhor acesso é por Itajá. Às margens da Barragem, no Município de Itajá, existe um pequeno povoado habitado por pescadores, onde encontram-se casas rústicas, ao lado de verdadeiras mansões e também dois balneários e um restaurante. A gastronomia local é variada, porém o prato principal é o peixe, especialmente o tucunaré frito e cozido. Do lado oeste, já no Município de Assu, está localizado o sangradouro, algumas ilhas e duas pequenas comunidades, onde estão construídas algumas casas de camping que são verdadeiros paraísos.
Rio Assu: Razão maior da existência do Município, possuindo 405 km de extensão. Nasce na Serra da Borborema, na cidade de Bonito de Santa Fé (Estado da Paraíba), com a denominação de Rio Piancó. À sua margem esquerda no Município existem diversas barracas de comercialização de bebidas e comidas, local onde se concentra o maior número de foliões no carnaval, conhecido popularmente por Carnaval do Rio Assu.
Açude do Mendubim: Está localizado no Rio Paraú, afluente à margem esquerda do Rio Piranhas ou Assu. Localiza-se a 11km do centro da cidade. O Açude do Mendubim possui uma das mais belas vistas da Região, sobretudo quando está sangrando.
Lagoa do Piató: Considerada o maior reservatório de água do Estado, com capacidade para armazenar 96 bilhões de metros cúbicos de água. Possui uma extensão de 18 km de comprimento por 2,5 de largura. O seu entorno é propício para a realização de trilhas ecológicas e para a prática de espeleologia nas cavernas existentes às margens da lagoa. No anel da Lagoa de Piató, pode-se visitar diversos baobás, árvore rara no Brasil e de extraordinária beleza. Esses atrativos fazem da Lagoa de Piató uma das maiores referências turísticas da Região.
Gruta dos Pingos: Localiza-se aproximadamente a 14 km do centro do Assu, na localidade denominada de Pingos. Esta caverna tem aproximadamente 22 m de largura por 8 m de altura. Do teto da gruta, pingam gotas de água incessantemente durante todas as estações do ano. Visitar a gruta é uma aventura repleta de emoções.
Casarios Antigos: Resquícios das primeiras edificações da cidade de Assu, onde foram instalados o primeiro hotel, a farmácia, os primeiros salões de festas, a primeira agência dos correios e telégrafos, a casa paroquial, a Casa da Baronesa, o mercado, a primeira panificadora, entre outros.
Postado por Jota Maria
FERNANDO CALDAS - DEPUTADO ESTADUAL 23456
Barragem Armando Ribeiro Gonçalves: A Barragem do Assu, como também é conhecida na Região, tem capacidade de armazenamento de 2 bilhões e 400 milhões de metros cúbicos de água. Banha parte dos territórios dos municípios de Assu, Itajá, São Rafael e Jucurutu. O melhor acesso é por Itajá. Às margens da Barragem, no Município de Itajá, existe um pequeno povoado habitado por pescadores, onde encontram-se casas rústicas, ao lado de verdadeiras mansões e também dois balneários e um restaurante. A gastronomia local é variada, porém o prato principal é o peixe, especialmente o tucunaré frito e cozido. Do lado oeste, já no Município de Assu, está localizado o sangradouro, algumas ilhas e duas pequenas comunidades, onde estão construídas algumas casas de camping que são verdadeiros paraísos.
Rio Assu: Razão maior da existência do Município, possuindo 405 km de extensão. Nasce na Serra da Borborema, na cidade de Bonito de Santa Fé (Estado da Paraíba), com a denominação de Rio Piancó. À sua margem esquerda no Município existem diversas barracas de comercialização de bebidas e comidas, local onde se concentra o maior número de foliões no carnaval, conhecido popularmente por Carnaval do Rio Assu.
Açude do Mendubim: Está localizado no Rio Paraú, afluente à margem esquerda do Rio Piranhas ou Assu. Localiza-se a 11km do centro da cidade. O Açude do Mendubim possui uma das mais belas vistas da Região, sobretudo quando está sangrando.
Lagoa do Piató: Considerada o maior reservatório de água do Estado, com capacidade para armazenar 96 bilhões de metros cúbicos de água. Possui uma extensão de 18 km de comprimento por 2,5 de largura. O seu entorno é propício para a realização de trilhas ecológicas e para a prática de espeleologia nas cavernas existentes às margens da lagoa. No anel da Lagoa de Piató, pode-se visitar diversos baobás, árvore rara no Brasil e de extraordinária beleza. Esses atrativos fazem da Lagoa de Piató uma das maiores referências turísticas da Região.
Gruta dos Pingos: Localiza-se aproximadamente a 14 km do centro do Assu, na localidade denominada de Pingos. Esta caverna tem aproximadamente 22 m de largura por 8 m de altura. Do teto da gruta, pingam gotas de água incessantemente durante todas as estações do ano. Visitar a gruta é uma aventura repleta de emoções.
Casarios Antigos: Resquícios das primeiras edificações da cidade de Assu, onde foram instalados o primeiro hotel, a farmácia, os primeiros salões de festas, a primeira agência dos correios e telégrafos, a casa paroquial, a Casa da Baronesa, o mercado, a primeira panificadora, entre outros.
Postado por Jota Maria
FERNANDO CALDAS - DEPUTADO ESTADUAL 23456
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