MEUS DIAS
Quero meus dias viver
Onde estão sempre a correr
Nessa rapidez eu morrendo
Desfaçatez qual fumaça
Se evapora, eu vivendo
Numa louca vida em correria
Nada de paz nem calmaria
O tempo é louco e voraz
Entre fumaças e corres
Embriagado nesses porres
O hoje é palpitante demais
Os dias me são trens balas
Desarrumando as malas
Que sobraram nos vagões
Louco tempo, tempo louco
Ao longe ouço o pipoco
Descarrilhando ilusões
Intrépidos dias e ligeiros
Dos ventos são mensageiros
Num lumiar tão profundo
Nesses dias irei atado
Breve e abreviado
Do que plantei nesse mundo
Edivan Bezerra, poeta assuense
Nenhum comentário:
Postar um comentário