CALDAS, O POETA DE 'ISABEL'
João Lins Caldas nascido no Rio Grande do Norte, de família assuense, é tido por alguns conhecedores e críticos de arte moderna no Brasil como “o pai da poesia moderna brasileira”, pois, já no Rio de Janeiro, para onde regressou em 1912, conviveu nas portas das livrarias José Olímpio e Garnier, além do Café Gaúcho, com grandes nomes das letras nacionais como, por exemplo, Olavo Bilac, Monteiro Lobato, Lima Campos, Hermes Fontes, José Geraldo Vieira que fez Caldas personagem do seu romance ‘Território Humano”, 1936, encarnado no personagem “Cassio Murtinho”, já escrevia anonimamente versos brancos, emancipados de métricas, como o comovente poema ‘A Casa’, é uma prova que o poeta Caldas já escrevia versos modernos, muitos antes do Movimento de Arte Moderna, de 1922.
Portanto, relendo o livro póstumo de Caldas “Poética”, organizado por Celso Da Silveira, editado pela Fundação José Augusto, 1974, livro este que recebi de presente da escritora assuese, membro da Academia Norte Rio-grandense de Letras, Maria Eugênia Montenegro, observo numa das páginas daquela antologia um pequeno escrito do próprio punho daquela escritora, afirmando que o decantado poema ‘Isabel’, de autoria de Caldas, fora ‘irradiado pela BBC’, a exemplo de outro poema intitulado ‘Minha Dor Na Grande Guerra’.
Por fim, pesquisando no Arquivo Público de Pernambuco, sobre Caldas deparo-me numa edição do ano de 1974, do Diário de Pernambuco, uma nota do poeta Mário Mota que dirigia o Suplemento Literário daquele importante periódico, onde afirma que no citado livro de Caldas existe quatro ou cinco poemas que são dos mais belos da língua portuguesa, incluindo o poema Isabel, do poeta Norte-rio-grandense. Vejamos a imagem abaixo.
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