Como prova de que Renato Caldas não somente versejava em linguagem matuta, naturalista, vejamos os versos seguintes que, salvo engano, antes nunca foram publicados:
PORQUE AMO A NATUREZA
Eu amo o mar,
O vento, as estrelas, o sol,
As noites de luar,
As serras, o arrebol!
Amo a torrente do Rio,
Que, em louco desvario
Se despeja no mar...
O gorgeio sutil da passarada!
Eu amo a solidão,
O imprevisto, a incerteza,
A imensidão
Azul do firmamento,
As flores, as campinas verdejantes...
Eu adoro o lamento
Das vagas arquejantes,
O silêncio, a tristeza...
Enfim, eu amo a natureza!
Porque,
Tudo me traz uma lembrança,
Uma saudade louca de você.
RECORDANDO
Como a vida é transitória e boa!
Ontem, eu chorava,
Quando os barcos de papel
Que eu atirava,
Mergulhavam nas águas da lagoa.
Hoje, é o contrário:
Extingo os meus escolhos,
Mergulhando os meus olhos de poeta,
No lago verde dos teus lindos olhos.
PORQUE AMO A NATUREZA
Eu amo o mar,
O vento, as estrelas, o sol,
As noites de luar,
As serras, o arrebol!
Amo a torrente do Rio,
Que, em louco desvario
Se despeja no mar...
O gorgeio sutil da passarada!
Eu amo a solidão,
O imprevisto, a incerteza,
A imensidão
Azul do firmamento,
As flores, as campinas verdejantes...
Eu adoro o lamento
Das vagas arquejantes,
O silêncio, a tristeza...
Enfim, eu amo a natureza!
Porque,
Tudo me traz uma lembrança,
Uma saudade louca de você.
RECORDANDO
Como a vida é transitória e boa!
Ontem, eu chorava,
Quando os barcos de papel
Que eu atirava,
Mergulhavam nas águas da lagoa.
Hoje, é o contrário:
Extingo os meus escolhos,
Mergulhando os meus olhos de poeta,
No lago verde dos teus lindos olhos.
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