quarta-feira, 11 de abril de 2012

ARTIGO: "LEMBRANÇAS DE ANGICOS", POR AGNELO ALVES.

Alguém, não me lembro quem, me pergunta sobre meus tempos de Angicos, do que tenho mais saudade. Do trem, quando viajava para Natal e, sobretudo, quando voltava para Angicos. Também, é claro, quando nem indo e nem vindo, esperava o poderoso trem de ferro na estação para ver quem vinha de Natal para Angicos, Assu ou Mossoró e adjacências. Um curioso, eu? Não, o repórter que nascia em mim.

Saudade, então, do trem? É possível, sim. A verdade é que, quando vinha para Natal, eu achava que estava descobrindo um mundo novo e, quando voltava para Angicos, estava usando um dos instrumentos já conquistados - o trem - pelo novo mundo. Mas tempo haveria de vir - a imaginação do filho do compadre Nesinho no dizer de Chico Trindade, um amigo, irmão - em que outros veículos transportadores apareceriam.


Foi um tempo que não volta mais. Várias coisas apareceram depois. Sei lá quantas. Todas merecedoras de um registro na memória. Tempo bom e melhor é o que vivemos hoje. Ontem já é uma lembrança. Amanhã é uma esperança.


Viva a vida. Viva à saudade. Viva à esperança.

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ALICE WANDERLEY poetisa de ilustre familia do Assu poético. Tipo baixa, olhos negros, se não me engano. Conheci dona Alice já usando bengala...