Alguém, não me lembro quem, me pergunta sobre meus tempos de Angicos, do que tenho mais saudade. Do trem, quando viajava para Natal e, sobretudo, quando voltava para Angicos. Também, é claro, quando nem indo e nem vindo, esperava o poderoso trem de ferro na estação para ver quem vinha de Natal para Angicos, Assu ou Mossoró e adjacências. Um curioso, eu? Não, o repórter que nascia em mim.
Saudade, então, do trem? É possível, sim. A verdade é que, quando vinha para Natal, eu achava que estava descobrindo um mundo novo e, quando voltava para Angicos, estava usando um dos instrumentos já conquistados - o trem - pelo novo mundo. Mas tempo haveria de vir - a imaginação do filho do compadre Nesinho no dizer de Chico Trindade, um amigo, irmão - em que outros veículos transportadores apareceriam.
Foi um tempo que não volta mais. Várias coisas apareceram depois. Sei lá quantas. Todas merecedoras de um registro na memória. Tempo bom e melhor é o que vivemos hoje. Ontem já é uma lembrança. Amanhã é uma esperança.
Viva a vida. Viva à saudade. Viva à esperança.
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