Mocinha continua a cantar, encostada na janela.
“Eu me afasto e me defendo de você
Mas depois me entrego
Faço tipo, falo coisas que eu não sou
Mas depois eu nego
Mas a verdade é que eu sou louca por você
E tenho medo de pensar em te perder
Eu preciso aceitar que não dá mais
Pra separar as nossas vidas.”
Mas depois me entrego
Faço tipo, falo coisas que eu não sou
Mas depois eu nego
Mas a verdade é que eu sou louca por você
E tenho medo de pensar em te perder
Eu preciso aceitar que não dá mais
Pra separar as nossas vidas.”
Todos aplaudem calorosamente a bela interpretação de Mocinha. Ela suspira e esboça um sorriso triste. Augusto Preto tenta consolá-la.
– Mocinha, nós precisamos coragem para as grandes tristezas da vida e paciência para as pequenas. Enquanto isso, o que você deve fazer é cumprir laboriosamente seus deveres diários e então dormir em paz. Deus estará acordado.
– E se Deus cochilar e der errado, Augusto Preto? – Questiona Adolfo, sarcasticamente.
– Se alguma coisa der errado, meu amigo Adolfinho, não é motivo para culpar Deus.
– Se alguma coisa der errado, meu amigo Adolfinho, não é motivo para culpar Deus.
– E Deus existe mesmo? Eu nunca vi Deus.
– É infame a acusação de que Deus nunca tenha sido visto.
– É infame a acusação de que Deus nunca tenha sido visto.
– Como assim, Augusto Preto?
– Adolfinho, lembre-se da verdade que uma vez foi dita.
– Adolfinho, lembre-se da verdade que uma vez foi dita.
– Que verdade?
– Amar outra pessoa é ver a face de Deus.
– Amar outra pessoa é ver a face de Deus.
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